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FENÔMENOS DE TRANSPORTE
PROPRIEDADES E ESTÁTICA
DOS FLUIDOS
Autor: Me. Rafaela Filomena Alves Guimarães
INICIAR
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introdução
Introdução
Nesta unidade, serão apresentados conceitos relativos à medição de pressão e instrumentos de
medida para podermos mensurar o escoamento dos fluidos e depois classificá-los em relação, por
exemplo, aos tipos de regime: se um fluido possui regime de fluxo variado ou permanente, ou se o
fluxo pode ser classificado como laminar, de transição ou turbulento.
Essa classificação é feita por meio do número de Reynolds. Estudaremos também os conceitos de
vazão mássica e volumétrica que serão úteis para podermos calcular a velocidade.
Compreenderemos o princípio da conservação de massa e como podemos, por meio de um tubo de
Venturi, utilizar essa configuração para alterar a velocidade de um fluido de maneira simples e
eficiente.
O estudo será seguido de atividades práticas para que o aluno possa perceber a vantagem da
utilização dessas equações para tornar o cálculo simples e preciso. Esses cálculos são muito
empregados em líquidos incompressíveis, como a água.
Bons estudos!
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Medições e Medidores de
Pressão
Escalas de Pressão
Quando uma pressão é medida, em relação ao vácuo ou ao zero absoluto, temos o que chamamos
de “pressão absoluta”. Já quando uma pressão é medida, em relação à pressão atmosférica (o nível
de referência mais comum), chamamos de “pressão efetiva”, e a relação entre essas pressões é dada
por:
“A maioria dos medidores de pressão indica uma diferença de pressão – a diferença entre a pressão
medida e aquela do ambiente (usualmente a pressão atmosférica). Os níveis de pressão medidos em
relação à pressão atmosférica são denominados de pressões manométricas” (FOX et al., 2010, p. 90).
Uma pressão negativa é também referida como vácuo.
Além disso, para sabermos se um manômetro está marcando a pressão efetiva, basta que ele seja
submetido a um teste simples: medimos a pressão atmosférica. Se a marcação for igual a zero (ao
nível do mar), ao instalarmos esse equipamento na tubulação, esse marcará a pressão efetiva. A
Figura 2.1 ilustra a Equação 2.1:
Podemos medir pressões em várias unidades, e algumas relações entre essas unidades é dada por:
1 atm = 760 mmHg = 101.230 Pa = 101,23 kPa = 10.033 kgf/m² = 1,033 kgf/cm² = 1,01 bar =
14,7 psi = 10,33 mca
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Ainda assim, é possível medir a pressão em mmHg (milímetros de coluna de mercúrio) ou mca
(metros de coluna-d’água) e transformar o valor medido para kPa, por exemplo.
Medidores de Pressão
As pressões ou depressões (pressões negativas) são medidas pelos manômetros que podem ser de
uso industrial como os manômetros:
Metálico ou de Bourdon.
Strain-gages.
Transdutores piezelétricos.
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Os manômetros industriais são projetados para medir até ¾ ou 75% da sua escala. Nunca devemos
confiar na leitura de um equipamento que está com o ponteiro apontando para o fundo de escala,
pois a medição pode ser dezenas de vezes superior ao número que está no visor, simplesmente
porque o aparelho não tem capacidade de realizar a medição que queremos.
Tubo piezométrico.
Manômetro em U.
Tubo inclinado.
Tubo Piezométrico
O manômetro de coluna piezométrica consiste em um tubo de vidro que, ligado a um
reservatório, permitindo medir diretamente a carga de pressão. Esse manômetro é usado para
medir pequenas pressões devido à limitação da altura do tubo de vidro. Também não pode ser
utilizado para medir pressões de gases e pressões negativas.
p = p 0 + γ. h (Equação 2.2)
sendo que p 0 é a pressão atmosférica, γ é o peso específico e h é a altura da coluna do fluido. “Essa
equação fornece a pressão gerada por qualquer coluna de fluido homogêneo em função da pressão
de referência p 0 e da distância vertical entre os planos que apresentam p e p 0” (MUNSON; YOUNG;
OKIISHI, 2004, p. 45).
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Na Figura 2.4, temos dois fluidos diferentes (o ar e o mercúrio), então a equação de pressão será
dada por:
praticar
Vamos Praticar
A figura a seguir mostra o esboço de um tanque pressurizado que contém óleo (densidade = SG = 0,9). A
placa de inspeção instalada no tanque é quadrada e possui uma largura de 0,6 m. O módulo da força
resultante que mantém a pressão relativa em 50 kPa (conforme a indicação do manômetro da figura) é um
número entre:
MUNSON, B. R.; YOUNG, D. F; OKIISHI, T. H. Fundamentos da mecânica dos fluidos. Tradução da quarta
edição americana de: Euryale de Jesus Zerbini. São Paulo: Edgard Blucher, 2004.
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Esse princípio é baseado no mesmo princípio da equação de Lavoisier, que nos diz que “a
quantidade de massa na natureza não pode ser criada, apenas transformada”. Para sistemas
fechados, o princípio da conservação de massa é usado implicitamente como exigência que a massa
permaneça constante durante um processo. Para volumes de controle (sistemas abertos), a massa
pode cruzar as fronteiras do sistema, então esse princípio se transforma em “a quantidade de massa
que entra no volume de controle tem que ser igual à quantidade de massa que dele sai”.
Q m1 = Q m2 (Equação 2.6)
Comportamento de um Fluido
Temos duas maneiras de analisarmos o comportamento de um fluido:
O método de Lagrange.
O método de Euler.
“Lagrange inventou um método de análise que acompanha a trajetória de uma única partícula de
fluido ao longo do escoamento. A trajetória é o lugar geométrico dos pontos ocupados por uma
única partícula em instantes sucessivos começando por t 0, seguido de t 0 + dt, t 0 + 2 dt e assim
sucessivamente” (MUNSON; YOUNG; OKIISHI, 2004, p. 147). Aqui, acompanhamos a mesma partícula
em vários instantes, conforme a Figura 2.5. Esse método é útil para o cálculo da vazão de um fluido.
Já Euler inventou outro método de análise que estuda as propriedades de um escoamento fluido em
pontos fixos no espaço em função do tempo, conforme a Figura 2.6. Esse método é utilizado quando
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escolhemos um volume de controle (representado por partículas na figura), que é uma quantidade
de volume ou região do espaço, através da qual há fluxo de massa como objeto de estudo. Portanto,
nesse método, as propriedades do campo de escoamento são descritas como sendo uma função
das coordenadas espaciais e do tempo. A maioria dos problemas de mecânica dos fluidos utiliza
esse método. Esse método é utilizado no princípio da conservação de massa, por exemplo.
Regimes de Escoamento
Os regimes de escoamento podem ser separados segundo várias formas de classificação. Podemos
separá-los segundo o tempo que ocorrem, ou segundo as dimensões nos eixos x, y e z que ocupam
quando um fluido está em movimento.
Segundo Brunetti (2008, p. 67), “O escoamento em regime variado é aquele em que as condições do
fluido em alguns pontos ou regiões de pontos variam com o passar do tempo”.
O exemplo mais comum é o estudo de um reservatório, como o da Figura 2.7. Temos que, quando a
quantidade que entra no reservatório é a mesma quantidade que sai dele, o volume do fluido é
constante e o regime será permanente. Entretanto, se interrompermos a entrada de fluido no
reservatório, seu volume vai diminuir, fazendo com que o volume do fluido varie com o tempo, aí ele
se torna um regime variado.
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Reservatórios de grandes dimensões, que mantêm o nível de água aproximadamente constante com
o passar do tempo, são considerados reservatórios com regime permanente.
Número de Reynolds
“O número de Reynolds classifica o escoamento como laminar, de transição ou turbulento”
(BRUNETTI, 2008, p. 69).
Para pequenas velocidades do fluido, chamadas de velocidade de descarga, o filete formado é reto e
contínuo. Quando aumentamos a velocidade, o filete se tornará turbulento, aparecendo uma
configuração de transição até que ele se dissolva totalmente na água, em um escoamento
turbulento.
A classificação entre um escoamento e outro é dado pelo número de Reynolds definido pela
fórmula:
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ρ velocidade D velocidade D
Re = μ
= ν
(este número é adimensional) (Equação 2.7)
O escoamento turbulento é variado por natureza, devido às alterações, por exemplo, no formato de
um rio, por quedas, estreitamentos ou alargamentos feitos pelo homem. A maioria dos aparelhos
não indicará essa variação na velocidade do escoamento com precisão.
Escoamento unidirecional
Quando utilizamos uma única coordenada (eixo x) para descrever as propriedades do fluido, temos
um escoamento unidimensional.
Escoamento bidirecional
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Escoamento tridirecional
Definimos vazão em volume pela letra Q como: o volume do fluido que atravessa uma seção de
escoamento por unidade de tempo, ou seja:
V
Q= (m 3 / s, L / s, m 3 / h, L / min) (Equação 2.8)
t
Com a aplicação dessa fórmula, podemos calcular o tempo de enchimento de um reservatório, para
um volume V conhecido a partir de uma vazão especificada.
A vazão (Q) também pode ser calculada utilizando a velocidade média e a área:
Q = V mA (Equação 2.9)
A vazão mássica (Q m) é obtida pela multiplicação da vazão volumétrica pela massa específica do
fluido, dada por
Q m = ρQ = ρV mA (Equação 2.10)
Para casos especiais em que a velocidade não é uniforme na seção (escoamentos turbulentos ou de
transição), temos que usar o cálculo da integral de área, dado por
O cálculo da vazão é de extrema importância para o cálculo da velocidade e para podermos traçar os
perfis de velocidade de um fluido. A vazão também será muito empregada no aumento ou na
diminuição de velocidade de um fluido por meio da diminuição ou aumento da área de tubulação,
como no caso dos bocais utilizados nas mangueiras de jardim.
praticar
Vamos Praticar
Os reservatórios da figura a seguir são cúbicos. Eles são enchidos pelos tubos bifurcados, respectivamente,
em 100 e 500 segundos. Dado: o diâmetro do condutor nessa seção é de 1 m. A velocidade da água na seção
(A) em m/s é um número que varia entre:
BRUNETTI, F. Mecânica dos fluidos. 2. ed. rev. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2008.
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Figura -Reservatórios (1) e (2) sendo enchidos por um tubo com diâmetro D A.
Fonte: Brunetti (2008, p. 80).
a) Entre 0 e 1 m/s.
b) Entre 1,1 e 2 m/s.
c) Entre 2,1 e 3 m/s.
d) Entre 3,1 e 4 m/s.
e) Entre 4,1 e 5 m/s.
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Já estudamos que a vazão em massa na seção de entrada dada por Q m1 tem de ser igual à vazão em
massa na seção de saída dada por Q m2, conforme está ilustrado na Figura 2.9:
Q m1 = Q m2 ou ρ 1Q 1 = ρ 2Q 2 ou ρ 1v 1A 1 = ρ 2v 2A 2 (Equação 2.12)
“Essas equações são definidas como as equações da continuidade para um fluido em regime
permanente” (BRUNETTI, 2008, p. 75).
Caso o fluido seja incompressível, temos que a massa específica na entrada e na saída do volume V
deverá ser a mesma. Dessa forma, a Equação 2.13 fica:
ρQ 1 = ρQ 2 ⇒ Q 1 = Q 2 ou v 1A 1 = v 2A 2 (Equação 2.13)
“A equação nos diz que a vazão em volume de um fluido incompressível é a mesma em qualquer
seção do escoamento ou que as velocidades médias e as áreas são inversamente proporcionais”
(BRUNETTI, 2008, p. 75), isto é, a uma diminuição de área corresponde um aumento da velocidade
média proporcional, conforme está ilustrado na Figura 2.10, no tubo conhecido por tubo de Venturi.
A parte onde o tubo se estreita é chamada de garganta do tubo.
v1 A2
v2
= A1
(Equação 2.14)
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O tubo de Venturi é utilizado em variadas áreas, como para espalhar fertilizantes na agricultura,
para aumentar o nível de oxigênio para peixes criados em cativeiro, até mesmo para dar
sustentabilidade a aviões voando a altitudes de cruzeiro.
Junto às superfícies sólidas onde existe uma região com gradientes de velocidade de
escoamento, havendo, assim, tensões de cisalhamento.
Na região fora da camada limite, em que não existem estas tensões de cisalhamento.
A primeira região é chamada camada limite e a segunda região de região, de escoamento ideal ou
livre, respectivamente.
A Figura 2.11 mostra um esquema simplificado da formação de uma camada limite para o
escoamento de um fluido sobre uma placa plana. O escoamento atinge a placa com um perfil de
velocidade v 0. Como os fluidos possuem a propriedade de aderência às superfícies sólidas, uma fina
película adere à placa, exercendo uma força retardadora sobre o escoamento, desacelerando o
fluido na vizinhança da superfície sólida. A influência da placa cria uma região no escoamento com
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O escoamento na camada limite pode ser laminar ou turbulento. Para escoamentos sobre uma
placa fina, a fórmula para o cálculo do número de Reynolds é dada por:
ρ V0 x
Re x =
μ
(Equação 2.15)
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V(r) = V m á x 1 −
[ ( )] R
r 2
(Equação 2.16)
O teorema de transporte de Reynolds é uma ferramenta que transforma a abordagem dos sistemas
(considerando uma massa fixa de um fluido) em volume de controle (considerando um dado
volume).
Sistema é uma quantidade fixa de massa identificável que se move com o fluido, e volume de
controle é um volume no espaço.
A maioria das leis que descrevem o movimento dos fluidos envolve a taxa de variação temporal de
uma propriedade extensiva (como a taxa de variação da quantidade de movimento de um sistema).
Assim, sempre existirão termos representados por:
dB sis d ( ∫sisρ b dQ )
dt
=
dt
Equação 2.17)
Na abordagem do volume de controle, precisamos obter uma expressão para a taxa de variação de
uma propriedade extensiva no volume de controle, B vc, e não em um sistema. Isso pode ser escrito
do seguinte modo
dB vc d ( ∫vcρ b dQ )
dt
=
dt
(Equação 2.18)
onde os limites de integração, denotados por você, cobrem o volume de controle em que estamos
interessados.
O teorema de transporte de Reynolds fornece uma relação entre a taxa de variação temporal de
uma propriedade extensiva para um sistema e aquela para um volume de controle, ou seja, a
relação entre as equações (2.17) e (2.18).
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Como B = m, a massa do sistema, segue que b = 1 e as Equações 2.17 e 2.18 podem ser reescritas
como:
Essas equações representam a taxa de variação temporal da massa no sistema e a taxa de variação
temporal da massa no volume de controle. Vamos escolher o fluido contido no extintor no instante
inicial, dado por t = 0 como sistema e o tanque (recipiente) como volume de controle (a superfície de
controle será a parede interna do extintor). Um instante após a abertura da válvula, uma parte do
sistema escoa para fora do volume de controle, como mostra a Figura 2.13, item b. O volume de
controle permanece imóvel. Os limites de integração são fixos para o volume de controle, e eles são
uma função do tempo para o sistema.
d ( ∫sisρ dQ )
dt
= 0 (Equação 2.20)
Do outro lado, é claro que uma certa quantidade de fluido deixou o volume de controle por meio da
válvula do tanque durante o processo. Assim, a quantidade de massa no tanque (o volume de
controle) decresce ao longo do tempo, ou
d ( ∫vcρ dQ )
dt
< 0 (Equação 2.21)
O valor numérico real da taxa com que a massa no volume decresce dependerá da taxa com que o
fluido escoa na válvula do extintor. Esse princípio também é usado para aerossóis, como
desodorantes, secadores de unha etc.
praticar
Vamos Praticar
Assumindo o diagrama de velocidades indicado na figura apresentada, em que a parábola tem seu vértice a
10 cm do fundo, calcule o gradiente de velocidade e a tensão de cisalhamento para y = 10 cm. Para isso,
adote μ = 400 centipoises (essa unidade é adotada no CGS - Centímetro, Grama e Segundo e equivale a
dina . s
= poise). Em seguida, assinale a alternativa que apresenta o valor encontrado se situa em:
cm 2
BRUNETTTI, F. Mecânica dos fluidos. 2. ed. rev. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2008.
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Balanço Global de
Energia Mecânica
Da mesma forma que foi feito para as massas que entram e saem de um fluido, pela lei de
conservação de Lavoisier podemos deduzir uma equação para o balanço de energias armazenados
em um fluido.
Essa equação será extremamente útil para determinamos a potência de máquinas hidráulicas,
determinação das perdas em escoamento e para transformamos a energia potencial hidráulica de
uma queda em energia elétrica.
Energia potencial.
Energia cinética.
Energia de pressão.
Energia Potencial (E p)
É a energia que um corpo acumula devido à sua posição no campo de gravidade em relação a um
plano horizontal de referência (PHR). É a energia de uma queda livre, conforme Figura 2.14
(BRUNETTI, 2008, p. 85):
W = F p. z = m. g. z (Equação 2.22)
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onde: F p é a força peso em N, m é a massa em kg, g é a aceleração da gravidade igual a 9,81 m/s² e z
é a altura em metros.
Energia Cinética (E c)
É o estado de energia determinado pelo movimento do fluido. Seja um sistema de massa m e
velocidade v, a energia cinética é obtida por (BRUNETTI, 2008, p. 86):
m v2
Ec =
2
(Equação 2.23)
Vamos admitir que a pressão seja uniforme em um tubo de corrente conforme está ilustrado na
Figura 2.15. Então, a pressão aplicada pelo meio externo no fluido do tubo de corrente, na interface
A, será F = p . A. Ao considerarmos o intervalo de tempo dt, o fluido terá se deslocado uma distância
ds, sob a ação da força F, produzindo um trabalho dado por:
dW = F. ds = p. A. ds = p. dV (Equação 2.24)
Também podemos calcular a energia de pressão pela integral de volume dada por:
A energia mecânica total de um fluido será dada pela soma das energias potenciais, cinemáticas e de
pressão:
E = E p + E c + E pr (Equação 2.26)
Considerando um sistema que troca calor e trabalho com a vizinhança, mostrado na Figura 2.16,
onde foram representados o fluxo de calor e a potência (taxa de realização de trabalho como
positivo), a 1ª Lei da Termodinâmica pode ser escrita como:
dE sist δQ δW
dt
=
dt
−
dt
(Equação 2.27)
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A taxa de variação da energia total do sistema é igual ao fluxo líquido de calor que entra no sistema
menos a taxa líquida de trabalho realizado pelo sistema sobre a vizinhança.
Agora que nos lembramos conceitualmente da 1ª Lei da Termodinâmica, vamos aplicá-la aos fluidos.
A 1ª Lei da Termodinâmica aplicável a um volume de controle pode ser obtida a partir da equação
básica da formulação de volume de controle dada por
dE sist d
= ∫ ∫ S . C . βρ ( V . n ) dA + ∫ ∫ ∫V . C . βρ d ∀ (Equação 2.28)
dt dt
_ _
( δQ
dt
−
δW
dt ) sistema
= ( δQ
dt
−
δW
dt ) volume de controle
(Equação 2.29)
resultando
δQ δW d
dt
− dt
= ∫ ∫ S . C . e ρ ( V . n ) dA + dt
∫ ∫ ∫V . C . eρ d ∀ (Equação 2.30)
_ _
sendo e a energia total específica (por unidade de massa) do fluido dada por
V2
e = g. y + 2
+ u (Equação 2.31)
V2
em que: g. y é a energia potencial específica, 2
é a energia cinética específica e u é a energia interna
específica.
ou
onde:
W eixo é o trabalho realizado pelo fluido dentro do volume de controle e transmitido para a vizinhança
por meio de um eixo que atravessa a superfície de controle, normalmente esse trabalho é realizado
por turbinas ou bombas.
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W cisalhamento é o trabalho realizado pelo fluido contra as tensões cisalhantes (atrito viscoso) conhecido
também como perda de carga.
praticar
Vamos Praticar
Um dos métodos para se produzir vácuo em uma câmara é descarregar água por um tubo convergente-
divergente, como é mostrado na figura a seguir. Temos que produzir uma depressão de 22 cm de mercúrio
na câmara da figura. Dados: as perdas de carga devem ser desprezadas. γ á gua = 104 N/m³, γ Hg = 1,36 x 105
N/m³, g = 9,81 m/s², D 1 = 72 mm e D 2 = 36 mm. A vazão em massa de água pelo convergente-divergente
deve ser um número situado entre:
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indicações
Material
Complementar
LIVRO
FILME
Sob pressão
Ano: 2015
Comentário: a 160 km da costa da Somália, uma equipe é designada
para descer e realizar a manutenção corretiva em um oleoduto de
petróleo. O problema é que o navio que daria suporte ao módulo de
descida afunda por causa de uma tempestade e quatro trabalhadores
ficam presos no fundo do mar com o oxigênio acabando. Trata-se de
uma emocionante história de como esses operários lutaram para
retornar à superfície, e sobreviver a pressões extremas é retratado de
uma maneira muito verídica.
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conclusão
Conclusão
Nesta unidade, aprendemos a diferenciar os tipos de escoamento em laminar, de transição e
turbulento por meio do cálculo do número de Reynolds, assim como a reconhecer se um
escoamento é uni, bi ou tridimensional.
Também estudamos o princípio da conservação de massa que pode ser utilizado em um tubo de
Venturi. Por esse tubo, podemos alterar a velocidade de um fluido de maneira simples, razão pela
qual ele é utilizado na agricultura e no projeto de aeronaves.
referências
Referências
Bibliográficas
BRUNETTI, F. Mecânica dos fluidos. 2. ed. rev. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2008.
FOX. R. W.; McDONALD, A. T.; PRITCHARD, P. J.; LEYLEGIAN, J. C. Tradução e revisão técnica de R. N.
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de Janeiro: LTC, 2017.
MUNSON, B. R.; YOUNG, D. F.; OKIISHI, T. H. Fundamentos da mecânica dos fluidos. Tradução da
4. ed. americana de Euryale de Jesus Zerbini. São Paulo: Edgard Blucher, 2004.
POTTER, M. C.; WIGGERT, D. C. Mecânica dos fluidos. Tradução de Francisco Araújo da Costa.
Revisão Técnica: Jorge Luis Baliño. Porto Alegre: Bookman, 2018.
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