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E. A. R. FREIRE1, J. C. A de SOUSA1
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Universidade Federal do Maranhão, Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas, Coordenação do
Curso de Engenharia Química.
1. INTRODUÇÃO
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Ao passar pela bomba, o fluido recebe uma quantidade de energia por unidade de peso, que
determina uma altura correspondente. Esta altura é denominada Altura Útil de Elevação. Já a
Altura Manométrica Total é a quantidade de energia por unidade de peso do fluido que este
precisa absorver para vencer o desnível da instalação, a diferença de pressão e a resistência da
tubulação.
Um gráfico da Altura Útil da Bomba em função da vazão é chamado de curva do sistema, e
as curva que relaciona a carga transferida pela bomba em função da vazão é denominada Curva
do Fabricante (Çengel & Cimbala, 2007). Este último gráfico deve ser fornecido pelo fabricante
da bomba, e de acordo com ele determina-se qual o melhor equipamento para o sistema a ser
construído.
No funcionamento de máquinas de fluxo, é possível perceber regiões onde ocorre rarefação
do líquido. Quando a pressão absoluta abaixa até a pressão de vapor do líquido, na temperatura
em que se encontra, tem início o processo de vaporização (GERMER, 2013).
Ponto de operação é a região onde um sistema-bomba funciona com a maior eficiência
possível e corresponde ao ponto em que a altura de carga da bomba e a altura de carga requerida
do sistema coincidem (FOX et al, 2014).
Portanto, este trabalho tem como escopo o estudo das curvas que determinam um sistema
constituído de uma bomba, determinar a curva do fabricante, além de familiarizar-se com seu
funcionamento, e entender o fenômeno da cavitação.
2. EQUAÇÕES
A altura útil do fluido é calculada por:
P2−P1 V 2−V 1
H= + +( Z 2−Z 1) (1)
γ 2g
Sendo:
2
E de acordo com a Equação (1) é possível construir a curva característica da bomba.
P2−P1
H= (2)
γ
γ = ρ∗g (3)
Sendo:
3. CAMPANHA EXPERIMENTAL
A seleção dos materiais ocorreu conforme o roteiro experimental disponibilizado (De la
Salles, 2016).
3.1 Materiais:
3
Medir a temperatura
Observar os
manômetros
Anotar os valores de
pressão
Medir a temperatura
novamente
4. RESULTADOS E ANÁLISE
A temperatura inicial do fluido foi de 31ºC, e, ao final do experimento, observou-se
uma alteração para 33ºC. Essa variação de 2 graus foi devido à força de atrito do fluido com a
tubulação, mas principalmente pela dissipação de calor que a bomba, que é uma máquina, tem,
uma vez que todas as máquinas não são 100% eficientes.
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Tabela 2 – Relação entre as vazões, pressões e perda de carga do sistema .
De acordo com esses valores, é possível inferir que a altura útil é inversamente
proporcional ao aumento da vazão do fluido, o que caracteriza a curva do fabricante e que a
pressão 1 e 2 diminuem conforme se aumenta a vazão, a pressão 1 é medida pelo vacuômetro e a
2 pelo manômetro. Essa relação se dá pela proporcionalidade inversa das duas grandezas dada a
γQ Δ P
fórmula de potência (P=¿ ¿. A potência da bomba, o peso específico e a eficiência se
σ
mantém constante então a vazão e a diferença de pressão se consolidam como inversamente
proporcionais O comportamento gráfico está representado na Figura 2.
5
30
25
Curva da
bomba
20 experimental
Curva do
15 fabricante
10
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Existem diversas formas de evitar que o sistema entre em cavitação, como o aumento
do reservatório de fluido, diminuir a perda de carga, diminuir a pressão de vapor do fluido, ou,
mais comumente, aumentar a pressão dentro da tubulação.
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4.1 Sistema hipotético:
Rs
.
Hg = 20 m
L2D2
Ri L1D1
Q (m³/h) H(m)
0 20
0,1 20,00322
0,2 20,0129
0,3 20,02902
0,4 20,05158
0,5 20,0806
1 20,3224
1,5 20,7254
2 21,2896
2,5 22,015
3 22,9016
3,5 23,9494
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Além disso, pôde-se construir o gráfico da altura manométrica em função da vazão
volumétrica, como na Figura 5 e compará-lo com a curva obtida experimentalmente da nossa bomba. O
ponto ótimo de trabalho foi obtido e esse pode ser encontrado na intersecção das duas curvas, o qual foi no
ponto (0,989;20,02), ou seja em um ponto onde a vazão é 0,99 m ³/he H m =20,02m . Sendo assim, ao
abrir gradualmente o registro, começa o escoamento do fluido e as correspondentes perdas de
carga, diminuindo o valor da altura manométrica. Com o aumento da vazão de escoamento,
progressivamente a energia cinética vai aumentando e, consequentemente a pressão vai
diminuindo até atingir o equilíbrio, no ponto em que as curvas características da bomba e do
sistema se cruzam.
30
25
20
Curva do sistema
15 Curva da bomba
10
0
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4
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5. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
A prática de curva característica da bomba foi satisfatória, uma vez que pudemos
obter uma curva experimental da bomba muito próxima à curva do fabricante e assim verificar
que conforme aumentamos a vazão do fluido diminuímos a altura útil de elevação da bomba,
obtendo assim um formato decrescente como bem característico de uma bomba centrífuga.
Além disso, pudemos observar o fenômeno da cavitação, o qual foi explicado nos
resultados, e assim perceber a importância de se evitar o fenômeno, visto que, acarretam alguns
efeitos negativos como, produção de ruído, vibração que pode afetar o comportamento mecânico
da bomba, redução do rendimento da bomba e da altura manométrica.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ÇENGEL, Y. A.; CIMBALA, J. M.; Mecânica dos fluidos: fundamentos e aplicações. Porto
Alegre: AMGH, 2015.
FOX, Robert W. Introdução à mecânica dos fluidos – 8. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2014.
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GERMER, Eduardo. Máquinas de Fluxo. Curitiba: UTFPR – CT, Curitiba, 2013.
MUNSON, Bruce R.; YOUNG, Donald F.; OKIISHI, Theodore H. Fundamentos da mecânica
dos fluidos. São Paulo: Blucher, 2004.
SOUZA, Z.; BRAN, R. Máquinas de Fluxo: turbinas, bombas e ventiladores. Rio de Janeiro: ed.
LTC, 1969.
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