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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO

CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS CCT


CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA

LABORATÓRIO DE CALOR E FLUIDO

ANDRÉ DE OLIVEIRA LACERDA - 20180003122


JOÃO GABRIEL GUIMARÃES LIMA - 20190167316
JOAO PEDRO FERREIRA MACEDO - 20180101965
JOÃO VICTOR SILVA SOARES – 20190084634
WESLEY DE LIMA CARNEIRO MENDES – 20180031038

DETERMINAÇÃO DE PERDA DE CARGAS MENORES

São Luís – MA
2022

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 3

2. OBJETIVOS 3

3. MATERIAIS E MÉTODOS 3

4. RESULTADOS 6

5. CONCLUSÃO 8

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 9
1. INTRODUÇÃO
A perda de carga distribuída é caracterizada pelas perdas em dutos retilíneos que causam
uma perda de pressão distribuída ao longo do comprimento da tubulação, assim, a pressão
distribuída vai diminuindo gradativamente ao longo do percurso do fluido. A perda de carga
por sua vez, é causada pelos acessórios de canalização, peças de montagem da tubulação e
controle do fluxo de escoamento, o que provocam variações bruscas da velocidade em
módulo ou direção, intensificando ainda mais a perda de energia nos pontos onde estão
localizadas. Por fim, a perda de carga total se dá com o somatório da perda de carga
distribuída com a perda de carga localizada.

A perda de carga é uma das análises mais importantes a serem feitas ao elaborar um
projeto de sistemas de tubulações hidráulicas, pois afeta diretamente a velocidade e pressão de
um fluido. É muito comum em residências, um banheiro não possuir pressão suficiente para o
chuveiro e ao ser ligado sair água com uma vazão muito baixa. Isso se dá principalmente, pela
falta de preocupar em analisar-se as perdas de cargas da água, em toda a tubulação da
residência.

Em projetos de implementação de tubulação, é necessário saber a perda de carga do fluido


utilizado, para assim projetar uma melhor solução de circuito para a finalidade do projeto
hidráulico. A perda de carga localizada possui um impacto muito grande na pressão e
velocidade final de um fluido em uma tubulação, devido a isso, o dimensionamento correto
das bombas e tipo de material utilizado nas tubulações, faz-se essencial, para melhor
performance do fluido.

2. OBJETIVOS
No estudo comportamental simulado em laboratório, buscou simular uma instalação que
possui curvas de 45º e joelhos de 90º, para analisar a perda de carga localizada e os seus
impactos na pressão e velocidade do fluido.

3. MATERIAIS E MÉTODOS
Para a realização do experimento, foram utilizados os seguintes materiais cuidadosamente
escolhidos:

1. Bancada hidráulica de escamento interno;


2. Uma bomba hidráulica;
3. Dois manômetros analógico;

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4. Um rotâmetro;
5. Água – fluído;
6. Tubo de PVC 1’’ com joelhos de 45° e 90°, e curva de 90°.

Figura 1 - Em ordem: (a) Joelho de 90° e (b) Joelho de 45°

(a) (b)
Fonte: De autoria própria.

Figura 2 - Bomba Hidráulica Figura 3 – Rotâmetro

Fonte: De autoria própria.

O experimento foi posto em prática da seguinte maneira: o grupo posicionou um dos


manômetros num ponto anterior ao joelho de 45° e o outro num ponto logo depois, em
seguida a bomba foi acionada à uma frequência de 30 Hz, pelas diferentes pressões
registradas nos manômetros podemos calcular a perda de pressão

∆ P L =P1−P2 (1)

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Figura 4 - Representação esquemática do Joelho 45°

Fonte: De autoria própria.

onde P1 é a pressão registrada pelo primeiro manômetro e P2 é a pressão registrada pelo


segundo manômetro, aumentando a frequência de rotação da bomba para 45 Hz e repetindo o
cálculo será obtido um novo resultado para perda de pressão. O processo descrito foi repetido
para o joelho de 90° e para a curva de 90° com as mesmas frequência de 30 e 45 Hz para cada
desvio.

Figura 5 - Representação esquemática do (a) Joelho de 90° e (b) Curva de 90°

Fonte: De autoria própria.

Com base nas vazões registradas pelo rotâmetro podemos encontrar a velocidade do
escoamento para cada frequência de rotação, utilizando a seguinte equação (ÇENGEL, 2012)

Q
V= (2)
A

onde, Q é a vazão do fluido em m3/s, A é a seção transversal de escoamento em m2 e V é a


velocidade de escoamento, em m/s.

Para Çengel e Cimbala (2012, p. 302) “quando o diâmetro de entrada é igual ao


diâmetro de saída, o coeficiente de perda de uma componente também pode ser determinado

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pela medição da perda de pressão através da componente e pela sua divisão pela pressão
dinâmica”

∆ PL
K L= 2 (3)
( ρV )

onde ∆ P L é a queda de pressão calculada, ρ é a densidade da água igual a 997 kg/m³, e V é a


velocidade de escoamento encontrada, K L é o coeficiente de perda da curva. Encontrado o
coeficiente de perda experimentalmente para cada desvio podemos compará-lo com os dados
tabelados a seguir:
Figura 6 - Coeficientes de perda tabelados

Fonte: (TOLEDO DEL PINO, M. A. I. Hidráulica)

Portanto, para determinar a perda de carga foi utilizado a equação (ÇENGEL, 2012)

2
V
h L =K L (4)
2g

onde h L é a perda de carga da curva, V é a velocidade do escoamento, e g é a aceleração da


gravidade, igual a 9,81 m/s².

4. RESULTADOS
Foram medidos e estabelecidos os valores adotados para os parâmetros do tubo e do fluido
em questão, obtendo-se a área da sessão transversal e as propriedades da água, conforme
listado na Tabela 1.
Tabela 1 - Propriedades e parâmetros

Definição Valor
0,0254
Diâmetro do tubo (m) 0
Área de seção transversal do tubo 0,0005
(m²) 1
0,0008
Viscosidade da água (kg/ms) 9
5
997,00
Densidade (kg/m³) 0
9,8100
Aceleração gravitacional (m/s²) 0

Fonte: De autoria própria.

Delimitando dois pontos, conforme visto nas Figura 4 e Figura 5, para cada desvio
estudado, medindo a pressão em ambos para duas frequências distintas na bomba, obtendo os
valores da vazão e calculando a velocidade por meio da equação 2, contidos na . Esse
procedimento foi realizado três desvios distintos: joelho de 45° e 90°, curva de 90°.
Tabela 2 - Valores obtidos experimentalmente para as duas frequências

Frequência (Hz) Vazão (m^3/s) Veloc. De escoamento (m/s)


30 0,000833 1,644
45 0,001280 2,526

Fonte: De autoria própria.


Aplicando os valores tabelados e as pressões obtidas nas equações 3 e 4 pode-se calcular o
coeficiente de perda de carga e a perda de carga para cada frequência com a qual se realizou o
experimento nos três desvios, o resultado os cálculos se encontram nas Tabela 3, Tabela 4 e
Tabela 5.

Tabela 3 - Resultados dos cálculos para joelho de 45°

Pressão 2 kl
Frequência (Hz) Pressão 1 (Pa) Perda de carga
(Pa) experimental kl tabelado
30 41368,5 34473,8 5,1177 0,705 0,4
45 82737,1 75842,3 2,1675 0,705 0,4

Fonte: De autoria própria.

Tabela 4 - Resultados dos cálculos para curva de 90°

Pressão 2 kl
Frequência (Hz) Pressão 1 (Pa) Perda de carga
(Pa) experimental kl tabelado
30 37921,2 34473,8 2,5589 0,352 1,1
45 68947,6 65500,2 1,0837 0,352 1,1

Fonte: De autoria própria.

Tabela 5 - Resultados dos cálculos para joelho de 90°

Pressão 2 kl
Frequência (Hz) Pressão 1 (Pa) Perda de carga
(Pa) experimental kl tabelado
30 34473,8 27579 5,1178 0,705 0,9
45 62052,8 55158,1 2,1674 0,705 0,9

Fonte: De autoria própria.

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Conforme observado nos valores obtidos, o coeficiente de perda obtido
experimentalmente não condiz com os respectivos valores tabelados, entretanto, a perda de
carga menor calculada está de acordo com o esperado para os desvios estudados. É importante
ressaltar que o erro se deve também ao fato de que foram realizados poucos experimentos
para cada desvio, além da imprecisão ao aferir os valores da pressão devido a presença de ar e
água no interior dos manômetros.
5. CONCLUSÃO
Constatou-se o comportamento do escoamento de água para os joelhos de 90° e 45°, assim
como para a curva de 90°, observando que eles levam a perdas de carga menores, sendo que
os resultados apontam para uma influência menor na curva de 90°, além de uma maior perda
no joelho de 90° e 45°. Entretanto, estes valores não condizem com o previsto devido às
questões supracitadas, é dizer, realizou-se um número insuficiente de ensaios, os manômetros
apresentaram dados imprecisos, também vale ressaltar que o rotâmetro utilizado se encontra
no final do ciclo hidráulico, dessa forma registrando a velocidade após a perda de carga.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ÇENGEL, Yunus A.; CIMBALA, Jhon M.. Mecânica dos fluidos: Fundamentos e
aplicações. Porto Alegre: AMGH 2012.
TOLEDO DEL PINO, M. A. I. Hidráulica. IFSULDEMINAS – Campus Inconfidentes.

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