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07/09/2023, 11:29 Ead.

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FENÔMENOS DE TRANSPORTE
PROPRIEDADES E
ESTÁTICA DOS FLUIDOS
Autor: Me. Rafaela Filomena Alves Guimarães

INICIAR

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introdução
Introdução
Nesta unidade, serão apresentados conceitos relativos à medição de pressão
e instrumentos de medida para podermos mensurar o escoamento dos
fluidos e depois classificá-los em relação, por exemplo, aos tipos de regime: se
um fluido possui regime de fluxo variado ou permanente, ou se o fluxo pode
ser classificado como laminar, de transição ou turbulento.

Essa classificação é feita por meio do número de Reynolds. Estudaremos


também os conceitos de vazão mássica e volumétrica que serão úteis para
podermos calcular a velocidade. Compreenderemos o princípio da
conservação de massa e como podemos, por meio de um tubo de Venturi,
utilizar essa configuração para alterar a velocidade de um fluido de maneira
simples e eficiente.

Finalmente, estudaremos a equação de conservação de energia e os vários


tipos de energia que um fluido em movimento pode despender como a
energia potencial, a cinética e a energia de pressão.

O estudo será seguido de atividades práticas para que o aluno possa perceber
a vantagem da utilização dessas equações para tornar o cálculo simples e
preciso. Esses cálculos são muito empregados em líquidos incompressíveis,
como a água.

Bons estudos!

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Medições e
Medidores de
Pressão

A pressão é uma das características mais importantes em se tratando de


fenômenos de transporte e escoamento de fluidos. Por isso, precisamos ter a
certeza de que estamos utilizando o medidor certo e estamos medindo
exatamente a pressão da tubulação que nos interessa.

Escalas de Pressão
Quando uma pressão é medida, em relação ao vácuo ou ao zero absoluto,
temos o que chamamos de “pressão absoluta”. Já quando uma pressão é
medida, em relação à pressão atmosférica (o nível de referência mais
comum), chamamos de “pressão efetiva”, e a relação entre essas pressões é
dada por:

pabs = patm + pef (Equação 2.1)

“A maioria dos medidores de pressão indica uma diferença de pressão – a


diferença entre a pressão medida e aquela do ambiente (usualmente a

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pressão atmosférica). Os níveis de pressão medidos em relação à pressão


atmosférica são denominados de pressões manométricas” (FOX et al., 2010, p.
90). Uma pressão negativa é também referida como vácuo.

Além disso, para sabermos se um manômetro está marcando a pressão


efetiva, basta que ele seja submetido a um teste simples: medimos a pressão
atmosférica. Se a marcação for igual a zero (ao nível do mar), ao instalarmos
esse equipamento na tubulação, esse marcará a pressão efetiva. A Figura 2.1
ilustra a Equação 2.1:

Figura 2.1 - Escala mostrando as pressões absoluta, efetiva e atmosférica


Fonte: Fox et al. (2010, p. 91).

Podemos medir pressões em várias unidades, e algumas relações entre essas


unidades é dada por:

1 kgf/cm² = 10 kgf /m² = 9,8 x 10 Pa = 0,98 bar = 14,2 psi.


4 4

1 atm = 760 mmHg = 101.230 Pa = 101,23 kPa = 10.033 kgf/m² = 1,033


kgf/cm² = 1,01 bar = 14,7 psi = 10,33 mca
1,01 bar = 14,7 psi = 10,33 mca

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Ainda assim, é possível medir a pressão em mmHg (milímetros de coluna de


mercúrio) ou mca (metros de coluna-d’água) e transformar o valor medido
para kPa, por exemplo.

Medidores de Pressão
As pressões ou depressões (pressões negativas) são medidas pelos
manômetros que podem ser de uso industrial como os manômetros:

Metálico ou de Bourdon.
Strain-gages.
Transdutores piezelétricos.

O manômetro metálico ou de Bourdon é o mais utilizado industrialmente e


está representado na Figura 2.2. Ele mede a pressão por meio da deformação
do tubo elástico localizado no interior de (em nosso exemplo) um tubo
metálico. Ao ligarmos o manômetro, o tubo elástico é submetido à pressão
que queremos medir, deformando, assim, o tubo elástico, e, através de um
sistema de engrenagens (Figura 2.3), acionando o ponteiro, indicando a
pressão da tubulação em que o equipamento foi instalado.

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Figura 2.2 - Manômetro instalado em ambiente industrial. Esse manômetro


mede uma pressão de 0 a 1 MPa
Fonte: anita_starzycka / Pixabay.

Figura 2.3 - Vista interna e partes constituintes de um manômetro metálico


Fonte: DStaiger / Wikimedia Commons.

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Também temos os manômetros chamados de transdutores de pressão, ou de


strain-gages, que funcionam por meio de um diafragma que se curva entre
duas câmaras abertas para as entradas de pressão e os transdutores
piezelétricos que funcionam de acordo com o princípio de que um potencial
elétrico é gerado em uma substância cristalina quando ela é submetida à
pressão mecânica.

Os manômetros industriais são projetados para medir até ¾ ou 75% da sua


escala. Nunca devemos confiar na leitura de um equipamento que está com o
ponteiro apontando para o fundo de escala, pois a medição pode ser dezenas
de vezes superior ao número que está no visor, simplesmente porque o
aparelho não tem capacidade de realizar a medição que queremos.

saiba
mais
Saiba mais
Agora, assista ao vídeo em que se explicam
as partes constituintes de um manômetro,
bem como quais os requisitos que
necessitamos saber para especificar esse
equipamento, desde detalhes construtivos
até tipo de conexão:

ASSISTIR

Já os manômetros piezométricos e com tubo em U são muito utilizados para a


realização de experimentos em laboratório ou a medição de grandes
reservatórios, em que o controle por meio de uma coluna-d’água é a melhor

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forma de obtermos informações sobre um reservatório. Essa técnica utiliza


colunas de líquido verticais ou inclinadas. Os três tipos mais utilizados são:

Tubo piezométrico.
Manômetro em U.
Tubo inclinado.

Tubo Piezométrico
O manômetro de coluna piezométrica consiste em um tubo de vidro que,
ligado a um reservatório, permitindo medir diretamente a carga de pressão.
Esse manômetro é usado para medir pequenas pressões devido à limitação
da altura do tubo de vidro. Também não pode ser utilizado para medir
pressões de gases e pressões negativas.

Esse manômetro indicará uma leitura dada pela fórmula

p = p0 + γ. h (Equação 2.2)

sendo que p é a pressão atmosférica, γ é o peso específico e h é a altura da


0

coluna do fluido. “Essa equação fornece a pressão gerada por qualquer


coluna de fluido homogêneo em função da pressão de referência p e da 0

distância vertical entre os planos que apresentam p e p ” (MUNSON; YOUNG; 0

OKIISHI, 2004, p. 45).

Manômetro com o Tubo em U


O manômetro com tubo em U é muito utilizado em laboratórios e pode ser
visto na Figura 2.4. O fluido que está em seu interior é denominado fluido
manométrico. Também podemos instalar dois recipientes com líquidos
diferentes no lugar das saídas da tubulação aberta em A e B. A equação desse
tipo de configuração é dada por:

Pfinal(A) − Pinicial(B) = Δp = ρ. g. h (Equação 2.3)

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Figura 2.4 - O manômetro com tubo em U


Fonte: Fox et al. (2010, p. 93).

Na Figura 2.4, temos dois fluidos diferentes (o ar e o mercúrio), então a


equação de pressão será dada por:

PA = PB + ρHgg. h (Equação 2.4)

Em que a gravidade específica (SG) é dada por ρ/ρá gua


, temos:

PA = S G HG . ρ água . g. h (Equação 2.5)

Em que os pontos A e A’ têm a mesma pressão.

praticar
Vamos Praticar
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A figura a seguir mostra o esboço de um tanque pressurizado que contém óleo


(densidade = SG = 0,9). A placa de inspeção instalada no tanque é quadrada e possui
uma largura de 0,6 m. O módulo da força resultante que mantém a pressão relativa
em 50 kPa (conforme a indicação do manômetro da figura) é um número entre:

Dado: o tanque está exposto à atmosfera.

MUNSON, B. R.; YOUNG, D. F; OKIISHI, T. H. Fundamentos da mecânica dos


fluidos. Tradução da quarta edição americana de: Euryale de Jesus Zerbini. São
Paulo: Edgard Blucher, 2004.

Figura - Tanque de óleo exposto à atmosfera


Fonte: Munson, Young e Okiishi (2004, p. 61).
a) 0 e 10 kN.
b) 11 e 20 kN.
c) 21 e 30 kN.
Feedback: A alternativa está correta. A pressão no centro da placa é composta
de uma parcela devido à pressão do ar comprimido na superfície do óleo ps,
dado por 50 kPA = 50 x 10³ N e uma outra parcela de pressão devido à presença
do óleo (que varia linearmente com a profundidade). Vamos considerar que a

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força resultante na placa com área A é composta das forças F e F . Logo, F é 1 2 1

dada por

(ps + γgh1) × A =

3 3 2
(50 × 10 + 0, 9 × 10 × 9, 81 × 2)(0, 6) =

67.658x0, 36 = 24, 356kN

. A força F é dada por F


2
2
= (γgC G placa ) × A , sendo que
C G placa = 0, 6/2 = 0, 3m . Logo,

F2 = (0, 9 × 103 × 9, 81 × 0, 3) × 0, 36 =

2.648, 7 × 0, 36 = 0, 953kN

. A força total será dada pela soma das forças F e F , ou seja: 1 2

Ft = F1 + F2 = 24, 356 + 0, 953 = 25, 31kN

.
d) 31 e 40 kN.
e) 41 e 50 kN

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Balanço Global de
Massa

Esse princípio é baseado no mesmo princípio da equação de Lavoisier, que


nos diz que “a quantidade de massa na natureza não pode ser criada, apenas
transformada”. Para sistemas fechados, o princípio da conservação de massa
é usado implicitamente como exigência que a massa permaneça constante
durante um processo. Para volumes de controle (sistemas abertos), a massa
pode cruzar as fronteiras do sistema, então esse princípio se transforma em
“a quantidade de massa que entra no volume de controle tem que ser igual à
quantidade de massa que dele sai”.

Em termos matemáticos, temos que:

Q m1 = Q m2 (Equação 2.6)

Para estudarmos o princípio de conservação de massa, devemos,


primeiramente, entender como o escoamento de um fluido pode ser
classificado.

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Comportamento de um Fluido
Temos duas maneiras de analisarmos o comportamento de um fluido:

O método de Lagrange.
O método de Euler.

“Lagrange inventou um método de análise que acompanha a trajetória de


uma única partícula de fluido ao longo do escoamento. A trajetória é o lugar
geométrico dos pontos ocupados por uma única partícula em instantes
sucessivos começando por t , seguido de t + dt, t + 2 dt e assim
0 0 0

sucessivamente” (MUNSON; YOUNG; OKIISHI, 2004, p. 147). Aqui,


acompanhamos a mesma partícula em vários instantes, conforme a Figura
2.5. Esse método é útil para o cálculo da vazão de um fluido.

Figura 2.5 - Análise do método Lagrangeano


Fonte: Çengel e Cimbala (2007, p. 112).

Já Euler inventou outro método de análise que estuda as propriedades de um


escoamento fluido em pontos fixos no espaço em função do tempo, conforme
a Figura 2.6. Esse método é utilizado quando escolhemos um volume de
controle (representado por partículas na figura), que é uma quantidade de
volume ou região do espaço, através da qual há fluxo de massa como objeto

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de estudo. Portanto, nesse método, as propriedades do campo de


escoamento são descritas como sendo uma função das coordenadas
espaciais e do tempo. A maioria dos problemas de mecânica dos fluidos utiliza
esse método. Esse método é utilizado no princípio da conservação de massa,
por exemplo.

Figura 2.6 - Análise do método de Euler


Fonte: Çengel e Cimbala (2007, p. 113).

Regimes de Escoamento
Os regimes de escoamento podem ser separados segundo várias formas de
classificação. Podemos separá-los segundo o tempo que ocorrem, ou
segundo as dimensões nos eixos x, y e z que ocupam quando um fluido está
em movimento.

Segundo o tempo em que ocorrem os escoamentos, podem ser classificados


em regimes permanente e variado.

Regimes Variado e Permanente

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Os escoamentos podem ser separados segundo o tempo que ocorrem, e


devemos lembrar que um mesmo escoamento em um dado tempo pode ser
variado e em outro tempo ser permanente. Tudo vai depender do momento
em que estivermos fazendo nossa análise.

Escoamento em Regime Permanente


O escoamento em regime permanente pode ser definido como:

Regime permanente é aquele em que as propriedades do fluido


são invariáveis em cada ponto com o passar do tempo (elas
podem variar de ponto para ponto, desde que não variem com o
tempo). Isto significa que apesar de um certo fluido estar em
movimento, a configuração de suas propriedades em qualquer
instante permanece a mesma (BRUNETTI, 2008, p. 67).

Escoamento em regime variado

Segundo Brunetti (2008, p. 67), “O escoamento em regime variado é aquele


em que as condições do fluido em alguns pontos ou regiões de pontos variam
com o passar do tempo”.

O exemplo mais comum é o estudo de um reservatório, como o da Figura 2.7.


Temos que, quando a quantidade que entra no reservatório é a mesma
quantidade que sai dele, o volume do fluido é constante e o regime será
permanente. Entretanto, se interrompermos a entrada de fluido no
reservatório, seu volume vai diminuir, fazendo com que o volume do fluido
varie com o tempo, aí ele se torna um regime variado.

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Figura 2.7 - Reservatório de água com uma torneira e uma saída de água
Fonte: stockcrafter / 123RF.

Reservatórios de grandes dimensões, que mantêm o nível de água


aproximadamente constante com o passar do tempo, são considerados
reservatórios com regime permanente.

Número de Reynolds
“O número de Reynolds classifica o escoamento como laminar, de transição
ou turbulento” (BRUNETTI, 2008, p. 69).

Reynolds injetou uma linha de corante em um tubo transparente dentro de


um reservatório de água, conforme é mostrado na Figura 2.8.

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Figura 2.8 - Representação da experiência feita por Reynolds para determinar


se o escoamento é laminar ou turbulento
Fonte: Brunetti (2008, p. 68).

Para pequenas velocidades do fluido, chamadas de velocidade de descarga, o


filete formado é reto e contínuo. Quando aumentamos a velocidade, o filete
se tornará turbulento, aparecendo uma configuração de transição até que ele
se dissolva totalmente na água, em um escoamento turbulento.

O escoamento laminar é aquele em que as partículas se deslocam


em lâminas individualizadas, sem trocas de massa entre elas. Já o
escoamento turbulento é aquele em que as partículas apresentam
um movimento aleatório macroscópico, isto é, a velocidade
apresenta componentes transversais ao conjunto do fluido
(BRUNETTI, 2008, p. 69).

A classificação entre um escoamento e outro é dado pelo número de


Reynolds definido pela fórmula:

(este número é adimensional) (Equação


ρ velocidade D velocidade D
Re = =
μ ν

2.7)

Em que ρ = densidade (kg/m³), μ = viscosidade (kg/m.s), ν - viscosidade


cinemática (m²/s) e D = diâmetro do tubo (m).

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Reynolds definiu que, para valores de Re:

Re < 2.000 - Escoamento laminar.


2.000 < Re < 2.400 - Escoamento de transição.
Re > 2.400 - Escoamento turbulento.

O escoamento turbulento é variado por natureza, devido às alterações, por


exemplo, no formato de um rio, por quedas, estreitamentos ou alargamentos
feitos pelo homem. A maioria dos aparelhos não indicará essa variação na
velocidade do escoamento com precisão.

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saiba
mais
Saiba mais
A experiência de Reynolds é recriada no
vídeo a seguir, em que também é mostrada a
bancada original utilizada pelo cientista.
Depois de uma rápida explicação sobre os
termos da fórmula de Reynolds, é feita a
experiência na qual os escoamentos laminar,
de transição e turbulento podem ser vistos
em detalhe através da utilização de um
corante comestível que deixa a água rosa.

ASSISTIR

Variação de Escoamento nos Eixos x,


yez
Os escoamentos também podem ser classificados segundo sua variação nos
eixos de coordenadas x, y e z. É claro que, na maioria das vezes, os
escoamentos serão fenômenos tridimensionais (como tudo que nos cerca).
Mas, muitas vezes, podemos realizar nossos cálculos somente com uma
coordenada e, ainda assim, obtermos um valor bem preciso.

Escoamento unidirecional

Quando utilizamos uma única coordenada (eixo x) para descrever as


propriedades do fluido, temos um escoamento unidimensional.

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Escoamento bidirecional

Os escoamentos bidirecionais precisam de duas coordenadas (eixos x e y)


para descrever a variação de sua velocidade.

Escoamento tridirecional

Escoamentos tridimensionais (eixos x, y e z) utilizam as três coordenadas para


obter a velocidade e são de difícil resolução matemática.

Taxas de Escoamento: Vazão


Volumétrica e Vazão Mássica
Agora, vamos definir os conceitos de vazão em massa e volume para que
possamos calcular a velocidade do fluxo. Também utilizamos a vazão para o
cálculo do tempo que um reservatório leva para encher ou esvaziar.

Definimos vazão em volume pela letra Q como: o volume do fluido que


atravessa uma seção de escoamento por unidade de tempo, ou seja:

Q =
V

t
3 3
(m /s, L/s, m /h, L/min) (Equação 2.8)

Com a aplicação dessa fórmula, podemos calcular o tempo de enchimento de


um reservatório, para um volume V conhecido a partir de uma vazão
especificada.

A vazão (Q) também pode ser calculada utilizando a velocidade média e a


área:

Q = Vm A (Equação 2.9)

onde V é a velocidade média (m/s) e A é a área (m).


m

A vazão mássica (Q ) é obtida pela multiplicação da vazão volumétrica pela


m

massa específica do fluido, dada por

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Q m = ρQ = ρVm A (Equação 2.10)

Para casos especiais em que a velocidade não é uniforme na seção


(escoamentos turbulentos ou de transição), temos que usar o cálculo da
integral de área, dado por

Q = ∫
A
V elocidade . dA (Equação 2.11)

O cálculo da vazão é de extrema importância para o cálculo da velocidade e


para podermos traçar os perfis de velocidade de um fluido. A vazão também
será muito empregada no aumento ou na diminuição de velocidade de um
fluido por meio da diminuição ou aumento da área de tubulação, como no
caso dos bocais utilizados nas mangueiras de jardim.

praticar
Vamos Praticar
Os reservatórios da figura a seguir são cúbicos. Eles são enchidos pelos tubos
bifurcados, respectivamente, em 100 e 500 segundos. Dado: o diâmetro do
condutor nessa seção é de 1 m. A velocidade da água na seção (A) em m/s é um
número que varia entre:

BRUNETTI, F. Mecânica dos fluidos. 2. ed. rev. São Paulo: Pearson Prentice Hall,
2008.

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Figura -Reservatórios (1) e (2) sendo enchidos por um tubo com diâmetro D . A

Fonte: Brunetti (2008, p. 80).


a) Entre 0 e 1 m/s.
Feedback: A vazão é dada pelas somas das vazões que enchem os reservatórios
(1) e (2). Logo, Q = Q + Q . A fórmula da vazão é dada por Q = Volume/tempo.
1 2

O volume é cúbico, ou seja, é a altura elevada ao cubo. Logo,


V = 5 = 125m eV = 10 = 1.000m . Então, temos que
3 3 3 3
1 2

= 3, 25m /s . A velocidade é dada por v = Q/A e


V1 V2 125 1.000 3
Q = + = +
t1 t2 100 500

a área é circular. Como temos o diâmetro, a área é dada por A , então


2
π. D
=
4

temos que v .
4 . Q 4 . 3,25
= 2
= 2
= 4, 14m/s
π . D π . 1

b) Entre 1,1 e 2 m/s.


Feedback: A vazão é dada pelas somas das vazões que enchem os reservatórios
(1) e (2). Logo, Q = Q + Q . A fórmula da vazão é dada por Q = Volume/tempo.
1 2

O volume é cúbico, ou seja, é a altura elevada ao cubo. Logo,


V = 5 = 125m eV = 10 = 1.000m . Então, temos que
3 3 3 3
1 2

= 3, 25m /s . A velocidade é dada por v = Q/A e


V1 V2 125 1.000 3
Q = + = +
t1 t2 100 500

a área é circular. Como temos o diâmetro, a área é dada por A , então


2
π. D
=
4

temos que v .
4 . Q 4 . 3,25
= 2
= 2
= 4, 14m/s
π . D π . 1

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c) Entre 2,1 e 3 m/s.


Feedback: A vazão é dada pelas somas das vazões que enchem os reservatórios
(1) e (2). Logo, Q = Q + Q . A fórmula da vazão é dada por Q = Volume/tempo.
1 2

O volume é cúbico, ou seja, é a altura elevada ao cubo. Logo,


V = 5 = 125m eV = 10 = 1.000m . Então, temos que
3 3 3 3
1 2

= 3, 25m /s . A velocidade é dada por v = Q/A e


V1 V2 125 1.000 3
Q = + = +
t1 t2 100 500
2

a área é circular. Como temos o diâmetro, a área é dada por A =


π. D

4
, então
temos que v .
4 . Q 4 . 3,25
= 2
= 2
= 4, 14m/s
π . D π . 1

d) Entre 3,1 e 4 m/s.


Feedback: A vazão é dada pelas somas das vazões que enchem os reservatórios
(1) e (2). Logo, Q = Q + Q . A fórmula da vazão é dada por Q = Volume/tempo.
1 2

O volume é cúbico, ou seja, é a altura elevada ao cubo. Logo,


V = 5 = 125m eV = 10 = 1.000m . Então, temos que
3 3 3 3
1 2

= 3, 25m /s . A velocidade é dada por v = Q/A e


V1 V2 125 1.000 3
Q = + = +
t1 t2 100 500
2

a área é circular. Como temos o diâmetro, a área é dada por A =


π. D

4
, então
temos que v .
4 . Q 4 . 3,25
= 2
= 2
= 4, 14m/s
π . D π . 1

e) Entre 4,1 e 5 m/s.


Feedback: A vazão é dada pelas somas das vazões que enchem os reservatórios
(1) e (2). Logo, Q = Q + Q . A fórmula da vazão é dada por Q = Volume/tempo.
1 2

O volume é cúbico, ou seja, é a altura elevada ao cubo. Logo,


V = 5 = 125m eV = 10 = 1.000m . Então, temos que
3 3 3 3
1 2

= 3, 25m /s . A velocidade é dada por v = Q/A e


V1 V2 125 1.000 3
Q = + = +
t1 t2 100 500

a área é circular. Como temos o diâmetro, a área é dada por A , então


2
π. D
=
4

temos que v .
4 . Q 4 . 3,25
= 2
= 2
= 4, 14m/s
π . D π . 1

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Balanço Global de
Massa

Já estudamos que a vazão em massa na seção de entrada dada por Q tem m1

de ser igual à vazão em massa na seção de saída dada por Q 2, conforme m

está ilustrado na Figura 2.9:

Figura 2.9 - Escoamento de um fluido por um tubo de corrente


Fonte: Brunetti (2008, p. 75).

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Em termos matemáticos, temos que:

Q m1 = Q m2 ou ρ 1 Q1 = ρ2 Q2 ou ρ 1 v1 A 1 = ρ 2 v2 A 2 (Equação 2.12)

“Essas equações são definidas como as equações da continuidade para um


fluido em regime permanente” (BRUNETTI, 2008, p. 75).

Caso o fluido seja incompressível, temos que a massa específica na entrada e


na saída do volume V deverá ser a mesma. Dessa forma, a Equação 2.13 fica:

ρQ 1 = ρQ 2 ⇒ Q 1 = Q 2 ou v 1 A1 = v2 A 2 (Equação 2.13)

“A equação nos diz que a vazão em volume de um fluido incompressível é a


mesma em qualquer seção do escoamento ou que as velocidades médias e as
áreas são inversamente proporcionais” (BRUNETTI, 2008, p. 75), isto é, a uma
diminuição de área corresponde um aumento da velocidade média
proporcional, conforme está ilustrado na Figura 2.10, no tubo conhecido por
tubo de Venturi. A parte onde o tubo se estreita é chamada de garganta do
tubo.

(Equação 2.14)
v1 A2
=
v2 A1

Figura 2.10 - Tubo de Venturi


Fonte: letindor / 123RF.

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O tubo de Venturi é utilizado em variadas áreas, como para espalhar


fertilizantes na agricultura, para aumentar o nível de oxigênio para peixes
criados em cativeiro, até mesmo para dar sustentabilidade a aviões voando a
altitudes de cruzeiro.

saiba
mais
Saiba mais
Assista ao vídeo que utiliza o tubo de Venturi
para montar uma experiência bastante
simples simulando como um avião utiliza
esse princípio para se sustentar voando em
altitudes de cruzeiro. No vídeo, é utilizado
com um envelope, 3 clipes de papel, um
secador de cabelo e um suporte para
reproduzir a asa de um avião:

ASSISTIR

Perfil de Velocidade e Velocidade


Média
Os fluidos aderem à superfície sólida com o qual estão em contato, de forma
que, em um escoamento, uma película do fluido que está em contato direto
com uma superfície sólida possui a mesma velocidade que essa superfície, ou
seja, não ocorre deslizamento do fluido sobre uma superfície sólida.

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Em algumas ocasiões, podemos dividir o campo de escoamento em duas


regiões principais:

Junto às superfícies sólidas onde existe uma região com gradientes


de velocidade de escoamento, havendo, assim, tensões de
cisalhamento.
Na região fora da camada limite, em que não existem estas tensões
de cisalhamento.

A primeira região é chamada camada limite e a segunda região de região, de


escoamento ideal ou livre, respectivamente.

A Figura 2.11 mostra um esquema simplificado da formação de uma camada


limite para o escoamento de um fluido sobre uma placa plana. O escoamento
atinge a placa com um perfil de velocidade v . Como os fluidos possuem a
0

propriedade de aderência às superfícies sólidas, uma fina película adere à


placa, exercendo uma força retardadora sobre o escoamento, desacelerando
o fluido na vizinhança da superfície sólida. A influência da placa cria uma
região no escoamento com gradientes de velocidade em que existem tensões
de cisalhamento. O escoamento não sofre a influência da placa fora da
camada limite.

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Figura 2.11 - Esquema simplificado da formação de uma camada limite sobre


uma superfície sólida
Fonte: Livi (2017, p. 71).

O escoamento na camada limite pode ser laminar ou turbulento. Para


escoamentos sobre uma placa fina, a fórmula para o cálculo do número de
Reynolds é dada por:

(Equação 2.15)
ρ V0 x
Rex =
μ

em que a coordenada x é a medida a partir do bordo de ataque da placa, na


direção do escoamento sobre a placa na qual a camada limite se desenvolve.
O tipo de escoamento na camada limite depende do número de Reynolds.

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reflita
Reflita
Os escoamentos, na maioria das
vezes, são turbulentos, como em rios e
nos sistemas de tubulação
pressurizados. Essas turbulências ou
vórtex fazem com que a água não
fique parada, que dois líquidos
diferentes se misturem mais
rapidamente ou que um produto
chegue ao seu destino final no menor
tempo possível em uma linha de
montagem.

No entanto, essas turbulências


também trazem prejuízos à tubulação
porque causam cavitação e perdas de
carga. Durante a noite, o consumo de
água diminui e as vazões deveriam ser
diminuídas para que a perda por
vazamentos seja mínima.

Você já pensou como seria se nosso


sistema tivesse um consumo
constante? Se todas as instalações
tivessem caixas-d’água com softwares
que soubessem a melhor hora para
acionarem as bombas? As perdas de
carga e custos com manutenção

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seriam menores porque os


escoamentos turbulentos poderiam se
transformar em escoamentos
laminares.

Fonte: Tardelli Filho (2016, on-line).

Os escoamentos internos em dutos podem ser classificados como de entrada


ou estabelecido. Um escoamento interno em um duto de seção circular
constante é mostrado na Figura 2.12. Antes da entrada da tubulação, tem-se
um escoamento livre com perfil uniforme de velocidade v . Na região com 0

comprimento L , a camada limite está em formação e temos o escoamento


e

de entrada. Após L a camada limite está totalmente desenvolvida e o


e

escoamento é estabelecido.

Figura 2.12 - Esquema simplificado dos escoamentos de entrada e


estabelecido em um duto
Fonte: Livi (2017, p. 71).

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Depois do comprimento da entrada, no escoamento estabelecido o perfil da


velocidade fica invariante ao longo de um duto de seção constante, e a forma
da distribuição real de velocidade depende de o regime ser laminar ou
turbulento. Para um escoamento laminar em um duto de seção transversal
circular, o perfil de velocidade numa seção parabólica é dado por:
2
V (r) = Vmáx [1 − (
r

R
) ] (Equação 2.16)

em que V á
m x
é a velocidade de escoamento no centro da seção.

Teorema de Transporte de Reynolds


Muitas vezes, estamos interessados no que acontece numa região particular
do escoamento e, em outras vezes, estamos interessados no efeito do
escoamento num objeto que interage com o escoamento.

O teorema de transporte de Reynolds é uma ferramenta que transforma a


abordagem dos sistemas (considerando uma massa fixa de um fluido) em
volume de controle (considerando um dado volume).

Sistema é uma quantidade fixa de massa identificável que se move com o


fluido, e volume de controle é um volume no espaço.

A maioria das leis que descrevem o movimento dos fluidos envolve a taxa de
variação temporal de uma propriedade extensiva (como a taxa de variação da
quantidade de movimento de um sistema). Assim, sempre existirão termos
representados por:
d(∫ ρ b dQ)
Equação 2.17)
dBsis sis
=
dt dt

onde B é um parâmetro físico e b = V (quantidade de movimento por unidade


de massa).

Na abordagem do volume de controle, precisamos obter uma expressão para


a taxa de variação de uma propriedade extensiva no volume de controle, B c, v

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e não em um sistema. Isso pode ser escrito do seguinte modo


d(∫ ρ b dQ)
(Equação 2.18)
dBvc vc
=
dt dt

onde os limites de integração, denotados por você, cobrem o volume de


controle em que estamos interessados.

O teorema de transporte de Reynolds fornece uma relação entre a taxa de


variação temporal de uma propriedade extensiva para um sistema e aquela
para um volume de controle, ou seja, a relação entre as equações (2.17) e
(2.18).

Vamos estudar melhor esse teorema por meio de um exemplo:

Um fluido escoa do extintor de incêndio mostrado na Figura 2.13. Vamos ver


as diferenças entre e , considerando que B representa a massa do
dBsis dBvc

dt dt

fluido.

Figura 2.13 - Extintor de incêndio. Em a) o extintor está cheio e em b) em uso


Fonte: Munson, Young e Okiishi (2004, p. 165).

Como B = m, a massa do sistema, segue que b = 1 e as Equações 2.17 e 2.18


podem ser reescritas como:

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d(∫ ρ dQ) d(∫ ρ dQ)


e (Equação 2.19)
dBsis dmsis sis dBvc dmvc vc
= = = =
dt dt dt dt dt dt

Essas equações representam a taxa de variação temporal da massa no


sistema e a taxa de variação temporal da massa no volume de controle.
Vamos escolher o fluido contido no extintor no instante inicial, dado por t = 0
como sistema e o tanque (recipiente) como volume de controle (a superfície
de controle será a parede interna do extintor). Um instante após a abertura
da válvula, uma parte do sistema escoa para fora do volume de controle,
como mostra a Figura 2.13, item b. O volume de controle permanece imóvel.
Os limites de integração são fixos para o volume de controle, e eles são uma
função do tempo para o sistema.

Se a massa deve ser conservada, a massa de fluido do sistema é constante, ou


d(∫ ρ dQ)
sis

dt
= 0 (Equação 2.20)

Do outro lado, é claro que uma certa quantidade de fluido deixou o volume
de controle por meio da válvula do tanque durante o processo. Assim, a
quantidade de massa no tanque (o volume de controle) decresce ao longo do
tempo, ou
d(∫ ρ dQ)
vc

dt
< 0 (Equação 2.21)

O valor numérico real da taxa com que a massa no volume decresce


dependerá da taxa com que o fluido escoa na válvula do extintor. Esse
princípio também é usado para aerossóis, como desodorantes, secadores de
unha etc.

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saiba
mais
Saiba mais
Confira a demonstração do Teorema de
Reynolds e das fórmulas
d(∫ ρ b dQ) d(∫ ρ b dQ)
e ,
dBsis sis dBvc vc
= =
dt dt dt dt

que estabelecem a relação de tempo de uma


propriedade para um sistema e para um
volume de controle no vídeo a seguir:

ASSISTIR

praticar
Vamos Praticar
Assumindo o diagrama de velocidades indicado na figura apresentada, em que a
parábola tem seu vértice a 10 cm do fundo, calcule o gradiente de velocidade e a
tensão de cisalhamento para y = 10 cm. Para isso, adote μ = 400 centipoises (essa
unidade é adotada no CGS - Centímetro, Grama e Segundo e equivale a = dina . s

cm
2

poise). Em seguida, assinale a alternativa que apresenta o valor encontrado se situa


em:

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BRUNETTTI, F. Mecânica dos fluidos. 2. ed. rev. São Paulo: Pearson Prentice Hall,
2008.

Figura: Gradiente de velocidade


Fonte: Brunetti (2008, p. 15).
a) Entre 0 e 10 kN.
b) Entre 11 e 20 kN.
Feedback: A alternativa está incorreta, pois a velocidade será dada por
v = ay + by + c . Para y = 0, teremos v = 0 e c = 0 (conforme pode ser visto na
2

figura anterior). Para y = 10 cm = 0,1 m, temos v = 2,5 m/s. Logo, 2,5 = 0,01 a + 0,1
b (que vamos chamar de Equação 1). Para y = 10 cm = 0,1 m, temos que = 0.
dv

dy

Logo, dv

dy
= 2 a y + b. Ou 0 = 0,2 a + b. Então, b = - 0,2 a (que vamos chamar de
Equação 2). Substituindo a Equação 2 na Equação 1, temos que 2,5 = 0,01 a - 0,02
a. Então, a = - 250 e b = 50. Logo, v = - 250 y² + 50 y. A derivada de v é dada por
= −2x250y + 50 = −500y + 250 e E para o valor pedido na atividade y =
dv

dy

10 cm será igual a ( dv

dy
) = 0 . Logo,
y = 0,1 m

τy = 0,1 m
= μ(
dv

dy
) = 4x0 = 0 .
y = 0,1 m

c) Entre 21 e 30 kN.

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d) Entre 31 e 40 kN.
e) Entre 41 e 50 kN.

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Balanço Global de
Energia Mecânica

Da mesma forma que foi feito para as massas que entram e saem de um
fluido, pela lei de conservação de Lavoisier podemos deduzir uma equação
para o balanço de energias armazenados em um fluido.

Essa equação será extremamente útil para determinamos a potência de


máquinas hidráulicas, determinação das perdas em escoamento e para
transformamos a energia potencial hidráulica de uma queda em energia
elétrica.

Tipos de Energias Mecânicas


Associadas a um Fluido
Os tipos de energia mecânicos associados a um fluido são (BRUNETTI, 2008, p.
85):

Energia potencial.
Energia cinética.

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Energia de pressão.

Energia Potencial (Ep )


É a energia que um corpo acumula devido à sua posição no campo de
gravidade em relação a um plano horizontal de referência (PHR). É a energia
de uma queda livre, conforme Figura 2.14 (BRUNETTI, 2008, p. 85):

Figura 2.14 - Corpo com Centro de Gravidade (CG) em queda livre de uma
altura z.
Fonte: Brunetti (2008, p. 86).

Como Trabalho = Força x Deslocamento temos que:

W = Fp . z = m. g. z (Equação 2.22)

onde: F é a força peso em N, m é a massa em kg, g é a aceleração da


p

gravidade igual a 9,81 m/s² e z é a altura em metros.

Energia Cinética (Ec )


É o estado de energia determinado pelo movimento do fluido. Seja um
sistema de massa m e velocidade v, a energia cinética é obtida por (BRUNETTI,
2008, p. 86):

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(Equação 2.23)
2
m v
Ec =
2

Energia de Pressão (Ep r)


É a energia que corresponde às forças de pressão exercida por uma superfície
dentro de um líquido, conforme a Figura 2.15, que mostra um tubo de
corrente (BRUNETTI, 2008, ps. 86 e 87).

Figura 2.15 - Figura de um tubo de corrente


Fonte: Brunetti (2008, p. 86).

Vamos admitir que a pressão seja uniforme em um tubo de corrente


conforme está ilustrado na Figura 2.15. Então, a pressão aplicada pelo meio
externo no fluido do tubo de corrente, na interface A, será F = p . A. Ao
considerarmos o intervalo de tempo dt, o fluido terá se deslocado uma
distância ds, sob a ação da força F, produzindo um trabalho dado por:

dW = F . ds = p. A. ds = p. dV (Equação 2.24)

Também podemos calcular a energia de pressão pela integral de volume dada


por:

Epr = ∫
V
p. dV (Equação 2.25)

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A energia mecânica total de um fluido será dada pela soma das energias
potenciais, cinemáticas e de pressão:

E = Ep + Ec + Epr (Equação 2.26)

Os diferentes tipos de energia serão úteis no cálculo da equação de Bernoulli.

Equação Integral de Conservação de


Energia
A termodinâmica estuda as relações entre as propriedades de um sistema e
as trocas de calor e trabalho com a vizinhança. Convencionamos que o calor
que entra no sistema e o trabalho realizado pelo sistema sobre a vizinhança
são positivos, assim como o calor que sai do sistema e o trabalho realizado
pela vizinhança sobre o sistema são representados pelo sinal negativo.

Considerando um sistema que troca calor e trabalho com a vizinhança,


mostrado na Figura 2.16, onde foram representados o fluxo de calor e a
potência (taxa de realização de trabalho como positivo), a 1ª Lei da
Termodinâmica pode ser escrita como:

(Equação 2.27)
dEsist δQ δW
= −
dt dt dt

A taxa de variação da energia total do sistema é igual ao fluxo líquido de calor


que entra no sistema menos a taxa líquida de trabalho realizado pelo sistema
sobre a vizinhança.

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Figura 2.16 - Sistema que troca calor e trabalho com a vizinhança


Fonte: Livi (2017, p. 96).

Agora que nos lembramos conceitualmente da 1ª Lei da Termodinâmica,


vamos aplicá-la aos fluidos. A 1ª Lei da Termodinâmica aplicável a um volume
de controle pode ser obtida a partir da equação básica da formulação de
volume de controle dada por
dEsist
= ∫ ∫ βρ ( V . n ) dA +
d
∫ ∫ ∫ βρ d ∀ (Equação 2.28)
dt S.C. −− − − dt V . C.

Na dedução da equação básica da formulação de controle, consideramos que


o sistema e o volume de controle são coincidentes no instante t, de modo
que:

(Equação 2.29)
δQ δW δQ δW
( − ) = ( − )
dt dt dt dt
sistema volume de controle

resultando

(Equação 2.30)
δQ δW d
− = ∫ ∫ e ρ ( V . n ) dA + ∫ ∫ ∫ eρ d ∀
dt dt S.C. −− − − dt V . C.

sendo e a energia total específica (por unidade de massa) do fluido dada por

(Equação 2.31)
2
V
e = g. y + + u
2

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em que: g. y é a energia potencial específica, é a energia cinética


2
V

específica e u é a energia interna específica.

A Equação 2.31 é uma expressão da 1ª Lei da Termodinâmica (princípio da


conservação de energia) na formulação de volume de controle e ela fornece
um balanço global de energia, para um volume de controle (V. C.) que pode
ser escrito da seguinte forma:

ou

(Equação 2.32)
δW δWeixo δWescoamento δWcisalhamento
= + +
dt dt dt dt

onde:

Weixo é o trabalho realizado pelo fluido dentro do volume de controle e


transmitido para a vizinhança por meio de um eixo que atravessa a superfície
de controle, normalmente esse trabalho é realizado por turbinas ou bombas.

Wescoamento é o trabalho realizado pelo fluido ao escoar através de


superfícies de controle, resultante das forças devidas às tensões normais σ,
ou seja, é o trabalho realizado pelas forças de pressão.

Wcisalhamento é o trabalho realizado pelo fluido contra as tensões cisalhantes


(atrito viscoso) conhecido também como perda de carga.

praticar
Vamos Praticar
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Um dos métodos para se produzir vácuo em uma câmara é descarregar água por
um tubo convergente-divergente, como é mostrado na figura a seguir. Temos que
produzir uma depressão de 22 cm de mercúrio na câmara da figura. Dados: as
perdas de carga devem ser desprezadas. γ á = 104 N/m³, γ = 1,36 x 105 N/m³,
gua Hg

g = 9,81 m/s², D = 72 mm e D = 36 mm. A vazão em massa de água pelo


1 2

convergente-divergente deve ser um número situado entre:

Figura: Tubo convergente-divergente


Fonte: Brunetti (2008, p. 109).
a) Entre 0 e 1,99 kg/s.
b) Entre 2 e 3,99 kg/s.
c) Entre 4 e 5,99 kg/s.
Feedback: A alternativa está Incorreta. Primeiro, vamos calcular a pressão no
ponto 2: P − p = γ
atm
x h = 36000 x 0, 22 = 29, 920. Logo, ficamos
2 Hg

com a seguinte equação v − v = −2.g . Então,


p2
2 2
2 1 γ

, isto é v (Vamos chamar


2 2 29,920 2 2
v − v = 2 x 9, 81. = 58, 70 − v = 58, 70
2 1 4 2 1
10

esta equação de 1). Temos que, pela equação da continuidade, v 1


A 1 = v2 A 2 .
2 2

Então, v . Logo, v = 4 v . (Vamos chamar esta Equação de 2).


π.D2 π.D1
= V
2 1 2 1
4 4

Substituindo a variável v da equação 2 na Equação 1 encontramos


2

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16 v
2
1
2
− v
1
= 58, 70 . Logo, 15 v = 58, 70 e v = 3, 91. Sendo que
2
1
2
1
− −− −
v1 = √ 3, 91 ev 1
= 1, 98 m/s. Agora, podemos calcular a vazão média dada

pela fórmula
2 2

. Como
π.D π.0,072
1 −3 3
Q 1 = v1 A 1 = Q 1 = v1 = 1, 98x = 8, 06x10 m /s
4 4

ρH20 = 1000kg/m
3
. Então
Q m = 8, 06 x 10−3m /s x 1000kg/m
3 3
= 8, 06kg/s .
d) Entre 6 e 7,99 kg/s.
e) Entre 8 e 9,99 kg/s.

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indicações
Material
Complementar

LIVRO

Mecânica dos fluidos: fundamentos e


aplicações
Editora: McGraw Hill
Autores: Yunus A. Çengel e John M. Cimbala
ISBN: 978-85-86804-58-8
Comentário: você encontrará inúmeras aplicações da
equação de Bernoulli explicadas passo a passo (p. 169 a
175). Esse livro apresenta exemplos reais para ajudar
os alunos a resolverem problemas de forma intuitiva e
analítica.

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FILME

Sob pressão
Ano: 2015
Comentário: a 160 km da costa da Somália, uma
equipe é designada para descer e realizar a
manutenção corretiva em um oleoduto de petróleo. O
problema é que o navio que daria suporte ao módulo
de descida afunda por causa de uma tempestade e
quatro trabalhadores ficam presos no fundo do mar
com o oxigênio acabando. Trata-se de uma
emocionante história de como esses operários lutaram
para retornar à superfície, e sobreviver a pressões
extremas é retratado de uma maneira muito verídica.

TRAILER

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conclusão
Conclusão
Nesta unidade, aprendemos a diferenciar os tipos de escoamento em laminar,
de transição e turbulento por meio do cálculo do número de Reynolds, assim
como a reconhecer se um escoamento é uni, bi ou tridimensional.

Também estudamos o cálculo da vazão em função do tempo e da massa para


determinarmos o tempo de enchimento de um reservatório ou sua
velocidade de enchimento. Vimos que a velocidade é inversamente
proporcional à área para líquidos incompressíveis.

Também estudamos o princípio da conservação de massa que pode ser


utilizado em um tubo de Venturi. Por esse tubo, podemos alterar a velocidade
de um fluido de maneira simples, razão pela qual ele é utilizado na agricultura
e no projeto de aeronaves.

Finalmente, compreendemos o princípio da conservação de energia, as


energias acumuladas em quedas-d’água, no movimento dos fluidos, e a
energia de pressão.

referências
Referências
Bibliográficas
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BRUNETTI, F. Mecânica dos fluidos. 2. ed. rev. São Paulo: Pearson Prentice
Hall, 2008.

ÇENGEL, Y.; CIMBALA, J. M. Mecânica dos fluidos: fundamentos e aplicações.


Tradução de K. A. Roque e M. M. Fecchio. Revisão Técnica de F. Saltara, J. L.
Baliño e K. P. Burr. Consultoria técnica de H. M. Castro. São Paulo: McGraw-
Hill, 2007.

FOX. R. W.; McDONALD, A. T.; PRITCHARD, P. J.; LEYLEGIAN, J. C. Tradução e


revisão técnica de R. N. Koury, Introdução à mecânica dos fluidos. 8. ed. São
Paulo: LTC, 2010.

LIVI, C. P. Fundamentos de fenômenos de transporte: um texto para cursos


básicos. 2. reimp. Rio de Janeiro: LTC, 2017.

MUNSON, B. R.; YOUNG, D. F.; OKIISHI, T. H. Fundamentos da mecânica dos


fluidos. Tradução da 4. ed. americana de Euryale de Jesus Zerbini. São Paulo:
Edgard Blucher, 2004.

POTTER, M. C.; WIGGERT, D. C. Mecânica dos fluidos. Tradução de Francisco


Araújo da Costa. Revisão Técnica: Jorge Luis Baliño. Porto Alegre: Bookman,
2018.

TARDELLI FILHO, J. Aspectos relevantes do controle de perdas em sistemas


públicos de abastecimento de água. Revista Dae, jan./abr. 2016. Disponível
em: http://revistadae.com.br/artigos/artigo_edicao_201_n_1622.pdf. Acesso
em: 15 dez. 2019.

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