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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ - UNIFEI

INSTITUTO DE RECURSOS NATURAIS - IRN


LABORATÓRIO HIDROMECÂNICO DE PEQUENAS CENTRAIS HIDRELÉTRICAS - LHPCH

RELATÓRIO: HIDRÁULICA PRÁTICA I

Análise da curva de descarga de um vertedor retangular de soleira delgada

Data de realização: 06/06/2023


Data de Entrega: 20/06/2023

MAYCON EDUARDO GONÇALVES GABRIEL - 2020019030

Itajubá – MG
2023
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MAYCON EDUARDO GONÇALVES GABRIEL - 2020019030

RELATÓRIO: HIDRÁULICA PRÁTICA I


ANÁLISE DA CURVA DE DESCARGA DE UM VERTEDOR RETANGULAR DE SOLEIRA
DELGADA

Relatório Prático apresentado como requisito


parcial para avaliação na disciplina de
Hidráulica Prática (HID006.2), da
Universidade Federal de Itajubá, sob orientação
do Prof. Oswaldo Honorato de Souza Junior.

Itajubá – MG
2023
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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 4
2. OBJETIVOS 5
3. MATERIAIS E MÉTODOS 5
3.1 Materiais 5
3.2 Metodologia 5
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES 9
4.1 Resultados 9
4.2 Discussões 13
5. CONCLUSÃO 15
6. REFERÊNCIAS 17

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1. INTRODUÇÃO

A curva de descarga de um vertedor retangular de soleira delgada é uma


ferramenta fundamental para diversos fundamentos, suas aplicações podem ser aplicadas
por exemplo para o cálculo do fluxo de água em um canal aberto. Essa curva, geralmente
expressa em um gráfico e descreve a relação entre a altura da lâmina de água acima da
soleira do vertedor e o fluxo correspondente de água, sendo geralmente obtida através de
medições experimentais em laboratório ou em campo, utilizando equipamentos de
medição de vazão e alturas de lâmina d'água sobre o vertedor.

Assim, com base nesses dados, é possível determinar a vazão em um canal aberto,
permitindo a adequação do dimensionamento de estruturas hidráulicas, controle de
inundações e gerenciamento de recursos hídricos. Neste sentido, a compreensão dos
conceitos e métodos utilizados para a obtenção da curva de descarga é essencial para o
desenvolvimento de projetos na área de engenharia hidráulica, destacando ações como o
dimensionamento e controle de sistemas de escoamento hidráulico, projetos de barragens,
estações de tratamento de água e redes de esgoto.

Dessa forma é de fundamental importância compreender que a curva de descarga


de solteira delgada. Trata-se de uma estrutura hidráulica que consiste em uma placa
retangular fixa a uma parede ou uma laje, essa placa consistem em ter uma abertura na
parte superior para a passagem da água, onde sua altura da placa é chamada de "soleira"
que é geralmente fina em relação às demais dimensões da estrutura.

Seu procedimento de funcionamento consiste na passagem da água que quando


passa sobre a soleira do vertedor, flui com uma velocidade crescente de acordo com a
altura da lâmina d'água sobre o vertedor. Essa curva de descarga é gerada por esse
aumento da velocidade de escoamento, que é diretamente proporcional à altura da água.
Essa curva mostra como a vazão de água aumenta à medida que a lâmina d'água sobe, até
atingir um ponto de saturação, onde o aumento da altura não gera mais aumento
significativo na vazão.

Com base nessas informações, neste relatório é proposto abordar de forma


detalhada uma análise da curva de descarga de um vertedor retangular de soleira delgada,
sendo para tanto demonstrados e discutidos os aspectos mais relevantes relacionados a
essa técnica, sendo mostrando e discutindo todos os itens previamente calculados logo
abaixo.

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2. OBJETIVOS

• Determinar a curva de descarga de um vertedor retangular, sem contração lateral,


e comparar os resultados com as equações teóricas.

3. MATERIAL E MÉTODOS

3.1 Materiais

• Bomba centrífuga, utilizada para determinar a curva de um vertedor retangular;

• Válvula de gaveta;

• Vertedor: Geometria retangular;

• Piezômetro

• Medidor de diferença de pressão (manômetro de “U” invertido) Venturi.

3.2 Métodos

Para a realização do experimento de perfil de Análise da curva de descarga de um


vertedor retangular de soleira delgada, primeiramente fez-se necessário preparar a
bancada de ensaio (Figura 1). Para tanto num primeiro momento, em virtude ao fato de
um evento ocorrido na própria universidade, num primeiro momento todos os alunos
presentes no vigente dia 06/06/2023 foram a princípio instruídos pelo técnico Thiago a
respeito do funcionamento do ensaio e das etapas do procedimento que seriam
posteriormente realizados.

Dessa forma é importante destacar que nesse dia não houve realização do ensaio,
onde a turma como um todo não pode assistir e aferir nenhuma aferição de nenhum dado.
Em virtude disso os alunos foram instruídos a pegar dados de outra turma para realização
do relatório, sendo pego portanto, os dados de outra turma..

Ainda sim, como explicação do seguinte ensaio podemos dizer que o mesmo
funciona do seguinte modo. Tal ensaio é realizado no Laboratório Hidromecânico de
Pequenas Centrais Hidrelétricas (LHPCH) bancada de Laboratório Hidromecânico
Didático Científico (LHDC) (Figura 1), seu procedimento consiste em conferir o nível da
soleira do fundo, sendo para tanto medido sua largura.

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Figura 1 - Bancada de Laboratório Hidromecânico Didático Científico (LHDC)

Fonte: do Autor, 2023.

Sem demora, em seguida se faz necessário o acionamento da bomba até o ponto


em que a água começasse a transbordar. Assim, logo em seguida após o desligamento da
bomba, é possível fazer a leitura da soleira do vertedor (h), sendo isso feito 5 vezes ao
total, em várias condições de vazão, que são reguladas através de uma válvula de controle.

Por fim, com a premissa de se desligar a válvula de gaveta e dar fim ao ensaio,
logo em seguida, é feita diferentes leituras do piezômetro (Figura 2), além de também
leituras estimadas no manômetros para h3 e h4 (Figura 3), dando dessa forma fim ao
ensaio realizado e dando início a fase de cálculos.

Figura 2 – Piezômetro usado para leitura

Fonte: do Autor, 2023.

6
Figura 3 – Manômetro usado para leitura

Fonte: do Autor, 2023.

Ato contínuo é importante destacar que para realização dos cálculos advindos
desse ensaio, fez-se o uso de algumas equações. Tais equações podem ser vistas logo
abaixo e tem a finalidade de calcular os seguintes parâmetros:

A) Determinação da equação e descarga do vertedor: A vazão pelo vertedor pode ser


calculada pela equação:

𝟐
𝑸= 𝑪𝒅 √𝟐𝒈 𝑳𝒉𝟑/𝟐 (𝟏)
𝟑
Onde:

Q - Vazão (m³/s);

Cd - Coeficiente de descarga do vertedor;

L - Largura do Vertedor (m);

h - Carga sobre o vertedor.

g – Aceleração da gravidade: sendo adotado como sendo 9,81 m/s2.

Essa equação pode ser reescrita da seguinte forma:

𝑸 = 𝑪𝑳𝒉𝟑/𝟐 (𝟐)
Onde:

7
𝟐
𝑪= 𝑪 √𝟐𝒈 (𝟑)
𝟑 𝒅
Analogamente para o cálculo da vazão no tubo venturi, emprega-se a seguinte
equação:

𝑸 = 𝟎, 𝟎𝟖𝟑𝟐𝟓𝟕 ⋅ √𝜟𝒉𝒗𝒆𝒏𝒕𝒖𝒓𝒊 (𝟒)


Onde:

Q - Vazão no vertedor – (m3/s);

∆hventuri – Diferença de nível do manômetro referente ao tubo de Venturi.

Assim em função da equação da energia podemos reescrever a eq (1) de modo a


estipular equação de descarga para este vertedor Cd.

𝑪
𝑪𝒅 = (𝟓)
𝟐
𝟑 ⋅ √𝟐𝒈

B) Determinação do coeficiente C por equações teóricas: Para a determinação do


Cd, utilizou-se as formulações dos autores Bazin (1889), Rehbock (1929) e Francis
(1905) , ao qual, serão descritas a seguir:

• Bazin (1889):

𝟎, 𝟎𝟎𝟒𝟓 𝒉 𝟐
𝑪𝒅 = (𝟎, 𝟔𝟎𝟕𝟓 + ) ⋅ [𝟏 + 𝟎, 𝟓𝟓 ⋅ ( ) ] (𝟔)
𝒉 𝒉+𝑷

Onde:

Cd - Coeficiente de descarga do vertedor;

h - Carga sobre o vertedor;

P – Altura da Soleira P.

• Rehbock (1929):

𝟑
𝒉 + 𝟎, 𝟎𝟎𝟏𝟏 𝟎, 𝟎𝟎𝟏𝟏 𝟐
𝑪𝒅 = [𝟎, 𝟔𝟎𝟑𝟓 + 𝟎, 𝟎𝟖𝟏𝟑 ⋅ ( )] ⋅ [𝟏 + ] (𝟕)
𝑷 𝒉

Onde:

Cd - Coeficiente de descarga do vertedor;

8
h - Carga sobre o vertedor;

P – Altura da Soleira P.

• Francis ( 1905):

𝒉 𝟐
𝑪𝒅 = 𝟎, 𝟔𝟏𝟓 ⋅ [ 𝟏 + 𝟎, 𝟐𝟔 ⋅ ( ) ] (𝟖)
𝒉+𝑷

Onde:

Cd - Coeficiente de descarga do vertedor;

h - Carga sobre o vertedor;

P – Altura da Soleira P.

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

4.1 RESULTADOS

A partir dos seguintes dados disponibilizados e medidos em laboratório,


(Largura do vertedor (L): 50 cm Altura do Vertedor (P): 52,0 cm) e das equações acima
no item 3.2 pode-se elaborar as seguintes (Tabelas 1, 2, 3, e 4).

Primeiramente nos dados da (Tabela 1) são apresentados os valores da Lâmina do


vertedor e Δh venturi, sendo esses dados fundamentais para prosseguimento dos cálculos
futuros visando o coeficiente C e coeficiente de descarga Cd.

Tabela 1 - Valores da Lâmina do vertedor e Δh Venturi

Número Lâmina do vertedor Lâmina do vertedor Venturi Venturi


h (cm) h (m) Δh (cm) Δh (m)
1 22,3 0,223 159,6 1,596
2 22,3 0,223 132,0 1,320
3 20,1 0,201 75,0 0,750
4 17,0 0,170 35,0 0,350
5 10,6 0,106 5,5 0,055
Fonte: do autor, 2023.

Posteriormente com os seguintes dados estimados pode-se em seguida determinar


a vazão Q Venturi (m3/s) através da equação (4) para cada medição realizada. Deste modo
com esse parâmetro estipulado o próximo passo foi calcular o coeficiente C Venturi
através da equação (2). É de se dizer que a partir da equação de descarga para o vertedor,
pode-se calcular o item Cd essa equação foi obtida através do rearranjo da equação (1)

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sendo denominada portanto equação (5) que foi reescrita para esse fim. Tais dados podem
ser vistos logo abaixo na (Tabela 2).

Tabela 2 - Valores do coeficiente C aplicando a Equação 2 e 5


Q Venturi (m3/s) Coeficiente
Número calculada pela de descarga
Q Venturi (m3/s) equação (9) Coeficiente C Cd
1 0,105 0,084 2,00 0,68
2 0,096 0,084 1,82 0,62
3 0,072 0,072 1,60 0,54
4 0,049 0,056 1,41 0,48
5 0,020 0,027 1,13 0,38
Fonte: do autor, 2023.

É importante destacar que conforme mencionado no roteiro foi possível estipular


a equação de descarga para este vertedor, o mesmo é obtido através da média dos
coeficiente C e do rearranjo da equação Q = f (h).

Tal equação pode ser vista logo abaixo sendo a equação (9).

𝑸 = 𝟏, 𝟓𝟗 ⋅ 𝑳 ⋅ 𝒉𝟑/𝟐

Onde:

Q - Vazão no vertedor – (m3/s);

h - Carga sobre o vertedor.

L – Largura do vertedor = 0,5 m.

Analogamente através da equação (9) também foi possível a elaboração do mesmo


gráfico Q = f (h) o mesmo pode ser visto logo abaixo, sendo denominado (Gráfico 1).

Gráfico 1 - Q = f (h)
0,25
Lâmina do vertedor h (m)

y = 2,0685x + 0,0513
0,2

0,15

0,1

0,05

0
0,000 0,020 0,040 0,060 0,080 0,100

Q Venturi (m3/s)
Fonte: do autor, 2023.

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Sem demora dando procedimento aos cálculos do experimento, em seguida foi
possível determinar o coeficiente de descarga Cd através de diferentes equações teóricas,
sendo elas a de Bazin equação (5), Rehbock (1929) equação (6) e Francis ( 1905) equação
(7). Tais dados podem ser vistos logo abaixo na (Tabela 3).

Tabela 3 - Determinação do coeficiente de descarga Cd utilizando as equações teóricas


Coeficiente de descarga
Número Cd
Bazin Rehbock (1929) Francis
1 0,66 0,64 0,63
2 0,66 0,64 0,63
3 0,66 0,64 0,63
4 0,66 0,64 0,62
5 0,66 0,63 0,62
Fonte: do autor, 2023.

Por fim, buscando calcular o coeficiente C, foi empregado para esse fim a equação
(3), para tando é de-se ressaltar que foi usado a aceleração da gravidade como sendo igual
há 9,81 (m²/s). Tais valores calculados podem ser vistos logo abaixo na (Tabela 4).

Tabela 4 - Determinação do coeficiente C a partir dos valores de Cd obtidos no item anterior


Coeficiente C
Número
Bazin Rehbock (1929) Francis
1 1,95 1,90 1,86
2 1,95 1,90 1,86
3 1,94 1,89 1,85
4 1,93 1,88 1,84
5 1,95 1,86 1,83
Fonte: do autor, 2023.

Analogamente a partir de todos os cálculos realizados, pode-se realizar a


construção de um gráfico. Esse gráfico a ser plotado, foi denominado Vazão x Coeficiente
C. E foi elaborado com intuito de comparar os valores estimados para os resultados do
Coeficiente de C Venturi, com os valores obtidos na determinação do coeficiente C por
equações teóricas (Coeficientes de C Bazin, C Francis e C Rehbock). Tal gráfico pode ser
visto logo abaixo, sendo intitulado (Gráfico 2).

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Gráfico 2 - Vazão x Coeficiente C
2,50

2,00

1,50
Coeficiente C

1,00

0,50

0,00
0,000 0,020 0,040 0,060 0,080 0,100 0,120
Q Venturi (m3/s)
Coeficiente C Venturi Coeficiente C Bazin Coeficiente C Francis Coeficiente C Rehbock

Fonte: do autor, 2023.

Também foi possível elaborar outro gráfico denominado Vazão x Coeficiente Cd.
Esse gráfico foi elaborado com intuito de comparar os valores estimados para os
resultados do Coeficiente de Cd Venturi, com os valores obtidos na determinação do
coeficiente Cd por equações teóricas (Coeficientes de Cd Bazin, Cd Francis e Cd
Rehbock). Tal gráfico pode ser visto logo abaixo, sendo intitulado (Gráfico 3).

Gráfico 3 - Vazão Coeficiente Cd


0,80

0,70

0,60

0,50
Coeficiente Cd

0,40

0,30

0,20

0,10

0,00
0,000 0,020 0,040 0,060 0,080 0,100 0,120
Q Venturi (m3/s)
Coeficiente Cd Venturi Coeficiente Cd Bazin Coeficiente Cd Francis Coeficiente Cd Rehbock

Fonte: do autor, 2023.

Ato contínuo foi possível elaborar duas novas tabelas, com a finalidade de estimar
os erros percentuais (%) decorrentes do cálculo dos Coeficiente C e Cd, tais tabelas

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podem ser vistas logo abaixo sendo denominadas (Tabelas 5 e 6) respectivamente.

Tabela 5 – Erro % de C

Erros do C medido (%)

Ensaio Bazin Rehbock (1929) Francis


1 - 2,62 - 4,91 - 6,96
2 7,08 4,56 2,31
3 21,20 18,16 15,78
4 37,65 33,71 31,26
5 72,29 64,39 61,69
Fonte: do autor, 2023.

Tabela 6 – Erro % de Cd

Erros do Cd medido (%)

Ensaio Bazin Rehbock (1929) Francis


1 - 2,62 - 4,91 - 6,96
2 7,08 4,56 2,31
3 21,20 18,16 15,78
4 37,65 33,71 31,26
5 72,29 64,39 61,69
Fonte: do autor, 2023.

4.2 DISCUSSÕES

Após elaboração dos presentes cálculos e dos gráficos plotados, podemos notar
que os resultados encontrados para a equação de descarga e seu gráfico foram feitos
corretamente, todavia o Coeficiente C Francis, Coeficiente C Rehbock e Coeficiente C
Bazin apresentaram uma certa linearidade retilínea, tendo resultados quase constantes ao
longo do experimento, onde seus resultados aumentam de maneira gradativa, conforme
aumentamos a vazão, assim analogamente conforme diminuímos a vazão temos também
uma diminuição dos resultados calculados, para os três coeficientes teóricos

Já em relação ao Coeficiente C Venturi, podemos dizer que os mesmos apresentam


um resultado de linearidade crescente conforme aumentamos a vazão, ainda sim, também
é de se destacar que os mesmos resultados calculados, não apresentam tanta singularidade
com as equações teóricas, onde apenas os pontos de vazão igual 0,105 m³/s e 0,096 m³/s
chegam próximos.

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Analogamente o mesmo pode ser dito para os resultados calculados em Cd que
também apresentam resultados para os coeficientes Cd teóricos bastante lineares e
constantes, sendo também retilíneos, enquanto que por sua vez o Coeficiente Cd Venturi
apresenta uma linearidade crescente

O motivo para tal ocorrido, provavelmente está atrelado há erros de medição,


sendo portanto, a explicação dos possíveis erros referentes ao Coeficiente C Venturi e Cd
Venturi, esses erros podem ser comprovados a partir das Tabelas 5 e 6 onde é possível
notar que os erros % calculados diferem bastante do que era esperado.

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5. CONCLUSÃO

Após a realização dos devidos cálculos e das devidas averiguações realizadas,


podemos primeiramente concluir que a equação de descarga referente ao vertedor
retangular e seu devido gráfico pode ser alcançado com sucesso, todavia as medições
realizadas nos dados referentes a Tabela 1 apresentaram erros na sua medida.

Dessa forma, uma vez que houve erro nas medições dos aspectos referentes aos
de Lâmina do vertedor e Venturi Δh, isso fez com que o erro se propagasse para os
devidos cálculos atrelados a esses fatores, ou seja interferido em todos os cálculos
referentes a tabela 2, 3 e 4.

Tais fatores de erros de medição podem ser comprovados quando comparamos os


resultados calculados e gráfico plotados com a teoria aprendida, uma vez que conforme é
demonstrado pela teoria os Coeficientes C Venturi, C Bazin, C Francis e C Rehbock, são
medidas complexas da eficiência do sistema de fluxo do fluido e que podem ser afetados
por diversos fatores, onde qualquer erro por menor que seja, pode implicar em um
desencadeamento de sucessivos erros.

Alguns erros geralmente atrelados a essa vertente são: erros de manuseio de


equipamento, (estando esses atrelados ao operador que aferir as medições), como também
erros atrelados ao equipamento em si, que além de apresentar erros por mal
funcionamento podem também se mal projetados (erros de geometria em sua concepção
de projeto),

Além disso, outros possíveis erros estão atrelados às características do fluido e as


condições de operação. Uma vez que conforme à medida em que temos um aumento de
vazão, o sistema pode experimentar uma maior perda de carga devido às forças de fricção
entre o fluido e as paredes do sistema. Isso pode reduzir a eficiência do sistema e aumentar
o coeficiente C. Além disso, em alguns sistemas, a turbulência do fluxo pode aumentar o
que irá resultar, portanto em altas vazões, afetando dessa forma o coeficiente C.

Ainda sim ao analisarmos os gráficos, cálculos e tabelas feitas o que podemos


dizer é que os mesmos deveriam apresentar resultados de comportamento linear, ou seja
resultados iguais ou quase iguais ao longo do experimento, é o que por exemplo acontece
nos Coeficientes C Bazin, C Francis e C Rehbock. Todavia uma vez que como
mencionado anteriormente houve erros nas medições realizadas, fator esse que pode ser

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comprovado através das Tabelas 5 e 6, podemos dizer que seus resultados de certa forma,
mesmo que calculados corretamente não estão de acordo com o esperado.

Um possível contorno a esse erro cometido seria o de estimar os dados lidos


erroneamente para Lâmina do vertedor h por meio do Excel, onde seria usado para esse
fim a ferramenta de teste de hipóteses, ainda sim é importante ressaltar que os resultados
que posteriormente pudessem a ser calculados não estariam totalmente corretos, uma vez
que seriam apenas hipóteses estipuladas.

Por fim também podemos concluir, que mesmo apesar das discrepâncias de
medições e do erro cometido, todavia podemos dizer que o conteúdo aprendido e estudado
referente a essa prática é de grande contribuição aos alunos, sendo uma temática bastante
importante no ramo da engenharia.

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6. REFERÊNCIAS

PORTO, R. de M. Hidráulica Básica, 4ª edição. São Carlos: EESC-USP, Ed. Projeto


REENGE, 2006.

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