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RELATÓRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA/ EDITAL PRP 07/2021
RESUMO – texto .
1. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
1.1 COMPORTAMENTO FLUIDODINÂMICO DA FLUIDIZAÇÃO
A fluidização é uma operação unitária aplicada a colunas contendo material particulado, que é
suspenso através do escoamento de uma fase fluida aplicado na base do equipamento. Esta
configuração é definida como leito fluidizado e se difere de um leito fixo por manter as partículas
afastadas entre si.
Os leitos fluidizados apresentam uma fluidodinâmica que promove uma intensiva mistura das
fases constituintes, otimizando a transferência de calor e massa. Por conta destes aspectos, esta
operação é amplamente empregada na indústria química, seja para etapas reacionais, como leitos de
reações catalíticas, regeneração de catalisadores, combustão de carvão, entre outras, como também em
aplicações físicas não reacionais, tais como a secagem de parículas e o recobrimento e granulação de
sólidos (CREMASCO, 2012).
A interação entre a fase fluida e a fase particulada irá modificar no interior do equipamento o
comportamento fluidodinâmico e, consequentemente, este será afetado pelas propriedades das fases,
como, por exemplo, a distruição granulométrica, o diâmetro da partícula e a viscosidade dinâmica.
Além disso, as condições operacionais também intererem na fluidodinâmica, portanto parâmetros
como a temperatura, a vazão da fase fluida, o diâmetro da coluna, entre outros, também são relevantes
(CREMASCO, 2012).
Os regimes fluidodinâmicos estabelecidos entre as fases na fluidização com ar foi estudado por
Geldart (1978) que estabeleceu os resultados identificados na Figura 1.
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Figura 1 – Tipos de regimes fluidodinâmicos (A, B, C e D) obtidos por fluidização com ar. As relações
funcionais se alteram em função das propriedades da fase particulada (pp e dp) e fluida (p).
∂ρε
+ ∇. ρε𝐮 = 𝟎 (1)
∂t
∂𝐮
ρε [ ∂t + 𝐮. ∇𝐮] = −∇p + ∇. 𝛕 − 𝐦 − ρ𝐠 (2)
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∂ρ𝑝 ε𝑝
+ ∇. ρ𝑝 ε𝑝 𝐮𝒑 = 𝟎 (3)
∂t
∂𝒖𝒑
ρ𝑝 ε𝑝 [ ∂t + 𝐮𝒑 . ∇𝐮𝒑 ] = −∇p𝑝 + ∇. 𝛕𝑝 + 𝐦 − (ρ𝑝 − ρ)ε𝑝 𝐠 (4)
O leito de jorro é uma aplicação da operação de fluidização e como tal, promove uma intensa
mistura de partículas e otimiza a transferência de calor e massa. Seu uso na indústria também se estende
a meios reacionais, como as operações de combustão, e a operações não reacionais, como a secagem
de cereais e sementes.
A geometria usual do leito de jorro é uma câmara cilíndrica acoplada sobre uma estrutura em
forma de tronco de cone, conforme elucidado na Figura 2. O funcionamento se dá pela inserção de um
fluido na base do equipamento, que escoa em sentido ascedente percolando o material particulado
depositado no interior. Conforme Cremasco (2012), esta operação implica a formação de cinco regiões
diferentes no interior do leito, que justificam a complexidade no estudo fluidodinâmico deste
equipamento, um vez que cada região requer diferentes considerações e equações constitutivas para o
uso das equações da continuidade e do movimento. A Figura 2 também expressa as regiões
mencionadas, a saber: região de jorro, de fonte de sólidos, anular, de interface e de mistura/reentrada
de sólidos.
Nos estudos envolvendo leitos de jorro é importante avaliar as condições operacionais adequadas
através de uma curva característica que relaciona a vazão da fase fluida (q) e a queda de pressão no
equipamento (∆P).
Para obtenção da curva característica, um teste experimental é realizado, primeiramente
aumentando-se, gradualmente, a vazão da fase fluida e registrando-se tanto a queda de pressão no
equipamento quanto o comportamento do leito fluidizado. Nesta etapa é possível identificar a queda
de pressão máxima (-∆Pmáx) e o desenvolvimento do jorro até uma condição estável, onde elevações
na vazão da fase fluida praticamente não alteram a queda de pressão. Em seguida, a vazão do fluido é
gradativamente reduzida, registrando-se uma segunda curva. Nesta avaliação, é possível identificar a
queda de pressão mínima (-∆Pmín) no dispositivo, que está relacionada com a condição mínima de jorro
estável (altura mínima de jorro estável (Hjm) e vazão de mínima fluidização (qjm) ) para o qual valores
menores de vazão do fluido e, consequente menores valores de queda pressão, implicam uma
configuração de jorro instável caracterizado por alturações em sua altura (H). A queda de pressão
mínima fornece uma estimativa do patamar de operação do leito de jorro. O procedimento descrito
pode ser visualizado através da Figura 3.
Figura 3 – Curva característisca para o leito de jorro. A curva ABCD representa o aumento gradual na
vazão do fluido (q) e identificação da queda máxima de pressão (-∆Pmáx) até a formação do jorro estável.
Já a curva no sentido DEFA representa a redução gradual na vazão do fluido e identificação da queda
mínima de pressão (-∆Pmín) e vazão de mínima fluidização (qjm).
O método dos volumes finitos (MVF) é uma técnica de solução numérica aprimorada,
fortemente, para tratar problemas convectivos, que outrora não eram contemplados profundamente por
outros métodos, tais como o método das diferenças finitas (MDF) e método dos elementos finitos
(MEF). O MVF é utilizado para discretização do domínio em diversos volumes de controle e solução
das suas equações algébricas estritamente conservativas. Sua aplicação na mecânica dos fluidos foi
potencializada à medida que o poder computacional também cresceu e o desenvolvimento de sistemas
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de coordenadas generalizadas ganhou notoriedadedsna década de 70 (MALISKA, 2017).
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O método RANS trabalha apenas as grandezas médias do escoamento, com todas as escalas de
turbulência sendo modeladas. A Equação 5 expressa as equações de Navier-Stokes em termos de suas
̅̅̅̅̅̅̅
médias temporais, sendo que o termo (−𝜌𝑢 ′ ′
𝑖 𝑢𝑗 ) representa a influência turbulenta no escoamento e é
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Alternativamente à metodologia de equações
ds médias, o método LES promove uma resolução
mais detalhada do escoamento, significando que há uma captura minuciosa dos efeitos turbulentos em
troca de um maior esforço computacional. O princípio básico do método se dá pela filtragem das
equações de Navier-Stokes em função do tamanho das escalas presentes na malha e, portanto, tem uma
forte relação com o refinamento da malha utilizada. Escalas menores que a largura de um filtro ou
espaçamento de malha são isoladas e modeladas, enquanto as escalas não filtradas são resolvidas
diretamente (BICALHO, 2011).
Variáveis filtradas podem ser selecionadas a partir da Equação 6. Tais variáveis são, então,
modeladas com técnicas numéricas que adotam certas considerações. Enquanto, as pequenas escalas
são menos dependentes da geometria do problema e tendem à isotropia, as grandes escalas são
intensamente influenciadas pelas condições de contorno e geometria, estando mais fortemente
relacionadas com o transporte das propriedades físicas (BICALHO, 2011).
O skewness é uma métrica que avalia o elemento de malha relacionando sua forma
a uma forma equilátera de volume equivalente. Altos valores neste parâmetro podem
implicar em baixa exatidão e/ou desestabilização da solução numérica, muitas vezes
requerendo alterações nas configurações das técnicas numéricas, como modificações no
fatores de relaxação ou no método de acoplamento pressão-velocidade.
𝑞𝑚á𝑥−𝑞𝑒 𝑞𝑒−𝑞𝑚í𝑛
𝑠𝑘𝑒𝑤𝑛𝑒𝑠𝑠 = 𝑚á𝑥 [ , ] (7)
180−𝑞𝑒 𝑞𝑒
A Figura 8 demostra o cálculo do aspect ratio para uma célula cúbica unitária. A
determinação é feita através da razão entre o máximo o mínimo valor entre as grandezas:
distância normal (B) entre o centroide da célula e o centroide da face e a distância (A) entre
o centroide da célula e um de seus nós (FLUENT INC, 2013).
2. MATERIAIS E MÉTODOS
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3. DISCUSSÕES E RESULTADOS
Texto.
4. CONCLUSÕES
Texto.
5. REFERÊNCIAS
MARTHINUSSEN, Svein-Arne et al. Removal of particles from highly viscous liquids with
hydrocyclones. Chemical Engineering Science, v. 108, p. 169-175, 2014.
FLUENT, I. N. C. et al. FLUENT 6.3 user’s guide. Fluent documentation, 2013.
HOFFMANN, Alex C.; STEIN, Louis E. Gas cyclones and swirl tubes. Springer-Verlag Berlin
Heidelberg, 2002.
FOX, Robert W.; MCDONALD, Alan T.; PRITCHARD, P. J. Introdução à Mecânica dos
Fluidos, 5ª edição. LTC Editora, 2001.
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