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PRÁTICA 3: DETERMINAÇÃO DA DENSIDADE

VITÓRIA

2017
VITÓRIA

2017
SUMÁRIO

1 OBJETIVOS ......................................................................................................... 1

2 INTRODUÇÃO TEÓRICA .................................................................................... 2

2.1 DEFINIÇÃO E FÓRMULA DA DENSIDADE..........................................................2

2.2 HISTÓRIA E PRINCÍPIO DE ARQUIMEDES.........................................................3

3 MATERIAIS E REAGENTES ............................................................................... 5

3.1 MATERIAIS ......................................................................................................... 5

4 METODOLOGIA ................................................................................................... 6

4.1 DETERMINAÇÃO DA DENSIDADE DAS AMOSTRAS METÁLICAS ................... 6

4.2 DETERMINAÇÃO DA DENSIDADE DO ETANOL COM O USO DO


PICNÔMETRO...........................................................................................................7

4.2.1 Calibração do picnômetro..............................................................................7

4.2.2 Determinação da densidade do etanol..........................................................7

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO ........................................................................... 9

5.1 DENSIDADE DE AMOSTRAS METÁLICAS ......................................................... 9

5.2 DENSIDADE DO ÁLCOOL................................................................................. .11

6 CONCLUSÃO ..................................................................................................... 13

7 REFERÊNCIAS .................................................................................................. 14
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1 OBJETIVO

Este relatório tem por objetivos verificar através da determinação da


densidade se os materiais são puros ou impuros. Determinar a densidade do etanol
com o uso do picnômetro e das densidades das amostras metálicas. Aferir a
precisão dos equipamentos de volume utilizando água.
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2 INTRODUÇÃO TEÓRICA

2.1 DEFINIÇÃO E FÓRMULA DA DENSIDADE

Muitas vezes, ainda que os materiais tenham a mesmo volume, seus pesos
são diferentes. Isso ocorre, pois um material tem mais massa por unidade de volume
que o outro. Chamamos isso de densidade. A densidade absoluta de um material é
específica dele, ou seja, cada material tem um valor de densidade único, que o
identifica e difere.

Para calcular a densidade absoluta calcula-se a razão da massa pelo


volume. Sendo assim:

𝑚
𝜌=
𝑉

Sua unidade no Sistema Internacional de Unidades, classificada pela IUPAC,


é o kg m−3 . Também pode ser utilizado o g/cm³.

Além da densidade absoluta temos a densidade relativa, obtida pela relação


entre a densidade absoluta e uma densidade absoluta escolhida como padrão.
Normalmente o padrão escolhido é a água, por além de ser abundante sua
densidade absoluta é de aproximadamente, 1g/cm³. Sua fórmula é:

𝜌1
𝜌1,2 =
𝜌2

onde 𝜌1 é a densidade a ser comparada e 𝜌2 a padrão. É importante que os dois


materiais estejam na mesma temperatura.

Uma característica interessante da densidade é que esta não depende da


quantidade de matéria, ou seja, se o material for puro, a densidade em 1 kg dele é a
mesma em 1 g. A densidade depende somente do tipo de substância, mas pode ser
influenciada por fatores externos, como a pressão e temperatura.
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2.2 HISTÓRIA E PRINCÍPIO DE ARQUIMEDES

Conta-se que Arquimedes descobriu o conceito de densidade, por volta do século III
a.C., ao tentar resolver um enigma que afligia o soberano da época e seu amigo,
Hierão. O enigma consistia em saber se a coroa de ouro que Hierão mandou um
ourives fazer realmente era de ouro puro ou se ele havia sido enganado e na
verdade outro metal havia sido usado também. A ideia da resposta, dizem, que foi
tida ao visitar a casa de banhos e perceber que quando entrava numa banheira
cheia seu volume exato transbordava.

Pode-se enunciar o Principio de Arquimedes da seguinte forma: "Um fluído em


equilíbrio age sobre um monólito nele imerso (parcial ou totalmente) com uma força
vertical orientada de baixo para cima, denominada empuxo, aplicada no centro de
gravidade do volume de fluído deslocado, cuja intensidade é igual a do peso do
volume de fluído deslocado". (Silva, L. P., 2013)

É correto dizer que o Princípio de Arquimedes permite calcular a densidade de


corpos irregulares através de seu peso imerso em água e no ar. Esse cálculo se dá
pelo peso do corpo imerso no ar menos o empuxo que ele sofre na água.

Dessa forma considerando 𝜌𝑜𝑏𝑗𝑒𝑡𝑜 como a densidade do objeto a ser medido, 𝑉 o


volume do objeto, 𝑔 a aceleração da gravidade, 𝐸 o empuxo que age sobre o corpo
imergido, 𝜌á𝑔𝑢𝑎 a densidade da água e 𝑀 a massa do objeto.

Escrevendo o peso do objeto em função da densidade temos:

𝑃𝑜𝑏𝑗𝑒𝑡𝑜 = 𝜌𝑜𝑏𝑗𝑒𝑡𝑜 . 𝑉. 𝑔

O empuxo age no corpo como uma força de sentido contrário a força peso, porém
com a mesma direção. O valor do empuxo pode ser encontrado a partir do peso que
é obtido ao se avaliar o volume de água deslocado pela imersão do objeto, ou seja,
a quantidade do peso do volume deslocado. Isso posto:

𝐸 = 𝜌á𝑔𝑢𝑎 . 𝑉. 𝑔

A densidade que 𝜌𝑜𝑏𝑗𝑒𝑡𝑜 terá depende da composição do material, se este é puro ou


composto e se for composto da proporção dos elementos que o constituem.
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Fazendo um compilado de fórmulas já citadas temos:

𝑃𝑜𝑏𝑗𝑒𝑡𝑜 = 𝑀. 𝑔
{𝑃𝑜𝑏𝑗𝑒𝑡𝑜 = 𝜌𝑜𝑏𝑗𝑒𝑡𝑜 . 𝑉. 𝑔
𝐸 = 𝜌á𝑔𝑢𝑎 . 𝑉. 𝑔

Sabe-se que o volume do objeto que foi submergido vai ser igual ao volume
deslocado, então, a partir das fórmulas do compilado e dessa relação podemos
escrever o volume como:

𝐸
𝑉=
(𝜌á𝑔𝑢𝑎 . 𝑔)

Utilizando a relação de fómulas citadas anteriormente podemos relacionar a


densidade do objeto de tal maneira:

𝑃𝑜𝑏𝑗𝑒𝑡𝑜 𝑃𝑜𝑏𝑗𝑒𝑡𝑜 . 𝜌á𝑔𝑢𝑎 . 𝑔


𝜌𝑜𝑏𝑗𝑒𝑡𝑜 = =
(𝑉. 𝑔) (𝐸. 𝑔)

E por fim, simplificamos a densidade do objeto como:

𝑃𝑜𝑏𝑗𝑒𝑡𝑜 . 𝜌á𝑔𝑢𝑎
𝜌𝑜𝑏𝑗𝑒𝑡𝑜 =
𝐸
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3 MATERIAIS E REAGENTES

3.1 MATERIAIS
● 1 Balança Semi-Analítica
● 5 Vidros de relógio
● 1 Proveta de 25 mL e 50mL
● 1 Béquer de 250 mL
● Papel absorvente
● 1 Picnômetro
● 1 Pinça metálica
● Amostra de metais (Al, Fe, Sn, Zn, Pb, Cu)
● Etanol 0,789g/ml
● 1 Termômetro

Figura1. Objetos utilizados.

Figura2. Amostras metálicas.


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4 METODOLOGIA

4.1 DETERMINAÇÃO DA DENSIDADE DAS AMOSTRAS METÁLICAS

I. Primeiramente, tarou-se a balança com o vidro de relógio para determinar


a massa de todos os metais que foram utilizado. Com isso, foram obtidos
2,113 gramas de ferro, 0,929 gramas de zinco, 0,478 gramas de cobre,
14,022 gramas de chumbo e 0,188 gramas de alumínio.
II. Em uma proveta graduada de 25ml, foram adicionadas água até o
menisco atingir a marca de 10 ml.
III. Com o uso de uma pinça metálica, adicionou-se nessa proveta a amostra
de cada metal, uma por vez, para obter o volume que eles ocupam,
certificando a cada momento de que a amostra estava totalmente
submersa ao líquido e que não havia nenhuma bolha na água.
IV. Assim, notou-se que o volume utilizado, obtido através da diferença entre
o novo volume após a adição da amostra e o volume de água medido na
primeira vez foi de 0,3 cm3 de ferro, 0,1 cm3 de zinco, 0,2 cm3 de cobre, 1,9
cm3 de chumbo e 0,1 cm3 de alumínio.
V. Com o deslocamento do volume de água após a adição de cada amostra
metálica, anotou-se o volume de cada metal e calculou-se a razão entre a
massa e volume deles para determinar cada densidade.

Figura3. Proveta de 25 mL preenchida com agua e uma amostra metálica.


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4.2 DETERMINAÇÃO DA DENSIDADE DO ETANOL COM O USO DO


PICNÔMETRO

4.2.1 Calibração do picnômetro

I. Pesou-se o picnômetro limpo e vazio na balança semi-analítica com


precisão de 0,01g. Obteve-se a massa de 28,459 gramas.
II. Em um béquer de 250 mL limpo, foi colocado água destilada e foi deixado
próxima a balança para entrar em equilíbrio térmico. Anotou-se a
temperatura da água no béquer, a qual correspondia à 20°C.
III. A água destilada do béquer água foi transportada para o picnômetro, com
o cuidado de não deixar bolhas dentro do recipiente e deixar o capilar do
picnômetro totalmente preenchido. O picnômetro foi tampado.
IV. Secou-se a superfície externa do picnômetro com papel. Levou o até a
balança semi-analítica e foi pesado novamente. Determinou-se assim a
massa da água, 30,169 gramas, contida no picnômetro, a partir dos
valores fornecidos da densidade da água (1g/ cm3). Com a mesma
relação, foi possível determinar o volume, 30,169 cm³.

4.2.2 Determinação da densidade do etanol

I. Lavou-se três vezes o picnômetro com um pequeno volume de etanol para


remover os resíduos de água no seu interior.
II. Encheu-se o picnômetro com etanol PA e foi tampado, preenchendo
completamente o capilar da tampa.
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III. Secou-se a superfície externa do picnômetro e foi medido a temperatura


do etanol no béquer. Levou o até a balança semi-analítica e pesou-se
novamente. Foi determinado a massa do etanol contida no picnômetro e
com o volume dele calculou-se a densidade do etanol.

Figura4. Picnômetro cheio com álcool em uma balança Semi-Analítica


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5 RESULTADOS E DISCUSSÃO

5.1 DENSIDADE DE AMOSTRAS METÁLICAS

Após a realização dos procedimentos indicados, obteve-se os seguintes


resultados experimentais:
Amostras metálicas Massa obtida(g) Volume obtido (mL) Densidade
experimental (g/mL)

Alumínio (Al) 0,188g 0,1ml 1,88g/ml

Ferro (Fe) 2, 113g 0,3ml 7,043g/ml

Zinco (Zn) 0,929 g 0,1ml 9,29g/ml

Chumbo (Pb) 14,022g 1,9ml 7,38g/ml

Cobre (Cu) 0,478g 0,2ml 2,39g/ml

Tabela 1.Resultados experimentais das densidades das amostras metálicas.

Há, no entanto, divergências nos valores experimentais da tabela 1 quando


comparados aos valores da literatura expostos na tabela 2, como pode ser
observado a seguir:

Metal Densidade (g/mL)

Alumínio (Al) 2,70

Ferro (Fe) 7,87

Zinco (Zn) 7,14

Chumbo (Pb) 11,34

Cobre (Cu) 8,93

Tabela 2. Resultados teóricos das densidades das amostras metálicas.

As divergências expostas entre as tabelas teórica e experimental revelam


uma certa impureza dos objetos utilizados. À exemplo disso, têm se: o cobre e
chumbo com um grande desvio dos dados teóricos e o ferro, o qual obtinha
oxidação, logo sua massa era maior, alterando sua densidade no momento dos
cálculos.. Tal fato é um indício do acúmulo de resíduos desses, e exemplifica a
importância de mensurar a densidade para perceber a pureza de um elemento. Além
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disso, outro fator que pôde interferir nos resultados refere-se a pureza da agua, a
qual poderia estar alterada
O gráfico 1 abaixo apresenta a relação, para cada metal estudado, entre seu
número atômico Z e sua densidade obtida experimentalmente a 20°C.
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10
Densidade, g/cm³

6
Dados teóricos

4 Dados Obtidos

0
13 26 30 82 29
Número atômico Z

Gráfico 1. Comparações dos resultados das densidades das amostras metálicas.

O percentual de erro relativo relaciona os dados experimentais com os dados


teóricos e pode ser calculada por:
E(%)= [(valor real - valor experimental)/valor real] x 100

Mediante a isso, obteve-se a tabela 3 abaixo:


Percentual de erro relativo dos dados experimentais em relação aos teóricos

Alumínio 30,373%

Ferro 10,508%

Zinco -30,112% *

Chumbo 34,920%

Cobre 73,236%

Tabela 3. Percentual de erro relativo.


*O valor do erro encontrado para o Zinco é negativo, pois o valor experimental foi superior
ao teórico, diferentemente das outras amostras.
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Segundo a literatura especializada, a periodicidade na densidade é ilustrada


pela sucessão de máximos e mínimos em um gráfico, embora estas variações não
sejam muito regulares, pois diferentes características estruturais influenciam na
densidade da substância.
Sabe-se que, no caso geral, na tabela periódica, o volume cresce de cima pra baixo
– devido ao aumento do raio atômico – e do meio para as extremidades – uma vez
que à esquerda o raio aumenta e à direita o espaçamento entre os átomos é maior.
Em consequência, a densidade cresce nos sentidos contrários, sendo o ósmio o
elemento mais denso.

Figura 5. Representação gráfica da variação periódica da densidade.

5.2 DENSIDADE DO ÁLCOOL

Vazio 28,459g

Com água 58,628g

Diferença (com água – vazio): 30,169g ou mL**

Com álcool 52,871g

Diferença (com álcool – vazio): 24,412g

Tabela 4. Resultados experimentais da densidade do álcool


** Como a densidade da água é 1 g/cm³, temos que a proporção volume/massa é
1:1, por isso, a massa será equivalente ao volume obtido.

A densidade é obtida pelo quociente da massa (𝑚) pelo volume (𝑣), logo tem
se que:
𝒎
Densidade do álcool = 𝑽
= 24,412/30,169 = 0,809 g/mL
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A densidade teórica do álcool é 0,79 g/mL. Ao comparar a densidade


experimental do álcool com a densidade teórica, nota-se que a diferença entre
ambas é irrelevante. Pressupõe que essa desigualdade está relacionada ao
momento da medição do volume do dado experimental, visto que esse valor é
resultado de uma análise imprecisa feita pelo observador.
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6 CONCLUSÃO

Com os equipamentos e procedimentos realizados, é possível a partir de


elementos conhecidos como a água, aferir a precisão nos medidores de volume,
bem como pode-se definir utilizando-se da balança precisa para determinar as
densidades das amostras metálicas utilizadas e do Etanol
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7 REFERÊNCIAS

Tabela Teórica. Disponível em :


<http://www.euroaktion.com.br/Tabela%20de%20Densidade%20dos%20Materiais.p
df> Acesso em: 19 de março de 2017.

Representação gráfica da variação periódica da densidade. Disponível em:


<http://www.ebah.com.br/content/ABAAABVhEAD/periodicidade-
quimica?part=2>Acesso em: 22 de março de 2017.

BRADY, J. & HUMINISTON, G. E. Química Geral vol. I, Rio de Janeiro, Livros


Técnicos e Científicos Editora S.A., 1986.

RUSSEL, J. B. Química Geral, Ed. Pearson Makron Books, 2ª Ed. Vol. 1 e 2, Sao
Paulo, S DENSIDADE RELATIVA DE LÍQUIDOS. Disponível em:
<http://macbeth.if.usp.br/~gusev/DensidadeLiquidos.pdf>. Acesso em: 18 mar. 2017.

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<http://old.iupac.org/publications/books/gbook/green_book_2ed.pdf>. Acesso em: 18
mar. 2017.

MARQUES, Gil da Costa; UETA, Nobuko. Arquimedes. 2007. Disponível em:


<http://efisica.if.usp.br/mecanica/basico/empuxo/arquimedes/>. Acesso em: 18 mar.
2017.

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<https://www.nyu.edu/pages/mathmol/textbook/density.html>. Acesso em: 18 mar.
2017.

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1.

MAZALI, Italo Odone. Determinação da Densidade de Sólidos pelo Método de


Arquimedes. Disponível em:
<http://lqes.iqm.unicamp.br/images/vivencia_lqes_meprotec_densidade_arquimedes.
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15

MONTANHEIRO, Maria Nazareth Stolf. DETERMINAÇÃO DA DENSIDADE DE


SÓLIDOS E LÍQUIDOS PELO PRINCÍPIO DE ARQUIMEDES. Disponível em:
<https://periodicos.ufsc.br/index.php/fisica/article/download/9997/9244>. Acesso em:
18 mar. 2017.

P, 2004.

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