Você está na página 1de 20

UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DA BAHIA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA

APLICAÇÃO DOS PRINCIPIOS MATEMÁTICOS DE STEVIN,


ARQUIMEDES E BERNOULLI NO ESTUDO DE FLUIDOS.

SAMUEL GUEDES CANÁRIO (2020012693)


GABRIEL SANTOS LACERDA (2020010563)

BOM JESUS DA LAPA - BA


2022
SAMUEL GUEDES CANÁRIO (2020012693)
GABRIEL SANTOS LACERDA (2020010563)

APLICAÇÃO DOS PRINCIPIOS MATEMÁTICOS DE STEVIN,


ARQUIMEDES E BERNOULLI NO ESTUDO DE FLUIDOS.

Relatório solicitado para fins


avaliativos como parte da disciplina
lap0023 – física experimental II.
Turma 01. Relatório III - aplicação dos
princípios matemáticos de Stevin,
Arquimedes e Bernoulli no estudo de
fluidos.

Professor: Ruan Reis Nascimento.

BOM JESUS DA LAPA – BA


2022
Sumário
1 INTRODUÇÃO............................................................................................................1

2 OBJETIVO ...................................................................................................................2

3 DESCRIÇÃO DO PRIMEIRO EXPERIMENTO .......................................................2

3.1 MATERIAIS.............................................................................................................2

3.2 MÉTODOS ...............................................................................................................2

4 DESCRIÇÃO DO SEGUNDO EXPERIMENTO .......................................................4

4.1 MATERIAIS ............................................................................................................4

4.2 MÉTODOS ...............................................................................................................4

5 DESCRIÇÃO DO TERCEIRO EXPERIMENTO .......................................................5

5.1 MATERIAIS.............................................................................................................5

5.2 MÉTODOS ...............................................................................................................6

6 RESULTADOS E DISCUSSÃO .................................................................................7

7 CONCLUSÃO............................................................................................................13

8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................17


1 INTRODUÇÃO
No estudo de fluidos estáticos o princípio de Stevin também conhecido como Lei
fundamental da Hidrostática é usado para determinar a pressão em líquidos que se
encontram em repouso. De acordo com o físico, matemático flamengo, Simon Stevin
(1548-1620) diferença entre a pressões em dois pontos de um fluido em equilíbrio é igual
ao produto entre a densidade do fluido, a gravidade e a diferença de profundidade entre
os pontos. [3] Equação (1).
𝑝2 = 𝑝1 + 𝑝𝑔(𝑦1 − 𝑦2 ) (1)

Sendo, “𝑝2 , 𝑝1 ” pressão em diferentes pontos de coordenada 𝑦1 , 𝑦2 , "𝑝" a


densidade do fluido e "𝑔" a gravidade.
Ainda na hidrostática, o princípio de Arquimedes diz que “A força de flutuação
sobre um corpo imerso em um fluido é igual ao peso do fluido deslocado pelo corpo, e
age para cima no centro do volume deslocado. ” [2]. Essa força de flutuação também
conhecida por empuxo, é causada pelo aumento da pressão de um fluido com
profundidade e é dada pela Equação (2)
𝐹𝑒𝑚𝑝𝑢𝑥𝑜 = 𝐹𝑠𝑢𝑝𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 − 𝐹𝑖𝑛𝑓𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 = 𝑝𝑓 𝑔(𝑠 + ℎ)𝐴 − 𝑝𝑓 𝑔𝑠𝐴 = (2)
𝑝𝑓 𝑔𝐴ℎ = 𝑝𝑓 𝑔𝑉

Onde, “ Empuxo ” é a força superficial, “ 𝐹𝑆𝑢𝑝𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 ” tem direção e sentido +j (para


cima) enquanto, “ 𝐹𝑖𝑛𝑓𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 ”tem direção e sentido –j (para baixo), “𝑝𝑓 ”é a densidade do
liquido, “g” é a gravidade, “s” é a distância da superfície até o corpo, “h” é a espessura
do corpo, “A” é a área e “V” é o volume (A*h).
Além da hidrostática temos a hidrodinâmica, que é o estudo do fluido em
movimento, uma das equações desse estudo é a Equação de Bernoulli (3), a qual é
aplicada para descrever o comportamento de um fluido ao longo de um escoamento
qualquer. Em um escoamento incompressível, as propriedades do fluido se mantêm
constantes durante todo o escoamento. Assim a densidade do fluido escoante fica a
mesma para qualquer ponto. [2]

1 1 (3)
𝜌𝑣 2 + p + 𝜌𝑔𝑧 = 2 𝜌𝑣²0 + 𝜌0 + 𝜌𝑔𝑧0 = 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒
2

Onde “ρ” é a densidade, “v” é a velocidade, “p” é a pressão, “g” a gravidade e “z”
a altura do fluido. A equação de Bernoulli surge em consequência do princípio da
conservação de energia, ao multiplicar a Equação (3) pelo volume do fluido, obtemos
formas de energia potencial, energia cinética, trabalho e energia gravitacional.

1
2 OBJETIVO
Objetivos gerais:
Aplicar os modelos matemáticos da hidrostática e da hidrodinâmica e investigar o
comportamento dos fluidos em determinadas condições de operação.
Objetivos específicos:
- Realizar a medição da pressão em um manômetro a partir do produto peso versus
profundidade, fazendo assim o uso do princípio de Stevin.
- Observar a presença da força empuxo durante a diminuição da força peso de um
corpo enquanto submerso num liquido em repouso.
- Observar o empuxo em função do volume e do peso específico do líquido.
- Estabelecer uma função que relaciona o tempo do escoamento sob a aceleração
da gravidade e a altura no líquido, por meio de um gráfico log-log. Obtendo assim, o
coeficiente linear e a aceleração da curva linearizada.

3 DESCRIÇÃO DO PRIMEIRO EXPERIMENTO


3.1 MATERIAIS
01 Tripé universal delta max;
01 Plano intermediário;
03 Haste inox de 300 mm com roscas e manipulo fêmea;
04 Haste inox de 500 mm com rosca e fixador;
01 Conjunto alinhador para câmara transparente;
01 Régua T1 com anel de borracha e escalas;
01 Braço B;
01 Tubos paralelos removíveis;
01 Manômetro em U com painel e mufa;
01 Seringa;
01 Bandeja;
01 Copo Béquer 600mL.

3.2 MÉTODOS
Inicialmente utilizando o béquer foi adicionado água com corante, para facilitar a
visualização do experimento, na câmara transparente até a altura de 250 mm (Figura 1).
Figura 1 - Béquer com agua até a margem dos 250 mm.

Fonte: autor.
Posteriormente com o auxílio de uma seringa foi introduzido água com corante,
no manômetro em U até que ambas as colunas fossem preenchidas até 60 mm.
Figura 2 – manômetro com agua até a margem dos 60 mm.

Fonte: autor.
A câmara transparente possui acoplado em sua superfície um tubo paralelo removível que
está conectado ao manômetro em U através de um cano flexível. Para realizar as
medições, o tubo foi submerso na câmara transparente com água, de modo a posicionar a
interface água/ar do tubo nos desníveis de 10, 20, 30, 40, 50, 60, 70, 80, 90 e 100 mm em
relação a superfície do líquido.
Por conseguinte, os desníveis provocados na câmara transparente foram
transformados de milímetro (mm) para metros (m) e as pressões manométricas de
mmH2O foram transformadas para a unidade de pascal (Pa), sabendo que 1 mmH2O =
9,806159 Pa.
Posteriormente, foi gerado uma tabela com as razões entre as diferenças de
pressões manométricas ΔP e as diferenças de níveis Δh, com o intuito ratificar a seguinte
a firmação “A diferença de pressão (ΔP) entre dois pontos dentro de um mesmo líquido
em repouso é diretamente proporcional à diferença de nível (Δh) entre os pontos. Isto
implica que a razão ΔP/ Δh é constante. ”
Ademais, foi utilizado o princípio de Stevin para calcular o valor ΔP para os
desníveis Δh de 70, 80 e 90 mm. Por conseguinte, os valores teóricos foram comparados
com os valores medidos de pressão manométrica nestes mesmos desníveis na câmara
transparente.

4 DESCRIÇÃO DO SEGUNDO EXPERIMENTO


4.1 MATERIAIS
01 Dinamômetro 2 N;
01 Cilindro de Arquimedes;
01 tripé universal;
01 Haste inox de 500 mm;
01 Copo béquer 250 mL;
01 Mufa de entrada lateral;
01 Seringa descartável, graduada 20 mL;
250mL de Água.
4.2 MÉTODOS
Primeiramente foram feitas as medições da força peso, usando um dinamômetro já
calibrado.
Em seguida a água misturada à corante alimentício é inserida no béquer até a
borda, após isso, foi posicionado o cilindro maciço dentro do béquer, com o sistema
montado (Figura 3), o experimento é iniciado.
Durante o experimento é necessário fazer ajuste para corrigir a diferença de
volume, para isso o cilindro maciço é inserido até que o excesso d’agua transborde. Em
ato seguinte o cilindro maciço deve estar totalmente coberto por água, e então com o
auxílio de uma seringa a água é retirada do béquer e adicionada ao cilindro transparente,
(Figura 4). Por fim, foi anotado os valores da força peso do conjunto cilindro cheio de
água mais cilindro maciço.
Figura 3 – Experimento montado.

Fonte: Estúdios Cidepe Digital.


Figura 4 – Separando a agua do béquer.

Fonte: Estúdios Cidepe Digital.


5 DESCRIÇÃO DO TERCEIRO EXPERIMENTO
5.1 MATERIAIS
01 Tripé universal delta max;
01 Plano intermediário;
03 Haste inox de 300 mm com rosca e manípulo fêmea;
04 Haste inox de 500 mm com rosca e fixador;
01 Rotâmetro de painel com mufa de aço;
01 Conjunto alinhador para câmara transparente;
01 Câmara transparente;
01 Hidro duto maior de imersão;
01 Régua T1 com anel de borracha e escalas;
01 Conjunto trançador;
01 Conjunto alinhador da câmara opaca;
01 Câmara opaca;
01 Braço com artéria, mufa de entrada lateral com braço fixadores;
01 Bandeja;
01 Copo béquer 600 ml;
2 L de Água;
01 frasco de corante liquido alimentício.
5.2 MÉTODOS
Primeiramente são feitas as medidas entre o nível máximo da água e o orifício por
onde a água vai escoar, do diâmetro dos orifícios de entrada e de saída e da incerteza dos
instrumentos de medição utilizados. Após isso, mantendo o orifício por onde a água vai
escoar vedado, o recipiente foi preenchido com água misturada à corante alimentício até
a marca de 250 mm.
Por fim com o sistema já montado (Figura 5) inicia-se o experimento, e com o uso
de um cronometro foi medido o tempo em que o liquido escoava e descia com intervalos
de 16mm.
Figura 5 – Terceiro experimento montado.

Fonte: Autor.
6 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Para uma melhor observação e análise, os dados obtidos no primeiro experimento
foram organizados na Tabela 1.

Tabela 1 - Desníveis provocados na câmara e suas respectivas pressões manométricas.

Δh Pm

(mm) (m) (mmH2O) (Pa)

10 0,01 10 98,06

20 0,02 18 176,51

30 0,03 24 235,35

40 0,04 36 353,02

50 0,05 46 451,08

60 0,06 52 509,92

70 0,07 66 647,21

80 0,08 74 725,66

90 0,09 82 804,11

100 0,1 90 882,55

Fonte: Autor.
Empregando o método dos mínimos quadrados (MMQ), foi obtido que a equação
da reta do gráfico, pressão manométrica (Pa) por desnível na câmara transparente (m), é
expressa por y = 0,0001x + 9*10-05. Logo, o coeficiente α angular da reta é α = 0,0001.

Gráfico 1 – Pressão manométrica (Pa) x Desnível na câmara transparente (m).

Pressão (Pa) x Desnível Δh (m)


0,12
y = 0,0001x + 9E-05
0,1

0,08

0,06

0,04

0,02

0
0 200 400 600 800 1000

Fonte – Autor.

Para facilitar a análise das razões entre as diferenças de pressões manométricas


ΔP e as diferenças de níveis Δh, os dados foram tabelados.
Tabela 2 – Razões entre os desníveis provocados na câmara e suas respectivas pressões.

Pm Δh Δh ΔP/ Δh ΔP/ Δh

(Pa) (m) (mm) (Pa/m) (Pa/mm)

98,06 0,01 10 9806,16 9,81

176,51 0,02 20 8825,54 8,83

235,35 0,03 30 7844,93 7,84

353,02 0,04 40 8825,54 8,83

451,08 0,05 50 9021,67 9,02

509,92 0,06 60 8498,67 8,50

647,21 0,07 70 9245,81 9,25

725,66 0,08 80 9070,70 9,07

804,11 0,09 90 8934,50 8,93

882,55 0,1 100 8825,54 8,83

Fonte – Autor.
Aplicando o cálculo de desvio padrão Equação (4) nas razões, entre as diferenças
de pressões manométricas ΔP em pascal (Pa) e as diferenças de níveis Δh em metros (m)
e em milímetros (mm), temos que:
(4)
∑(𝑋𝑖 − 𝑋𝑚 )
Dp = √
𝑛−1

Desvio padrão para as razões entre as pressões manométricas ΔP em pascal (Pa)


e as diferenças desníveis Δh em metros (m):

Dp = 477,04
Desvio padrão para as razões entre as pressões manométricas ΔP em pascal (Pa)
e as diferenças de níveis Δh em milímetros (mm):

Dp = 0,48

Considerando os possíveis erros de paralaxe e a formação de bolhas de ar no cano


flexível que liga o manômetro em U à câmara transparente, a afirmação que a razão ΔP/
Δh é constante é considerada verdadeira, tendo em vista que o desvio padrão não é
exorbitante.

De acordo com o princípio de Stevin Equação (1):


Considerando que a massa específica ρ da água a uma temperatura de 25º C é
ρ = 997,044 kg/m3 e a aceleração da gravidade é g = 9,81 m/s2. Foram obtidos os
seguintes dados.
Tabela 3 – Pressões encontradas a partir do princípio de Stevin.

Δh ΔP

(mm) (m) (Pa)

70 0,07 684,67

80 0,08 782,48

90 0,09 880,29

Fonte - Autor.
Realizando uma análise comparativa das pressões manométricas, da tabela 1,
obtidas experimentalmente, com as pressões, da tabela 3, obtidas por meio do princípio
de Stevin. Nota-se a proximidade e compatibilidade dos valores teóricos com os valores
experimentais.
Para uma melhor análise, os dados obtidos no segundo experimento foram
organizados na Tabela 4.
Tabela 4 - Desníveis provocados na câmara e suas respectivas pressões manométricas.

Dados Força (N)

PCFL 0,82

PACDL 0,4

PL 0,46

PC1 0,2

PC2 0,82

PC3 0,66

E 0,42

Fonte: Autor.
Onde:
E é o empuxo que atua sobre o cilindro maciço.
PCFL é o peso do cilindro transparente vazio com o cilindro maciço na parte
inferior;
PACDL é o peso do cilindro transparente vazio com o cilindro maciço submerso na
água;
PL é o peso do volume de água deslocado pelo cilindro maciço quando totalmente
submerso;
PC1 é o peso do cilindro transparente;
PC2 é o peso do cilindro transparente cheio de água com o cilindro maciço
submerso em água;
PC3 é o peso do cilindro transparente cheio de água;
A partir de observações durante o experimento foi ratificada a afirmação, que diz
que quando um objeto é submerso ele desloca uma quantidade de água com volume igual
ao seu próprio volume. Tal confirmação se deve ao fato do volume de água contida no
cilindro transparente ser igual ao volume do cilindro maciço.
A variação de pressão de um objeto que está imerso em um fluido é descrita da
seguinte forma:
P − P0 = ρgh (4)

A pressão pode ser expressa pela equação:

F = PA (5)

Dessa forma o empuxo, que é a força vertical que atual sobre o cilindro maciço
submerso no fluido, é definido pela equação:
(6)
E = (P − 𝑃0 )A

Substituindo (4) em (6), tem-se que:


(7)
E = ρghA

Sabendo que a o volume (V) é a multiplicação da altura (h) com a área (A) e que

a densidade é definida pela razão entre a massa (m) e o volume (V). Destarte o Empuxo

pode ser expresso pela equação (8):

(8)
|E| = m|g|

Assim, obtemos a equação (9):

(9)
|E| = |Pf|

Realizando uma análise comparativa entre o valor do empuxo (E) e o valor do


peso do volume de água deslocado pelo cilindro maciço quando totalmente submerso
(PL), foi verificado, considerando a compatibilidade dos valores, que o valor modular do
empuxo que atua sobre um corpo submerso em um líquido, é igual ao peso do volume do
fluido deslocado.
Para uma melhor observação e análise, os dados obtidos no terceiro experimento
foram organizados na Tabela 5.
Tabela 5 – Dados obtidos no terceiro experimento.
MEDIDA 1 MEDIDA 2 MEDIDA 3 MEDIDA 4
x (m) ± 0,001
t(s) ± 0,1 t(s) ± 0,1 t(s) ± 0,1 t(s) ± 0,1
0,234 42,00 43,00 54,00 49,00
0,218 90,00 94,00 102,00 97,00
0,202 147,00 148,00 160,00 153,00
0,186 204,00 208,00 223,00 211,00
0,17 268,00 265,00 276,00 272,00
0,154 332,00 336,00 345,00 341,00
0,138 407,00 416,00 418,00 415,00
0,122 491,00 501,00 508,00 505,00
0,106 585,00 604,00 609,00 606,00
Fonte: Autor.
Após ter feito a média e a incerteza dos valores, obtemos a tabela 6.
Tabela 6 – Altura e média com cálculo de incerteza da tabela 5.
MEDIDA 1
x (m)
t(s)
42,00 0,234
90,00 0,218
147,00 0,202
204,00 0,186
268,00 0,17
332,00 0,154
407,00 0,138
491,00 0,122
585,00 0,106
Fonte: Autor.
Após obter os dados da Tabela 6, é traçado o gráfico Altura versus tempo
Gráfico 2.
Gráfico 2 - Altura (h) x Tempo (Δt) em papel milimetrado.
Altura (h) x Tempo (Δt)
0,25

0,2
Altura (m)

0,15

0,1

0,05

0
0,00 100,00 200,00 300,00 400,00 500,00 600,00 700,00
Tempo (s)

Fonte: Autor.
Gráfico 2 - Altura (h) x Tempo (Δt) em papel di-log.
Altura (h) x Tempo (Δt)
1
10,00 100,00 1000,00

0,234
0,218
0,202
0,186
0,17
0,154
0,138
0,122
0,106
0,1

Fonte: Autor.
Além disso, foram medidos as duas saídas, sendo a o diâmetro da saída maior (D0)
= 0,045m e o diâmetro da saída menor (D) = 0,001m, calculando a área temos:
(A0) = 1,6 10 -3m e o diâmetro da saída menor (A) = 10 * 10 -6m.
A Equação (3) é resultado do princípio de conservação de energia, ao multiplicar
cada um de seus termos pelo volume do fluido, é possível obter representantes das formas
de energia, sendo elas a cinética, trabalho associado a pressão e a potencial relacionada a
gravidade.
Levando em conta que a temperatura e a pressão são desprezíveis nesse sistema,
temos que a pressão na saída menor P, é igual a pressão atmosférica, por tanto vale a
Equação (10) de Torricelli.
𝑣 2 = 𝑣02 + 𝑔∆𝑥 (10)

O volume do fluido por unidade de tempo que sai por A (saída menor), é igual a
pressão na saída maior, A0 (saída maior) e igual a pressão atmosférica, sendo assim:
𝐴0 𝑣0 = 𝐴𝑣 (11)
Substituindo (11) em (10) temos:
1 𝐴0 (12)
ℎ = 𝑣02(( )² − 1)
2𝑔 𝐴
Levando em conta a Equação (13) da vazão. (2)
𝑉 𝐴ℎ (13)
𝑍= = = 𝑣𝐴
𝑡 𝑡
Temos que:
ℎ (14)
𝑣=
𝑡
Substituindo (14) em (12), temos:
ℎ 𝐴²0 (15)
𝑔= ( − 1)
2 𝑡 2 𝐴²
Sendo, (A0) = 0,045m e (A) = 0,001m, temos:
ℎ 𝐴²0 (15)
𝑔= ( − 1)
2 𝑡 2 𝐴²

Linearizando a Equação (14) temos:

𝐴0 2
ln 𝑔 = ln ℎ − ln 2 + 2 ln 𝑡 + ln( 2 − 1)
𝐴
Tendo em vista que a agua é um fluido com uma densidade favorável ao
experimento, é notório, a partir da Equação (3), que se o fluido tiver uma maior densidade
a velocidade vai ser menor, pois a velocidade é inversamente proporcional a velocidade
do liquido, por tanto quando menos a densidade do liquido maior será a velocidade.
Além da densidade, há outros fatores que influenciam na velocidade de
escoamento, sendo eles o volume, a pressão e a temperatura, pois a depender do fluido
utilizado, a temperatura pode influenciar nos outros dois citados anteriormente.

7 CONCLUSÃO
Conclui-se, através das pressões manométricas, obtidas experimentalmente em
diferentes profundidas, a veracidade do princípio de Stevin, haja vista, a compatibilidade
dos dados com os valores teóricos. Ainda no estudo da hidrostática, o principio
matemático proposto por Arquimedes mostrou em prática, por meio de observações e
análises dos dados obtidos experimentalmente acerca do comportamento da força de
empuxo em diferentes situações, confirmação teórica e compatibilidade com o princípio
proposto.
Além disso ainda no estudo dos fluidos, a equação dada por Bernoulli si mostrou
eficaz no estudo do fluido em movimento, a partir dela foi possível deduzir uma equação
que relaciona o tempo de vazão e a altura do fluido, Equação (15), a pequena diferença
pode ter acontecido dado a falta de sensibilidade dos instrumentos e do observador por,
leituras incorretas ou por ruídos do ambiente.
8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1] HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; WALKER, Jearl. Fundamentos de


Física - Vol. 2 - Gravitação, Ondas e Termodinâmica, 10ª edição. São Paulo, Brasil:
Grupo GEN, 2016. 9788521632078. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788521632078/. Acesso em: 25 mai.
2022.
[2] ÇENGEL, Yunus A.; CIMBALA, John M. Mecânica dos fluidos. [Porto
Alegre, Brasil: Grupo A, 2015. 9788580554915. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788580554915/. Acesso em: 24 mai.
2022.
[3] SERWAY, Raymond A.; JR., John W J. Princípios de Física vol. 2. São Paulo,
Brasil: Cengage Learning Brasil, 2014. 9788522116874. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522116874/. Acesso em: 25 mai.
2022.

Você também pode gostar