O documento discute a filosofia de Kant e Hume sobre ética e epistemologia. Aponta que Kant não cai na "guilhotina de Hume" porque deriva deveres morais de conceitos transcendentais ao invés de apenas da experiência sensível, ao contrário do que Hume defendia. Também esclarece que a crítica de Hume se aplica tanto à epistemologia quanto à ética, ao contrário do que alguns alegam.
Descrição original:
Título original
05. a Guilhotina de Hume e Kant, A Ignorância Dos Ateus Cientificistas e a Deturpação Da Filosofia (Contra Os Acadêmicos)
O documento discute a filosofia de Kant e Hume sobre ética e epistemologia. Aponta que Kant não cai na "guilhotina de Hume" porque deriva deveres morais de conceitos transcendentais ao invés de apenas da experiência sensível, ao contrário do que Hume defendia. Também esclarece que a crítica de Hume se aplica tanto à epistemologia quanto à ética, ao contrário do que alguns alegam.
O documento discute a filosofia de Kant e Hume sobre ética e epistemologia. Aponta que Kant não cai na "guilhotina de Hume" porque deriva deveres morais de conceitos transcendentais ao invés de apenas da experiência sensível, ao contrário do que Hume defendia. Também esclarece que a crítica de Hume se aplica tanto à epistemologia quanto à ética, ao contrário do que alguns alegam.
tentar bater em Kant falando que a derivação deontológica do imperativo categórico dele cai na guilhotina Humeana. O problema é que essas pessoas não entendem nem Hume e nem Kant, ou se acham que entendem, leram eles em algum artigo qualquer ou blog de ciência sobre epistemologia e ignorou completamente a gnosiologia ou metafísica de ambos.
* 1 Primeiro ponto, o que é uma derivação do ser?
É dizer que se algo é assim, portanto deve ser assim. O exemplo mais fácil que posso falar é o próprio senso comum: " Se você não quer que te machuquem, portanto voce não deve machucar os outros". Kant diz isso, ele cria a ética normativa da deontologia a partir do que o homem busca para si. Muitos aqui já podem ter feito uma objeção ao que eu disse : " mas falar que não pode machucar pois não quer ser machucado, não torna o parametro relativo ao próprio ser? E se alguém quiser ser machucado? Então ele pode machucar?" ^Poderia ocorrer, e a investigação em Kant prosseguiu pois agora , faltaria somente conseguir demonstrar que ninguém quer ser machucado. *2 Segundo ponto: Imperativo categórico. Kant acredita que a pessoa só consegue racionalizar o que é ruim através do que ela julgar para si ser ruim ou não. Você só racionaliza que bater ou dar carinho é ruim ou bom pois você gosta de receber carinho e não gosta de apanhar. E portanto você age imperativamente para o seu próprio bem, você nunca vai querer apanhar, mas se isso é um processo da Razão humana e a Razão humana para Kant tem alguns conceitos transcendentalistas, ou seja, não é integralmente dependente da experiência sensível, mas é apriori, significa que todos os homens passam pelo mesmo processo noético, e consequentemente todos os homens agem imperativamente da mesma forma. Só que o homem racionaliza primeiramente para si, apesar do homem observar que bater é ruim pois ele apanhou uma vez e não gostou, ele não necessariamente está exteriorizando isso ao outro e então ele bate. *3 Talvez o homem só bata para evitar que apanhe, portanto Apesar dele já ter entendido que bater é errado ele vai bater por auto- preservação, ele só bate pois ele Acha que o outro irá bater, se ele tivesse a certeza que o outro não bateria, ele também não o faria. Portanto ele gostaria que Não bater fosse uma lei universal. *4 se Todo homem individualmente quer que não bater seja lei universal, ele deve agir normativamente de forma que faça primeiro para Si, portanto nenhum homem deve bater. * 5 Ad absurdum: Para Kant, e dedução da moral deve derivar de suas máximas e não de suas consequências, ainda que alguém me ferir e portanto eu o feriria antes para me proteger, eu estaria observando um cenário em que ferir ele foi bom para mim, mas essa consequência é um fenômeno. Para saber se ferir é bom ou não devo o levar para sua máxima e hipostasiar um cenário onde Todos ferem a todos, e somente nesse cenário eu vejo que ferir é ruim , logo, mais uma vez, não se deve ferir. O ponto importante é que: Como garantir que todo ser humano está passando pelo mesmo processo noético? Kant era Deísta, acreditava em Deus e acreditava que Deus dotava o homem da capacidade da razão, e se é Deus apriori ao mundo sensível e infalível ( é evidente que não se pode ignorar a distinção de juizo de fato e juizo de falor, sobre ser em si mesmo e fenômeno, a razão tem sua limitação e não pode conhecer o transcendente, o termo " infalível" que usei ai por outra questão que será explicada., logo o dom da razão era infalível. Então isso só funciona para Kant pois tem metafísica por trás do próprio jusracionalismo. Isso está sim derivando o dever ser do ser, Apesar de isto não estar derivando somente da experiencia sensível, existe um juízo sintético, que não se pode provar, mas que participa apriori da experiencia sensível. É uma abordagem metafísica que deriva algo da própria física ( mundo sensível). Hume só dizia que não se pode derivar "dever " do "ser" pois era empiricista e não acreditava na abstração, ele acha que não pode derivar dever do ser pois ele não acredita em nada apriori ao ser. Kant está saindo completamente pela tangente, saindo da crítica de Hume, isso não torna a ferramenta de hume errada, isso apenas diz que vai depender da prerrogativa: Você só conseguirá derivar dever do ser se: Ter algum conceito transcendental, apriori e sintético ao próprio ser. Torna-se ridículo O uso de ética derivativa somente quando o cara não compreende transcendentais em sua forma de derivação. Quando um Ateu cientificista tenta fazer esse tipo de derivação, ai sim ele cai certinho na guilhotina do Hume. AI tem gente ateísta usando Jusracionalização, deontologia e derivando dever do ser ...e achando que é kantiano...sem saber que mesmo para kant isso só era possível acreditando em Deus. Apesar do Kant bater em descartes, ele só é capaz de deduzir isso usando Descartes, ele pega Descartes e o retifica. Por isso o idealismo transcendental de Kant é ensinado, de forma pedagógica, com ose fosse a junção do racionalismo e do empirismo pois. Descartes era Racionalista e viciado em hipostasia. E só fazia isso pois considerava que a mente era diferente do Corpo pois era Cristão, acreditava que a capacidade da razão humana vinha do espírito, se o espírito não é da mesma substância do corpo sensível, e se o processo gnosiológico é feito pelo Espírito, logo o processo epistemológico tinha que ser Dedutivo, racional. Depois vem Hume, querendo Bater em Descartes, Eu não sei dizer a vocês se Hume era Ateu, mas, Hume estará talvez trazendo Ockhan de volta ao debate, e então usa a navalha de Ockhan para Excluir de seu processo gnosiológico e epistemológico e ético qualquer coisa apriori ao processo sensível pois , tal qual o nominalismo de ockhan, as Abstrações eram flatus vocis e não tinham caráter probatório, portanto era preferível não confiar em nenhum método que dependesse de algo que separa mente de corpo , para ele o processo era integralmente empírico, portanto ele cria a guilhotina, pois ela é Derivada da própria navalha de Ockhan. Derivar dever do ser para ele implica em tudo. Por exemplo, na epistemologia ele dirá que você não pode hipostasiar, não pode fazer uma dedução imaginando um cenário que não se experimenta de forma sensível. Ele diria para um anarquista o seguinte : " Não se dizer que anarquia seria melhor que com o Estado pois, você nunca viu a anarquia, nunca a experimentou e portanto não tem como concluir nada epistemologicamente sobre ela, Experimentar o estado, ver que o estado é ruim, não torna possível dizer que sem o estado seria Melhor pois é uma hipostasia, isso é derivar dever ser do ser. Imagina, tem dois picolés, um de uva e um de morango. Você experimenta o de Uva, acha ruim, e então diz " o de uva é ruim, então o de morando deve ser melhor". Você não experimentou o de morango, você não pode concluir NADA sobre o de morando por ter experimentado o de uva. Se voltarmos lá atras, no *5, o ad absurdum é uma hipostasia, é preciso partir do pressuposto que o homem poderia realmente imaginar um cenário em que todo mundo se fere, mas Hume dirá que o homem não tem como Imaginar um cenário que ele nunca viu, que ele erraria, imaginaria coisas que não são elas em si. Aqui, terá um discernimento entre Imperativo hipotético e imperativo categórico. Hume dirá que você só consegue, é claro que a razão pode mostrar-nos que meios usar dados os fins que temos. Se quero ter saúde, a razão pode dizer-me que devo parar de fumar. Neste caso, a razão fornece um imperativo que na sua forma é hipotético: Diz que devo parar de fumar se quiser proteger a minha saúde. Hume pensava que a razão não pode fazer mais do que isto. Então Hume iria dizer que a ética que se deriva do que se deve ser feito pelo ser não é possível pois ele não acredita na hipostasia pois hipóteses são abstratas e abstrações são flatus vocis. Todavia, Kant defendeu que as regras morais são categóricas na sua forma, e não hipotéticas. Um acto que é errado, é errado — ponto final. As regras morais dizem “Não faças x.” Não dizem “Não faças x se o teu fim é G”. Kant tentou mostrar que as regras morais — os imperativos categóricos — derivam da razão tão seguramente como os hipotéticos. O que Kant faz, é sincretizar Hume a Descartes pela percepção que A crítica de Hume apesar de ser boa, só existe graças ao nominalismo que não acredita no abstrato, mas se Kant acredita em algo sintético apriori, logo não cai na guilhotina.
Você pode derivar dever do ser SE compreender
que a razão humana é uma abstrata Universal e apriori que independe da experiencia sensível. < E isso só se faz com metafísica. Pois: Se não há nada além da experiencia sensível e apriori a ela, logo o processo noético gnosiológico só depende da experiência , mas > Se se cada pessoa tem uma experiência diferente logo não se pode dizer que o processo gnosiológico delas são iguais > Se pessoas de diversas culturas em lugares diferentes experimentam algo diferente e por tanto tem uma Razão diferente, Logo não se pode usar a Razão humana ( que se tornou relativa pois cada pessoa é relativa) para Derivar uma ética universal, imperativa e categórica. Eu falei de Hume outro dia e ninguém sabia dizer que a guilhotina dele era para fazer juízo ético ou para epistemologia, falaram : " mas hur dur a guilhotina de Hume é só pra ética, tem nada a ver com epistemologia" COMO NADA A VER? TEM TUDO A VER. PAREM de ficar debatendo filosofo x e y sem saber TODAS as concepções dele, você não pode debater filosofo X pela perspectiva epistemologia dele SEM saber a perspectiva gnosiológica dele e por ai vai. Falar que Kant cai em Hume pois a ética de Kant é derivativa é IGNORAR que a guilhotina de Hume só existe por uma questão de conceito nominalista , mas Kant é transcendentalista, logo não cai. Conclusão, Quando Olavo e outros filósofos conservadores falam que Descartes, Kant, etc criaram uma degeneração, pois os ateus adoram usar estres 3, é somente porque esses Ateus usam eles dentro da epistemologia sem entender que a epistemologia deles deriva da gnosiologia deles e que a gnosiologia deles depende de sua metafísica. Portanto usar Descartes ou Kant sem ser metafísico é burrice. O que eles dizem só faz sentido dentro da concepção metafísica deles. Não é culpa nem de Descartes nem de Kant porra, é culpa de gente prepotente, arrogante e ignorante que distorce eles e ignora que eram todos cristãos. Ver gente citar Descartes para negar a realidade me dá dor no coração. Ver gente ateísta fazendo derivação dever ser de ser da forma que Kant fazia sem adotar a metafísica dele me dói mais ainda.