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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS

CURSO DE ENGENHARIA DE ALIMENTOS


RELATÓRIO DE ATIVIDADE PRÁTICA
LABORATÓRIO DE FÍSICA

DENSIDADE E EMPUXO

Relatório apresentado
como parte da nota da
disciplina de Laboratório
de Física orientada pelo
Professor Wanderley de
Oliveira.

PALMAS
2023
DISCENTES:
HALINE RIBEIRO
JULIANA DUTRA

DENSIDADE E EMPUXO

PALMAS
2023
OBJETIVO

O objetivo deste relatório tem como finalidade provar os resultados obtidos por
Arquimedes, que são: Identificar o empuxo como aparente diminuição da força peso de
um corpo submerso num líquido; reconhecer a veracidade da afirmação “Todo corpo
mergulhado em um fluido fica submetido à ação de uma força vertical, orientada de baixo
para cima, denominado empuxo, de módulo igual ao peso do volume do fluido
deslocado”. Reconhecer a dependência do empuxo em relação à densidade do líquido
deslocado (mantendo o corpo submerso); determinar experimentalmente a densidade de
um sólido através do empuxo sofrido por ele ao ser submerso na água. Comparar o
método esperado pelo método experimental.

INTRODUÇÃO
Densidade
A determinação da densidade é usada em muitas áreas par caracterizar determinadas
propriedades de um produto ou material. Ela é uma propriedade física da matéria, assim
como odor, cor, ponto de fusão e ponto de ebulição. A determinação da densidade é
realizada segundo o Princípio de Arquimedes (método de flutuação), que diz que um
corpo imerso em um líquido aparentemente perde peso em quantidade igual ao peso do
líquido que desloca. Esse método permite a determinação da densidade de substâncias
sólidas, viscosas e pastosas, além de líquidas. A densidade absoluta é definida como a
quantidade de massa em uma unidade de volume. Portanto, para medirmos a densidade
de um objeto qualquer, precisamos conhecer a sua massa e volume, pois a densidade é a
massa dividida pelo volume. Como mostra a equação abaixo:

massa
𝑑𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 (𝜌) = (1)
volume

A densidade de sólidos e líquidos, segundo o Sistema Internacional de Unidades


expressa em quilograma por metro cúbico (Kg/m3). Entretanto, é mais comumente
expressa em unidades de gramas por centímetro cúbico (g/cm³) ou gramas por mililitro
(g/mL).
A densidade absoluta é uma propriedade específica, isto é, cada substância pura tem
uma densidade própria que a identifica e a diferencia das outras substâncias. A densidade
relativa de um material é a relação entre a sua densidade absoluta e a densidade absoluta
de uma substância estabelecida como padrão. No cálculo da densidade relativa de sólidos
e líquidos, o padrão usualmente escolhido é a densidade absoluta da água, que é igual a
1,000 g/cm³ a 4 °C.
A densidade de um sólido pode ser determinada pesando-o cuidadosamente e em
seguida determinando seu volume. Quando o material em estudo possui forma
geométrica conhecida como um cubo, cilindro, esfera, prisma, cone ou pirâmide, pode
encontrar facilmente o volume do mesmo e realizar a verificação da massa, calculando
em seguida a sua densidade ou massa específica. Ao medirmos facilmente a massa de um
artefato com uma balança, o volume de um objeto regular pode ser calculado medindo-se
e multiplicando-se a sua: largura (l), comprimento (c) e altura (h). Assim para calcular a
densidade de objetos regulares utiliza-se a fórmula abaixo:

m
𝑑= (2)
v

Empuxo
Outro método bastante interessante é o método usando o princípio de Arquimedes.
Arquimedes, grande matemático, físico e filósofo francês, descobriu o princípio
fundamental das forças de flutuação: Um corpo total ou parcialmente imerso em um
fluido é expelido para cima por uma força de módulo igual ao peso do fluido deslocado,
e dirigida para cima segundo uma reta que passa pelo centro da gravidade do fluido
deslocado. (Keller, 1997). Portanto, num corpo que se encontra imerso em um líquido,
agem três forças: a força peso (P), devida à interação com o campo gravitacional terrestre:

𝑃 = 𝑚𝑔 (3)

A força de tensão (T) no fio, cujo valor pode ser medido com o uso de dinamômetro
e a força de empuxo (E), devida à sua interação com o líquido.
Se o corpo estiver totalmente submerso, o volume deslocado será igual ao volume V do
corpo. Sendo a densidade do sólido imerso.

𝑇 + 𝐸 = 𝑃 (4)
Isolando algumas equações temos:

T
𝜌 = ρf + gV (5)

Onde g = 10𝑚/𝑠 2 . Se o fluido for água, então ρf = 1000 kg/𝑚3 .

Quando um corpo está imerso em um líquido, podemos ter as seguintes condições:

• Se ele permanece parado no ponto onde foi colocado, a intensidade da força


de empuxo é igual à intensidade da força peso (E = P);
• Se ele afundar, a intensidade da força de empuxo é menor do que a
intensidade da força peso (E < P);
• Se ele for levado para a superfície, a intensidade da força de empuxo é
maior do que a intensidade da força peso (E > P).

Para saber qual das três situações irá ocorrer, deve-se enunciar o princípio de
Arquimedes:
“Quando imerso em um fluido, um corpo sofre a ação de pressões sobre sua superfície,
maiores em sua parte inferior do que em sua parte superior. Como consequência, o corpo
imerso deve sofrer a ação de uma força vertical pra cima, denominada empuxo.”
(HALLIDAY, 2008)
“Todo corpo total ou parcialmente imerso em um fluido em equilíbrio, na presença de um
campo gravitacional, fica sob ação de uma força vertical ascendente aplicada pelo fluido;
esta força é denominada empuxo e sua intensidade é igual ao peso do fluido deslocado pelo
corpo”. (SILVA, 2006).
Figura 1 - Princípio de Arquimedes

O colocar o objeto completamente submerso em água, ele permanece parado no ponto


onde foi colocado e a intensidade da força de empuxo é igual à intensidade da força peso (E
= P). Dessa forma, a massa de fluido deslocado pode ser associada ao seu volume e,
logicamente, ao volume submerso do corpo da seguinte maneira (no caso de corpos com
densidade uniforme):

𝐸 = 𝜌𝑙í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 ∗ 𝑉_𝑑 ∗ 𝑔 (6)

ρ_líquido: densidade do líquido.

V_d: volume do líquido deslocado.

g: aceleração da gravidade (9,81𝑚/𝑠 2 ou 0,981𝑚/𝑠 2 .)

Temos que:
msólido
𝜌𝑠ó𝑙𝑖𝑑𝑜 = (7)
Vd

msólido
𝑉𝑑 = (8)
ρsólido

𝑃 = 𝑚𝑙í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 ∗ 𝑔 (9)

Como E = P, substituindo o Vd:


𝑚
𝜌𝑙𝑖𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 ∗ 𝜌 𝑠𝑜𝑙𝑖𝑑𝑜 ∗ 𝑔 = 𝑚𝑙𝑖𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 ∗ 𝑔 (10)
𝑙𝑖𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜

Assim, a densidade do sólido pode ser determinada a partir da seguinte fórmula:


𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑜 𝑠ó𝑙𝑖𝑑𝑜
𝜌𝑠𝑜𝑙𝑖𝑑𝑜 = 𝜌𝑙𝑖𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 ∗ 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑜 𝑙𝑖𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 𝑑𝑒𝑠𝑙𝑜𝑐𝑎𝑑𝑜 (11)

Material Necessário

• Sistema de sustentação principal de aço e garras de sustentação;

• Paquímetro ou régua milimetrada;

• Dinamômetro;

• Proveta;

• Água;

• Balança digital.

• Massa cilíndrica

Procedimentos Experimentais

Fonte: https://www.scielo.br/j/rbef/a/f5j9jwXcxHmZGGTbGPHcYyy/
1° Método
(OFICIAL)
Foi determinada a densidade de diversos materiais através da fórmula a seguir,
portanto, a definição da grandeza veio através da relação de massa e volume:

m
𝜌=
V

1. Foi escolhido 3 massas cilíndricas e organizado as massas cilíndricas numerando em


sequência 1, 2 e 3, e identificando cada material a ser utilizado.

2. Com auxílio da balança digital obteve-se as massas dos cilindros numerados e


identificados. Com a ajuda do paquímetro (o erro do aparelho foi desprezado) foi
determinado o volume das massas determinando-se a altura e o diâmetro
respectivamente

3. Depois da medição e pesagem calculou-se o volume e a densidade de cada objeto.

4. Compare os valores obtidos anotado na tabela 1 e comparando na tabela 4 para


identificar qual é o material das massas cilíndricas.

Tabela 2 – Densidade de materiais metálicos


Material Densidade (𝒈/𝒄𝒎𝟑 )
Aço Inox 7,85
Alumínio 2,70
Cobre 8,93
Ferro 7,87
Níquel 8,91
(Tabela da apostila de Lab. De Física)

2° Método
(EXPERIMENTAL)
No método será determinado as densidades dos materiais das diversas massas
cilíndricas escolhidas através do princípio de Arquimedes.

Foi determinado a densidade através da fórmula das grandezas:


T
𝜌 = ρf +
gV

1. Primeiramente foi anotado o volume de água adicionado inicialmente na proveta.

𝑉𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 = 82 ml

2. Foi conectado a massa cilíndrica M1 no dinamômetro, assim ajustando-se a altura


para que a massa cilíndrica M1 fique completamente submersa na água. O mesmo
processo foi feito para a massa cilíndrica M2 e M3.

3. Foi anotado a marcação do volume da água, logo após que foi submerso a massa
cilíndrica M1. Assim sendo feito o mesmo processo para a massa M2 e M3.

M1 𝑉𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 = 93 ml

M2 𝑉𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 = 93 ml

M3 𝑉𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 = 93 ml

Observou-se que o volume deslocado, teve uma igualdade para as três massas cilíndricas
M1, M2 e M3 assim dando o volume em m³:

𝑉 = Vfinal − 𝑉𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙
V = (93 – 82) = 11 ml ou 1,1 * 10^-5 m³

4. Sendo feito após a leitura da força de tensão (T) em (N) no dinamômetro.


M1 = 0,8 N
M2 = 0,92 N
M3 = 0,86 N

T
5. Logo após utilizando a equação: 𝜌 = ρf + gV para calcular a densidade das massas

cilíndricas M1, M2 e M3.


RESULTADOS E DISCUSSÕES:
1° MÉTODO
Tabela 1 – Dados dos cilindros utilizados – Método 1

Cilindro Massas Altura Diâmetro Volume Densidade Densidade


(g) (cm) (cm) (cm³) (g/cm³) (Kg/m³)

M1 89,82 4,0 1,90 11,34 7,92 7920

M2 102,87 4,0 1,90 11,34 9,07 9070

M3 97,13 4,0 1,90 1,34 8,56 8560

(Tabela da apostila de Lab. De Física)

1. Compara-se com os valores da tabela 2 da apostila, onde M1 teve uma densidade


de 7,92 g/cm³ a densidade da tabela aproximadamente seria 7,85 g/cm³. Então o
material do cilindro de M1 seria AÇO INOX.

2. Compara-se com os valores da tabela 2 da apostila, onde M2 teve uma densidade


de 9,07 g/cm g/cm³ a densidade da tabela mais aproximados seria 8,91 g/cm³ ou
8,93 g/cm³. Então o material do cilindro de M2 estaria mais próximo de ser o
NÍQUEL ou COBRE.

3. Compara-se com os valores da tabela 2 da apostila, onde M2 teve uma densidade


de 8,56 g/cm³ a densidade da tabela mais aproximados seria 8,91 g/cm³ ou 8,56
g/cm³. Então o material do cilindro de M2 estaria mais próximo de ser o NÍQUEL
ou COBRE.

2° MÉTODO
Tabela 3 – Dados dos cilindros utilizados – Método 2
Cilindro Vi Vf V V Tensão Densidade
(ml) (ml) (m³) (N) (Kg/m³)

M1 82,0 93,0 11,0 1,1*10^-5 0,8 8413

M2 82,0 93,0 11,0 1,1*10^-5 0,92 9525

M3 82,0 93,0 11,0 1,1*10^-5 0,86 8969

(Tabela retirada da apostila de Lab. De Física)


1. Compara-se com os valores da tabela 2 da apostila, onde M1 teve uma densidade
de 8,41 g/cm³ a densidade da tabela mais aproximados 7,87 g/cm³ ou 8,91 g/cm³.
Então o material do cilindro de M1 seria AÇO INOX ou NÍQUEL.

2. Compara-se com os valores da tabela 2 da apostila, onde M2 teve uma densidade


de 9,52 g/cm g/cm³ a densidade da tabela mais aproximados seria 8,91 g/cm³ ou
8,93 g/cm³. Então o material do cilindro de M2 estaria mais próximo de ser o
NÍQUEL ou COBRE.

3. Compara-se com os valores da tabela 2 da apostila, onde M2 teve uma densidade


de 8,96 g/cm³ a densidade da tabela mais aproximados seria 8,91 g/cm³ ou 8,56
g/cm³. Então o material do cilindro de M2 estaria mais próximo de ser o NÍQUEL
ou COBRE.

Tabela 4
Na tabela 4 encontraremos a representação do resultado do método (1) e (2) além
de apresentar o erro experimental da análise de densidade e empuxo. Com as massas
apresentadas respectivamente como M1, M2 e M3.

1°Método 2°Método Erro %


𝐦 𝐓 𝛒𝐞𝐱𝐩 − 𝛒𝐞𝐬𝐩
𝝆= 𝝆 = 𝛒𝐟 + 𝑬𝒓𝒓𝒐% =
𝐕 𝐠𝐕 𝛒𝐞𝐬𝐩𝐞𝐫𝐚𝐝𝐚

7920 𝑘𝑔/𝑚3 8413 𝑘𝑔/𝑚3 6,22%

9070 𝑘𝑔/𝑚3 9525 𝑘𝑔/𝑚3 5%

8560 𝑘𝑔/𝑚3 8969 𝑘𝑔/𝑚3 4,7%

Pode observar que o erro em relação ao Aço Inox, Níquel e o cobre foram pequenos,
aproximadamente 1% de diferença de um para outro.
CONCLUSÃO

A análise realizada apresenta o Princípio de Arquimedes, que a presença de um corpo


quando submerso em um fluído, a presença de uma força de empuxo associada ao líquido
que exerce sobre o sistema sendo que essa força tem direção para cima. Assim sendo, a
impressão que a massa/peso do conjunto submerso diminui, sendo que a massa continua a
mesma e o que alterar é o peso aparente desse conjunto. Assim notado também que havendo
um corpo de massa x em soluções de densidades distintas o empuxo torna-se diferente,
sendo assim a densidade tem uma influência direta no empuxo e o peso aparente do objeto.
Sendo utilizado os dois métodos comparando um no outro no experimento, assim pelo
Princípio de Arquimedes foi observado que ocorreu um erro relativamente baixo no método
experimental que teve a comparação com o método esperado, sendo esse erro de
aproximadamente 1% de diferença para cada uma das massas escolhidas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

HALLIDY, Fundamentos de Física II, quarta edição, LTC – livros técnicos e científicos,
Editora JC, SP, 1995;
HARRIS, D.C., Análise química quantitativa, sexta edição, LTC – livros técnicos e
científicos, Editora S.A.,RJ, 2005.
VOGEL, Análise química quantitativa, quinta edição, LTC – livros técnicos e científicos,
Editora S.A.,RJ,1992;
BACCAN, N.; ANDRADE, J.C.; GODINHO, O.E.S.; BARONE, J.S. Química Analítica
Quantitativa Elementar. 3a Ed., Editora Edgard Blucher: Campinas, 2003.
CÉSAR J.; DE PAOLI M. A.; ANDRADE J. C. A Determinação da Densidade de Sólidos
e Líquidos. Chemkeys. Licenciado sob Creative Commons (BY-NC-SA). Campinas, 2004,
p. 1-8. Disponível em: <http://chemkeys.com/br/2004/07/17/a-determinacao-da-densidade-
de-solidos-e-liquidos/>. Acesso em 30 de ago. de 2018.
MONTEIRO, N. S. Densidade de Sólidos e Líquidos. São Luís, 2010. Disponível em:
<http://www.ebah.com.br/content/ABAAABNlIAJ/densidade-solidos-liquidos>. Acesso
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RUSSEL, John B. Noções preliminares. In: Química geral. 2. ed. São Paulo: Makron Books,
2004. cap. 1, p. 40-41.
SIENKO, M.J.; PLANE, R.A. Experimental Chemistry. 4th. edition, McGraw-Hill, New
York, 1972
CÉSAR, Janaína; PAOLI, Marco-aurélio de; ANDRADE, João Carlos de. A Determinação
da Densidade de Sólidos e Líquidos. Universidade Estadual de Campinas, Instituto de
Química. Disponív

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