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POR PRESYS INSTRUMENTOS
Vazão
Esse é um artigo completo sobre Vazão, onde terá a explicação do que
é Vazão, contendo os cálculos e fórmulas, maneiras de uso, informações e
curiosidades sobre o assunto.
O que é Vazão ?
Conceitua-se Vazão em volume (ou simplesmente Vazão) como a quantidade
de fluido que escoa através de um conduto num determinado período de
tempo. A Vazão em volume pode ser calculada como se segue:
5.1
onde:
Q = Vazão, em volume
5.2
onde:
Q = Vazão, em volume
1 cm3 = 1000 mm3
1 pé cúbico = 0,0283168 m3
1 m3 = 264,18 galões
1 libra = 0,4536 kg
1 kg = 2,2046 libras
Medidores de Vazão
Na medição de Vazão de líquidos, gases e vapores pode-se utilizar um dos
seguintes tipos de instrumentos:
Medidores de Pressão
Quando um fluido escoa por uma tubulação contendo uma restrição à
passagem do mesmo, ocorre uma perda de carga (ou diminuição de pressão),
que é relacionada com a Vazão.
Medição de Vazão
Para a medição de Vazão, pode-se medir a diferença de pressão entre dois
pontos próximos da restrição, um a montante e outro a jusante. Aproveita-se
desse modo praticamente toda a queda de pressão introduzida pela restrição.
v = velocidade
A = área de tubulação
∆P = pressão diferencial
p = densidade
5.7 5.8
5.10
Nas condições reais, para a mesma pressão diferencial P, a Vazão indicada
continua sendo Q1. Entretanto, a Vazão real vale:
5.11
A relação entre Q2 e Q1 será o fator de correção F:
5.12
Substituindo nessa expressão os valores dados, vem:
5.13
O fator de correção vale, portanto, 1,046.
Nas equações (5.4), (5.5) e (5.6), válidas para o caso de líquidos, a densidade
se supõe constante antes e depois da restrição. Quando se trata de vapor ou
de gases, há uma variação de densidade, quando o fluido passa pela restrição.
As fórmulas de cálculo incluem um fator de correção, para levar em conta essa
diferença.
Faixa de Medição
A faixa de medição mais comum para medidores de pressão diferencial é de 0
a 100”H2O, ou de 0 a 2500 mm H2O. Essa faixa é suficientemente alta para
minimizar erros resultantes de variações de nível e de densidade do líquido nas
linhas de conexão do elemento primário ao medidor de pressão diferencial. A
perda de carga resultante é, na maioria dos casos, perfeitamente aceitável.
Placas de Orifício
A placa de orifício é o tipo de elemento primário mais comum para a medição
de Vazão pelo método de pressão diferencial. É um dispositivo simples, que
pode ser fabricado com boa precisão dimensional.
Por outro lado, líquidos podem conter, às vezes, pequenas quantidades de gás
ou de vapor, que tendem a se juntar na parte superior da linha, junto à placa,
causando também erros de medição. Pode-se, então, fazer um pequeno furo
tangente ao diâmetro interno da tubulação, na parte superior, para dar livre
passagem ao gás ou vapor.
Fig.5 Corte da seção transversal de uma placa de orifício concêntrica típica
O perfil do furo de uma placa de orifício pode ser visto na fig.5. O chanfro deve
ser feito a 45º de tal maneira que a distância “T” seja 1/32” para diâmetros de
tubulação até 3”; 1/16” para diâmetros de 4 a 6”, 1/8” para diâmetros de 8 a
14”, e 1/4” para diâmetros maiores.
O canto vivo entre a face da placa e o furo não deve ter rebarbas, e não deve
refletir luz quando observado a olho nu. A face da placa deve ser plana (com
tolerância de 0,010” por polegada). O diâmetro deve ter precisão de cerca de
0,05 mm. As tomadas de pressão podem ser executadas de diversas maneiras.
As tomadas são simétricas, podendo ser utilizadas para fluxo nos dois sentidos
e tem sido assunto de grande número de pesquisas, conhecendo-se hoje em
dia todos os dados necessários para uma medição com boa precisão.
Fig.6
Placa de orifício com tomadas de pressão nos flanges
Sua principal desvantagem consiste na necessidade de se usar flanges
especiais, mais caros que os convencionais, não podendo ser adaptadas a
flanges já existentes. Não se recomenda seu uso com relações d /D (diâmetro
de orifício / diâmetro da tubulação) grandes e/ou, para tubulações menores que
2”, devido ao fato de a tomada de baixa pressão se situar numa região
altamente instável da curva de recuperação de pressão.
Em tubulações com diâmetro menor que 2”, podem ser usados conjuntos
compostos de flanges, placa e tubos, com face interna usinada e retificada com
grande precisão e conjuntos de “orifício integral”, adaptadores e transmissores
de pressão diferencial.
Para se obter boa precisão nas medições com placas de orifício, deve-se existir
um comprimento reto de tubulação antes e depois da placa. O comprimento
reto mínimo recomendado pode ser obtido na norma ISO R541 – Measurement
of Fluid Flow, by Means of Orifice Plates and Nozzles.
Caso se deseje uma precisão alta, os seguintes dados adicionais devem ser
obtidos, para líquidos: Viscosidade, pressão (somente no caso de pressões
altas, que podem afetar a densidade). No caso de vapor de gases, necessita-
se ainda o conhecimento de sua compressibilidade.
Nos conjuntos de “orifício integral”, as placas são fornecidas com uma série de
orifícios “standard”, devendo ser calculada a pressão diferencial. Para os
cálculos da placa de orifício, podem ser consultados MILLER e DELMEÉ.
5.14
onde:
RD = número de Reynolds
v = velocidade de escoamento
D = diâmetro da tubulação e;
u = viscosidade
Nos cálculos de placa de orifício entra uma fator relacionado com o número de
Reynolds, calculado para a Vazão usual. Caso o número de Reynolds seja
baixo, as variações desse fator ao longo da faixa de medição podem causar
imprecisão na medida.
Tubos de Venturi
O tubo de venturi (fig.10), é composto de uma seção cônica de entrada, com
diâmetro decrescente, uma seção paralela central e uma seção cônica de
saída, com diâmetro crescente.
O tubo venturi não tem mudanças bruscas de seção, ou cantos em que possa
haver acúmulo de sedimentos. Por esse motivo, ele é frequentemente utilizado
na medição da vazão de líquidos com sólidos em suspensão.
Fig.1
0 Tubo de venturi típico
A perda de carga permanente é de cerca de 10 a 25% da pressão diferencial
medida. Nesse aspecto, ele apresenta uma nítida vantagem quando
comparado com a placa de orifício, pois reduz substancialmente os custos de
bombeamento, em tubulações de grande diâmetro. Tubos venturi são usados
frequentemente na medição de Vazão de ar de combustão, em que a pressão
estática é baixa.
O “venturi curto”, com um cone de saída de dimensões mais reduzidas, produz
uma perda de carga permanente, ligeiramente mais alta que o tipo
convencional. O seu custo é menor.
Bocais
O bocal (“Flow nozzle”) consiste em uma restrição com um perfil elíptico,
terminando em uma seção cilíndrica (Fig.. 11). A perda de carga permanente,
quando comparada com aquela produzida por uma placa de orifício com a
mesma relação d/D, é ligeiramente menor. Entretanto, para uma dada Vazão e
uma dada pressão diferencial, essa relação é menor que na placa de orifício.