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ABSTRACT
In order to analyse the deleterious effects of Alkali- Aggregate Reaction (AAR) on concrete
structures it is being done in PEC/COPPE/UFRJ a study consisting of implementing a chemichal
expansion model in a finite element program. The present work briefly shows some aspects of this
study, such as characteristics and causes of the AAR, as well as the main parameters envolved in
its development. Special attention in given to tension, which influence over AAR expansion is still
today considered rather complex. Results obtained from the developed program, concerning a
cylindric concrete sample, are compared to available data, showing good agreement.
1- INTRODUÇÃO
As dificuldades encontradas até os dias de hoje para se evitarem ou minimizarem os efeitos desta
reação, além do esforço despendido na recuperação de estruturas atingidas, justificam os estudos
que vêm se desenvolvendo em todo o mundo visando a esclarecer este aspecto do
comportamento do concreto. A seguir apresentam-se, de forma sucinta, as características
principais da RAA e considerações sobre alguns dos parâmetros influentes e sobre a modelagem
do concreto sujeito aos efeitos da RAA.
2- REAÇÃO ÁLCALI-AGREGADO
3.1- Temperatura
Alguns autores (CAPRA et alli,1995; LARIVE,1997) afirmam que a temperatura exerce pouca
influência sobre a amplitude da deformação provocada pela RAA. Segundo Larive apenas a
cinética da reação é afetada pela temperatura. Diversos modelos incluem este efeito cinético com
a adoção de leis do tipo Arrhenius, que são comprovadamente eficazes para a representação de
reações químicas termoativadas.
3.2 - Umidade
3.3 - Tensão
A questão básica no que se refere a este assunto é se existe ou não o acoplamento entre a tensão
e a expansão por RAA.
Na maioria dos trabalhos considera-se o acoplamento entre a tensão e a expansão por RAA. Em
uma publicação de 1995 STARK tece considerações a este respeito, com base em resultados
obtidos de ensaios laboratoriais sobre corpos de prova de concreto submetidos a tensões
triaxiais de compressão uniformes, variando de 1,90 a 2,70 MPa. Segundo o autor, os corpos de
prova ensaiados não apresentaram qualquer sinal de expansão, o que o levou a afirmar que a
tensão pode reduzir significativamente a expansão causada por RAA. ADEGHE (1995) também
admitem este acoplamento ao propor um modelo para o cálculo de estruturas afetadas pela RAA
no qual a expansão é considerada como dependente da tensão aplicada. Os autores basearam-
se em medições de deformações em uma estrutura de barragem para desenvolver um modelo de
expansão acoplada à tensão, apesar de reconhecerem que os dados disponíveis sobre a
interação entre tensões e taxas de expansão em condições de tensão biaxial e triaxial fossem
insuficientes. CURTIS (1995), por sua vez, utilizou um modelo de expansão acoplada à tensão
ao desenvolver um programa para simulação dos efeitos da RAA em estruturas, modelo este,
segundo o autor, o mais adequado para reproduzir os resultados obtidos a partir de medições
que foram realizadas em componentes de uma barragem.
∆D/D
expansão livre
∆L/L
10 MPa
5 MPa
5 MPa 20 MPa
expansão livre
10 MPa
20 MPa
tempo tempo
(a) Expansão longitudinal x tensão (b) Expansão transversal x tensão
Figura 2 - Aspecto das curvas obtidas por LARIVE (1997) para a expansão longitudinal e transversal ao longo do
tempo.
Observa-se que a expansão na direção longitudinal (variação da altura do CP) foi extremamente
reduzida. Tais resultados podem levar a crer que a aplicação de uma tensão uniaxial reduza os
efeitos da RAA, no entanto, verificou-se o contrário nas curvas de expansão transversal
(variação do diâmetro do CP). As medições efetuadas nas duas direções foram utilizadas no
cálculo da variação volumétrica total, de forma aproximada, pela expressão 1:
1
A referência (LARIVE,1997) apresenta as curvas reais obtidas a partir dos ensaios
εsw
po Log(p)
0.2
variação da altura do CP (%)
0.18
0.16
0.14
0.12
0.1
0.08
0.06 programa
0.04 Larvi e
0.02
0
0 100 200 300 400 500 600 700
tempo(dias)
∆V ∆ L ∆D
= +2 (1)
V L D
Tabela 1- Resultados obtidos por LARIVE (1997) nos ensaios de CPs sob expansão livre
σ expansão livre 5 MPa 10 MPa 20 MPa
0,199 0,023 0,014 -0,003
0,102 0,153 0,208 0,125
0,403 0,329 0,430 0,247
Características do Material
4
Módulo de Elasticidade= 2,5x10 MPa
Coeficiente de Poison= 0,23
Parâmetros Característicos
ε∞= 0,196%
τ= 33,4 dias
Dados da Malha
Número de elementos= 214
Número de nós= 78
Onde:
é a variação da altura do CP e
Os resultados obtidos, apresentados na tabela 1, mostram que a variação volumétrica total dos
corpos de prova sob tensões uniaxiais de 5 e 10 MPa foi comparável à dos corpos de prova
deixados sob expansão livre, tendo as deformações impedidas na direção longitudinal dos CPs
sido compensadas por maiores deformações tranversais. Já para tensões de 20 MPa, verificou-
se uma redução significativa da expansão volumétrica, o que pode ser explicado pelo fato de se
tratar de um nível de tensão superior a 30% da resistência do concreto ensaiado. A redução da
expansão, portanto, não foi causada por um menor desenvolvimento da RAA, mas pela
ocorrência de uma microfissuração de origem mecânica que abriu espaço para os produtos da
reação se alojarem, diminuindo a expansão do concreto.
Com base neste estudo Larive comprova o desacoplamento entre a reação química e a tensão, e
propõe um modelo de expansão livre por RAA.
A modelagem da RAA é muito complexa porque, aos vários parâmetros que influenciam o
comportamento do concreto, somam-se características particulares da reação química - que
ocorre de forma não homogênea no volume da estrutura, por depender da presença dos
componentes químicos, caracterizando-se como um fenômeno local.
. sw = . u p ≤ po
ε. ε. u log p (2)
sw = − K p ≥ po
ε ε po
onde: p é a média das tensões nas três direções principais; po é a tensão até a qual a taxa de
Tal modelo adota as seguintes hipóteses simplificadoras: a taxa de expansão é igual nas três
direções principais e as influências da temperatura e da umidade são desprezadas.
LARIVE (1997) propõe uma expressão que representa a expansão livre (εch) do concreto em
função de três parâmetros independentes: o valor assintótico da expansão livre (ε ∞), o tempo de
latência (τlat ) e o tempo característico (τ). Estes três parâmetros foram identificados para
diferentes tipos de concreto através do ajuste de várias curvas obtidas experimentalmente a partir
de CPs expostos a condições variadas de umidade e temperatura. Adotou-se na análise dos
dados um programa baseado na técnica dos mínimos quadrados.
provocado pelas deformações. Tanto τlat quanto τ, que definem as duas fases de
desenvolvimento da expansão, dependem da umidade e da temperatura.
-t
1− e τ
(3 )
εch = ε ∞ 1 + e − t- τ lat
τ
onde t é o tempo.
5- IMPLEMENTAÇÃO NUMÉRICA
Tendo por objetivo realizar a análise de estruturas de concreto massa sujeitas à deformações por
RAA, vem se realizando no PEC/COPPE/UFRJ a implementação da expansão por RAA no
concreto em um programa de elementos finitos. O programa em questão consiste na análise
ela stoplástica de estruturas de concreto, com adoção de elementos tetraédricos com 4 nós.
O modelo de expansão por RAA adotado foi o proposto por LARIVE (1997), considerando
tensão e deformação por RAA desacopladas.
6- EXEMPLO NUMÉRICO
Procurou-se, inicialmente, reproduzir com o programa um dos ensaios realizados por LARIVE
(1997) sobre corpos de prova cilíndricos feitos de concreto reativo, sob expansão livre. A figura
4 apresenta a comparação entre a curva de Larive, representada pela expressão 3, e a curva
obtida através da implementação numérica realizada. Os dados do CP analisado são fornecidos
na referência (LARIVE,1997) e mostrados na figura 5.
13 cm
24 cm
7- CONCLUSÕES
Pode-se observar que, para o caso de expansão livre, o programa desenvolvido fornece
resultados satisfatórios. O próximo passo neste estudo consiste em superpor às deformações por
RAA os efeitos de carregamentos externos, reproduzindo o comportamento não linear
provocado pela microfissuração interna provocada pela tensão e possibilitando a aplicação do
programa a estruturas mais complexas no que se refere às condições de contorno, carregamento
e geometria.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Compactado com Rolo. Ensaios e Propriedades, 1.ed., Rio de Janeiro, Ed. Pini, 1997;
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CAPRA, B., BOURNAZEL, J., BOURDAROT, E. Modeling of Alkali-Aggegate Reaction
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COUTINHO, A., ALVES, J., LANDAU, L., EBECKEN, N. Avaliação de Estratégias
Computacionais para o Método dos Elementos Finitos em Computadores Vetoriais, Revista
Internacional de Métodos Numéricos para Cálculo y Diseño en Ingenieria, Vol. 9, no 3,
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CRISFIELD, M. Non-Linear Finite Element Analysis of Solids and Structures, vol.1, Ed.
J. Wiley, 1991;
CURTIS, D . Modeling of AAR Affected Structures using the GROW3D FEA Program, Proc.
Second International Conference on Alkali-Aggregate Reactions in Plants and Dams,
USCOLD, 22 pp., 1995;
FERENCZ, R. Element-by-element Preconditioning Techniques for Large -Scale,
Vectorized Finite Element Analysis in Nonlinear Solid and Structural Mechanics, PH.D.
Thesis, Division of Applied Mechanics, Stanford University, 1989;
LARIVE, C. Apport Combinés de L’Alcali-Réaction et des ses Effets Mécaniques , tese
de doutorado, França, 327 pp., 1997;
SELLIER, A., BOURNAZEL, A., MÉBARKI, A. Une Modélisation de la Réaction Alcalis-
Granulat Intégrant une Description des Phénomènes Aléatoires Locaux, Materials and
À Capes, que financia este projeto através da concessão de bolsa de estudo e do acordo
CAPES/COFECUB, firmado entre a COPPE e o LCPC (Laboratoire Central des Ponts et
Chaussées).