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PRÁTICA 1: MEDIDAS DE MASSA E VOLUME

VITÓRIA

2017
VITÓRIA

2017
SUMÁRIO
1 OBJETIVOS ......................................................................................................... 4
2 INTRODUÇÃO TEÓRICA .................................................................................... 5
3 MATERIAIS E REAGENTES ............................................................................... 8
4 METODOLOGIA (PROCEDIMENTO) .................................................................. 9
4.1 Teste do volume e precisão dos recipientes .................................................................... 9
5 RESULTADOS ................................................................................................... 10
6 CONCLUSÃO ..................................................................................................... 11
7 REFERÊNCIAS .................................................................................................. 12
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1 OBJETIVOS

Compreender as técnicas para a realização de medidas de massa e volume. E


verificar quais são mais precisas em relação à medição de volume.
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2 INTRODUÇÃO TEÓRICA
A obtenção de uma medida precisa e exata é um fator importante para a
garantia de qualidade de produtos e serviços em muitos processos produtivos.
Instrumentos de baixa qualidade ou inadequados para uma determinada aplicação
podem causar diversos prejuízos. A dimensão desses prejuízos depende da finalidade
da medição, podendo ser financeiro, estatístico, entre outros até mesmo colocando
em risco a saúde humana, por exemplo uma medição errada na fabricação ou
administração de medicamentos pode gerar fatalidades. Com o desenvolvimento
tecnológico nota-se que a incerteza da medição está diminuindo, entretanto, por
melhor que sejam as características de um instrumento de medição, este sempre
apresentará incertezas.

Para a análise das medições duas definições são importantes, a de massa e


volume de um corpo. De maneira ordinária a grandeza física que expressa a extensão
do corpo em três dimensões (comprimento, largura e altura) é o volume. No Sistema
Internacional de Unidades (SI) a sua unidade oficial é o metro cúbico (m³), porém
ainda permanece também o litro (volume de um decímetro cúbico) como unidade em
uso no SI. Já de maneira simplória a massa é a magnitude física que permite exprimir
a quantidade de matéria contida num corpo. No Sistema Internacional, a sua unidade
é o quilograma (kg) que corresponde a massa de um decímetro cúbico de água na
temperatura de maior massa específica (4,44ºC). Ambos têm seus múltiplos e
submúltiplos, para tornar ainda mais práticas as medição, como por exemplo o grama
(g) para massa (1000g = 1kg) e o mililitro(ml) para volume ( 1000ml=1L).

2. 1 INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO DE MASSA

Os instrumentos de mediada baseiam-se na definição de massa na mecânica


newtoniana: a massa gravitacional, ou seja, as balanças se baseiam na leitura da
força peso exercida pelos objetos sobre o equipamento, devido a deformações ou
interações do próprio objeto com seus sensores. A força peso 2 está relacionada com
a influência mútua entre os corpos e o campo gravitacional gerado por eles devido à
existência de suas massas, ditas gravitacionais para diferenciá-las das massas
inerciais, que se tratam da constante de proporcionalidade entre uma força aplicada
em um objeto e a aceleração por ele adquirida, de acordo com a 2ª Lei de Newton.
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Esta distinção massa inercial e massa gravitacional torna-se irrelevante quando


assumimos que existe a equivalência entre estas duas grandezas, comprovada
experimentalmente, com precisão crescente, por Galileu, Newton e Bessel e mais
tarde por Eötvös e Dicke.

Existem vários tipos de balanças, com alcance e sensibilidade diversos


(alcance é o maior valor que a balança suporta e sensibilidade é o valor da menor
divisão da sua escala). Os principais tipos de balança são:

• Analítica – Também chamada de balança de precisão é aquela de uso mais


restrito, destinada principalmente a determinação de massas com alta precisão,
usualmente possuem portinholas de vidro corrediças, para evitar que leves
correstes de ar influenciem no resultado e requerem condições ambientais e
de uso controladas (temperatura, umidade, rede elétrica etc.), sua precisão é
de no mínimo 0,0001g, podendo chegar até 0,1 µg (0,0000001g).
• Semi-analítica – se destina à análise de determinada grandeza sob certas
condições ambientais, é frequentemente utilizada em laboratórios de química,
indústria farmacêutica ou meio acadêmico e possui uma precisão de 0,001g.
• Comum – Utilizada em supermercados e no comércio em geral é destinada a
medida de massas de mercadorias e produtos do dia-a-dia. Geralmente
alcança uma precisão de até 0,01g.
• Industrial – Aquela que se destina a medições de cargas muito elevadas.
• Rodoviária – Quando se destina à medição do peso de veículos em trânsito

A balanças contam com dispositivos internos para seu funcionamento, estes


podem ser:

• Mecânico - quando o dispositivo é composto por elementos mecânicos tais


como molas, cabos tensores, hastes rígidas, componentes hidráulicos,
pneumáticos etc.;
• Eletrônico - quando o dispositivo é composto por elementos eletrônicos, tais
como células de carga, circuitos integrados, microprocessadores etc.;
• Híbrido - quando o dispositivo é composto por elementos mecânicos e por
elementos eletrônicos.
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A balança mais sensível do mundo é Yoctobalança. Ela é baseada na vibração


de um nanotubo de carbono, é capaz de medir massas na ordem de yoctogramas, ou
seja 1/1000000000000000000000000 g. Seu funcionamento baseia-se na
comparação a frequência de ressonância do nanotubo antes e depois que a massa a
ser pesada for depositada sobre ele, a Figura1 é um esquema simplificado dessa.

Figura 1: Yoctobalança

Na hora de realizar a pesagem além da escolha da balança adequada também


devem-se tomar os seguintes cuidados:

• Não colocar a amostra diretamente sobre o prato da balança, mas sim dentro
de um recipiente limpo e seco que devem estar à temperatura 4 ambiente,
nunca colocando ou retirando, nas balanças analíticas, os objetos com as
mãos, mas sim com uma pinça.
• Evitar vibrações no local em que se encontra a balança, assim o operador
jamais deve se apoiar na mesa que a balança está colocada.
• Evitar derramar coisas sobre o prato da balança, como líquidos e reagentes,
mantendo sempre ela limpa.
• A balança deve ser mantida travada quando não estiver em uso, e deve ser
zerada antes da colocação do reagente a ser pesado.

Ao se efetuar as pesagens, é importante especificar o erro correspondente.


Assim, ao se realizar três pesagens de um mesmo corpo, cujos resultados sejam
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5,4321g; 5,4322g e 5,4322g, a maneira correta de se expressar a referida massa é


sua média, acrescida da variação 0,001g, ou seja, 5,4322±0,001g.

Para a medição de volume é são utilizados recipientes normalmente de plástico ou


vidro. Normalmente estes instrumentos de medição de volume possuem algumas
informações importantes que vem escritas neles:

• Traço de referência;

• Capacidade;

• Graduação da sua escala;

• Tolerância ao erro;

• Temperatura de calibração (temperatura a que deve ser feita a medição,


normalmente, 20˚C).

Usualmente a medição do volume é feita em um recipiente transparente com


marcações, a marcação que corresponder ao nível do liquido corresponde à medida
do volume. Certos instrumentos, como a pipeta, são encontrados em duas versões,
graduados (ou milimetrados) e volumétricos. Apesar de indicarem a mesma medida,
um é mais preciso que o outro, os instrumentos volumétricos são mais preciso que os
graduados. Essa diferença está na engenharia da peça dos volumétricos, eles são
construídos para indicarem exclusivamente uma medida com toda precisão possível.
Instrumentos graduados contêm mais marcações, quanto mais marcações, maior a
probabilidade de ter algum erro, e caso uma medida esteja errada esse erro acaba
sendo transferindo para outras medidas, tornando estas também erradas.

3 MATERIAIS E REAGENTES

• Água destilada à temperatura ambiente


• Béquer – 50 ml
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• Balão volumétrico - 50 ml
• Balança com precisão em miligramas

4 METODOLOGIA (PROCEDIMENTO)

4.1 Teste do volume e precisão dos recipientes

Para a medição de volume, primariamente foi feita a pesagem dos recipientes


vazios, e em seguida os recipientes foram preenchidos de água até a marca
recomendada e pesados novamente. Os valores foram anotados para que fosse
efetuada uma comparação e obter os resultados de precisão e volume do recipiente.
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5 RESULTADOS

No experimento pesamos o os recipientes vazios e cheios de água para a


obtenção do volume que tais recipientes contêm e então conseguir comparar com o
valor que o frasco diz obter.

Na tabela a seguir constam os pesos dos frascos vazios e cheios de água até
a marca máxima exibida no recipiente.

Recipientes Pesos dos recipientes vazios Pesos dos recipientes cheios


d’água
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Balão Volumétrico 37,646 g 87,532 g


Béquer 31,667 g 82,855 g
Tabela 1: Dados obtidos

Após obter os valores é necessário o cálculo do erro para melhor avaliação dos
resultados. O cálculo do erro é efetuado pela fórmula a seguir:

𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑎 𝑖𝑑𝑒𝑎𝑙 − 𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑎 𝑜𝑏𝑡𝑖𝑑𝑎


% 𝑒𝑟𝑟𝑜 = | | × 100
𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑎 𝑖𝑑𝑒𝑎𝑙

Utilizando da fórmula anterior foram encontrados os valores da tabela 2.

Recipientes Volume ideal Volume obtido % erro


Balão Volumétrico 50 ml 49,886 ml 0,228
Béquer 50 ml 51,188 ml 2,376
Tabela 2: Resultados Obtidos

Avaliando os resultados mostrados na tabela 2 podemos notar que o recipiente


mais preciso é o balão volumétrico já que seu volume obtido tem o menor erro, ou
seja, seu volume obtido é o mais próximo do ideal.

6 CONCLUSÃO

Pode-se concluir que a partir dos recipientes vazios, por meio de métodos
simples de pesagem, é possível aferir a precisão e o volume real de cada recipiente,
tanto de medição quanto de contenção, dispondo apenas de uma balança e água,
além do próprio recipiente, assim tornando mais eficaz o uso dos equipamentos para
futuros experimentos.
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7 REFERÊNCIAS

BRADY, J. & HUMISTON, G. E. Química Geral. Vol I, Rio de Janeiro, Livros Técnicos
e Científicos. Editora S.A., 1986.

RUSSEL, J. B. Química Geral, Ed. Pearson Makron Books, 2ª ed. Vol 1 e 2, São
Paulo, SP, 2004.

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