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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MATO GROSSO DO SUL

UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE DOURADOS

CURSO DE ENGENHARIA FÍSICA

FÍSICA EXPERIMENTAL II

HIDROSTÁTICA

PROFESSOR: Nicolaz Aranda

DOURADOS – MS
2021
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MATO GROSSO DO SUL

UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE DOURADOS

Eloíse Ramos do Amaral Miranda - 41606

Lucas Gabriel Vieira De Carvalho - 41614

Júlia Carvalho Pereira - 41612

HIDROESTÁTICA

Relatório de aula experimental,


elaborado para a disciplina de
Física Experimental II, do curso
de Engenharia Física.

Prof. Nicolaz Aranda

DOURADOS – MS
2021
Resumo
Pelo estudo da hidrostática é possível determinar o comportamento de um fluido, podendo se
assim analisar o princípio de Arquimedes e o empuxo, através dessa lei consegue se
determinar a densidade e volume de um fluido, quanto a massa de um corpo
Palavras-chaves: Hidrostática, Principio de Arquimedes, empuxo.
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MATO GROSSO DO SUL

UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE DOURADOS

1 Sumário

1. Introdução......................................................................................................................5
2. Desenvolvimento............................................................................................................7
3. Resultados e Análise de Dados...................................................................................12
4. Conclusão.....................................................................................................................16

5. Referências...................................................................................................................17
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Física através do esporte: hidrodinâmica como ferramenta ao ensino a física

Resumo
O presente projeto tem como objetivo ajudar e incentivar os alunos a compreender conceitos básicos, em relação
ao aprendizado de física, através da aplicação dos conceitos de hidrodinâmica às práticas esportivas. Para a realização
deste projeto optou-se por relacionar algumas atividades esportivas que utilizam bola como, o futebol, basquete, vôlei,
tênis de mesa e uma diversidade de atividades. As quais os alunos vivenciam no seu cotidiano. As experimentações e a
conceituação serão realizadas através de debate e aulas teóricas dos conceitos físicos abordados.
Um questionário será distribuído para avaliar o nível de conhecimento dos alunos. Paralelo às atividades e aos
questionários-diagnóstico, verificaremos juntamente ao professor o desempenho dos alunos em relação à disciplina de
física.

Fundamentação teórica
Hidrodinamica
A hidrodinâmica, também conhecida como dinâmica dos fluidos, é o campo da física que estuda as propriedades
do movimento dos fluidos, que inclui líquidos e gases. A hidrodinâmica considera conceitos como força, velocidade e
aceleração, que são variáveis que atuam sob fluidos em movimento. Os cálculos hidrodinâmicos levam em consideração
as propriedades do fluido, pressão, densidade e temperatura.
Esta parte da física estuda fluidos perfeitos (sem atrito, viscosidade, coesão ou elasticidade) e fluidos reais que
são pegajosos, contêm calor e conduzem. O estudo de líquidos reais só se tornou possível após experimentos e o
desenvolvimento de novas fórmulas que possibilitaram trabalhar com equações mais complexas. Os dois princípios
básicos da hidrodinâmica são a equação da continuidade e a equação de Bernoulli, que explicam como as leis de
conservação de massa e energia se aplicam aos fluidos.

A hidrostática é a área que estuda os fluidos tanto líquidos quanto gasosos em


equilíbrio estático ou dinâmico. Nela se estuda as propriedades de um fluido como a sua
densidade e pressão. Também é analisada a força que um fluído exerce sobre um corpo nele
imerso, conhecida também como força de empuxo.
O empuxo, derivado do princípio de Arquimedes, é a representação da força que o
fluido exerce no objeto que é mergulhado em um fluído. É a sensação de leveza que se tem ao
entrar em uma piscina.
E=ρ∗g∗v (1)
(onde E = empuxo, ρ = densidade, g = aceleração da gravidade e v =
volume.) Ao se comparar dois objetos de materiais diferentes com o mesmo volume,
podemos verificar que um é mais pesado que o outro, isso se deve a densidade, que por sua
vez mede a quantidade de matéria que um fluido ocupa em um determinado espaço. Sua
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unidade de medida é o quilograma por metro cúbico (kg/m³). No entanto o empuxo não
depende da densidade para ser apresentado, mas a densidade nos permite verificar se o objeto
flutua, afunda ou entra em
equilíbrio com o fluido.
m
ρ=
v (2)
Nesse experimento estaremos verificando como a força de empuxo atual sobre um
corpo, e, como a densidade pode ser influenciada com esta força.
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Figura 1: Diagrama de forças, que um corpo é submetido ao estar submerso em um


fluído.

Fonte: imagem retirada do site: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?pagina=espaco


%2Fvisualizar_aula&aula=8934&secao
=espaco&request_locale=es

1. Desenvolvimento

1.1. Materiais utilizados para o procedimento experimental

Para realizar o experimento proposto é necessário utiliza: um Becker de 500 ml,


utilizado como recipiente para colocar os líquidos: água, água com sal e álcool. Para observar
o quanto de liquido foi deslocado, ao colocar o corpo cilíndrico oco dentro do recipiente.
É utilizado uma seringa de 60 ml para extrair e adicionar os fluidos dentro do
recipiente quando necessário. O paquímetro é uma ferramenta usada para medira distância
entre dois lados opostos de um objeto, nesse experimento foi usado para fazer as medidas do
deslocamento do liquido quando o cilindro imerso no recipiente, desta forma determinando o
volume deslocado.
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O dinamômetro é usado para manter o cilindro submerso, e assim medindo as forças


que são exercidas sobre ele, enquanto o mesmo está dentro do fluido, ou seja, mede se a força
resultante que é obtida através da força peso e empuxo.
Esferas de metal, 6 unidades, usadas para realizar a calibragem do dinamômetro.
Uma balança utilizada para pesagem das esferas, do corpo cilindro oco.
Os materiais usados, no procedimento, são de fácil acesso, não contendo nada que
possa causar algum dano a saúde do experimentador, sendo estes os objetos: balança digital,
seringa plástica de 60ml, paquímetro, esferas de metal, dinamômetro, Becker de vidro,
cilindro plástico oco e cilindro plástico com embolo. Os produtos que foram usados para o
desenvolvimento do experimento, foram a água potável, álcool 70°,0 e sal marino iodado.

1.2. Metodologia Experimental

O experimento foi realizado no laboratório de física básica, o experimento já se inicia com o


equipamento montado, devido que todo posicionamento e a regulagem dos equipamentos,
como o nivelamento do tripé e calibragem dinamômetro foram se realizados pelo Prof.
Nicolaz Aranda o responsável pela disciplina que conduziu o experimento, todo o
procedimento realizado segue a orientação do roteiro experimental conforme Figura 2
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Figura 1: Equipamento montado.

Fonte: imagem capturada pelos alunos durante o vídeo fornecido pelo professor

Com os resultados obtidos através do paquímetro, é determinado o volume do cilindro


oco e do embolo, utilizando s equação (3). Os resultados obtidos são mostrados na Tabela 2.
𝐷
𝑉 = 𝜋 ∗ ( )2 ∗ 𝑝𝑟𝑜𝑓𝑢𝑛𝑑𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒
2 (3)

O experimento teve dois procedimentos para cada produto, o primeiro foi submergir os
cilindros suspenso no Becker com o produto, como mostra na figura 3, no segundo
procedimento com o auxílio da seringa foram retirados 52 ml do produto de dentro do Becker,
38 ml do produto foram colocamos dentro do cilindro oco suspenso, sobrando 14 ml de
produto que foram retornados ao Becker
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Segundo os procedimentos do roteiro experimental e se colocando o cilindro oco e o


embolo no dinamômetro, determinado se o peso do conjunto que foi posteriormente anotado.
Primeiro produto: utilizando-se o Becker e o enchendo com água até obter 500 ml, nele é
realizado a total imersão do embolo dentro da água no Becker, tirando a medida no
dinamômetro e a anotando
Com a seringa é retirado do Becker 52 ml de água, e em seguida é transferido da
seringa para o cilindro oco até seu interior ser totalmente preenchido. Fazendo a leitura do
volume restante na seringa e é possível determinar o volume de agua que foi colocado no
cilindro, diminuindo o volume que ficou na seringa do total retirado do Becker.
Os mesmos procedimentos descritos anteriormente são aplicados nas outras duas
soluções, na agua com sal diluído (cloreto de sódio), figura 6, quanto no álcool. Obtivemos os
valores apresentados na tabela 3.

Figura 2: Embolo totalmente submerso na água.

Fonte: imagem capturada pelos alunos durante o vídeo fornecido pelo professor
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Figura 3: Seringa com o fluído que foi retirado do Becker.

Fonte: imagem capturada pelos alunos durante o vídeo fornecido pelo professor

Figura 5: Seringa com o fluído que sobrou após ser adicionado ao embolo.

Fonte: imagem capturada pelos alunos durante o vídeo fornecido pelo professor
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Figura 6: Embolo submerso em água e sal diluído.

Fonte: imagem capturada pelos alunos durante o vídeo fornecido pelo professor
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Figura 7: Embolo submerso em Álcool.

Fonte: imagem capturada pelos alunos durante a experiência no laboratório

No decorrer do experimento pode se observar o empuxo, volume e comportamento dos


produtos usados, com relação a densidade, força e peso dos mesmos.

2.3 Resultados

2.3.1. Resultado das medidas realizadas no cilindro oco e embolo: Tabela

1: Pesagem e medições com Paquímetro.

Material Cilindro Oco Embolo


Diâmetro (mm) 26,8±0,05 26,9±0,05
Profundidade 66,3±0,05 66,35±0,05
(mm)
Fonte: tabela produzida no Excel pelos alunos
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Determinação do volume do cilindro oco e do embolo, com os resultados obtidos com o


paquímetro:

Tabela 2: Volume do Cilindro oco e Embolo, utilizando o paquímetro para as medidas.

Volume Cilindro Oco

Diâmetro 26,90 V (mm³) = 38691,595


Profundidade 66,1
Volume Cilindro Embolo
Diâmetro 26,90 V (mm³) = 38270,963
Profundidade 66,35

Fonte: tabela produzida no Excel pelos alunos

O volume calculado é de 38691,5952 mm³, sendo aproximadamente 38,69 ml.

Colocando o conjunto, cilindro oco (vazio) e embolo, no dinamômetro obtemos (0,74 N ±


0,01 N).

Procedimento com água: quando submerso o embolo na agua, a leitura feita no


dinamômetro é: (0,38 N ± 0,01 N). Ao retirar a agua com a seringa no total de 52 ml,
obtemos o volume de 38 ml dentro do cilindro oco, logo em seguida é submergido
novamente no fluido e é feito a leitura no dinamômetro que é: (0,76 N ± 0,01 N). Esses
valores estão mostrados na tabela 3.

Ao realizar esse procedimento de preencher o cilindro oco com agua, é possível notar que
há uma semelhança com os resultados obtidos antes de imergir o sistema na solução de água.

Os demais resultados dos produtos, água e sal diluído e álcool, são mostrados na tabela 3.
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Tabela 3: Dados coletados dos três produtos


Dados Coletados com 500 ml de água
Dinamômetro (0,76 N ± 0,01 N) Volume retirado
com a seringa
Dinamômetro c/ o embolo submerso (0,38 N ± 0,01 N). (52 ml ± 1 ml)

Dinamômetro c/ o cilindro oco (0,76 N ± 0,01 N)


Volume colocado
preenchido com água no cilindro oco
(38 ml ± 1 ml)
Dados obtidos do procedimentos com 500 ml água com sal diluído
Dinamômetro c/ o embolo submerso (0,36 N ± 0,01 N). Volume retirado
com a seringa
(52 ml ± 1 ml)
Dinamômetro c/ o cilindro (0,76 N ± 0,01 N) Volume colocado
oco preenchido com água no cilindro oco
(38 ml ± 1 ml)
Dados coletados com 500 ml de Álcool
Dinamômetro c/ o embolo submerso (0,46 N ± 0,01 N) Volume retirado
com a seringa
(52 ml ± 1 ml)
Dinamômetro c/ o cilindro (0,76 N ± 0,01 N) Volume colocado
oco preenchido com água no cilindro oco
(38 ml ± 1 ml)
Fonte: tabela produzida no Excel pelos alunos

2. Análise de dados
2.1.Ao comparar o valor do volume do cilindro oco - obtido através das medidas com o
paquímetro - (38,69 ml), e o volume de líquido inserido - medido pela seringa - (38
ml), é possível notar equivalência em seus valores, com uma pequena diferença de casa
decimal onde entra a incerteza.

O valor do empuxo com sua respectiva incerteza experimental utilizando água como fluido.
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Tabela 4: Cálculo do Empuxo

Calculo do Empuxo Unidade SI Unidade


V 38,2710 ml 3,8271E-05 m³
(embolo)
=
ρ 0,997 g/ml 997 kg/m³
(agua)=
g= 9,81 m/s²

E= 0,3743 N

Fonte: tabela produzida no Excel pelos alunos

Calcule as densidades da mistura água mais sal e do álcool e as incertezas respectivas.


Compare, se possível, as grandezas medidas com valores da literatura.

Tabela 5: Cálculo da densidade

densidade da agua + sal

V (embolo) 3,8271E-05 m³

E= 0,32 N
ρ= 1030,1408 kg/m³

Fonte: tabela produzida no Excel pelos alunos

Determine a densidade de um corpo de forma geométrica qualquer em função da densidade


do fluido em que ele foi mergulhado.
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3. Conclusão

Concluísse então que através do experimento podemos determinar a força de empuxo


que o fluido exercesse sobre o corpo de fundo e pelo menos conseguimos determinar a
densidade, massa e volume tanto do fluido quanto do corpo de fundo, observando-se assim
que mesmo com fluidos de densidades diferentes o princípio de Arquimedes continua sendo
aplicável. Arquimedes nos diz que todo corpo imerso em um fluido recebe a ação de uma
força vertical para cima com a mesma intensidade da força peso, assim quando o corpo fica
imerso no fluido ele desloca uma certa quantidade de volume fluido, com esse valor
deslocado é possível determinar a massa do corpo.
Através dos resultados obtidos pode se determinar que não houve uma variação entre a
força que se aplicava ao embolo, mesmo com fluidos de densidades diferentes, o valor do
empuxo que se aplicava no ar era semelhante ao que se aplicava tanto na agua, quanto na
mistura de agua e cloreto sódio, quanto no álcool. Mostrando se mais uma vez uma
confirmação do princípio de Arquimedes, que se mostrou eficaz em diferentes fluidos, tanto
gasosos quanto líquidos de diferentes densidades
A incerteza que podemos ter obtido é proveniente em que na solução em que usamos a
mistura de cloreto de sódio e água, ela se tornou uma solução supersaturada no qual se notou
precipitados no fundo do Becker, além de considerarmos a incerteza padrão de cada aparelho
utilizado durante o experimento.
Podendo se assim notar que a hidrostática continuando sendo uma das melhores
maneiras de analisar e estudar um fluido, e que a o método mais eficaz de estudar esse
fenômeno e através do princípio de Arquimedes.
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2. Referências

FARIA, Jose Angelo de. Movimento, variações e conservações. 2010. Disponível em:
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?pagina=espaco%2Fvisualizar
_aula&aula=8934&secao=espaco&request_locale=es. Acesso em: 16 mar. 2020.

HALIDAY, D.; RESNICK, R. Física 4. Rio de Janeiro: LTC, v. 2, 1984. NUSSENZVEIG, H.


M. Curso de Física Básica. São Paulo: Editora Blücher Ltda, v. 2, 1988. VUOLO, J. H.
Fundamentos da Teoria de Erros. São Paulo: Edgard Blücher, 1992.

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