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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO

CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA - CCET


DISCIPLINA: LABORATÓRIO DE CALOR E FLUÍDO I
PROFESSOR Dr. GLAUBER CRUZ

EMANUEL OLIVEIRA DA CONCEIÇÃO – 2023027644


MATHEUS DE OLIVEIRA GARCIA – 2022000771

EXPERIMENTO III: MEDIDORES DE VAZÃO

SÃO LUÍS - MA
2023
EMANUEL OLIVEIRA DA CONCEIÇÃO – 2023027644
MATHEUS DE OLIVEIRA GARCIA – 2022000771

EXPERIMENTO III: MEDIDORES DE VAZÃO

Relatório apresentado para o terceiro experimento da


disciplina de Laboratório de Calor e Fluído I, do curso
de Engenharia Mecânica, da Universidade Federal do
Maranhão (UFMA).

PROFESSOR: Dr. Glauber Cruz

SÃO LUÍS - MA
2023
RESUMO

Os dispositivos mecânicos são essenciais para medir e controlar o fluxo de


substâncias, como gases, líquidos e sólidos granulados. Eles desempenham um papel crucial
na análise de dados, especialmente em indústrias de grande escala, onde as quantidades
envolvidas são significativas. Esses instrumentos possuem uma ampla variedade de aplicações
e exigem medidores com diferentes funcionalidades e condições de uso. O objetivo deste
relatório é analisar dados experimentais obtidos com o uso de instrumentos de medição, como
o Rotâmetro e o medidor digital, e dispositivos de controle de fluxo, como a placa de orifício
e o tubo de Venturi. O experimento consistiu em variar as velocidades de rotação das bombas
de alimentação, entre 2000 e 3450 rotações por minuto, com o líquido (água) mantido à
temperatura ambiente. Cada análise foi realizada para obter informações sobre a vazão e a
diferença de pressão nos equipamentos, levando em consideração o diâmetro fixo dos
medidores utilizados. Dessa forma, foi possível observar as relações teóricas estudadas entre
os valores da taxa de vazão e outras grandezas, considerando as condições específicas de cada
medidor.

Palavras-chave: Placa de orifício; Tubo de Venturi; Rotâmetro; Vazão.


LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1.1 – Placa de orifício e Tubo de Venturi 08
Figura 1.2 – Rotâmetros 08
Figura 1.3 – Medidor digital 08
Figura 3.1 - Componentes de um Tubo Venturi 10
Figura 3.2 - Placa de orifício 11
Figura 3.3 - Fluxo de fluido na placa de orifício 12
Figura 3.4 - Tipos de orifícios 12
Figura 3.5 - Diagrama para obtenção do coeficiente K 13
Figura 3.6 - Rotâmetro 14
Figura 5.1 - Gráfico das vazões para tubo de Venturi 17
Figura 5.2 - Gráfico das vazões para placa de orifício 18
Figura 5.3 - Gráfico das vazões para o rotâmetro 19
Figura 5.4 - Gráfico das vazões para o medidor digital 20
LISTA DE TABELAS
Tabela 5.1 - Dados obtidos para o tubo de Venturi 16
Tabela 5.2 -Dados obtidos para a placa de orifício 17
Tabela 5.3 - Dados obtidos para o rotâmetro 18
Tabela 5.4 - Dados obtidos para o medidor digital 19
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO...........................................................................................................................................
2. OBJETIVOS................................................................................................................................................
3. REFERENCIAL TEÓRICO......................................................................................................................
3.1. Tubo de Venturi.................................................................................................................................
3.2. Placa de Orifício.................................................................................................................................
3.3. Rotâmetro...........................................................................................................................................
3.4. Medidor digital...................................................................................................................................
4. METODOLOGIA.......................................................................................................................................
4.1. Instrumentos Utilizados / Instrumentação:.....................................................................................
4.2. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL:.....................................................................................................
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO................................................................................................................
5.1. Tubo de Venturi.................................................................................................................................
5.2. Placa de Orifício.................................................................................................................................
5.3. Rotâmetro...........................................................................................................................................
5.4. Medidor Digital (Turbina)................................................................................................................
6. CONCLUSÃO.............................................................................................................................................
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:........................................................................................................
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1. INTRODUÇÃO
A vazão é uma medida de grande importância para a indústria e impacta diretamente
em questões produtivas, como a qualidade. Ao falarmos desta medida, estamos nos referindo
ao tempo que um determinado fluido leva para escoar em um sistema. Como há matérias-
primas e uma grande variedade de produtos em jogo, medir a vazão de modo preciso é uma
necessidade frequente. É por conta disso que foram desenvolvidos equipamentos específicos
para determinar o grau de escoamento: os medidores de vazão. São ferramentas que obtêm a
medida de vazão de determinada substância, como seu próprio nome sugere. As medidas
utilizam diversos princípios físicos, e dessa forma, podem ser efetuadas de muitas maneiras
(CONAULT, 2021).
Nas últimas décadas uma grande quantidade de medidores de vazão foi desenvolvida.
O uso de tecnologias avançadas têm permitido a construção de medidores cada vez mais
sofisticados, tais como, por exemplo, os medidores ultra sônicos, controlados por
microprocessadores que fornecem a medida acompanhada da incerteza de medição. Houve
também grandes melhorias em outros tipos de medidores já existentes, como por exemplo nos
medidores magnéticos.
No entanto, cada tipo de medidor possui as suas próprias vantagens específicas e
limitações, de maneira que nenhum deles tem, ao mesmo tempo, todas as características
desejadas. Dentre os medidores de vazão mais antigos e mais utilizados na atualidade
encontram-se os medidores do tipo pressão diferencial, dentro dos quais, os mais difundidos
são as placas de orifício. Estima-se que 70% dos medidores de vazão instalados no mundo
sejam do tipo pressão diferencial, distribuídos entre placas de orifício, venturis e bocais de
fluxo (LOMAS, 1986).
Devido a sua simplicidade, baixo custo e segurança universal, as placas de orifício
destacam-se em primeiro lugar. Estima-se que 40 a 42% dos medidores de vazão instalados na
Europa e nos Estados Unidos sejam placas de orifício (LOMAS, 1986). As geometrias,
localização das tomadas de pressão e outras exigências de instalação são bem especificadas
em normas técnicas internacionais para escoamento em regime permanente, com Re>4500 e
tubulações com diâmetros internos acima de 50mm (DELMÉE, 1983).
Devido a sua utilização muito difundida, esforços cada vez maiores têm sido
realizados para conseguir menor incerteza nas medidas. No entanto, todas as melhorias
conseguidas até agora para regime permanente foram baseadas na obtenção de novas fórmulas
empíricas para o cálculo mais preciso dos coeficientes de vazão para a faixa de Re
compreendido pelas normas (PEREIRA, 1987).
8

Na figura 1.1 são apresentados os tubos de orifício e Venturi que foram utilizados no
experimento 3.
Figura 1.1 – Placa de orifício e Tubo de Venturi

Fonte: autores (2023)

Em seguida tem-se rotâmetro e medidor digital, respectivamente. Ambos têm sua


utilização vinculada ao fato de serem úteis para medição de vazão volumétrica de forma
direta, de líquidos e gases, em diferentes condições de temperatura e pressão (INDFLOW,
2021).

Figura 1.2 – Rotâmetros. Figura 1.3 – Medidor digital.

Fonte: autores (2023)

Fonte: Salcas.
9

2. OBJETIVOS
O objetivo geral deste trabalho é calcular os valores teóricos a partir dos valores
obtidos na prática, levando em consideração as especificações estabelecidas pelas placas
utilizadas no experimento, como a placa de orifício, o tubo de Venturi, o rotâmetro e o
medidor digital de vazão, e compará-los com a literatura especializada. Os valores a serem
calculados correspondem aos de vazão baseados nos valores de pressão e velocidade
encontrados na prática feita em laboratório.

3. REFERENCIAL TEÓRICO
Existem duas formas para medições de vazão: direta ou indireta. Para o primeiro caso,
há um equipamento que mede a vazão de um fluido que passa em um determinado local,
como uma tubulação. Para executar essa função, conta-se com o medidor de vazão, que
determina o volume de fluido que passa através de uma dada seção de escoamento por
unidade de tempo. Sendo assim, o princípio de funcionamento de um medidor de vazão varia
de acordo com o fluido que se quer descobrir a vazão (PROPEQ, 2019).
Já os equipamentos que medem vazão de forma indireta, utilizam fenômenos
relacionados à quantidade de fluido passante por diferença de pressão para medir a vazão em
determinada seção de tubo. Dentre os mais comuns no mercado estão os tubo pitot, tubo de
Venturi e placa de orifício (PROPEQ, 2019).
Assim, devido à enorme diversidade de fluidos existentes no cenário atual, há vários
tipos de medidores, os quais se alteram e adaptam de acordo com a evolução da tecnologia.

3.1. Tubo de Venturi


O tubo de Venturi é composto de um tubo convergente, uma garganta e um tubo
divergente. O tubo combina dentro de uma unidade, uma curta garganta cilíndrica entre duas
seções cônicas de maior diâmetro, sendo a primeira convergente e a segunda divergente.
Geralmente é utilizado em posição horizontal e instalado em série com a tubulação, possuindo
o mesmo diâmetro (BASSILI, 2011). As duas tomadas de pressão existentes no medidor se
localizam na entrada do medidor e a outra na garganta do medidor. Na proporção que o fluido
passa pelo tubo, ocorre uma variação de pressão entre as duas tomadas. Em razão da redução
da área, a velocidade aumenta e provoca uma queda de pressão. A diferença de pressão está
associada à taxa de vazão do fluido, de modo que quanto maior a taxa de vazão, maior será a
variação de pressão. (NOVA DIDACTA, 2021).
10

Figura 3.1 - Componentes de um Tubo Venturi

Fonte: Brunetti (2008).

Segundo o Manual Nova Didacta (2021), a equação de vazão para as condições de


contorno do Venturi é dada pela equação I:

(I)

Onde:
𝐴 = área de entrada do Venturi/ tubo convergente (m²) 1
𝐴 = área da garganta (m²) 2
𝐶 = coeficiente de descarga 𝐷
ρ = densidade da água (Kg/m³)
Δ𝑝 = diferença de pressão do Venturi (Pa ou N/m²)

O coeficiente de descarga do Venturi depende do n° de Reynolds e de D1/D2,


entretanto, devido à essa variação ser muito pequena, usualmente se adota valores entre 0,95 e
0,99, onde são valores mais altos para diâmetros maiores e mais baixos para diâmetros
menores (NOVA DIDACTA, 2021).
O coeficiente de descarga em um medidor de vazão equivale à correção de vazão por
conta das perdas que ocorrem em razão da geometria. Observando a equação (I), a vazão real
11

possui uma equação de uma reta no formato y=m.x,onde m é o coeficiente angular,


representado por 𝐶D (NOVA DIDACTA, 2021). Dito isto, temos a equação II:

(II)

O tubo de Venturi é um instrumento normalizado pela ISO 5167-1 e devido à


suavidade de transição entre áreas, possui boa precisão e baixa perda de carga.

3.2. Placa de Orifício


A placa de orifício funciona de modo similar ao tubo de Venturi, de modo que, o
princípio de medição se dá por restrição de área. A diferença é que o orifício está montado
entre duas tomadas de pressão (NOVA DIDACTA, 2021).
Dado como um dos dispositivos mais simples para medir pressão por diferencial de
pressão, a placa de orifício consiste em uma chapa metálica em formato de disco, que
apresenta uma pequena abertura (0,2 a 0,85 do diâmetro da tubulação) precisa e calculada, por
onde passa o fluido (IMD, 2013).

Figura 3.2 - Placa de orifício.

Fonte: Cordeiro (2020).


O escoamento do fluido se contrai ao passar pelo orifício, assumindo uma área de
seção transversal mínima, a qual se dá o nome de vena contracta ou veia contraída. É nessa
12

região que a vazão de fluido apresenta o menor valor de pressão. Dessa forma, o cálculo da
vazão baseia-se na diferença entre as pressões tomadas antes e depois da placa de orifício
(IMD, 2013).

Figura 3.3 - Fluxo de fluido na placa de orifício.

Fonte: IMD (2013).

A placa de orifício pode ser fabricada a partir de chapa de aço inoxidável ou de


material compatível com o fluido a ser medido. A posição do orifício, sua dimensão e formato
variam de acordo com a aplicação onde serão instalados (IMD, 2013). Há três tipos de
orifícios: concêntrico, excêntrico e segmental. O concêntrico é mais utilizado para líquidos,
gases e vapor sem presença de sólidos em suspensão; o orifício excêntrico é utilizado quando
há presença de sólidos suspensos, sendo que o orifício se situa na parte inferior do tubo; e o
orifício segmental, em forma de segmento de círculo, é utilizado para fluidos laminados e
com alta taxa de sólidos em suspensão (FOX & MCDONALD & PRITCHARD, 2006).

Figura 3.4 - Tipos de orifícios.

Fonte: Nova Didacta (2021).


13

Para calcular a vazão na placa de orifício, usa-se a equação III:

(III)

Onde:
𝑘 = coeficiente de descarga
𝐴 = área do orifício (m²) 0
ρ = densidade da água (Kg/m³)
Δ𝑝 = diferença de pressão do Venturi (Pa ou N/m²)
O coeficiente k é obtido experimentalmente, mas também pode ser obtido pelo
diagrama abaixo:

Figura 3.5 - Diagrama para obtenção do coeficiente K.

Fonte: Nova Didacta (2021).

A equação teórica para vazão da placa de orifício é representada pela equação IV:

(IV)

3.3. Rotâmetro
Ao se analisar os casos percebe-se que o rotâmetro consiste no princípio de área
variável, ou seja, a vazão do fluido eleva um flutuador em um tubo cônico, aumentando a área
de passagem do fluido.O flutuador sobe ou desce no tubo proporcionalmente a taxa de vazão
14

do fluido e a área anular entre o flutuador e a parede do tubo. Sabe-se que a relação do objeto
e o tubo funcionam de forma a estabilizá-lo em determinada posição. Têm-se que quando a
força exercida no interior do tubo pela vazão é igual a força exercida pela gravidade
impulsionando o objeto na direção oposta, pode-se encontrar o ponto exato de estabilidade e
marca-se a vazão. Observando a Figura 3.6, pode-se notar a presença de variáveis que influem
nos cálculos e na dedução das fórmulas a seguir.

Figura 3.6 - Rotâmetro

Fonte: Manual Didacta (2016)

Além das equações já mencionadas acima, cabe ressaltar que este tipo de medidor têm
uma perda de carga específica que pode ser calculada pela equação V:

(𝑉𝐻2/2 * 𝑔) + (𝑃𝐻/Ƴ) + 𝑍𝐻 = (𝑉𝐼2/2 * 𝑔) + (𝑃𝐼/Ƴ) + 𝑍𝐼 + Δ𝐻𝑝 (V)

Sabendo que :

𝑉𝐻 = 𝑉𝐼 (VI)
15

Dessa forma teremos a equação VII:

Δ𝐻𝑝 = (Δ𝑝/ Ƴ) + 𝑍𝐼 (VII)

3.4. Medidor digital


Ao se observar os valores divulgados pelo medidor tem-se que tais dados serão
substituídos nas devidas fórmulas para obtenção dos valores requeridos pela prática, sendo
elas:

𝑅𝑒 = 𝐷𝑉ⲣ/ⲙ ou 𝑅𝑒 = 𝐷𝑉/𝑣 (VIII)

4. METODOLOGIA
4.1. Instrumentos Utilizados / Instrumentação:
Para a realização do experimento, foram empregados os seguintes materiais:
● Bancada de Mecânica dos fluidos (MF1000);
● Placa de orifício (Figura 1);
● Tubo de Venturi (Figura 1);
● Rotâmetro (Figura 3);
● Medidor de Vazão Digital (Figura 4);
● Fluido (água);
● Tubos e conexões;
● Bombas.

4.2. Procedimento Experimental:


Iniciou-se o procedimento experimental acoplando primeiramente a placa de orifício a
tubos fixados à mesa e à bomba 2, permitindo o transporte do fluido ao longo do percurso,
para realizar a análise de pressão. Inicialmente, a bomba 1 foi utilizada para realizar testes,
porém, ao avaliar o fluxo de água, constatou-se uma alteração de pressão visualmente
incorreta.
Diante disso, optou-se por utilizar a bomba 2, na qual foram registradas cinco pressões
distintas com base nos diferentes números de rotações pré-definidos pelo professor em
laboratório. As rotações foram estabelecidas nos seguintes valores: 2000, 2400, 2800, 3200,
3450 rpm.
16

Em seguida, os mesmos procedimentos foram repetidos para o tubo de Venturi,


rotâmetro e para o medidor digital de vazão. Os valores obtidos durante a prática foram
registrados com o intuito de calcular a vazão teórica. As medições realizadas no laboratório,
utilizando a bomba 2, foram expressas em unidades de pressão de bar e, posteriormente,
convertidas para uma maior precisão na análise dos resultados.

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Nesta seção serão apresentados os resultados obtidos a partir dos valores anotados
durante o procedimento experimental.

5.1. Tubo de Venturi


Os resultados dos cálculos para o caso do tubo de venturi estão dispostos abaixo na
Tabela 5.1. É possível notar que a progressão de valores ocorre conforme alteração da
rotação da bomba.
Tabela 5.1 - Dados obtidos para o tubo de Venturi

rpm da bomba Δ p (Pa) 3


QT (m /s) Q(m ³ /s)

2000 6000 0,00072 0,00068

2400 7000 0,00077 0,00074

2800 8000 0,00083 0,00079

3200 10000 0,00093 0,00088

3450 11000 0,00097 0,00092


Fonte: Autores (2023)

Importante destacar que, apesar de próximos, os valores de vazão calculada se


mostraram menores que a vazão teórica, em todas rotações da bomba, o que pode ser
associado ao coeficiente de descarga, que é determinado experimentalmente através de
calibrações específicas para diferentes geometrias e condições de escoamento. Geralmente,
valores típicos de C D para tubos de Venturi bem projetados variam entre 0,95 e 0,99,
dependendo das características do dispositivo e do fluido em questão..Observam-se esses
detalhes na Figura 5.1.
17

Figura 5.1 - Gráfico das vazões para tubo de Venturi.

Fonte: autores (2023)

5.2. Placa de Orifício


Os resultados dos cálculos para o caso da placa de orifício estão dispostos abaixo na
Tabela 5.2.
Diferentemente do aparato anterior, para a placa de orifício os valores apresentaram
discrepâncias mais notáveis. o que pode ser associado ao coeficiente de descarga, presente no
cálculo da vazão, sendo ele um valor adimensional que leva em consideração as perdas de
carga e as características do escoamento ao redor da placa de orifício. Ele é usado para
corrigir a vazão real medida através da placa de orifício, que é afetada por diferentes fatores,
como turbulência, viscosidade e forma da placa.Observam-se esses detalhes na Figura 5.2.

Tabela 5.2 - Dados obtidos para a placa de orifício

rpm da Δ p (Pa) 3
QT (m /s) v fluido (m/s) ℜ Q(m ³ /s)
bomba

2000 23000 0.00079 1.7369 45876 0.00049

2400 32000 0.00093 2.0963 55370 0.00057

2800 45000 0.00110 2.4555 64858 0.00068

3200 63000 0.00130 2.7550 72769 0.00081

3450 72000 0.00140 2.8749 75935 0.00086


Fonte: Autores (2023)
18

Figura 5.2 - Gráfico das vazões para placa de orifício.

Fonte: Autores (2023)

5.3. Rotâmetro
Os resultados dos cálculos para o rotâmetro estão dispostos abaixo na Tabela 5.3
Assim como nos demais casos, os valores de vazão e perda de carga crescem
proporcionalmente aos valores de rotação da bomba, isso pode ser observado na Figura 5.3.
Tabela 5.3 - Dados obtidos para o rotâmetro

rpm da bomba Δ p (Pa) 3


Q(m / s) ΔH (m)

2000 14000 0,00080 1,88

2400 23000 0,00097 2,80

2800 33000 0,00114 3,82

3200 44000 0,00128 4,95

3450 50000 0,00133 5,56


Fonte: Autores (2023)
19

Figura 5.3 - Gráfico das vazões para o rotâmetro.

Fonte: Autores (2023)

5.4. Medidor Digital (Turbina)


Os resultados dos cálculos para o medidor digital estão dispostos abaixo na Tabela 5.4
.
Tabela 5.4 - Dados obtidos para o medidor digital

rpm da bomba Δ p (Pa) 3


Q(m / s)

2000 10000 0,0474

2400 14000 0,0575

2800 19000 0,0667

3200 24000 0,0758

3450 27000 0,0815


Fonte: Autores (2023)

A curva dos valores obtidos através do uso do medidor digital, contida na Figura 5.4,
apresenta maior linearidade, com exceção do primeiro valor, referente à rotação de 2000 rpm.
20

Figura 5.4 - Gráfico das vazões para o medidor digital.

Fonte: Autores (2023)

6. CONCLUSÃO

Neste experimento, foram verificados os valores de vazão para diferentes rotações,


através dos instrumentos de medição de vazão, Tubo de Venturi, Placa de Orifício, Rotâmetro
e Medidor digital. A partir dos experimentos realizados, foi possível inferir que os gráficos,
por mais que seus valores apresentassem diferenças entre si, demonstraram uma análise
satisfatória, visto que, tiveram coeficientes angulares equivalentes e se mostraram constantes
com relação à vazão. Cabe destacar que muitos fatores contribuíram para que essas diferenças
de valores fossem ocasionadas, porém, não houve impedimento na obtenção desses valores o
que viabilizou o sucesso nas etapas conseguintes. Foi possível observar que, embora partam
do mesmo princípio de funcionamento, o primeiro apresentou maior precisão que a Placa de
Orifício. Ainda assim, são indicados para uso, dependendo dos critérios de medição.
21

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

BASSILI, Patricia; ARAÚJO, Sarah. Experiência II: Medidores de Vazão. Disponível em:
<https://www.docsity.com/pt/relatorio-medidores-de-vazao/4759721/>. Acesso em: 18 mai.
2023.

BRUNETTI. Tubo venturi. [Imagem]. Disponível em:


<https://www.researchgate.net/figure/Figura-27-Tubo-Venturi-BRUNETTI-
2008_fig19_332010332>. Acesso em: 18 mai. 2023.

CONAULT. OS 5 PRINCIPAIS TIPOS DE MEDIDORES DE VAZÃO. 2021. Disponível


em: <https://www.conaut.com.br/blog/104-os-cinco-principais-tipos-de-medidores-de-
vazao>. Acesso em: 18 mai. 2023.

CORDEIRO, Maurício. Qual é a Função do Orifício de Dreno e ventilação Placa de Ofício.


Disponível em:
<https://www.dicasdeinstrumentacao.com/qual-e-a-funcao-do-orificio-de-dreno-e-ven tilacao-
placa-de-oficio/>. Acesso em: 18 mai. 2023.

DELMÉE, G. J., Manual de Medição de Vazão, Edgard Bliicher Ltda, 1983.

DIDACTA, N. Sistema de Ensaios para Mecânica dos Fluidos. Nova Didacta Ltda, 2021.

FOX, Robert W.; McDONALD Alan T.; PRITCHARD, Philip J. Mecânica dos fluidos. 6. ed,
Rio de Janeiro: LTC, 2006.

IMD. Sensores de Vazão – Parte 1. Disponível em:


<https://materialpublic.imd.ufrn.br/curso/disciplina/1/52/5/12>. Acesso em: 18 mai. 2023.

INDFLOW. Rotâmetro para líquidos e gases – INF-R-P. 2021. Disponível em:


https://indflow.com.br/medidores-de-vazao-e-totalizadores-de-volume/rotametros/rotametro-
modelo-inf-r-p/?gclid=EAIaIQobChMI1vCJ_5T5-
wIVT09IAB29ygmHEAAYASAAEgLg7fD_BwE. Acesso em: 18 maio 2023.

LOMAS, D., Selecting Flowmeters for Industrial Applications. Brown Boveri Review, Vol. 2,
pp. 69-79, 1986.

PEREIRA, M. T. , Novas Técnicas para Determinação de Coeficientes de Descarga, Fatores


de Exposição e Uso de Retificadores de Escoamento para Placas de Orifício. IX Congresso
Brasileiro de Engenharia Mecânica. Dezembro, pp. 275-78, 1987.

PROPEQ. Conheça os medidores de vazão e sua importância no controle de processos.


Disponível em:
<https://propeq.com/medidores-de-vazao/?gclid=EAIaIQobChMIx_O62pPE-wIVAu6
RCh3UmQD4EAAYAiAAEgIflPD_BwE>. Acesso em: 18 mai. 2023.

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