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Universidade Metodista de Piracicaba

Faculdade de Engenharia, Arquitetura e Urbanismo


Curso de Engenharia Mecânica – Ênfase em Manutenção e Engenharia
Química

TÉRMICA E FLUÍDOS II: PRÁTICA DE LABORATÓRIO

GRUPO :
André Granado
Henrique Vallotto
Lucas Mendes
Taryn Gonçalves Franco de Godoy
Salomão de Jesus Santana

Santa Bárbara d’Oeste – SP


Março de 2011
Universidade Metodista de Piracicaba
Faculdade de Engenharia, Arquitetura e Urbanismo
Curso de Engenharia Mecânica – Ênfase em Manutenção e Engenharia
Química

TÉRMICA E FLUÍDOS II: PRÁTICA DE LABORATÓRIO

GRUPO :
André Granado
Henrique Vallotto
Lucas Mendes
Taryn Gonçalves Franco de Godoy
Salomão de Jesus Santana

Relatório de Experimento apresentado para


avaliação da Disciplina Térmica e Fluidos II do
6º semestre, do Curso de Engenharia Mecânica- Ênfase em Manutenção,
e Engenharia Química da Universidade Metodista de Piracicaba sob
orientação do Prof. Norton Almeida

Santa Bárbara d’Oeste – SP


Março de 2011

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1 . Sumário

1. Sumário 3

2. Objetivo do experimento 4

2.1 Análise da perda de carga em tubulação reta e curva

3. Fundamentação Teórica 4

3.1 Viscosidade e seus efeitos 5

3.2 Escoamento laminar 5

3.3 Escoamento em tubos 7

3.4 Perda de carga localizada 7

4. Descrição dos Equipamentos utilizados 9

5 . Descrição da Prática 11

6. Analise dos resultados e conclusões 12

6.1 Análise por perdas localizadas 12

6.2 Análise por comprimento equivalente 13

7. Bibliografia 14

2. Objetivo do Experimento

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2.1 – Análise da perda de carga em uma tubulação reta e curva.

O experimento tem como objetivo levantar os valores das variáveis associadas


ao escoamento do ar em uma tubulação pré determinada. Em posse desses
valores deve- se determinar as perdas de carga localizada, a perda de carga total e
o comprimento equivalente referente ao sistema em estudo.

3. Fundamentação Teórica

Para os estudos do comportamento dos fluídos torna – se necessário o


conhecimento de alguns conceitos pertinentes ao tema, dentre tais podem se
destacar os conceitos de: Viscosidade dos fluidos e escoamento laminar e
turbulento.

3.1 – Viscosidade e seus efeitos

Viscosidade é a propriedade dos fluidos que causa tensões de cisalhamento


quando há movimento; é também um meio pelo qual se desenvolvem
irrervesibilidades ou perdas. Sem viscosidade não há resistência num fluido.
(Streeter)

Todo fluido quando submetido a um deslocamento, devido ao efeito da


viscosidade se comporta de maneiras diferente de acordo com a configuração do
sistema: diâmetro do tubo, viscosidade, velocidade do fluido, coeficiente de atrito
das paredes do tubo, entre outras variáveis.

Ação da tensão de cisalhamento em tubos na parede do mesmo tende a


desacelerar o fluido nas proximidades (a velocidade do fluido deve ser nula na
parede do tubo). Como conseqüência da continuidade, a velocidade deve então
nas proximidades na região central.

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3.2 – Escoamento laminar

Escoamento laminar é definido como aquele no qual o fluido se move em


camadas, ou laminas, uma camada escorregando sobre a adjacente havendo
somente troca de quantidade de movimento molecular. (Streeter)

Escoamento turbulento é onde as partículas fluidas tem movimento errático com


uma grande troca de movimento transversal. (Streeter)

A natureza de um escoamento, isto é, se é laminar ou turbulento e sua posição


numa relativa escala de turbulência é indicado pelo numero de Reynolds.

Para se determinar o número de Reynolds pode-se fazer uso da seguinte


fórmula (FOX pg 34):

Onde:

- Re = Numero de Reynolds

- V = velocidade do fluído

- D = diâmetro do tubo

- p (Rô) = densidade do fluido

- μ = viscosidade dinâmica

Para escoamento laminar: Reynolds < 2300

Cálculo de f quando laminar:

O número de Reynolds é encontrado no Diagrama de Mood (Figura 1), sendo


este dependente de:

= fator de atrito;

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= rugosidade relativa

Figura 1 –Diagrama de Mood (Fox pg. 299)

3.3 - Escoamento em tubos:

No escoamento de fluidos incompressíveis em regime permanente em tubo,


as irreversibilidades são expressas em termos de perda de carga, essa perda de
carga é chamada de Perda de carga Distribuída. (Streeter pg. 279)

A equação abaixo define a perda de carga distribuída:

Onde:

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Delta H = Perda de carga (m);

f = fator de Atrito (Diagrama de Mood);

L = comprimento do tubo entre os pontos de medida manométricas (m);

D = Diâmetro interno da tubulação;

V = Velocidade media do fluido (m / s);

g = Aceleração da Gravidade (m / s² ).

3.4 Perda de carga Localizada

As perdas que ocorrem em condutos devido a curvas, cotovelos, juntas,


válvulas, etc, são chamadas de perda de carga concentrada ou singulares.
(Streeter)

Calculamos utilizando a seguinte formula:

Onde:

- Hl - Perda de carga localizada (m);

- K = Coeficiente K de perda de carga

- V = Velocidade media do fluido (m);

- g = Aceleração da Gravidade (m/s2).

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Tabela 1 – Fator K de perda de carga (Streeter pg 292)

Perdas para escoamento através de válvulas e conexões são expressas


convenientemente em termos de comprimento equivalente de cano reto. Podemos
calcular o comprimento equivalente (L equiv = L eq / D) através da formula abaixo e
consulta a tabela 2.

- Hl = Perda de carga localizada (m);

- L equiv = Comprimento equivalente (m);

- V = Velocidade media do fluido (m);

- g = Aceleração da Gravidade (m/s2).

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Tabela 2 – Comprimento equivalente L/D (Fox – pg 308)

4. Descrição dos Equipamentos Utilizados

Para a realização dos experimentos, foram utilizados os seguintes


equipamentos, conforme ilustração abaixo:

- Manômetro tipo “U” com água;

- Ventilador com variador de velocidade;

- Tubulação diâmetro 1.1/2”;,

- Mangueira transparente para conexão entre tubulação e manômetro,

Com estes equipamentos foi possível estabelecer as diferenças de pressão e


velocidade do fluído, os quais foram analisados segundo as fórmulas apresentadas
em literatura especializada.

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As figuras 4.1 e 4.2 ilustram a montagem efetuada para a realização do
experimento.

Figura 4.1 - Montagem 1

Figura 4.2 - Montagem 2

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5 Descrição da Prática:

Foram efetuada as conexões do bocal com sensor de pressão estáticas na


entrado do duto, tanto do duto reto quanto do duto curvo com quatro cotovelos, e
foram utilizadas as tomadas de pressão estática colocadas próximo ao início e final
de cada duto.

Em posse do ventilado com variador de velocidade, cada tubulação foi


submetida a diferentes níveis de vazão. Cada situação pôde ser analisada
observando-se as leituras nos manômetros “U”, de acordo com as equações
pertinentes a análise do sistema, disponíveis em literatura especializada. As
medições para análises posteriores foram tomadas seguindo-se o critério abaixo:

-Primeiro toma-se a pressão com o ventilador desligado observando o tubo liso

-Em seguida liga-se o ventilador com a primeira vazão e toma-se a leitura dos
manômetros novamente

-Feito isto, liga-se novamente o ventilador com uma segunda vazão para o tubo liso
e toma- se novamente a leitura no manômetro “U”.

Para a tubulação curva com quatro cotovelos, repetiu-se o procedimento acima.

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6. Conclusões e Análise dos Resultados

Conforme se observa na tabela 6.1, em posse das medições práticas


obtidas no manômetro U, foi possível fazer o levantamento das variáveis
dependentes conforme estabelecido no objetivo do experimento.

A divergência entre resultados práticos e teóricos se deve a erros


inerentes ao sistema de medição e anotações, evidenciando a importância da
postura crítica e atenta a para o bom rendimento e aproveitamento nas
observações.

6.1 Análise pelas perdas localizadas

Densidade fluido man. (H2O) 1000 Kg/m³


Aceleração gravitacional (g) 9,8 m/s²
72,6
Pressão atmosférica (Patm) 72,6 cmHg 96575 Pa 96,575 kPa
Temperatura ambiente (t) 25° C 298 K
Viscosidade cinemática ar (u
Ar) 1,82E-05 Consultado no EES
Desidade do ar (d Ar) 1,1292 Kg/m³
R do ar 0,287 Kj/Kg.K
Diâmetro tubulação 1" 1/2" 0,0381 m
Área da tubulação (m²) 0,00114 m²
Comp. Tubo liso/rugoso (m) 5 M

Valores medios valores calculados


Bocal ΔH ΔH per. Δ Vel. fator perda
Entrada Perda carga ent. Carga P1(Pa) ΔP2(Pa) Tub.(m/s) Reynolds atrito Carga
h1 h2 h3 h4
medida inicial
14,2 14,2 19,6 19,6 0
tubo liso
11,8 16,5 15,3 23,8 0,047 0,085 460,6 833 6,47 13551 0,012 --- vazão 1
12,0 16,3 15,7 23,4 0,043 0,077 421,4 754,6 6,19 12965,3 0,023 --- vazão 2
tubo com curvas
13,5 14,9 24,0 15,1 0,014 0,089 137,2 872,2 3,5 7330,9 0,012 1,06 vazão 1
13,5 14,8 23,5 15,6 0,013 0,079 127,4 774,2 3,4 7121,5 0,023 0,94 vazão 2

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6.2 Análise por comprimento equivalente

Para estimativa de comprimento equivalente, segundo as equações


fornecidas têm-se os seguintes resultados:

fator de comprimento
atrito equivalente(m)
tubo liso
Vazão 1 0,012 ----------
Vazão 2 0,023 ----------
tubo com curvas
Vazão 1 0,012 25
Vazão 2 0,023 19,5

Valores medidos valores calculados


Bocal ΔH ΔH per. Δ Vel. fator perda
Entrada Perda carga ent. Carga P1(Pa) ΔP2(Pa) Tub.(m/s) Reynolds atrito Carga
h1 h2 h3 h4
medida inicial
14,2 14,2 19,6 19,6 0
tubo liso
11,8 16,5 15,3 23,8 0,047 0,085 460,6 833 6,47 13551 0,012 --- vazão 1
12,0 16,3 15,7 23,4 0,043 0,077 421,4 754,6 6,19 12965,3 0,023 --- vazão 2
tubo com curvas
13,5 14,9 24,0 15,1 0,014 0,089 137,2 872,2 3,5 7330,9 0,012 1,06 vazão 1
13,5 14,8 23,5 15,6 0,013 0,079 127,4 774,2 3,4 7121,5 0,023 0,94 vazão 2

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7. Bibliografia

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