Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
CURITIBA
2008
1
CURITIBA
2008
2
CURITIBA
2008
3
TERMO DE APROVAÇÃO
Airton José Pacheco Barbosa
Gleberson José Constantino
Jonicir Max Scharmitzel
Este trabalho foi julgado e aprovado para a obtenção do título de Especialista em Patologias
nas Obras Civis do Curso de Pós-Graduação em Patologias nas Obras Civis da Universidade Tuiuti
do Paraná
Curitiba, de 2008
_____________________________________________
DEDICATÓRIA
AGRADECIMENTOS
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO..................................................................................................... 12
1.1 JUSTIFICATIVA ............................................................................................ 12
1.2 PROBLEMA ................................................................................................... 13
1.3 OBJETIVOS .................................................................................................. 13
1.3.1 Objetivo Geral .......................................................................................... 13
1.3.2 Objetivos Específicos .............................................................................. 14
1.4 HIPÓTESES .................................................................................................. 14
1.4.1 Hipótese Principal .................................................................................... 14
1.4.2 Hipótese Secundária................................................................................ 14
1.5 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS....................................................... 15
1.6 APRESENTAÇÃO DO TRABALHO............................................................... 15
2.ARGAMASSA DE REVESTIMENTO, COMPONENTES E ATAQUES
QUÍMICOS............................................................................................................... 16
2.1 HISTÓRICO.................................................................................................... 16
2.2 DEFINIÇÃO ................................................................................................... 18
2.3 QUALIFICAÇÃO ............................................................................................ 20
2.4 CLASSIFICAÇÃO .......................................................................................... 20
2.5 COMPONENTES .......................................................................................... 21
2.5.1 Cimento ................................................................................................... 22
2.5.1.1 Constituição do Cimento Portland ................................................. 22
2.5.1.2 Propriedades Físicas ..................................................................... 23
2.5.1.3 Propriedades Químicas ................................................................. 23
2.5.2 Cal ........................................................................................................... 24
2.5.2.1 Cal hidratada ................................................................................. 24
2.5.3 Areia ........................................................................................................ 26
2.5.3.1 Granulometria ................................................................................ 26
2.6 TIPOS DE ARGAMASSAS ............................................................................ 26
2.6.1 Argamassa para assentamento .............................................................. 27
2.6.2 Argamassa para revestimento ................................................................ 27
2.7 REVESTIMENTO .......................................................................................... 27
2.7.1 Definição .................................................................................................. 27
2.7.1.1 Chapisco ........................................................................................ 28
2.7.1.2 Emboço ......................................................................................... 28
2.7.1.3 Reboco........................................................................................... 28
2.7.2. Tipos de Revestimento ........................................................................... 28
2.7.2.1 Revestimento Comum ................................................................... 28
2.7.2.2 Revestimento Externo ................................................................... 29
2.7.2.3 Revestimento Interno .................................................................... 29
2.7.2.4 Revestimento Hidrófugo................................................................ 29
2.7.2.5 Revestimento Impermeabilizante .................................................. 29
2.8 DOSAGEM DAS ARGAMASSAS .................................................................. 30
2.9 DIRETRIZES PARA SELEÇÃO DAS ARGAMASSAS .................................. 30
7
LISTAS DE FIGURAS
LISTAS DE TABELAS
LISTAS DE ANEXOS
RESUMO
salinidades.
12
1. INTRODUÇÃO
histórico do “Museu Nacional do Mar”, com destaque para aqueles provocados pela
quando se trata de patrimônio histórico, visto que neste caso defronta-se muitas
reforma, resultam quase sempre em danos ainda maiores aos edifícios históricos.
e reboco são indicados para o tratamento de imóveis antigos, como também para
1.1 JUSTIFICATIVA
que não existe impermeabilização nas paredes, uma vez que a pintura é à base de
materiais que não podem ser reciclados e nem reaproveitados, devido a grande
nestas construções.
1.2 PROBLEMA
1.3 OBJETIVOS
estudo.
1.4 HIPÓTESES
umidade que pode reagir com o carbonato de cálcio das argamassas existentes,
nítrico.
da construção em estudo.
QUÍMICOS.
sofrem.
2.1 HISTÓRICO
Por muito tempo, mostrou-se pouco interesse no estudo destes tipos de problemas,
(CABAÇA, 2002).
que, na sua essência, remontam seu uso desde a Idade Média. Inicialmente, as
(ibid).
Grande parte dos edifícios construídos na idade média e nos Séculos XVII e
XVIII não possui qualquer proteção contra a umidade, tanto ascendente de solo,
O grande avanço foi feito nos Século XIX, na América. Pedras de origem
de chuvas (ibid).
(1850), tinha consciência dos problemas relativos à água proveniente do solo e que
sua ascensão deveria ser prevenida antes das fundações serem construídas,
patologias.
18
das patologias relativas à umidade. Por sua vez, os técnicos terão de estar aptos a
situação (ibid).
2.2 DEFINIÇÃO
até a conclusão da obra. Deste modo, diversos conceitos podem ser-lhe atribuídos,
19
outro lado, define argamassa colante como sendo uma “mistura constituída de
Na NBR 13530 (ABNT, 2002), nessa mesma norma também são definidos
como:
aglomerante.
materiais inertes.
2.3 QUALIFICAÇÃO
• Resistência mecânica
• Compacidade
• Impermeabilidade
• Constancia de volume
2.4 CLASSIFICAÇÃO
pasta.
• Secas.
• Plásticas.
• Fluidas.
2.5 - COMPONENTES
2 – Outros materiais
Ainda segundo Bauer (1995), quanto maior a plasticidade das argamassas na hora
do uso, maior será a sua aderência, o que é uma grande vantagem em certas
22
mistura. Pode ser cal, saibro, barro, caulim ou outros, dependendo da região. De
- a sua obtenção e o seu uso são regidos pelas Normas Técnicas Brasileiras;
Ainda segundo Bauer (1995), o saibro, o barro, o caulim e outros materiais locais
2.5.1 Cimento
(BAUER,1995).
23
propriedades são:
- Densidade;
- Finura:
- Tempo de pega;
- Pasta do cimento;
- Resistência;
- Exudação.
- Calor de hidratação:
2.5.2 Cal
argamassa (ibid).
média de 900 ºC. Nesta reação química, o carbonato de cálcio, sob a ação do
sendo que este gás se desprende resultando basicamente a cal (ibid). A equação
A cal, obtida por este processo, é denominada, cal viva , a qual ainda não
está pronta para ser utilizada, necessitando passar por um processo de moagem,
sendo então misturada com água em proporções adequadas (ibid). Deste processo
abaixo:
H 2O --> Água.
26
2.5.3 Areia
É o agregado natural lavado, que deve ser termo tratado como artificial de
2.5.3.1 Granulometria
As areias devem possuir o menor espaço vazio para argamassas por isso
devem ser de grãos mistos dando como consideração para areias próprias , a
peso. A dimensão máxima dos agregados a serem adotados nas aplicações das
Todas as paredes e tetos devem receber uma camada de chapisco, qualquer que
2.7 REVESTIMENTO
2.7.1 Definição
pode ser constituído de uma fina camada de chapisco e mais outras duas possíveis
uniforme, chamadas emboço de reboco e que torna a parede apta a receber, sem
2.7.1.1 Chapisco
2.7.1.2 Emboço
2.7.1.3 Reboco
após o emboço, permitindo que uma superfície possa receber a decoração final,
(ibid).
É o revestimento para uso externo que deve ser resistente a intempéries (geada,
É o revestimento para uso interno que deve ter uniformidade nas suas características
superficiais, deve ser também permeável ao vapor de água, possuir absorção capilar e ser
(ibid)
permanentemente. (ibid)
30
• Argamassas estruturais;
• Argamassa de revestimento.
• Destinos da argamassa.
• Volume de aglomerante.
Para uma avaliação das argamassas e escolha do melhor tipo a ser adotado
c) Módulo de elasticidade;
hidratação, uma parte da água forma o gel, enquanto que a água em excesso
• Absorção
• Condensação
• Capilaridade
2.10.2.1 Absorção
2.10.2.2 Condensação
2.10.2.3 Capilaridade
água sobe por capilaridade ascendente e adere às paredes, mas evapora com
devido à:
• Porosidade do material
• Permeabilidade do material
Nas paredes dos edifícios antigos em alvenaria, o meio mais fácil para a
(CABAÇA, 2002).
Quando a água sobe pelo tijolo, terá primeiramente que percorrer as juntas
patologia. (ibid).
2002):
marinhos.
2.10.4 Eflorescência
fazem com que as águas salinas, que penetram no concreto, transportem parte dos
reingressam ao interior do concreto. Após vários ciclos, forma–se uma crosta com
pode atingir a armadura, são facilitadas pelas características de alguns sais que
Sódio (Na2 CO3) , Hidróxido de Cálcio (Ca (OH)2) , Sulfato de Cálcio Desidratado
(NaNO3) , Nitrato de Amônio (NH4 NO3), Obs.: O Cloreto de Cálcio é muito solúvel
• Presença de água
Todas as três condições devem coexistir e, se uma delas for eliminada, não irá
• 5 - Ruptura da argamassa.
Durante a idade média, pelo fato de ser obtido do sal comum, o ácido
“ácido do sal”. No estado gasoso era chamado de “ar ácido marinho”. O nome
monumentos e outras estruturas feitas pelo homem estão sendo erodidas pela
1995).
ar úmido das névoas salinas formando o ácido nítrico (HNO3), outro componente
dos solos que umedecem os concretos expostos devem ser avaliados segundo os
1500
Observações:
* Baixa relação água/cimento ou elevada resistência podem ser para a obtenção da baixa permeabilidade do
** Água do mar.
*** Para condições severas de agressividade, devem ser obrigatoriamente usados cimentos resistentes a
sulfatos.
destacam:
• Umidade do terreno
• Umidade de construção
42
• Umidade de precipitação
• Umidade condensação
maior for a espessura da parede maior será a altura alcançada pela umidade ,
própria edificação estão mais sujeitos a ação direta da água da chuva, aumentando
maior quanto for a sua intensidade e sua ação contínua faz com que corra pela
parede externa e que penetre por força da pressão causada pelo vento ou ação da
nevoeiro. (ibid)
dos rios;
superfícies e desta forma os poluentes são transportados até aos corpos d’água.
silicatos (ibid).
dejetos de animais, visto que a morte dessas bactérias, ocorre de forma rápida
ação dos raios solares, encontram altos teores de nutrientes para a sua
sobrevivência (ibid).
Para uma reação de dupla troca entre dois sais, portanto iônica, coexistirão
no meio reacional dois produtos, sendo que um deles irá apresentar Kps (produto
de solubilidade) inferior a qualquer um dos sais que lhe deram origem. Segundo
“um sal é insolúvel em água se a energia de hidratação for menor que a energia de
reticulação.” Como para a maior parte dos compostos iônicos formados com
geralmente solúveis em água, salvo raras exceções como KClO4 e NaZn (UO2)
quais estiverem ligados possibilitarem alta energia de reticulação, fato que passa a
obedecem à afirmação feita por Lee (2001). No entanto, como a energia reticular
abaixo:
Deve ser observado ainda que em ambas as reações, os metais que formam
Metal Eletronegatividade
Potássio –1 -A 0,8
Sódio – 1 –A 0,9
Segundo Lee:
Sejam duas espécies A-A e B-B [...] as energias de suas ligações podem
ser medidas, logo E100%covalente A-B = (EA-A .EB-B)1/2 [...] Pauling por fim
estabeleceu que Δ = (energia da ligação real) - (EA-A .EB-B)1/2 ,onde Δ é a
energia de ligação adicional, referente à carga eletrônica dos átomos que
formam o composto. (2001, p.81).
químicas. Se avaliado sob o ponto de vista lógico, cada uma das reações
síntese de ácidos nucléicos, tem como base processos inorgânico (LEE, 2001).
48
nítrico, que cai sob a forma de chuva, que em contato com carbonatos alcalinos e
HX + YNO3 → HNO3 + XY
Por exemplo:
3. ESTUDO DE CASO
meio no decorrer de muitos anos, possui obviamente uma saturação de sais. Para
prévio desses sais, tanto na argamassa, como também no meio marinho próximo à
edificação.
que aproximadamente 60% dessa área constituí a Ilha de São Francisco do Sul e o
restante, faz parte da região continental. Este município está contido nas folhas
escala 1:50.000 e suas coordenadas são: Latitude de 26º 14’ 36” S e Longitude de
de Santa Catarina e a área total da Ilha obtida por imagem de satélite, onde se
(cimento-cal-areia).
53
de amostras retiradas da água do mar conforme mapa dos pontos locados (Anexo
seguintes procedimentos:
superior da fundação em que a maré alcança o seu nível máximo, conforme mostra
a Foto n.º1, Anexo 1. Em função de que a capilaridade nos meios dos substratos
alcança altura de até 1,20m (um metro e vinte), foi conveniente proceder à coleta
de amostras em zona afetada e não afetada para servir de padrão aferidor. Tais
martelo. Foram coletados 500 gramas de material para cada amostra, sendo
para a foz do rio Pedreira. A coleta de água foi feita em frascos devidamente
foram lacrados, identificados e armazenados em uma caixa térmica com gelo, até
Salientamos que para uma melhor amostragem desta água, tais amostras
4. RESULTADOS OBTIDOS
também das amostras coletadas no meio marinho. Destacamos que somente após
2008 (ver anexo 14), atendendo ao pedido realizado pelos autores deste trabalho
em 22 de maio de 2008 (ver Anexo 15), é que foram realizadas as coletas das
contrariava o pedido do laboratório de 500 gramas para cada amostra. Desta forma
externo.
com o pedido.
nitratos e sulfatos, onde foram coletadas seis amostras, ou seja seis pontos
sulfatos e cloretos, onde foram coletadas duas amostras, uma na região afetada e
da análise das amostras da água mar nos pontos 1 ao 6 conforme anexo 15, onde
de sulfatos.
NITRATO(mg/L)
GRAU DE CONCENTRACAO DO NITRAT
3,50
3,2
(mg/L) EM ÁGUA SALOBRA
3,1
3,00
2,8 2,7
2,50 2,5
2,2
2,00
1,50
1,00
0,50
0,00
PONTO Nº
PONTO Nº
PONTO
PONTO
PONTO
PONTO
Nº02
Nº03
Nº04
Nº01
05
06
600
300
232 234
200
100
PONTO Nº
PONTO Nº
PONTO
PONTO
PONTO
PONTO
Nº02
Nº03
Nº04
Nº01
05
06
LOCAL DA COLETA DA AMOSTRA
GRAU DE CONCENTRAÇÃO D
CLORETOS mg/Kg
CLORETO NA ARGAMASSA
11300
11200 11188,43
11100
11000
mg/Kg
10900
10800
10700 10696,82
10600
10500
10400
N AFETADA AFETADA
COLETA DA AMOSTRA
NITRATO mg/Kg
GRAU DE CONCENTRAÇÃO DE
NITRATO NA ARGAMASSA mg/K
1600
1400 1365,09
1200
1000
800
702,93
600
400
200
0
N AFETADA AFETADA
COLETA DE AMOSTRA
SULFATO mg/Kg
GRAU DE CONCENTRAÇÃO D
120
SULFATO NA ARGAMASSA
107,06
100
80
mg/Kg -
60
40
20
6,11
0
N AFETADA AFETADA
COLETA DE AM OSTRA
Obs.: As amostras da água do mar podem estar afetadas em função de terem sido
recolhidas durante o dia, quando o prudente era ser recolhidas á noite, mas devido
a grande dificuldade do acesso ao local, se tomou por segurança ser feita coleta
por uma nova análise para a determinação dos níveis de salinidade, pH, e
obtidos da análise das amostras da água do mar conforme anexo 17, onde se
pontos 4 e 5 mas ainda sendo todos considerados água salobra e por fim a
maioria dos resultados deram valores maiores do que o valor máximo que se
consegue quantificar.
Coliformes
Coliformes
PH (mg/L)
8,2
GRAU DE CONCENTRACAO D
8 7,95 7,98
7,8
PH(mg/L)
7,6
7,4 7,35
7,2
7,08
7
6,8
6,6
PONTO Nº
PONTO Nº
PONTO
PONTO
PONTO
PONTO
Nº02
Nº03
Nº04
Nº01
05
06
PONTO DA COLETA DAS AMOSTRAS
SALINIDADE(mg/L)
25000
GRAU DE CONCENTRACAO D
23739
20459
SALINIDADE (mg/L)
20000
17220
15000 14727
10000
5000
0
PONTO Nº
PONTO Nº
PONTO
PONTO
PONTO
PONTO
Nº02
Nº03
Nº04
Nº01
05
06
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
classifica como salobra, água com teores de salinidade entre 500 a 30.000 mg/L .
são visíveis nas superfícies dos tijolos, (ver anexo 12), que provoca a destruição da
degradação.
64
substrato.
O revestimento das paredes afetadas deverá ser substituído por uma nova
tolerável ou demasiada.
analisada) para uma compreensão maior do que está ocorrendo com a argamassa.
66
REFERÊCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
2006.
1996 .
BLUNCHER ,J.D.Lee. Química Inorgânica não tão concisa. São Paulo: ed. 04, p.
ANTAC, 2005.
p.160, 1995.
HELENE. P.R.L. Corrosão em Armaduras para Concreto Armado. São Paulo: p.21,
1986.
MENEZES, Edgard Cabral. Química. São Paulo: ed. 01, p4-5, 1964.
OPÁRIN, A . A Origem da vida. Rio de Janeiro: Vitória, ed. 02, p.83-115, 1962.
PETRUCCI, E.G.R. Materiais de Construção, São Paulo: Globo, ed. 12ª., p. 354,
1998.
68
1996.
www.construlink.com.br
69
ANEXOS
70
Anexo 01
Anexo 02
Anexo 03
Anexo 04
Anexo 05
Anexo 06
Anexo 07
Anexo 08
Anexo 09
Anexo 10
Anexo 11
Anexo 12