Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
SÃO LUÍS - MA
2023
EMANUEL OLIVEIRA DA CONCEIÇÃO – 2023027644
MATHEUS DE OLIVEIRA GARCIA – 2022000771
SÃO LUÍS - MA
2023
RESUMO
1. INTRODUÇÃO
A vazão é uma medida de grande importância para a indústria e impacta diretamente
em questões produtivas, como a qualidade. Ao falarmos desta medida, estamos nos referindo
ao tempo que um determinado fluido leva para escoar em um sistema. Como há matérias-
primas e uma grande variedade de produtos em jogo, medir a vazão de modo preciso é uma
necessidade frequente. É por conta disso que foram desenvolvidos equipamentos específicos
para determinar o grau de escoamento: os medidores de vazão. São ferramentas que obtêm a
medida de vazão de determinada substância, como seu próprio nome sugere. As medidas
utilizam diversos princípios físicos, e dessa forma, podem ser efetuadas de muitas maneiras
(CONAULT, 2021).
Nas últimas décadas uma grande quantidade de medidores de vazão foi desenvolvida.
O uso de tecnologias avançadas têm permitido a construção de medidores cada vez mais
sofisticados, tais como, por exemplo, os medidores ultra sônicos, controlados por
microprocessadores que fornecem a medida acompanhada da incerteza de medição. Houve
também grandes melhorias em outros tipos de medidores já existentes, como por exemplo nos
medidores magnéticos.
No entanto, cada tipo de medidor possui as suas próprias vantagens específicas e
limitações, de maneira que nenhum deles tem, ao mesmo tempo, todas as características
desejadas. Dentre os medidores de vazão mais antigos e mais utilizados na atualidade
encontram-se os medidores do tipo pressão diferencial, dentro dos quais, os mais difundidos
são as placas de orifício. Estima-se que 70% dos medidores de vazão instalados no mundo
sejam do tipo pressão diferencial, distribuídos entre placas de orifício, venturis e bocais de
fluxo (LOMAS, 1986).
Devido a sua simplicidade, baixo custo e segurança universal, as placas de orifício
destacam-se em primeiro lugar. Estima-se que 40 a 42% dos medidores de vazão instalados na
Europa e nos Estados Unidos sejam placas de orifício (LOMAS, 1986). As geometrias,
localização das tomadas de pressão e outras exigências de instalação são bem especificadas
em normas técnicas internacionais para escoamento em regime permanente, com Re>4500 e
tubulações com diâmetros internos acima de 50mm (DELMÉE, 1983).
Devido a sua utilização muito difundida, esforços cada vez maiores têm sido
realizados para conseguir menor incerteza nas medidas. No entanto, todas as melhorias
conseguidas até agora para regime permanente foram baseadas na obtenção de novas fórmulas
empíricas para o cálculo mais preciso dos coeficientes de vazão para a faixa de Re
compreendido pelas normas (PEREIRA, 1987).
8
Na figura 1.1 são apresentados os tubos de orifício e Venturi que foram utilizados no
experimento 3.
Figura 1.1 – Placa de orifício e Tubo de Venturi
Fonte: Salcas.
9
2. OBJETIVOS
O objetivo geral deste trabalho é calcular os valores teóricos a partir dos valores
obtidos na prática, levando em consideração as especificações estabelecidas pelas placas
utilizadas no experimento, como a placa de orifício, o tubo de Venturi, o rotâmetro e o
medidor digital de vazão, e compará-los com a literatura especializada. Os valores a serem
calculados correspondem aos de vazão baseados nos valores de pressão e velocidade
encontrados na prática feita em laboratório.
3. REFERENCIAL TEÓRICO
Existem duas formas para medições de vazão: direta ou indireta. Para o primeiro caso,
há um equipamento que mede a vazão de um fluido que passa em um determinado local,
como uma tubulação. Para executar essa função, conta-se com o medidor de vazão, que
determina o volume de fluido que passa através de uma dada seção de escoamento por
unidade de tempo. Sendo assim, o princípio de funcionamento de um medidor de vazão varia
de acordo com o fluido que se quer descobrir a vazão (PROPEQ, 2019).
Já os equipamentos que medem vazão de forma indireta, utilizam fenômenos
relacionados à quantidade de fluido passante por diferença de pressão para medir a vazão em
determinada seção de tubo. Dentre os mais comuns no mercado estão os tubo pitot, tubo de
Venturi e placa de orifício (PROPEQ, 2019).
Assim, devido à enorme diversidade de fluidos existentes no cenário atual, há vários
tipos de medidores, os quais se alteram e adaptam de acordo com a evolução da tecnologia.
(I)
Onde:
𝐴 = área de entrada do Venturi/ tubo convergente (m²) 1
𝐴 = área da garganta (m²) 2
𝐶 = coeficiente de descarga 𝐷
ρ = densidade da água (Kg/m³)
Δ𝑝 = diferença de pressão do Venturi (Pa ou N/m²)
(II)
região que a vazão de fluido apresenta o menor valor de pressão. Dessa forma, o cálculo da
vazão baseia-se na diferença entre as pressões tomadas antes e depois da placa de orifício
(IMD, 2013).
(III)
Onde:
𝑘 = coeficiente de descarga
𝐴 = área do orifício (m²) 0
ρ = densidade da água (Kg/m³)
Δ𝑝 = diferença de pressão do Venturi (Pa ou N/m²)
O coeficiente k é obtido experimentalmente, mas também pode ser obtido pelo
diagrama abaixo:
A equação teórica para vazão da placa de orifício é representada pela equação IV:
(IV)
3.3. Rotâmetro
Ao se analisar os casos percebe-se que o rotâmetro consiste no princípio de área
variável, ou seja, a vazão do fluido eleva um flutuador em um tubo cônico, aumentando a área
de passagem do fluido.O flutuador sobe ou desce no tubo proporcionalmente a taxa de vazão
14
do fluido e a área anular entre o flutuador e a parede do tubo. Sabe-se que a relação do objeto
e o tubo funcionam de forma a estabilizá-lo em determinada posição. Têm-se que quando a
força exercida no interior do tubo pela vazão é igual a força exercida pela gravidade
impulsionando o objeto na direção oposta, pode-se encontrar o ponto exato de estabilidade e
marca-se a vazão. Observando a Figura 3.6, pode-se notar a presença de variáveis que influem
nos cálculos e na dedução das fórmulas a seguir.
Além das equações já mencionadas acima, cabe ressaltar que este tipo de medidor têm
uma perda de carga específica que pode ser calculada pela equação V:
Sabendo que :
𝑉𝐻 = 𝑉𝐼 (VI)
15
4. METODOLOGIA
4.1. Instrumentos Utilizados / Instrumentação:
Para a realização do experimento, foram empregados os seguintes materiais:
● Bancada de Mecânica dos fluidos (MF1000);
● Placa de orifício (Figura 1);
● Tubo de Venturi (Figura 1);
● Rotâmetro (Figura 3);
● Medidor de Vazão Digital (Figura 4);
● Fluido (água);
● Tubos e conexões;
● Bombas.
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Nesta seção serão apresentados os resultados obtidos a partir dos valores anotados
durante o procedimento experimental.
rpm da Δ p (Pa) 3
QT (m /s) v fluido (m/s) ℜ Q(m ³ /s)
bomba
5.3. Rotâmetro
Os resultados dos cálculos para o rotâmetro estão dispostos abaixo na Tabela 5.3
Assim como nos demais casos, os valores de vazão e perda de carga crescem
proporcionalmente aos valores de rotação da bomba, isso pode ser observado na Figura 5.3.
Tabela 5.3 - Dados obtidos para o rotâmetro
A curva dos valores obtidos através do uso do medidor digital, contida na Figura 5.4,
apresenta maior linearidade, com exceção do primeiro valor, referente à rotação de 2000 rpm.
20
6. CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
BASSILI, Patricia; ARAÚJO, Sarah. Experiência II: Medidores de Vazão. Disponível em:
<https://www.docsity.com/pt/relatorio-medidores-de-vazao/4759721/>. Acesso em: 18 mai.
2023.
DIDACTA, N. Sistema de Ensaios para Mecânica dos Fluidos. Nova Didacta Ltda, 2021.
FOX, Robert W.; McDONALD Alan T.; PRITCHARD, Philip J. Mecânica dos fluidos. 6. ed,
Rio de Janeiro: LTC, 2006.
LOMAS, D., Selecting Flowmeters for Industrial Applications. Brown Boveri Review, Vol. 2,
pp. 69-79, 1986.