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Como Funciona
Aparelhos, Circuitos e
Componentes Eletrônicos
Volume 8
Newton C. Braga
Patrocinado por
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São Paulo - Brasil - 2021
Instituto NCB
www.newtoncbraga.com.br
leitor@newtoncbraga.com.br
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Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos - Volume 8
Autor: Newton C. Braga
São Paulo - Brasil - 2021
Palavras-chave: Eletrônica – aparelhos eletrônicos –
componentes – física – química – circuitos eletrônicos – como
funciona
Copyright by
INTITUTO NEWTON C BRAGA.
1ª edição
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Índice
APRESENTAÇÃO DA SÉRIE..........................................................8
APRESENTAÇÃO......................................................................10
AS BATERIAS E AS PILHAS.......................................................11
Células Primárias.....................................................................14
A célula de Leclanché.................................................14
Funcionamento...........................................................17
Pilhas comuns não são recarregáveis.........................19
Células Secundárias................................................................19
Bateria Chumbo-Ácido................................................19
A Bateria Automotiva.................................................22
O Hidrômetro ou Densímetro.....................................25
Células de Níquel Cádmio...........................................26
Aperfeiçoamentos......................................................28
Célula de Edison ou Hidróxido de Níquel-Ferro...........28
Conclusão................................................................................28
DÍNAMOS E ALTERNADORES....................................................29
O Alternador por dentro..........................................................35
DISSIPADORES DE CALOR........................................................40
Tipos de Dissipadores.............................................................41
Como Medir a Resistência Térmica de um Dissipador 43
Compostos ou Pastas Térmicas...............................................47
Inércia Térmica.......................................................................48
Conclusão................................................................................49
CÉLULAS À COMBUSTÍVEL........................................................50
O QUE SÃO AS CÉLULAS À COMBUSTÍVEL...............................51
COMO FUNCIONAM AS CÉLULAS À COMBUSTÍVEL...................52
OUTROS TIPOS DE CÉLULAS....................................................55
a) MCFC (Molten Carbonate Fuel Cell)........................55
b) SOFC (Solid Oxide Fuel Cell)...................................57
c) PAFC (Phosphoric Acid Fuel Cell)............................57
APLICAÇÕES DIFERENTES........................................................58
UMA IDEIA PARA O FUTURO....................................................58
NEBUS - O ÔNIBUS DA MERCEDEZ QUE ESTARÁ EM
CIRCULAÇÃO NO BRASIL..............................................................59
5
RELÊS/TRANSFORMADORES/MOTORES.....................................62
OS RELÊS................................................................................62
TRANSFORMADORES...............................................................68
MOTORES................................................................................73
CAPACITORES.........................................................................77
Associação de Capacitores......................................................81
Associação em Paralelo..............................................81
Associação em Série..................................................82
Tipos de capacitores...............................................................84
Capacitores SMD.....................................................................88
INDUTÂNCIAS..........................................................................90
REFORÇANDO O CAMPO..........................................................93
INDUTÂNCIA............................................................................97
REATÂNCIA INDUTIVA.................................................98
INDUTÂNCIA.............................................................100
REATÂNCIA E OSCILAÇÕES.......................................101
Conclusão..............................................................................104
CHAVES E ACOPLADORES ÓPTICOS.........................................105
Acopladores Ópticos..............................................................106
Circuitos Práticos com Acopladores Ópticos..........................107
Circuito básico com optoacoplador:.........................107
Disparo de SCR.........................................................109
Excitando Amplificador Operacional.........................110
Acoplador de Alta Velocidade...................................111
Monoestável com Optoacoplador.............................112
Schmitt Trigger........................................................113
Flip-Flop R-S.............................................................113
Excitação de Triacs..................................................114
Tipos Comuns........................................................................115
4N25/4N25A/4N26/4N27/4N28.................................116
MOC3009/MOC3010/MOC3011/MOC3012................117
MOC3020/MOC3021/MOC3022/MOC3023................118
Chaves Ópticas.....................................................................120
Circuitos Práticos..................................................................124
Chave Óptica para 10 mm........................................124
Chave Óptica para 15 mm........................................124
Chave Óptica Disparadora (Schmitt) para 15 mm....125
Chave Óptica para 30 mm........................................126
Interface Reconhecedora de Direção........................127
Contador Dependente da Direção............................128
6
Controle Digital de Rotação......................................129
SUPERCONDUTORES..............................................................131
ZERO ABSOLUTO...................................................................134
SUPERCONDUTIVIDADE.........................................................135
EXPLICAÇÕES PARA O FENÔMENO........................................137
APLICAÇÕES.............................................................139
COMO FUNCIONA O MICROFONE.............................................142
a) Fidelidade.........................................................................143
b) Sensibilidade.....................................................................143
c) Diretividade.......................................................................144
TIPOS DE MICROFONES.........................................................144
a) carvão..................................................................145
b) Microfone dinâmico..............................................146
c) Microfones piezoelétricos.....................................147
d) Microfone de eletreto...........................................148
IMPEDÂNCIA E NÍVEL DE SINAL.............................................150
PRÉAMPLIFICADORES............................................................151
CONHEÇA OS AMPLIFICADORES OPERACIONAIS RRIO..............154
Seguidor de tensão..................................................158
Conversor Corrente x Tensão...................................159
Amplificador com saída Rail-to-Rail para
instrumentação...................................................................159
Gerador retângula até 600 kHz................................160
Conclusão..............................................................................160
O DIODO SEMICONDUTOR......................................................162
O diodo semicondutor...........................................................164
Tipos de diodos.....................................................................169
Diodos Retificadores de Silício..................................169
Especificações dos diodos de silício.........................170
Especificações de tensão e corrente........................171
OUTROS MAIS DE 160 LIVROS DE ELETRÔNICA E TECNOLOGIA DO
INCB.....................................................................................175
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Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos – Volume 8
APRESENTAÇÃO DA SÉRIE
Esta é uma série de livros que levamos aos nossos leitores
sob patrocínio da Mouser Electronics (www.mouser.com). Os
livros são baseados nos artigos que ao longo de nossa carreira
como escritor técnico publicamos em diversas revistas, livros e no
nosso site. São artigos que representam 50 anos de evolução das
tecnologias eletrônicas e, portanto, têm diversos graus de
atualidade. Os mais antigos foram analisados com eventuais
atualizações. Outros pela sua finalidade didática, tratando de
tecnologias antigas e mesmo de ciência não foram muito
alterados a não ser pela linguagem que sofreu modificações. Os
livros da série consistirão numa excelente fonte de informações
para nossos leitores.
Os artigos têm diversos níveis de abordagem, indo dos
mais simples que são indicados para os que gostam de
tecnologia, mas que não possuem uma fundamentação teórica
forte ou ainda não são do ramo. Neles abordamos o
funcionamento de aparelhos de uso comum como
eletroeletrônicos, não nos aprofundando em detalhes técnicos
que exijam conhecimento de teorias que são dadas nos cursos
técnicos ou de engenharia.
Outros tratam de componentes, ideais para os que
gostam de eletrônica e já possuem uma fundamentação quer seja
estudando ou praticando com as montagens que descrevemos
em nossos artigos. Estes já exigem um pequeno conhecimento
básico da eletrônica. Estes artigos também vão ser uma
excelente fonte de consulta para professores que desejam
preparar suas aulas.
Temos ainda os artigos teóricos que tratam de circuitos e
tecnologias de uma forma mais profunda com a abordagem de
instrumentação e exigindo uma fundamentação técnica mais alta.
São indicados aos técnicos com maior experiência, engenheiros e
professores.
Também lembramos que no formato virtual o livro conta
com links importantes, vídeos e até mesmo pode passar por
atualizações on-line que faremos sempre que julgarmos
necessário.
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NEWTON C. BRAGA
Newton C. Braga
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Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos – Volume 8
APRESENTAÇÃO
Saber como funcionam componentes, circuitos e
equipamentos eletrônicos é fundamental não apenas para os
profissionais da eletrônica que usam de forma prática a
tecnologia em seu dia a dia como também para aqueles que não
sendo técnicos, mas possuindo certo conhecimento, precisam
conhecer o funcionamento básico das coisas.
São os profissionais de outras áreas que, para usar melhor
equipamentos e tecnologias precisam ter um conhecimento
básico que os ajude.
Assim, tratando de conceitos básicos sobre componentes e
circuitos neste primeiro volume e depois de equipamentos
prontos num segundo, levamos ao leitor algo muito importante
que já se tornou relevante em recente estudo feito por
profissionais.
A maior parte dos acidentes que ocorrem com o uso de
equipamentos de novas tecnologias ocorre com pessoas que não
tem um mínimo de conhecimento sobre o seu princípio de
funcionamento.
A finalidade deste livro não é, portanto, ajudar apenas os
estudantes, professores e profissionais, mas também os que
usam tecnologia no dia a dia e desejam saber um pouco mais
para melhor aproveitá-la e não cometer erros que podem
comprometer a integridade de seus equipamentos e até causar
acidentes graves.
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AS BATERIAS E AS PILHAS
Para entender melhor como energia pode ser obtida a
partir desses dispositivos será interessante ter uma ideia de como
os diversos tipos de bateria funcionam. Além disso, com a
chegada do carro elétrica, as técnicas que hoje não são
encontradas nos carros podem estar presentes sendo, por esse
motivo ter uma ideia de como funcionam.
As baterias consistem em geradores químicos de energia
elétrica No entanto, as baterias não são todas iguais.
Dependendo da forma como devam ser usadas, se estacionárias
ou móveis, da quantidade de energia que devem fornecer e por
quanto tempo, existe o tipo específico a ser usado.
Desde sua invenção, a bateria passou por uma evolução
constante, tanto para atender as exigências da tecnologia
moderna como para torná-las mais eficientes e baratas.
Assim, a partir de uma reação química de redução e
oxidação que ocorram simultaneamente, pode-se obter um fluxo
de elétrons e com isso energia elétrica. Este é o princípio básico
de operação das células ou baterias, onde uma substância é
reduzida e outra oxidada e no processo a energia liberada pode
ser aproveitada na forma de eletricidade.
As células podem ser classificadas em duas grandes
categorias:
a) Primárias
Aquelas que já contém a energia a partir do momento em
que são fabricadas, e não podem ser carregadas posteriormente.
O processo químico de produção de energia ocorre a partir de
uma reação irreversível.
b) Secundárias
Aquelas que, ao serem fabricadas, não dispõem de
energia. Elas precisam ser carregadas e o ciclo de carga e
descarga pode ser repetido um número elevado de vezes.
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Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos – Volume 8
Figura 4 – A bateria de 9 V
Células Primárias
Os principais tipos de células primárias são:
a) Células secas
b) Células úmidas
c) Células de eletrólito sólido
d) Células de reserva
A célula de Leclanché
O tipo mais comum de célula em uso atualmente é a de
Leclanché, nome dado em homenagem ao seu inventor em 1868.
Nesta célula, representada na figura 5, o eletrodo de anodo é o
zinco que forma o invólucro externo, normalmente em forma de
folha.
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Funcionamento
Quando a corrente é solicitada, a movimentação de cargas
elétricas no circuito tem início na forma de íons na substância e a
reação química passa a ocorrer. A substância começa então a
reagir com o eletrodo negativo (copinho de zinco) de modo a
liberar íons e com isso manter a corrente elétrica no circuito.
O resultado é que nesta reação a substância se
transforma entregando a energia de que dispõe e o copinho de
zinco é consumido no processo.
À medida que a pilha vai fornecendo sua energia, a
substância do eletrólito vai se desgastando, o copinho de zinco
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Células Secundárias
O tipo mais comum de célula secundária em uso no mundo
é a chumbo-ácido, devido sua aplicação nos automóveis. Em
segundo lugar temos as células de níquel-cádmio (Nicad) e ferro-
níquel (células de Edison).
Além dessas temos as células de brometo de zinco, sulfato
de sódio, e outras que fazem uso do lítio como elemento básico.
Com a chegada do carro elétrico muitas destas tecnologias
de baterias estão sendo aperfeiçoadas para que baterias potentes
e com grande autonomia sejam criadas para alimentar estes
veículos. Analisemos os principais tipos, com ênfase para o tipo
chumbo-ácido que é o mais usado atualmente nos carros:
Bateria Chumbo-Ácido
A ideia de se recarregar uma célula ou bateria é simples:
se passarmos pela substância fornecedora de energia uma
corrente no sentido contrário àquela que ela fornece
normalmente, a reação se inverte e a substância “absorve” a
energia liberada, voltando à sua condição inicial.
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A Bateria Automotiva
Conforme vimos, a bateria de 12 V é formada por 6 células
de 2 V. O ambiente hostil do automóvel e as exigências de
corrente exigem das baterias comerciais uma construção robusta.
As placas dilatam-se e contraem-se quando se carregam e
descarregam-se, podendo deformar e rachar. Recursos especiais
de construção e o uso de separadores são importantes para
garantir a durabilidade das baterias.
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O Hidrômetro ou Densímetro
O hidrômetro ou densímetro mede a densidade da solução
de uma bateria. Ele consiste num bulbo flexível que permite
absorver uma certa quantidade da solução até uma cavidade em
que existe um flutuador graduado.
A flutuação desta peça depende da densidade de modo
que ele afunda até a marca da escala graduada, bastando então
ler o valor da densidade. Na figura 14 temos o modo de se usar o
densímetro.
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Aperfeiçoamentos
Uma exigência das aplicações modernas é que suas
baterias tenham o mínimo de manutenção. Para isso, foram
desenvolvidas tecnologias baseadas no uso de ciclos de
recombinação de oxigênio para evitar a perda de água.
Outra tecnologia envolve novas arquiteturas para o
material que envolve a bateria como, por exemplo, placas de
fibras de níquel ou ainda placas de plástico ou borracha.
Conclusão
As baterias têm passado por um desenvolvimento muito
grande dado aumento de seu uso, principalmente nas aplicações
portáteis e à necessidade de grande capacidade de
armazenamento como no caso do carro elétrico.
Assim, como recentes desenvolvimentos temos as baterias
de hidreto metálico, as baterias de lítio e as baterias de eletrólito
sólido. As características dessas baterias, cada vez permitem a
sua utilização em aplicações específicas.
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DÍNAMOS E ALTERNADORES
Para manter a bateria carregada e acionar diversos
dispositivos do circuito elétrico de um carro com o motor em
movimento, utiliza-se um gerador que converte energia mecânica
em energia elétrica.
Na verdade, neste grupo, existem dois tipos principais de
geradores capazes de fazer isso. O dínamo se caracteriza por
produzir corrente contínua e o alternador, se caracteriza por
produzir corrente alternada.
Na figura 1 temos um exemplo de dínamo de bicicleta que
converte a energia mecânica da roda da bicicleta que gira em
energia elétrica para o farol.
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DISSIPADORES DE CALOR
Apesar da maioria dos circuitos de potência modernos ter
um rendimento elevado, a quantidade de calor gerado e que deve
ser dissipado, é uma preocupação crescente. Os dispositivos
operam com potências cada vez mais elevadas e no limite de
suas capacidades de dissipação. O uso do dissipador de calor
correto, instalação perfeita e ventilação adequada são
preocupações tão importantes quanto a própria parte elétrica do
circuito.
Fontes de alimentação, controles de potência e
amplificadores de áudio são apenas alguns exemplos de circuitos
que operam com potências elevadas, usando componentes que
trabalham próximos de seus limites. Como transferir o calor
gerado por esses componentes para o meio ambiente é uma
grande preocupação que os projetistas devem enfrentar para não
terem problemas posteriores de funcionamento.
Um dos pontos de partida para a escolha do dissipador
apropriado está na própria durabilidade de um componente
semicondutor como um transistor, MOSFET, Triac ou mesmo
circuito integrado de potência. A confiabilidade e a durabilidade
de um dispositivo semicondutor são inversamente proporcionais
ao quadrado das variações de temperatura da junção. Isso
significa que reduzindo à metade à temperatura de um
dispositivo, podemos esperar uma durabilidade quatro vezes
maior.
O processo de transferência do calor gerado na junção de
um dispositivo semicondutor envolve um circuito térmico com
diversas etapas, conforme mostra a figura 1.
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Tipos de Dissipadores
Partindo da ideia de que qualquer corpo que conduza e
irradie calor pode funcionar como um radiador de calor, podemos
ter diversas técnicas para a construção de dissipadores para uso
em aplicações eletrônicas. A maioria dos tipos tem na circulação
do ar a transferência da maior parte do calor gerado, conforme
mostra a figura 2.
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tr = th – ta (1)
Onde:
th – temperatura do dissipador (°C)
ta – temperatura ambiente (°C)
P = V x I(2)
Onde
P – Potência aplicada e dissipada em watts
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Rth = Tr/P(3)
Onde:
Rth – Resistência térmica em °C/W
Tr – Variação da temperatura (°C)
P – Potência aplicada/dissipada (W)
Temos:
ta = 20 °C
th = 60 °C
V = 12 V
I=3A
tr = 60 – 20 = 40 °C
Depois calculamos P:
P = 12 x 3 = 36 W
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Inércia Térmica
Como o calor gerado não é transferido para o meio
ambiente imediatamente, precisando de certo tempo de
“trânsito” através do dissipador, isso se traduz numa inércia
térmica. Leva tempo para o dissipador “responder” às variações
de temperatura do componente nele montado.
Essa inércia deve-se basicamente à massa do dissipador, a
qual deve ser aquecida, absorvendo ou cedendo calor quando a
temperatura do ar ambiente ou do componente varia. Quanto
maior for um dissipador mais tempo ele demora até atingir a
temperatura final de funcionamento, conforme mostra o gráfico
da figura 7.
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Conclusão
Dissipadores de calor são elementos importantes de todos
os projetos que envolvem dispositivos semicondutores de
potência. Cuidados especiais devem ser tomados com esses
componentes, em especial atentando-se para o tipo de a
resistência térmica. Como calcular a resistência térmica de um
dissipador foi um dos assuntos deste artigo, além de alguns
cuidados que devem ser tomados com este tipo de componente.
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CÉLULAS À COMBUSTÍVEL
Energia fácil e barata sem poluição tanto para movimentar
veículos como para produzir eletricidade de uso comercial e
residencial. Este é o novo conceito que começa a ser explorado
em algumas aplicações práticas e deve estar disponível em maior
escala já no início do próximo século ao consumidor comum
graças a tecnologia da célula à combustível. Gerando energia
elétrica diretamente a partir da combustão de gases como o gás
comum, hidrogênio e outros, este sistema gera energia limpa com
alto rendimento. Veja neste artigo de que modo funcionam as
células à combustível e o que elas prometem para o futuro.
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APLICAÇÕES DIFERENTES
No futuro se prevê que a utilização das células à
combustível não se limite à propulsão. Geradores pequenos, de
baixo custo, podem ser instalados em residências que então não
precisão mais dispor de energia vinda por meio de fios e uma
usina distante. A eletricidade para o consumo local seria gerada
quer seja por gás engarrafado quer seja por gás encanado, que já
está disponível numa grande quantidade de locais.
Assim, existe um plano interessante que deve ter início já
no próximo ano, que consiste em se dotar residências de uma
cidade escolhida da Califórnia com pequenos geradores à base de
células a combustível que utilizariam gás encanado.
Com um bom rendimento, usando uma forma de energia
que ainda não é tão escassa como a hidroelétrica, estes pequenos
geradores poderiam resolver um grave problema de sobrecarga
dos sistemas de fornecimento convencionais que já ameaçam
algumas regiões dos Estados Unidos.
Os leitores que ainda não têm noção do grave problema
que de geração e distribuição de energia que ronda algumas
regiões dos Estados Unidos, especificamente a Califórnia devem
ler o romance "Colapso" de Arthur Hailey (Rio Gráfica Editora).
Os recentes "blackouts" de São Paulo também mostram
que aqui mesmo em nosso país, também estamos nos
aproximando de um ponto crítico na geração e fornecimento de
energia que talvez tenham como solução a nova tecnologia da
célula à combustível.
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RELÊS/TRANSFORMADORES/MOTORES
Existem alguns componentes eletrônicos que tem seu
funcionamento baseado no campo magnético criado por uma ou
mais bobinas. Neste artigo vamos focalizar três desses
componentes que, pela sua importância, devem ser bem
conhecidos de todos os praticantes da eletrônica assim como da
mecatrônica.
Os relês, transformadores e motores são componentes
básicos dos projetos de mecatrônica e robótica além de poderem
ser encontrados numa infinidade de equipamentos comerciais,
industriais e automotivos. Estes componentes podem ter as mais
diversas funções e aparências, mas o princípio de funcionamento
será sempre o mesmo.
Os três componentes que vamos analisar neste artigo têm
um ponto em comum: uma ou mais bobinas de fio esmaltado
enrolada em torno de um núcleo de material ferroso.
Evidentemente, a finalidade destas bobinas é criar um
campo magnético quando uma corrente as percorre, mas o que
vai ser feito com este campo magnético vai depender do que
desejamos dos componentes, e aí está a principal diferença.
Assim, ao analisarmos os três componentes citados num
único artigo, o fazemos apenas pelo seu aspecto comum que é a
bobina e o campo, se bem que no fundo, eles sirvam para coisas
completamente diferentes.
OS RELÊS
Um relê pode ser definido como um interruptor ou um
comutador eletromecânico. Na figura 1 temos a estrutura básica
simplificada de um relê comum.
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Uso:
Podemos usar um relê para controlar correntes intensas a
partir de circuitos de baixa tensão e baixas correntes. Mas além
da possibilidade de fazermos isso, o relê tem ainda uma
característica importante que deve ser ressaltada: o circuito da
bobina é completamente isolado do circuito dos contatos.
Assim, como mostra a figura 3 podemos controlar um
circuito de alta tensão (110V ou 220V) a partir de um circuito
alimentado por baixa tensão de pilhas, com total segurança.
Especificações:
Para saber que relê devemos usar numa determinada
aplicação precisamos estar atentos às suas especificações. As
especificações mais importantes dos relês são as seguintes:
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b) Corrente da bobina
Trata-se da corrente que vai circular pela bobina para o
acionamento quando a tensão nominal ou tensão da bobina for
estabelecida.
Os relês sensíveis eletrônicos comuns possuem correntes
de acionamento bem pequenas com valores que no máximo
chegam a uns 100 mA. Estas correntes normalmente diminuem
quando os relês são especificados para trabalhar com tensões
maiores. Assim, é comum que um relê de 6V precise de até 100
mA quando o mesmo tipo para 12V precisa somente de 50 mA.
O valor desta corrente é importante pois ele vai
determinar que tipo de circuito eletrônico pode fazer seu
acionamento. Por exemplo, se tivermos um relê que precisa de 6V
x 100 mA não podemos ligá-lo na saída de um circuito integrado
que só fornece 6V x 10 mA, pois o acionamento será impossível.
Um circuito que permita obter maior corrente, como o da figura 5
deve ser usado.
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Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos – Volume 8
c) Resistência do enrolamento
Os relês trabalham na maioria dos casos com correntes
contínuas puras, de modo que, em lugar de fornecermos a tensão
e a corrente, podemos em seu lugar, fornecer a tensão e a
resistência do enrolamento.
Pelo valor da resistência é possível calcular a corrente.
Assim, um relê de 6V com 60 ohms de resistência de enrolamento
precisa de 6/60 = 0,1 A ou 100 mA para o seu acionamento.
Basta dividir a tensão de acionamento pela resistência
para obter a corrente. Da mesma forma se dividirmos a tensão
pela corrente de um relê, vamos obter a resistência de seu
enrolamento.
d) Tipos de contatos
Conforme mostramos, os relês podem ter contatos simples
NA ou NF, ou então reversíveis, caso em que teremos relês
comutadores com os mais diversos números de contatos.
Saber que tipo de contacto tem um relê é importante para
a aplicação, principalmente se ela for mais do que a simples
interrupção da corrente num circuito. Isso ocorre, por exemplo, se
precisarmos de um relê tipo "H" ou reversível para inverter a
rotação de um motor num projeto de mecatrônica.
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f) Tensão de contatos
Os contatos dos relês, pela distância em que se mantém
quando abertos, têm também um limite para a tensão que devem
controlar. Não devemos nunca usar um relê para controlar um
circuito de tensão maior do que a máxima especificada para seus
contatos.
Normalmente as tensões são dadas em valores contínuos
ou alternados (Vdc ou Vac) e podem ser tipicamente de 250V
para as aplicações comuns.
Ao usar um relê na rede de energia lembre que a tensão
máxima encontrada na rede de 110V não é 110V, mas sim o valor
de pico que pode chegar aos 150V.
Tipos:
Na figura 6 temos alguns tipos comuns de relês usados em
montagens eletrônicas.
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TRANSFORMADORES
Os transformadores são componentes formados por 2 ou
mais bobinas enroladas num núcleo de material ferroso comum.
Na figura 8 temos o símbolo e o aspecto deste tipo de
componente.
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Tipos:
Na figura 9 temos os símbolos de alguns tipos comuns de
transformadores.
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Especificações:
Como qualquer outro componente, o transformador deve
ser escolhido de acordo com as suas especificações. Para os
transformadores comuns, usados em fontes de alimentação, as
especificações mais importantes são:
a) tensão de primário
É a tensão de entrada do transformador, ou seja, a tensão
que deve ser aplicada ao enrolamento primário para se obter as
tensões e correntes desejadas no secundário. Para os tipos
comuns ela pode ser 110V, 220V ou em alguns casos as duas.
Para os transformadores de duas tensões, conforme
mostra a figura 11, podemos ter um primário com um
enrolamento dotado de derivação ou ainda dois enrolamentos
primários.
b) tensão de secundário
É a tensão de saída, ou seja, a tensão que obtemos no
enrolamento secundário quando a tensão nominal é aplicada no
primário. Ela pode ser maior ou menor que a tensão do primário,
caso em que podemos ter transformadores elevadores ou
abaixadores de tensão.
71
Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos – Volume 8
c) Corrente de secundário
É a corrente máxima que o enrolamento secundário pode
fornecer. Ela deve ser sempre maior ou igual a exigida pelo
circuito que vai ser alimentado.
Assim, podemos usar um transformador de 6V x 500 mA
para alimentar uma lâmpada de 6V x 200 mA mas não podemos
usar um transformador de 6V x 200 mA para alimentar uma
lâmpada de 6V x 500 mA.
d) Potência
Na verdade, esta característica não é indicada, mas é
importante e pode ser calculada facilmente multiplicando-se a
corrente de secundário pela tensão de secundário. Com isso, um
transformador de 12V x 500 mA tem, em princípio uma potência
de 6 watts.
Dizemos, em princípio, pois existem perdas, o que quer
dizer que na verdade, o transformador exige um pouco mais da
rede de energia, ficando a diferença por conta do calor gerado no
componente e das próprias perdas que ocorrem no seu
funcionamento pela dispersão do campo magnético.
Usando:
Para usar o transformador, observe em primeiro lugar, se a
tensão do primário ‚ igual à da rede em que você pretende ligá-lo.
Depois, verifique se a tensão e a corrente de secundário são
72
NEWTON C. BRAGA
MOTORES
A finalidade dos motores elétricos é converter energia
el‚trica em energia mecânica, ou seja, movimentar alguma coisa.
Encontramos muitos tipos motores de pequeno porte em
equipamentos eletrônicos com as mais diversas formas e
finalidades. Nos gravadores eles movimentam as fitas, nos CD-
players eles movimentar os CDs, nos comutadores movimentam
os disquetes e o disco rígido (Winchester), nos relógios
movimentam os ponteiros e assim por diante.
O tipo básico de motor de corrente contínua é mostrado na
figura 12.
73
Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos – Volume 8
Tipos:
O tipo mais comum de motor é o motor de corrente
contínua CC ou DC, usado para gerar força mecânica (sem muita
precisão) na movimentação de dispositivos.
74
NEWTON C. BRAGA
Especificações:
Como qualquer dispositivo eletrônico os pequenos motores
também possuem especificações. Ocorre, entretanto, que as
especificações dos motores não são muito rígidas. Na verdade, a
velocidade com que eles giram não é constante, dependendo
tanto da tensão aplicada como também da força que têm de
fazer.
Assim, variando a tensão vemos que a velocidade varia e
da mesma forma, à medida que o motor tem de fazer mais força,
ele gira mais devagar. Nos aparelhos em que a velocidade deve
ser mantida constante são empregados circuitos reguladores
especiais.
a) Tensão de alimentação
Normalmente é dada uma certa tensão para o
funcionamento do motor, por exemplo 3 volts. No entanto, na
prática, um motor com esta tensão funcionará bem numa faixa
relativamente ampla de tensões, por exemplo, entre 1,5 e 5 V,
desconsiderando-se que a força vai variar. O que não se pode é
alimentar o mesmo motor com uma tensão muito maior que a
especificada, pois ele pode queimar.
Assim, muitos fabricantes, em lugar da tensão fixa,
indicam uma faixa de tensões em que um determinado motor
pode funcionar.
São dadas então indicações sobre a velocidade do motor
em função da tensão.
b) velocidade
A rotação depende da tensão e da carga, ou seja, da fora
mecânica que o motor tem de fazer. Assim, a especificação
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Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos – Volume 8
c) Corrente
A corrente, juntamente com a tensão, numa determinada
faixa de velocidade e de forças determinam a potência do motor.
Lembrando que 1 HP corresponde a 736 watts, as potências dos
pequenos motores serão medidas em milésimos de cavalos ou
HP.
Assim, um motor de 6V que exige uma corrente de 100 mA
à plena carga trabalhará com uma potência de 0,6 watt ou menos
de 1 milésimo de HP. A corrente e consequentemente a potência
do motor estão ligados ao tamanho físico desse motor e também
a espessura do fio usado na bobina.
De modo a se obter maior corrente de funcionamento e
assim maior potência os adeptos de autoramas costumas enrolar
motores com fios grossos. Menor resistência significa corrente
muito maior e potência muito maior para os modelos.
76
NEWTON C. BRAGA
CAPACITORES
Capacitores são encontrados em praticamente todos os
equipamentos eletrônicos, nas mais diversas formas e tamanhos.
Estes componentes também são bastante críticos, devendo ser
usados com muito cuidado. Entender suas especificações,
conhecer os tipos existentes e suas características é de vital
importância para todo o praticante da eletrônica. Neste artigo
procuramos abordar tudo que há de importante nestes
componentes.
Os capacitores são encontrados em todos os
equipamentos eletrônicos. Se bem que seu princípio de
funcionamento seja muito simples, a maneira como os
capacitores podem ser construídos varia bastante, o que nos leva
a uma grande variedade de tipos.
A finalidade básica de um capacitor é apresentar uma
capacitância num circuito, ou seja, armazenar cargas elétricas e
através desse armazenamento ter determinados efeitos sobre um
circuito.
Houve tempo em que estes componentes eram chamados
”condensadores” e, até hoje, alguns fazem isso, porque
antigamente acreditava-se que estes componentes tenham a
propriedade de “condensar” a eletricidade. Na figura 1 temos o
símbolo utilizado para representar os capacitores fixos de
diversos tipos e seus aspectos típicos.
Denominamos capacitores fixos aqueles que têm uma
capacitância determinada pela sua construção, diferentemente
dos capacitores ajustáveis e variáveis que podem ter sua
capacitância alterada por uma ação externa.
77
Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos – Volume 8
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NEWTON C. BRAGA
C = Q/V
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Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos – Volume 8
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NEWTON C. BRAGA
Associação de Capacitores
Associar capacitores é ligá-los em conjunto de modo a
combinar seus efeitos num circuito. Isso pode ser feito
basicamente das seguintes formas:
Associação em Paralelo
Dizemos que dois ou mais capacitores estão associados
em paralelo quando suas armaduras positivas são interligadas e
da mesma forma as armaduras negativas, conforme mostra a
figura 5.
C = C1 + C2 = C3 + ........... + Cn
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Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos – Volume 8
Onde:
C é a capacitância equivalente
C1, C2 ... Cn são as capacitâncias dos capacitores
associados.
Associação em Série
Dizemos que dois ou mais capacitores estão ligados ou
associados em série quando a armadura positiva do primeiro fica
livre, tornando-se o terminal positivo da associação.
A armadura negativa do primeiro é ligada á positiva do
segundo, a negativa do segundo à positiva do terceiro e assim
por diante até que no último a armadura negativa fica livre e se
torna a armadura negativa da associação, conforme mostra a
figura 6.
82
NEWTON C. BRAGA
Onde:
C é a capacitância equivalente à associação
C1, C2, C3...Cn são as capacitâncias dos capacitores
associados.
Exemplo de cálculo:
Qual é a capacitância que se obtém quando ligamos em
série capacitores de 3 uF, 12 uF e 12 uF conforme mostra a figura
7?
Neste caso:
C1 = 3 uF
C2 = C3 = 12 uF
Aplicando a fórmula:
1/C = 1/3 + 1/12 + 1/12
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Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos – Volume 8
Resolvendo:
C = 12/6 = 2 uF
Tipos de capacitores
Existem diversos tipos de capacitores os quais se
diferenciam tanto pela técnica de construção como dos materiais.
Essas diferenças dotam estes capacitores de propriedades
específicas, que os torna ideais para determinados tipos de
aplicação. São os seguintes os principais tipos de capacitores:
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NEWTON C. BRAGA
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Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos – Volume 8
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NEWTON C. BRAGA
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Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos – Volume 8
Capacitores SMD
Os componentes para montagem em superfície (SMD) são
utilizados nas montagens de equipamentos que devem ser
compactos e mesmo em muitos outros, onde se deseja que o
mínimo de espaço seja ocupado.
Estes componentes têm reduções muito pequenas e para
os capacitores isso também ocorre. Conforme mostra a figura 15
podemos encontrar capacitores de diversos tipos em invólucros
SMD.
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NEWTON C. BRAGA
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Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos – Volume 8
INDUTÂNCIAS
Um componente bastante usado nas montagens
eletrônicas é o indutor, cuja finalidade, como o nome sugere, é
apresentar uma indutância. No entanto, a maioria dos
montadores não gosta muito das chamadas "bobinas", por
diversos motivos. Um deles é o desconhecimento de seu princípio
de funcionamento. O outro é a dificuldade em obtê-las. Neste
artigo vamos falar um pouco das indutâncias ou bobinas, dando
algumas orientações que, sem dúvida, serão de utilidade para
nossos leitores que usam este componente.
Foi Hans Christian Oersted, um professor Dinamarquês,
que no século XIX descobriu que era possível gerar campos
magnéticos a partir de correntes elétricas circulando por um
condutor.
O efeito magnético da corrente elétrica se manifestava,
quando uma corrente circulava por um fio e "criava" forças
suficientemente intensas para mudar de posição uma agulha
magnetizada colocada nas proximidades, conforme mostra a
figura 1.
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NEWTON C. BRAGA
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Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos – Volume 8
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NEWTON C. BRAGA
REFORÇANDO O CAMPO
O campo magnético que aparece em torno de um fio
percorrido por uma corrente é muito fraco, mal conseguindo
deflexionar uma agulha imantada.
No entanto, é possível aumentar a intensidade desse
campo, se enrolarmos o fio condutor de modo a formar uma
bobina, conforme mostra a figura 5.
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NEWTON C. BRAGA
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NEWTON C. BRAGA
INDUTÂNCIA
Se tivermos uma bobina com fio de cobre, sua resistência
à passagem de uma corrente depende basicamente da
resistência do fio de cobre usado. Assim, podemos fazer circular
por bobinas correntes intensas e obter com isso campos
magnéticos muito fortes.
No entanto, existem alguns fenômenos que merecem ser
estudados e que envolvem o comportamento da bobina quando a
corrente varia.
Vejamos um primeiro caso em que temos uma bobina
ligada a uma pilha através de uma chave e que é mostrado na
figura 10.
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Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos – Volume 8
REATÂNCIA INDUTIVA
Evidentemente, num circuito de corrente contínua só
teremos problemas com a indutância quando a corrente for
estabelecida ou desligada. No entanto, as bobinas podem ser
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NEWTON C. BRAGA
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Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos – Volume 8
INDUTÂNCIA
A principal característica de uma bobina é a sua
indutância. A indutância vai indicar de que modo essa bobina
"reage" às variações de corrente e de que modo ela produz um
campo magnético no seu interior.
A unidade de indutância é o Henry (H), mas nas aplicações
eletrônicas ‚ comum especificarmos as indutâncias em
submúltiplos do Henry como o milihenry (mH) e o microhenry
(uH). O milihenrry é a milésima parte do Henry e o microhenry a
milionésima parte do Henry.
A indutância de uma bobina depende de diversos fatores
como:
a) Número de espiras = quanto maior o número de
espiras, maior a indutância.
b) Diâmetro = quanto maior o diâmetro, maior será a
indutância
100
NEWTON C. BRAGA
Onde:
L é o coeficiente de autoindução ou indutância em Henry
(H)
N é o número de espiras
S é área da seção do núcleo da bobina em centímetros
quadrados (cm2)
M é o comprimento do solenoide em centímetros (cm)
REATÂNCIA E OSCILAÇÕES
Conforme vimos, as bobinas "reagem" às variações da
corrente, apresentando uma oposição que denominamos
reatância indutiva.
Ora, quanto mais rápidas forem as variações da corrente,
maior será a reação da bobina. Isso nos leva a concluir que a
reatância depende tanto da frequência como da indutância de
uma bobina. Assim, na figura 13 mostramos que a reatância
indutiva depende tanto da frequência como da indutância numa
proporção direta.
O fator "2 π" é uma constante que equivale a 6,28.
Um outro comportamento interessante das bobinas ocorre
quando as associamos à capacitores.
Na figura 14 temos um caso importante que é do circuito
ressonante LC, em que temos uma bobina ligada em paralelo com
um capacitor.
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NEWTON C. BRAGA
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Conclusão
A utilização de bobinas tanto para oferecer uma oposição à
passagem de correntes ou variações bruscas é aproveitada em
filtros e em muitos outros circuitos eletrônicos.
Da mesma forma, os circuitos ressonantes LC são usados
em receptores, transmissores e muitos outros circuitos que
devem produzir ou receber sinais de determinadas frequências.
Assim, um componente comum nessas aplicações é justamente o
indutor, componente de que falamos neste artigo.
104
NEWTON C. BRAGA
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Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos – Volume 8
Acopladores Ópticos
Os acopladores ópticos são dispositivos optoeletrônicos
formados por um emissor de luz (que pode ser visível ou
infravermelha) e um fotossensor num mesmo invólucro. O tipo
mais comum é o que faz uso de um LED emissor de luz e um
fototransistor em um invólucro DIL de 6 ou 8 pinos como o
mostrado na figura 1.
106
NEWTON C. BRAGA
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NEWTON C. BRAGA
Disparo de SCR
Na figura 6 mostramos o circuito básico para se usar um
optoacoplador 4N26 no disparo de um SCR da série 106 como por
exemplo o MCR106 ou TIC106.
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NEWTON C. BRAGA
Schmitt Trigger
Os disparadores de Schmitt são elementos importantes
dos projetos pois fornecem uma saída retangular de qualidade
mesmo quando a entrada não seja um pulso perfeitamente
retangular.
O circuito mostrado na figura 11 é sugerido pela Motorola
e tem por base o acoplador óptico 4N26 além de um transistor
comutador de alta velocidade que pode ser substituído por
equivalente.
Flip-Flop R-S
Na figura 12 temos um flip-flop R-S sugerido pela Motorola
para fazer uso do acoplador óptico 4N26.
113
Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos – Volume 8
Excitação de Triacs
Para excitação de Triacs podemos usar optoacopladores
como o MOC3010 e MOC3020 (110 V e 220 V) que possuem em
seu interior como elemento sensível à luz um opto-diac. Assim,
temos na figura 13 uma aplicação típica do MOC3010 para a rede
de 110 V (120 VAC 60 Hz) excitando um triac a partir de saídas
lógicas.
114
NEWTON C. BRAGA
Tipos Comuns
Existem diversos tipos de optoacopladores que se
tornaram populares e por isso podem ser encontrados com a
marca de diversos fabricantes. Sempre é interessante fazer
projetos com tais componentes pois sabemos que na falta de um
deles de uma marca podemos substituí-lo com facilidade pelo
mesmo tipo de outro fabricante.
115
Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos – Volume 8
4N25/4N25A/4N26/4N27/4N28
Estes acopladores fazem parte de uma ampla família com
características bastante próximas utilizando como emissor um
LED infravermelho e como receptor um fototransistor.
Na figura 15 temos o invólucro e a pinagem comum a
todos estes tipos
116
NEWTON C. BRAGA
Características Elétricas:
Característica Símbolo Min. Tip. Max Unidade
.
Corrente de saída (coletor) 4N25,25
A,26 Ic 2 7 - mA
4N27, 4N28 1 5 - mA
Capacitância de isolação Ciso - 0,2 - pF
MOC3009/MOC3010/MOC3011/MOC3012
Os componentes desta série consistem em
optoacopladores com LED emissor infravermelho e um optodiac
como receptor. Este componente se destina ao controle de Triacs
na rede de 110V (117/125V). Na figura 16 temos a pinagem e o
invólucro dos componentes desta série.
117
Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos – Volume 8
MOC3020/MOC3021/MOC3022/MOC3023
Estes dispositivos consistem em optoacopladores com LED
emissores infravermelhos e na parte receptora, optodiacs. O que
diferencia os dispositivos desta família dos anteriores é que estes
são destinados à rede de 220 (240 V).
Na figura 17 temos a pinagem e o invólucro dos
componentes desta série.
118
NEWTON C. BRAGA
Corrente no LED:
Corrente no LED para o disparo Símbolo Min Tip Max Unidade
MOC3009 IFT - 15 30 mA
MOC3010 IFT - 8 15 mA
MOC3011 IFT - 5 10 mA
MOC3012 IFT - 3 5 mA
Outras características:
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Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos – Volume 8
Chaves Ópticas
As chaves ópticas têm o mesmo princípio de
funcionamento dos acopladores: são formadas por um LED
emissor (tanto visível como infravermelho) e um sensor que
normalmente é um fototransistor.
A diferença está no fato de que existe uma fenda que
permite interromper com um objeto a luz que é emitida pelo LED
e que incide no sensor, conforme mostra a figura 18.
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Circuitos Práticos
Para os circuitos que usam fototransistores sugerimos o
emprego de tipos comuns como os da série TIL da Texas
Instruments que inclusive podem ser encontrados em versões
Darlington de alto ganho.
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SUPERCONDUTORES
De que modo a resistência de um material pode ser
reduzida virtualmente a zero e ele se tornar um supercondutor?
De que modo os supercondutores vão afetar a nossa vida, agora e
no futuro, com o aparecimento de dispositivos nunca antes
imaginados? De que modo trabalham os laboratórios
especializados no desenvolvimento de materiais
supercondutores? As respostas para todas estas perguntas estão
neste artigo em que resumimos os princípios de atuação de uma
das mais importantes descobertas para a moderna tecnologia.
Obs. O artigo é de 1987, o que significa que muitos
avanços nos estudos e aplicações da supercondutividade
ocorreram desde então. O artigo tem valor pois os princípios
abordados são ainda válidos.
Os melhores condutores, como a platina e o ouro,
apresentam ainda certa resistividade no sentido de que a
corrente elétrica não encontra uma liberdade total para sua
circulação nestes materiais.
De fato, não existem condutores perfeitos: entre os
melhores condutores e os isolantes podemos classificar os
materiais conhecidos numa faixa quase que contínua de
resistividades, conforme mostra a figura 1.
131
Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos – Volume 8
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NEWTON C. BRAGA
P = 100 x 1002
P = 100 x 10 000
P = 1 000 000 watts
É pelo fato da perda ser dependente da corrente numa
proporção direta ao quadrado que se faz a transmissão de
energia sob alta tensão. Se transmitirmos a mesma quantidade
de energia, elevando em 10 vezes a tensão, a corrente pode ser
reduzida 10 vezes, no entanto a perda será:
P = 100 x 102
P = 100 x 100
P = 10 000 watts
O que é um valor 100 vezes menor! (figura 2)
Figura 2 - Perdas
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Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos – Volume 8
ZERO ABSOLUTO
A temperatura de um corpo é uma medida de grau de
agitação de seus átomos. Esta agitação traduz a quantidade de
energia que eles possuem e pode ser expressa em diversas
escalas.
A escala que mais usamos é de graus centígrados (Celsius)
que tem na fusão do gelo o seu valor 0. Temperaturas menores
que a da fusão do gelo serão expressas por números negativos
como -10, -20 graus etc. Veja, entretanto, que se a temperatura é
uma medida do grau de agitação das partículas de um corpo,
valores negativos não tem muito significado.
Se formos esfriando cada vez mais um corpo, seus átomos
vão vibrando cada vez menos até um instante teórico em que
devem parar. Como um movimento mais lento que o parado não
existe, este seria o grau máximo ou absoluto de esfriamento de
um corpo.
Experiências e cálculos mostram que ar temperatura em
que isso ocorreria seria de -273 °C ou seja, 273 graus abaixo de
zero na escala Celsius ou de Centígrados.
Nesta temperatura teríamos então “Zero Absoluto” de
vibrações de um corpo, um zero absoluto de temperatura. Existe
então uma escala mais apropriada à física para a medida da
temperatura que põe neste ponto o valor 0 que corresponde à
escala absoluta. (figura 3)
134
NEWTON C. BRAGA
SUPERCONDUTIVIDADE
Quando um metal (condutor) é esfriado gradualmente, sua
resistência vai diminuindo lentamente, até que perto do zero
absoluto ainda resta o que se chama de “resistência residual”. No
entanto, em determinado momento, esta resistência desaparece
e o material se torna um supercondutor.
Se induzirmos num material supercondutor uma corrente
elétrica, ela não pode ficar circulando durante dias antes de
desaparecer, mostrando que praticamente não existe resistência
elétrica. (figura 4)
135
Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos – Volume 8
TABELA
Temperatura de transição para supercondutividade de
alguns materiais:
Material Temperatura (°K)
Zircônio 0,3
Cádmio 0,6
Zinco 0,8
Alumínio 1,2
Urânio 1,3
Mercúrio 4,1
Tântalo 4,4
Chumbo 7,3
Nióbio 9,2
136
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Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos – Volume 8
138
NEWTON C. BRAGA
APLICAÇÕES
O que se procura hoje nos laboratórios é criar uma
substância que manifesta a supercondutividade à temperatura
ambiente. Assim poderíamos desfrutar dos benefícios da
ausência de resistência de uma forma muito mais simples.
Cerâmicas criadas em laboratórios brasileiros já
conseguem manifestar supercondutividade em temperaturas
relativamente altas, mas ainda muito longe da temperatura
ambiente.
A primeira possibilidade de aplicação de um supercondutor
seria na transmissão de energia. Não teríamos as perdas devidas
a resistência elétrica que hoje, como vimos, são responsáveis por
uma queda de mais de 30°/o da energia recebida em relação à
gerada.
Uma segunda possibilidade seria a produção de superímãs
capazes de sustentar enormes pesos.
Um anel de material supercondutor que recebesse uma
indução momentânea passaria a reter uma corrente que, dada a
falta de resistência, ficaria circulando por um tempo indefinido.
(figura 5)
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Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos – Volume 8
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Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos – Volume 8
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NEWTON C. BRAGA
a) Fidelidade
A fidelidade significa a capacidade do microfone em
produzir um sinal elétrico que tenha as mesmas características
dos sons originais, ou seja, intensidade, frequência e forma de
onda.
b) Sensibilidade
A sensibilidade está relacionada com a capacidade que o
microfone tem de trabalhar com sons muito fracos. Dependendo
do uso, podemos ter microfones mais ou menos sensíveis.
143
Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos – Volume 8
c) Diretividade
Conforme a construção do microfone, ele pode ter mais
facilidade em captar os sons provenientes de determinadas
direções. Isso determina a diretividade do microfone que pode ser
representada por meio de um gráfico.
Na figura 3 damos alguns exemplos dos gráficos de
diretividade.
TIPOS DE MICROFONES
Diversos são os tipos de microfones que encontramos nas
aplicações práticas e que diferem tanto quanto às características
elétricas como também segundo o princípio de funcionamento.
Temos então os seguintes tipos de microfone (alguns pouco
usados atualmente, mas cujo conhecimento é importante por
motivos históricos):
144
NEWTON C. BRAGA
a) carvão
Este, sem dúvida, é o tipo mais antigo, já que os primeiros
microfones que existiram utilizam finos grãos de carvão numa
caixinha com um diafragma, conforme mostra a figura 4.
145
Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos – Volume 8
b) Microfone dinâmico
Este tipo de microfone é formado por uma bobina presa a
um diafragma que a movimenta no campo magnético de um ímã
permanente, conforme mostra a figura 6.
146
NEWTON C. BRAGA
c) Microfones piezoelétricos
Os microfones de cristal ou cerâmicos operam
aproveitando as propriedades piezoelétricas de determinadas
substâncias como por exemplo o sal de Rochelle ou as cerâmicas
como o titanato de bário.
Estas substâncias, ao sofrerem deformações mecânicas,
geram tensões elétricas proporcionais.
Assim, basta que um cristal de uma substância como
estas seja acoplado a um diafragma para que as ondas sonoras
captadas produzam forças mecânicas que fazem o cristal gerar
sinais elétricos.
Na figura 8 temos um exemplo de microfone deste tipo.
147
Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos – Volume 8
d) Microfone de eletreto
Existem substâncias denominadas eletretos que
apresentam propriedades elétricas interessantes.
Quando submetidas a uma deformação mecânica estas
substâncias carregam-se de eletricidade estática, manifestando
tensões elétricas proporcionais entre suas faces, de um modo
algo semelhante aos cristais piezoelétricos, conforme mostra a
figura 9.
148
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Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos – Volume 8
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PRÉAMPLIFICADORES
A finalidade de um pré-amplificador é tanto aumentar a
intensidade do sinal fornecido por um microfone para que ele
possa excitar um amplificador como também casar suas
características de impedância de modo a se obter o rendimento
desejado.
Na figura 14 temos um exemplo simples de pré-
amplificador para microfones de baixa impedância (8 a 200 ohms)
utilizando apenas um transistor.
151
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Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos – Volume 8
CONHEÇA OS AMPLIFICADORES
OPERACIONAIS RRIO
Já tratamos em artigo anterior dos amplificadores
operacionais Rail-To-Rail, mostrando suas características e
tratando de seu uso em aplicações modernas. Neste artigo,
trataremos de uma nova categoria de amplificadores
operacionais, que seguem os RRO (Rail to Rail Operational) que
são os amplificadores operacionais com entradas e saídas Rail to
Rail ou seja, Rail-to-Rail Input Output, abreviado por RRIO.
Conforme vimos, quando trabalhamos com amplificadores
operacionais alimentados com tensões baixas, como ocorre na
maioria das aplicações modernas em que a alimentação se situa
na faixa de 1 a 3 V, uma pequena variação na tensão de saída
pode afetar muito o desempenho de um circuito.
Se alimentamos um circuito com 1,2 V, por exemplo, e
excitamos um operacional de modo que ele sature, é de se
esperar que a saída fique a mais próxima possível de 1,2 V, ou
seja, próxima da linha de alimentação ou rail.
Assim, com uma alimentação simétrica de 1,2 V, é
importante que a tensão de saída seja capaz de oscilar entre as
duas linhas de alimentação (positiva e negativa) ou seja, rail-to-
rail.
Conforme vimos naquele artigo, existem vários
componentes no mercado que atendem a estas características
como o TLV2462 da Texas Instruments, mostrado na figura 1.
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Figura 3 - Características
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Seguidor de tensão
O circuito mostrado na figura 6 é de um amplificador com
ganho unitário, ou seja, um seguidor de tensão que tem tanto
entrada como saída rail-to-rail.
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Conclusão
A utilização de fontes de alimentação com tensões cada
vez mais baixa, a adoção de circuitos de precisão numa variedade
cada vez mais ampla de aplicações, exige uma evolução também
nos circuitos de apoio e neles incluímos os amplificadores
operacionais.
Amplificadores operacionais RRIO são fundamentais nas
aplicações modernas. Fique atento quando fizer seu novo projeto.
A Mouser Electronics possui em sua linha de produtos uma
grande quantidade de amplificadores operacionais RRIO
destacando os tipos da Texas Instruments como o TLV2771
(https://www.mouser.com/_/?Keyword=TLV2771CD)
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O DIODO SEMICONDUTOR
Este artigo é uma adaptação de dois capítulos que saíram
no nosso livro Curso de Eletrônica – Eletrônica Básica e Curso de
Eletrônica – Eletrônica de Potência, dando uma visão geral do
funcionamento dos diodos semicondutores, com ênfase aos
diodos de potência. Em outros artigos do site, o leitor pode
encontrar outras abordagens para o tema.
Estudamos nas lições do Curso Básico (volume da mesma
série) que existem dois tipos de comportamentos dos materiais
em relação à capacidade de conduzir a corrente elétrica. Existem
os materiais através da qual a corrente pode fluir com facilidade,
sendo denominados condutores, e os materiais em que a corrente
não pode passar, denominados isolantes.
Dentre os condutores destacamos os metais, os gases
ionizados, as soluções iônicas, etc. Dentre os isolantes
destacamos o vidro, a borracha, a mica, plásticos, etc.
Há, entretanto, uma terceira categoria de materiais, um
grupo intermediário de materiais que não são bons condutores,
pois a corrente tem dificuldade em passar através deles, mas não
são totalmente isolantes. Nestes materiais, os portadores de
carga podem se mover, mas com certa dificuldade. Estes
materiais são denominados “semicondutores”.
Dentre os materiais semicondutores mais importantes,
que apresentam essas propriedades, destacamos os elementos
químicos silício (Si), germânio (Ge) e o Selênio (Se). Numa escala
de capacidades de conduzir a corrente, eles ficariam em posições
intermediárias, conforme mostra a figura 1.
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O diodo semicondutor
Para fazer uma corrente elétrica circular através de uma
estrutura, como a estudada no item anterior, com dois materiais P
e N formando uma junção, existem duas possibilidades, ou dois
sentidos possíveis: a corrente pode fluir do material P para o N, ou
vice-versa.
Na prática, veremos que diferentemente dos corpos
comuns que conduzem a eletricidade, a corrente não se comporta
da mesma maneira nos dois sentidos.
A presença da junção faz com que um comportamento
completamente diferente se manifeste em cada caso. Vamos
então supor inicialmente que uma bateria seja ligada a estrutura
formada pelos dois pedaços de material semicondutor que
formam a junção, ou seja, à estrutura PN.
O material P é ligado ao polo positivo da bateria, ao
mesmo tempo em que o material N é ligado ao polo negativo.
Ocorre então uma repulsão entre cargas que faz com que os
portadores de carga do material P, ou seja, as lacunas se
movimentem em direção à junção, ao mesmo tempo em que os
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Tipos de diodos
Conforme estudamos, o material semicondutor usado na
formação de junções tanto pode ser o germânio como o silício.
Assim, temos diodos tanto de germânio como de silício. E, nestes
grupos, os tipos podem ainda ter finalidades diferentes sendo, por
esse motivo, construídos de forma diferente.
No nosso Curso de Eletrônica – Eletrônica Analógica – Vol
2, estudamos diversos tipos de diodos que são encontrados nos
equipamentos eletrônicos.
Neste volume, em especial vamos nos aprofundar no
estudo dos diodos de potência, que são os diodos que se
destinam a operação com altas correntes e altas tensões. Assim,
numa primeira etapa estudaremos os diodos retificadores para
depois passar a outros tipos como os diodos zener, diodos
Schottky, diodos de quatro camadas e outros.
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