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SÃO CRISTÓVÃO - SE
FEVEREIRO/2016
BRUNO RAFAEL DOS SANTOS SILVA
LEONARDO SOUZA ANDRADE
PAULA EMILIO SCHLINGMANN
TIAGO FERREIRA SOUZA
YASMIN OLIVEIRA CARVALHO
SÃO CRISTÓVÃO – SE
FEVEREIRO/2016
SUMÁRIO
1. Fundamentação teórica 4
2. Materiais e Métodos 13
3. Resultados e Discussão 16
4. Conclusão 28
5. Referências bibliográficas 29
Resumo
1. Fundamentação teórica
constante v sob a influência desta força. O fluido em contanto com esta placa move-se
com mesma velocidade. Sobre esta camada de fluido age uma tensão de cisalhamento
igual a:
F
τ = (1)
A
em que A é a área de contato entre a placa e o fluido. O fluido em contato com a placa
inferior assume velocidade nula, igual a da placa. Logo, para um escoamento laminar
estacionário, a velocidade do fluido variará de 0 a v, fornecendo um perfil e um
gradiente de velocidade igual a:
y
u (y ) = v (2)
l
du v
= (3)
dy l
newtoniano, tem-se uma reta com os dados obtidos. Para outros tipos de fluidos,
diferentes comportamentos de curvas são esperados.
O frasco de Mariotte foi criado por Edme Mariotte, que foi um padre católico
romano e um dos membros fundadores da Academia de Ciências de Paris em 1666.
Mariotte desenvolveu um trabalho muito importante sobre óptica e percepção das cores,
incluindo a descoberta do ponto cego, também conhecido como ponto de Mariotte.
Além disso, fez descobertas importantes em diferentes áreas da ciência como a física,
mecânica, hidráulica, meteorologia, fisiologia vegetal, entre outros. Ele era um
experimentador ativo e seus trabalhos eram conhecidos por grandes cientistas da época
como Newton e Descartes. Mariotte estabeleceu, em 1660, uma lei sobre a deformação
elástica dos sólidos. Em 1676 enunciou a lei de compressibilidade dos gases (Lei de
Boyle-Mariotte). Uma de suas contribuições, o aparelho conhecido como “Frasco de
Mariotte”, permite que a pressão sob a qual um líquido flui para fora de um orifício seja
mantida constante por uma quantidade apreciável de tempo (Grzybowski, 2007).
O frasco de Mariotte consiste em um tubo A imerso dentro de um líquido
contido dentro de um recipiente B, que possui uma saída S próxima de sua base, sob a
qual pode ser acoplado um tubo capilar, como mostrado na Figura 3.
de uma pequena bolha de ar dentro do recipiente através do tubo A, que exerce uma
pressão que compensa o abaixamento do nível do líquido fazendo com que o nível nn’
em A não se altere. Este efeito se repete continuamente, até que o nível do líquido em B
atinja a extremidade inferior do tubo A. Em resumo, para o orifício de saída é como se a
camada líquida acima da extremidade inferior do tubo não existisse. Logo, a altura
efetiva, da extremidade inferior do tubo até o orifício de saída, é que determina o
escoamento constante. Ao avaliar a quantidade de fluido escoado pela quantidade de
tempo gasto e variando-se a altura é possível obter o diagrama reológico do fluido e
com isso é possível determinar a viscosidade do fluido, e pelo arranjo de equações é
possível encontrar o diâmetro do capilar e a vazão de saída.
O escoamento no interior do tubo capilar pode ser tratado com base em algumas
hipóteses, a fim de simplificar as equações de Navier-Stokes e possibilitar a resolução
analítica do perfil de velocidade. Tais hipóteses foram listadas a seguir:
v z = v z (t, r, θ, z) (7)
1∂ 1∂ ∂
( r vr) + ( v θ ) + ( v z ) =0 (9)
r ∂r r ∂θ ∂z
∂ v r vθ ∂ v r v θ 2 2 2
∂ vr ∂ vr 1 ∂ vr 2 ∂ vθ ∂ vr
ρ (
∂t
+ vr
∂r
+
r ∂θ r
- + vz
∂z ) ∂p
=ρ g r - +μ
∂r
∂ 1∂
{[
∂r r ∂r ]
( r v r ) + 2 2 - 2 ∂θ + 2
r ∂θ r ∂z }
(10)
2 2
∂ vθ ∂ vθ v θ ∂ v θ v r v θ ∂ vθ 1 ∂ vθ 2 ∂ vr ∂ vθ
ρ (
∂t
+ vr
∂r
+
r ∂θ r
+ + vz
∂z )
=ρ gθ -
1 ∂p
r ∂θ
+μ
∂ 1∂
{[
∂r r ∂r ]
( r vθ ) + 2 2 + 2 ∂θ + 2
r ∂θ r ∂z }
(11)
2 2
∂ vz ∂ vz vθ ∂ vz ∂ vz ∂ vz 1 ∂ vz ∂ vz
ρ (
∂t
+ vr
∂r
+
r ∂θ
+ vz
∂z
∂p
)
=ρ g z - +μ
∂z
1∂
r
r ∂r ∂r {[ ( )]
+ 2 2 + 2
r ∂θ ∂z } (12)
∂ vz
=0 (13)
∂z
10
∂p
=0 (14)
∂r
∂p
=0 (15)
∂θ
∂v
-
∂p
∂z {[
+μ
1∂
( )]}=0
r z
r ∂r ∂r
(16)
(= ∂p∂z )
{[ 1∂
( ) ]} μ
∂v
r z
r ∂r ∂r
∂ vz
r = 0 … =0
∂r
r = R … v z =0
1∂ ∂v (= ∂p∂z )
( )μ
r z
r ∂r ∂r
11
∂ ∂v (= ∂p∂z ) r
r z
∂r ∂r ( )μ
∂p
( ∂z )
( r ∂∂rv )z
=∫
μ
r dr
∂p
r
∂v
=z
( ∂z ) r
+C
2
1
∂r μ 2
∂p
∂ v z ∂z r C1
= +
( )
∂r μ 2 r
∂p
v =
( ∂z ) r 2
+ C ln r + C
z 1 2
μ 4
∂ vz
Da C.C.1: r = 0 ... = 0 C1 = 0
∂r
∂p
v =
( ∂z ) r
+C
2
z 2
μ 4
∂p
Da C.C.2: r = R ... v = 0
C = -
( ∂z ) R
z
2
2
μ 4
∂p ∂p
v =
( ∂z ) r ( ∂z ) R
-
2 2
z
μ 4 μ 4
∂p
( ∂z )
R 2
r 2
v = -
z
4μ [ ( )]
1-
R
(17)
d vz
τ rz = - μ (18)
dr
d vz ∂p r
dr
=
∂z 2μ( ) (19)
τ rz = - (∂p∂z ) r2 ( 20 )
∆pR
τ rz = (22)
2L
D2
( P 1 - P2 ) π = τ rz πDL
4
∆pD ∆pR
τ rz = = (22)
4L 2L
Vazão volumétrica:
É dada por:
R R
1 ∂p ( 2 2 )
Q=∫ ⃗
Vd⃗
A =∫ v z 2πrdr =∫
0 0 4μ ∂z
( )
r - R 2πrdr
13
π R 4 ∂p
Q= -
8μ ∂z ( ) (23)
2
2Q r
vz =
πR 2
1-
R [ ( )] ( 24 )
d vz
-
dz |
r=R
= -
2Q
2
πR R
2R
[ ]
- 2
d vz
-
dz | r=R
=
4Q
π R3
(25)
δQ δ W S ∂ ( ρe ) v2 P v2 P δ Wc
+
δt δt
=∭
∂t
dV + ωE u+ +gz+
2 ρ ( ) (
E
- ω S u+ +gz+
2 ) +
ρ S δt
(26)
(gz+ Pρ ) =(gz+ Pρ )
E S
(27)
∆p = ρg∆h (28)
πρg R 4 ∆h πρg D 4 ∆h
Q = = (29)
8μL 128μL
Sissom & Pitts (1988, p-366) destacam que a Equação (29) pode ser aplicada
para qualquer orientação do tubo capilar: vertical, horizontal ou em qualquer ângulo.
14
2. Materiais e Métodos
Balança analítica;
Becker;
Cronometro;
Frasco de Mariotte;
Picnômetro;
Termômetro;
Trena;
Tubo capilar;
Fluidos utilizados
Água destilada;
Óleo desconhecido;
Procedimento experimental
Etapa 1:
O objetivo desta etapa era a obtenção de dados experimentais que permitisse o
cálculo do diâmetro interno do capilar, visto que por ser muito pequeno não seria
possível a medição por meio de instrumentação. Para isso, foi utilizado um frasco de
Mariotte contendo água destilada, já que esta possui massa específica e viscosidade
conhecidas e tabeladas, facilmente encontradas na literatura, e assim, com os demais
dados disponíveis, o diâmetro interno do capilar poderia ser calculado. Sendo assim,
procedeu-se da seguinte forma:
Com o aparato experimental devidamente montado, como mostrado na Figura 3,
um becker foi posicionado em uma posição do suporte. Este becker, previamente
tarado, foi utilizado para armazenar o fluido que escoaria através do tubo capilar,
e que posteriormente teria sua massa aferida;
O tubo capilar foi posicionado dentro do becker e a diferença de altura entre as
duas extremidades do tubo foi medida por meio de uma trena. Essa diferença de
altura atuou como força motriz para o escoamento do fluido;
Uma certa quantidade de fluido foi coletada no becker, tendo sido cronometrado
o tempo gasto para tal coleta. O fluido contido no becker teve sua massa aferida
em balança analítica. A partir disso, seria possível determinar a vazão mássica
16
3. Resultados e Discussão
m m
ρ= Vol=
Vol ρ
(30)
mÁgua m pi'−mpi
Vol= =
ρ ρ
(32)
m óleo
ρóleo =
mpi’’ - mpi = móleo Vol (33)
m
Q=
Vol
=
( p )
ρ
t t
(34)
Sabendo-se que a viscosidade da água (e sua massa especifica ( a 27°C são,
respectivamente, 8,56.10-4 Pa.s e 996,513 kg m-3 (Fox et al., 2014), a gravidade (g) igual
a 9,81 m s-2 (Çengel & Cimbala, 2007) e o comprimento do tubo capilar utilizado no
experimento igual a 0,865 m, pode-se, ao substituir todos esses valores na Equação (35),
determinar o diâmetro do capilar. O valor obtido para o diâmetro foi 0,188 cm ou
aproximadamente 1,9 mm.
Ao utilizarmos a equação de Hagen-Pouiseulli na determinação do diâmetro do
capilar, várias considerações sobre o escoamento da água dentre desse tubo estavam
implícitas. Entre elas, pode-se destacar as de regime laminar de escoamento, fluido
incompressível e escoamento no interior do tubo completamente desenvolvido. A fim de
validar essas considerações e consequentemente legitimar o valor obtido do diâmetro os
23
4 .ρ . Q
Re =
π .μ. D
(36)
4.Q
M a=
π . D 2 . V som
(37)
LH , Lamin ar=0,05.R e . D
(38)
LH ,Turbulento=10. D
(39)
O valor obtido para o Reynolds para o escoamento da água no tubo capilar estudado
nessa seção foi menor que 2300, logo o escoamento pode ser considerado como
laminar. A velocidade do som (Vsom) na água a 27° é aproximadamente 1450 m s -1, logo
o número de Mach para o escoamento em questão foi:
O valor obtido para o número de Mach foi menor que 0,3, o que permite afirmar que o
escoamento da água no interior do tubo capilar acoplado ao frasco de Mariotte aqui
discutido era incompressível. Como o escoamento da água no capilar em questão era
laminar, foi calculado o Comprimento hidrodinâmico de entrada laminar:
8,2536.10-8 126,321
0,44009
-8
0,12 8,1636.10 124,944 126,237 0,44009 0,4401
8,3270.10-8 127,445 0,44009
1,1001.10-7 168,375
0,62347
0,17 1,1023.10-7 168,707 169,200 0,62347 0,6235
1,1141.10-7 170,52 0,62347
1,3890.10-7 212,58
0,80684
0,22 1,3871.10 -7 214,984 213,287 0,80684 0,8068
1,4047.10-7 212,297 0,80684
1,6731.10-7 256,061
0,99021
-7
0,27 1,6254.10 248,758 253,105 0,99021 0,9902
1,6628.10-7 254,494 0,99021
1,9410.10-7 297,076
1,17359
0,32 1,9666.10-7 300,988 298,544 1,17359 1,1736
1,9442.10-7 297,567 1,17359
2,3661.10-7 362,132
1,35696
0,37 2,2386.10-7 342,132 348,824 1,35696 1,357
2,2327.10-7 341,719 1,35696
2,5406.10-7 388,842
1,54033
-7
0,42 2,4925.10 381,472 384,836 1,54033 1,5403
2,5103.10-7 384,195 1,54033
2,7065.10-7 414,232
1,7237
0,47 2,7459.10-7 420,259 418,720 1,7237 1,7237
2,7551.10-7 421,688 1,7237
27
3,0093.10-7 460,891
1,90708
0,52 3,0114.10-7 475,85 465,773 1,90708 1,9071
3,1091.10-7 460,577 1,90708
−dv z 4 .Q 4 .0 , 0575
|r=R = = =88 , 0798
dr 3 0,00188 3
π.R π
2 ( s-1
)
τ rz =
ρg . R . Δh
=
(874 , 5)( 9 ,81 ) (0 , 00188 2)( 0 ,07 ) =0 , 2567
2L 2(1,1) N m-2
Figura 6 – Ajuste linear aos dados de tensão cisalhante versus gradiente de velocidade
para o escoamento do óleo desconhecido em um capilar.
dv z
tτ rz = μ
y = 0,0043x – 0,1153 dr
(Ajuste linear) (Lei da viscosidade de Newton)
O número de Reynolds para o escoamento do óleo no capilar foi muito menor que 2300,
para a maior velocidade de escoamento verificada experimentalmente e
consequentemente para a menor ele também seria, logo o escoamento do óleo no capilar
ocorreu em regime laminar. O comprimento hidrodinâmico de entrada laminar foi
calculado e o valor obtido foi:
4. CONCLUSÃO
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Çengel, Y. A.; Cimbala, J. M. Mecânica dos fluidos: Fundamentos e Aplicações.
SãoPaulo: McGraw-Hill, 2007, 1ª ed.
Fox, R. W.; McDonald, A. T.; Pritchard, P. J. Introdução à Mecânica dos Fluidos. Rio
de Janeiro: LTC – Livros Técnicos e Científicos Editora S. A, 2014, 8ª ed., p. 342-
346.
Perry, R. H.; Green, D. W.; Maloney, J. Perry’s Chemical Engineers’ handbook.
McGraw-Hill Companies, 1997, 7ª ed.
Sissom, L. E.; Pitts, D. R. Fenômenos de Transporte. Rio de Janeiro: Editora Guanabara
S. A., 1979.