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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS

GEOVANE DE JESUS SANTOS


KAROLINE RANGEL SANTOS
WANDERSON DA SILVA GUSTAVO CONCEIÇÃO

PRINCÍPIO DE ARQUIMEDES.

CRUZ DAS ALMAS, BA.


2023
GEOVANE DE JESUS SANTOS
KAROLINE RANGEL SANTOS
WANDERSON DA SILVA GUSTAVO CONCEIÇÃO

PRINCÍPIO DE ARQUIMEDES
Relatório apresentado ao curso de Bacharelado em
Ciência Exatas e Tecnológicas do Centro de
Ciências Exatas e Tecnológicas da Universidade
Federal do Recôncavo da Bahia como requisito
parcial de avaliação da disciplina GCET826 -
Física Experimental II (2022.2 - t07)) sob a
orientação do Docente Ariston de Lima Cardoso.

CRUZ DAS ALMAS, BA.


2023

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Sumário:

1. Introdução ………………………………………………………..………………04
2. Princípio de Arquimedes ……………………………………………..………….04
3. Objetivos ……………………………………………………………………..….05
4. Os experimentos ………………………………………………………….. ….…05
4.1 Materiais utilizados ………………………………………………………….05
4.2 Procedimentos experimentais …………………………………………….....06
4.2.1 Comprovação Experimental da força do empuxo ……………………06
4.2.2 Verificação Experimental do Princípio de Arquimedes ………………06
4.2.3 A influência da densidade do fluído no valor do empuxo ……………07
4.2.4 Determinando a densidade de um sólido através do empuxo ………...07
5. Análise de dados experimentais …………………………………………………07
6. Análise dos dados obtidos ………………………………………………………09
7. Conclusão ………………………………………………………………………10
8. Referências ……………………………………………………………………..11

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1. Introdução:

O experimento feito neste relatório aspira alentar um conceito físico de grande


importância e presente no nosso dia a dia, o princípio de Arquimedes. Arquimedes teria
descoberto esse fato enquanto tomava banho em uma banheira e notou que o volume da água
que estava caindo para fora era igual ao volume do seu próprio peso, dando início a um
conhecimento que se tornou importante para o mundo.
Outros dizem que Arquimedes teria sido solicitado pelo rei Hieron II para investigar a
composição de uma coroa que deveria ser feita com ouro maciço, mas que, por suspeitas,
talvez pudessem ter sido utilizados outros tipos de metais. Assim, ele colocou em recipientes
diferentes a coroa e dois objetos maciços feitos de prata e ouro puro com pesos iguais aos da
coroa, e foi possível notar que a coroa não derramava tanta água quando a peça de ouro puro,
porém derramava mais água do que a peça de prata, comprovando que a coroa não teria sido
feita somente com ouro e comprovando a existência do empuxo. Esse conhecimento é
fundamental para a navegação marítima, onde a flutuabilidade dos navios é determinada pela
quantidade de água que deslocam, permitindo que possam transportar grandes cargas sem
afundar. O princípio também é importante na construção de aviões, onde a forma e o tamanho
das asas são projetados para criar forças de empuxo que sustentam o peso do avião no ar.
O experimento realizado neste relatório consistiu em medir a força de empuxo de um
objeto imerso em água, utilizando uma balança de precisão. Os resultados obtidos mostraram
que a força de empuxo é diretamente proporcional ao volume do fluido deslocado,
confirmando o Princípio de Arquimedes.
Além disso, os resultados obtidos neste experimento podem ser utilizados para
desenvolver novas tecnologias e solucionar problemas práticos, como a construção de
estruturas que precisam flutuar ou afundar em fluidos, ou o desenvolvimento de produtos que
precisam ter uma densidade específica para funcionar corretamente.

2. Princípio de Arquimedes:

O princípio de Arquimedes trata da resposta sobre as forças que atuam sobre corpos
imersos em fluidos. Em seu enunciado fala que todo corpo que se encontra imerso em um
fluido recebe a ação de uma força vertical para cima, cuja intensidade é a mesma que o peso
do corpo ao qual está dentro do fluído. Essa força é denominada como empuxo (E) e sua
intensidade é igual ao peso do fluido deslocado pelo corpo.

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Assim, escrevendo matematicamente:

Nesta equação temos que g é o campo gravitacional no local, e m é a massa do fluido


deslocado.
A massa de fluido deslocado deve ser associada ao seu volume e, racionalmente, ao
volume submerso do corpo da seguinte forma (corpos com densidade uniforme):

Nessa equação temos PFluido sendo a densidade do fluido e V o volume do fluido


deslocado, e se o corpo estiver totalmente submerso no fluido, V também será igual ao
volume do objeto.

3. Objetivos:

1. Determinar experimentalmente a presença da força de empuxo.


2. Constar a veracidade do Princípio de Arquimedes.
3. Verificar a dependência do empuxo em relação a densidade do líquido deslocado.
4. Determinar experimentalmente a densidade de um corpo através da força de empuxo
sofrida por ele ao ser submerso em fluido.

4. Experimentos:
4.1 Materiais utilizados:

● Tripé universal horizontal com sapatas niveladoras e haste para fixação.


● Cilindro de Arquimedes dotado de recipiente e êmbolo.
● Béquer de 250 ml.
● Dinamômetro de 2 N.

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● Uma seringa sem agulha.
● Paquímetro.
● Sal.
● Álcool etilico hidratado.
● Colher descartável.
● Água da pia.

4.2 Procedimentos experimentais:


4.2.1 Comprovação Experimental da força do empuxo:
1. Retirou-se lentamente o êmbolo de dentro do conjunto denominado de cilindro de
Arquimedes e, em seguida, foi comparado o volume do êmbolo com o volume da
cavidade oca presente no cilindro após a retirada do êmbolo.
2. Foi calibrada a escala do dinamômetro de 2 N para realizar medidas na direção
vertical e, assim, pesou-se o conjunto formado pelo cilindro e seu êmbolo, anotando o
peso do corpo (P) na folha de dados.
3. O êmbolo foi pendurado na parte inferior do cilindro oco e ambos ao dinamômetro.
Em seguida, foi ajustado a altura da haste de sustentação de modo que o êmbolo
ficasse a uns 5 milímetros acima da mesa.
4. Posicionou-se um béquer com água sobre a bancada, e posteriormente, o êmbolo foi
mergulhado lentamente. Foi anotado, com o auxílio do dinamômetro, o módulo do
peso aparente (Pa) do corpo dentro do fluido.
5. Comparou-se os valores do peso do corpo obtidos fora e dentro do líquido. Em
seguida, obteve-se o módulo, a direção e o sentido da força que provocou a aparente
diminuição de peso sofrida pelo corpo.

4.2.2 Verificação Experimental do Princípio de Arquimedes:


1. Mantendo o êmbolo submerso, utilizou-se a seringa para encher o recipiente superior
(cilindro oco) com o mesmo fluido presente no béquer (no momento preenchido por
água). Em seguida, obteve-se a indicação do dinamômetro quando o peso do êmbolo
fosse igual ao peso dele mesmo, porém fora do fluido.
2. Foi feita a retirada do êmbolo submerso de dentro do fluido ainda com o recipiente
superior cheio, e foi coletado com o dinamômetro o peso dele. Em seguida, mediu-se
o empuxo e foi feita uma discussão sobre ele.

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4.2.3 A influência da densidade do fluído no valor do empuxo:
1. A água presente no béquer foi trocada por uma solução levemente saturada de água e
sal, e foi medido com o dinamômetro o seu peso. Em seguida, mergulhou-se
lentamente o êmbolo no béquer contendo a água salgada e foi determinado o módulo
do empuxo sofrido pelo êmbolo quando ele estava totalmente submerso.
2. Repetiu-se a fase anterior, enchendo o recipiente de cima com água salgada até o peso
do êmbolo se igualar ao próprio peso dele fora da água.
3. Descartou-se a água salgada e foi repetido o procedimento anterior com álcool.
4. Foi realizada a comparação dos valores dos empuxos obtidos em cada um dos 3
fluidos, e comentou-se as possíveis diferenças entre eles.

4.2.4 Determinando a densidade de um sólido através do empuxo:


1. Foi escolhido um corpo de prova da nossa preferência e a sua altura e largura foi
medida com ajuda de um paquímetro. Posteriormente, foi feita a substituição do duplo
cilindro de Arquimedes por um dos corpos de prova e ajustou-se a altura da haste de
sustentação.
2. Com o auxílio do dinamômetro, o peso do corpo fora do fluido (o fluido do último
experimento) foi medido, e anotou-se o resultado na folha de dados.
3. Lentamente o corpo de prova foi mergulhado no béquer contendo álcool, onde foi
medido o peso aparente do corpo de prova e, em seguida, determinado o módulo do
empuxo sofrido pelo corpo quando ele estivesse completamente submerso.
4. Foi determinada a densidade do corpo de prova.
.
5. Análise de dados experimentais:

Tabela 1: Resultado das massas e volumes dos materiais utilizados.

Materiais Massa(kg) ±0,5 Volume(mm)±0,02

Êmbolo de Arquimedes 0,78 54,22

Cilindro oco 0,26 27,12

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Tabela 2: Dados coletados no experimento I, utilizando água.

Materiais Peso do material fora do Peso do material


líquido [N] ±0,01 submerso 100% [N] ±0,01

Fluido Água Água

Êmbolo de Arquimedes 0,78 0,34

Êmbolo de Arquimedes 1,24 0,78


+ Cilindro oco cheio

Cilindro oco cheio 0,72

Tabela 3: Dados coletados no experimento II, utilizando água salgada e álcool.

Materiais Peso do material fora do Peso do material


líquido [N] ±0,01 submerso 100% [N] ±0,01

Fluido Água salgada Álcool Água salgada Álcool

Êmbolo de 0,78 0,78 0,32 0,42


Arquimedes

Êmbolo de 1,24 1,16 0,78 0,78


Arquimedes +
Cilindro oco cheio

Cilindro oco cheio 0,72 0,64

Tabela 4: Empuxo em cada fluido.

Fluidos Empuxo[N] ±0,01

Água 0,46

Água salgada 0,46

Álcool 0,38
Houve diferença no empuxo devido a diferença de densidade de cada fluido.

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Tabela 5: Dados do experimento III, com o corpo de prova, e álcool.

Material Peso[g] Volume Peso do Peso do Empuxo


±0,01 [mm] ±0,01 material material
fora do submerso
líquido [N] 100% [N]
±0,01 ±0,01

Corpo de 97,38 12,09 1,12 0,36 0,76


prova

6. Análise de dados obtidos:

Comparando o valor obtido submerso com o módulo do empuxo encontrado quando o


êmbolo estava completamente submerso (100%), fica evidente que houve uma certa diferença
de 0,2 N. Isso ocorre porque, à medida que é adicionado água, a pressão e a altura da coluna
de água aumentam de acordo com a fórmula, e a densidade (massa específica) irá aumentar
proporcionalmente e, consequentemente, o empuxo aumentará.
Quando o volume do cilindro oco acoplado ao êmbolo foi preenchido com água,
obteve-se o valor do peso inicial (Pc= 0,76 N), devido o volume do cilindro ser igual ao
volume do êmbolo de Arquimedes. Quando isso ocorre, o valor do empuxo sofrido é igual a
0.
Quando o volume do cilindro oco acoplado ao êmbolo foi preenchido com o fluido,
obteve-se o valor igual ao peso inicial P c = 0, 64N , devido o volume do cilindro oco ser
igual ao volume do êmbolo de Arquimedes.
Comparando os valores de P obtidos através do uso de água, água e sal e álcool como fluidos,
pode-se perceber que a densidade interfere diretamente na força de empuxo, visto que o
empuxo presente em água e na solução de água e sal é maior que o empuxo presente no álcool
devido a diferenças significativas de densidade.

7. Conclusões:

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Em conclusão, o Princípio de Arquimedes é um conceito fundamental da física que
explica a força de empuxo, que atua em um objeto imerso em um fluido. Os experimentos
realizados demonstraram de forma satisfatória a existência da força de empuxo e
comprovaram a veracidade do Princípio de Arquimedes.
Pode-se comprovar que os experimentos realizados também permitiram verificar a
relação entre a densidade do objeto e o fluido em que ele está imerso, uma vez que a força de
empuxo é diretamente proporcional ao volume do fluido deslocado pelo objeto e, portanto,
depende da sua densidade. Isso foi verificado ao se comparar a força de empuxo entre objetos
de diferentes densidades imersos em água.
O Princípio de Arquimedes é utilizado em diversas áreas da ciência e da engenharia. É
importante entender que o princípio é uma simplificação da realidade e não leva em
consideração outros fatores que podem influenciar o comportamento dos objetos em fluidos,
como a viscosidade e a turbulência do fluido.
Por fim, os experimentos realizados permitem uma melhor compreensão do Princípio
de Arquimedes e sua aplicação prática em situações do nosso dia a dia, como no caso da
flutuação de objetos em líquidos.

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8. Referências:

https://www.academia.edu/37165558/Relatorio_de_Fisica_Arquimedes. Acesso em: 17 mar.


2023.
SILVA, Douglas S. d. ASSIS, André K. T. LUNAZZI, José J. Princípio de Arquimedes:
uma demonstração qualitativa e quantitativa.
https://www.ifi.unicamp.br/~assis/Douglas-Soares-da-Silva(2006).pdf. Acesso em: 18 mar.
2023.
HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; WALKER, Jearl. Fundamentos de Física. Ed. Livros
Técnicos e Científicos, 6° edição. Cap. 15.

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