Você está na página 1de 20

1

IESPlan Instituto de Ensino Superior Planalto


FacPlan Faculdades Planalto

COORDENAÇÃO DE ENGENHARIA CIVIL


Laboratório de Hidráulica

RELATÓRIO
EXPERIMENTO 01

Prof.: Walszon Terllizzie Araújo Lopes

Alex Lima da Silva - 1185


Francielly Inácio - 201302756
Maurício Araújo Godoi - 201202147
Suylan Matias da Cruz - 201202030

Brasília -DF
OUTUBRO – 2014
2

SUMÁRIO

Determinação da Vazão pelo Método Direto ................... 05


1-Introdução ............................................................................................ 05
2-Objetivos ............................................................................................. 05
3-Revisão de Literatura ........................................................................... 05
4-Materiais ............................................................................................... 08
5-Métodos ............................................................................................... 09
5.1 – Procedimentos............................................................................ 09
5.2 – Dados Levantados ..................................................................... 10
6-Resultados ........................................................................................... 11
7-Análise dos Resultados ........................................................................ 17
8-Conclusão ........................................................................................... 18
9-Bibliografia ........................................................................................... 19
3

LISTA DE FIGURAS

Figura 1.1 Bancada para ensaios sobre perdas de carga e medição de vazão........08
Figura 1.2 Gráfico Vazão X Número de Medidas.......................................................16
4

LISTA DE QUADROS

TABELA 1.1 – Levantamento de Dados e Cálculo da Vazão A........................... 10


TABELA 1.2 – Levantamento de Dados e Cálculo da Vazão B........................... 11
TABELA 1.3 – Levantamento de Dados e Cálculo da Vazão C........................... 11
TABELA 1.4 – Levantamento de Dados e Cálculo da Vazão C........................... 11
TABELA 1.5 – Resultados Cálculo da Vazão A........................................................ 14
TABELA 1.6 – Resultados Cálculo da Vazão B........................................................ 14
TABELA 1.7 – Resultados Cálculo da Vazão C........................................................ 15
TABELA 1.8 – Resultados Cálculo da Vazão D........................................................ 15
5

EXPERIMENTO 1
DETERMINAÇÃO DA VAZÃO PELO MÉTODO DIRETO

1. Introdução

Este relatório descreve o experimento para determinação da vazão através do


método direto, realizado em 06 de Agosto de 2014, no laboratório de hidráulica do
Instituto Superior de Educação do Distrito Federal – IESPLAN – DF, sob a
orientação do professor tos Walszon Terllizzie Araújo Lopes e o assistente Técnico
em Laboratório Francisco Ricardo Mesquita de Queiroz visando o levantamento de
dados suficientes para o cálculo da média, desvio padrão e coeficiente de variação
das vazões obtidas, possibilitando, assim, análise da vazão pelo método direto com
margem de erro aceitável para o experimento.

2. Objetivos

O objetivo principal é a determinação da vazão no sistema de tubulações


usando o método direto (volumétrico), no entanto, como objetivo secundário, mas
tão importante quanto, deve-se levantar dados suficientes para o cálculo da média,
desvio padrão e o coeficiente de variação das vazões obtidas para cada combinação
de registros, possibilitando cálculo da variação associada ao experimento e análise
dos dados levantados com maior proximidade do real.

3. Revisão de Literatura

A definição de vazão pode ser dada através do volume de um fluido escoado


por de uma secção reta, na unidade de tempo (LENCASTRE 1972).

equação 1.1

Pode ser expressa em metros cúbicos por segundo (m³/s), em litros por
segundo (l/s) ou seus múltiplos e submúltiplos.
6

A vazão também pode ser definida em peso, G – peso escoado através da


seção transversal por unidade de tempo. E, também, em massa – massa que escoa
pela seção transversal por unidade de tempo.

equação 1.2

equação 1.3

Nestes casos as unidades são Newton por segundo (N/s), Newton por hora
(N/h) e seus submúltiplos para vazão peso e, gramas por segundo (g/s) ou
quilograma por segundo (Kg/s) e seus submúltiplos para vazão massa. (BRUNETTI
2008).
Os engenheiros Evaristo O. Alves e Cesar Cassiolato afirmam em seu estudo
sobre Medição da Vazão publicado em 2008 no endereço eletrônico
http://www.profibus.org.br/files/artigos/Artigo_Vazao_CI_2008.pdf que a vazão é a
terceira grandeza mais medida nos processos industriais. As aplicações são muitas,
indo desde aplicações simples como a medição de vazão de água em estações de
tratamento e residências, até medição de gases industriais e combustíveis,
passando por medições mais complexas.
Podemos medir a vazão de forma direta e indireta. O método direto, de
acordo com Cassiolato, em geral, é usado para medir pequenas descargas como
nascentes, canalizações de pequenos diâmetros. Leva em consideração o volume,
peso ou massa do fluido pelo tempo. Na prática as indústrias usam o método direto
mássico, para o nosso experimento foi usado o volumétrico. Nos métodos indiretos
são usados instrumentos como o Medidor Venturi, Diafrágma e outros.
Para os engenheiros referidos acima, a escolha correta de um determinado
método e/ou instrumento para medição de vazão depende de vários fatores. Dentre
estes, podem ser destacados:
• exatidão desejada para a medição;
• tipo de fluido: líquido ou gás, limpo ou sujo, número de fases;
• condições termodinâmicas: por exemplo, níveis de pressão e temperatura;
• espaço físico disponível;
• custos.
7

Para quaisquer que sejam os métodos ou instrumentos, os dados coletados


devem ser tratados. Desta forma a Estatística pode fundamentar empiricamente os
modelos teóricos, bem como delimitar até que ponto estes modelos são
representativos dos fatos.
De acordo com Hindemburg Melão Jr., em seu artigo Estatística Robusta
Aplicada ao Mercado, publicado 2009 no endereço eletrônico
http://www.sigmasociety.com/artigos/robusta.pdf:
“Tudo em Estatística gira em torno de dois conceitos básicos:
1 – Tendência central
2 – Dispersão”
Em geral determina-se primeiramente a tendência central - o estimador de
tendência central mais simples e mais conhecido é a média aritmética. Após
determinar a tendência central, é importante saber o quão dispersos estão os dados
em torno desse ponto. Para isso usa-se o conceito de desvio-padrão ou variância,
que é o desvio padrão elevado ao quadrado (MELÃO JR. 2009).

equação 1.4

Onde Qi são as vazões calculadas.

equação 1.5

Onde σ é o desvio padrão das vazões aferidas.

A Média aritmética assim como o Desvio-padrão que lhe está associado, são
conceitos que geralmente oferecem poucas dúvidas. São calculados apenas em
variáveis com a escala quantitativa e com apenas 2 parâmetros, pode-se escrever
um conjunto com milhares de dados, e saber quantos destes dados se encontram
em cada intervalo (BUSSAB 1987). Desta forma, associando-se média ao desvio
padrão obteremos o coeficiente de variação, denotando uma a variação (para mais
ou para menos) da acertividade na coleta de dados e sua análise. Conforme abaixo,
8

é o coeficiente de variação do grupo de dados coletados, obtidos através da divisão


do desvio padrão pela média das vazões calculadas.

equação 1.6

O valor encontrado deve ser multiplicado por 100% para ser expresso em
porcentagem.

4. Materiais

Neste experimento para medição da vazão através do método direto


volumétrico foram utilizados os seguintes materiais:
 Bancada para ensaios sobre perdas de carga e medição de vazão (Figura
1.1) – é um equipamento composto por um sistema de válvulas, registros,
tubos, medidores de vazão, e outros acessórios que pode ser usado
medida de vazão pelo método volumétrico, medida de pressão através de
manômetro de coluna de fluido, calibração de diafragma, calibração de
medidor Venturi, calibração do tubo de Pitot, análise da perda de carga
distribuída (linear), análise de perda de carga localizada (singular), perda
de carga em registros, determinação de curvas características de bombas
centrífugas entre outros.

Figura 1.1 – Bancada para ensaios sobre perdas de carga e medição de vazão
Fonte: Material de apoio de Hidráulica Experimental disponível em
http://www.iesplanvirtual.com.br/mod/resource/view.php?id=463
9

 Água;
 Cronômetro;
 Material para anotação dos dados levantados;
 Material para cálculo dos resultados do experimento

5. Métodos

5.1 – Procedimentos:
1. Ligar o conjunto motobomba e abrir completamente o registro principal;
2. Aguardar o sistema entrar em regime permanente;
3. Verificar se o dispersor está ajustado de maneira a possibilitar o desvio
adequado de fluxo d’água para dentro da caixa de acrílico e para fora dela
com um simples toque de mão;
4. Esvaziar a caixa de acrílico através da válvula que fica no canto esquerdo,
fundo da caixa;
5. Ajustar o cronômetro para leitura de 10 segundos – aproximadamente;
6. Quando o sistema entrar em regime permanente ativar o cronômetro e ao
mesmo tempo tocar no dispersor de fluxo para que a água caia no
reservatório de acrílico;
7. Quando o cronômetro marcar 10 segundos (aproximadamente) tocar
novamente no dispersor para que o fluxo seja desviado para fora da caixa de
acrílico e ao mesmo tempo parar o cronômetro;
8. Proceder a leitura da altura na régua da caixa de acrílico e registrar
juntamente com o tempo em que o cronômetro foi parado em tabela de
registro apropriada;
9. Repetir procedimento do item 06 ao 08 por mais duas vezes com registro
totalmente aberto;
10. Fechar levemente o registro principal;
11. Proceder a coleta e registro de dados como nos itens 06 a 08;
12. Novamente fechar um pouco mais o registro principal e proceder como nos
itens 06 a 08;
13. Pela última vez fechar um pouco mais o registro principal e proceder como
nos itens 06 a 08;
10

14. Fechar o registro e desligar o conjunto motobomba, esvaziar a caixa de


acrílico;
15. Calcular o volume de cada uma das medidas aferidas considerando a área da
base da caixa de acrílico com 31,5² cm 2 e a altura da água lida na caixa de
acrílico (lembrar de fazer a diferença entre a altura atual e a anterior, pois a
água foi acumulando-se no reservatório a medida em que o experimento foi
realizado);
16. Calcular a vazão volume e transformar os dados obtidos de centímetros
cúbico por segundo para litros por segundo (basta multiplicar por 10 –3 ou
dividir o resultado encontrado por mil);
17. Calcular a média, desvio padrão e coeficiente de variação das três primeiras
vazões encontradas;
18. Calcular a média, desvio padrão e coeficiente de variação das próximas três
vazões encontradas quando o registro foi levemente fechado pela primeira
vez (registro 4º, 5º e 6º alunos);
19. Calcular a média, desvio padrão e coeficiente de variação das próximas três
vazões encontradas quando o registro foi levemente fechado pela segunda
vez (registro 7º, 8º e 9º alunos);
20. Calcular a média, desvio padrão e coeficiente de variação das próximas três
vazões encontradas quando o registro foi levemente fechado pela terceira e
última vez (registro 10º, 11º e 12º alunos);
21. Proceder a análise dos resultados encontrados;
22. Finalizar o experimento.

5.2 – Dados levantados

TABELA 1.1 – Levantamento de Dados e Cálculo da Vazão A –


Registro Totalmente Aberto
Vazão A
  1º Aluno - Ricardo 2º Aluno - Bianca 3º Aluno - Suylan
  T (s) H (cm) Q (l/s) T (s) H (cm) Q (l/s) T (s) H (cm) Q (l/s)
1ª medição 10,65 16,6 1,547 10,31 16,2 1,559 10,21 15,3 1,487
2ª medição 10,44 15,8 1,502 10,31 16 1,54 9,91 15,3 1,532
3ª medição 10,06 15,9 1,568 10,31 15,1 1,453 10,29 15,6 1,504

TABELA 1.2 – Levantamento de Dados e Cálculo da Vazão B –


11

Registro Levemente Fechado pela Primeira Vez


Vazão B
  4º Aluno - Alex 5º Aluno - Diogo 6º Aluno - Emanoel
  T (s) H (cm) Q (l/s) T (s) H (cm) Q (l/s) T (s) H (cm) Q (l/s)
1ª medição 10,1 13,4 1,316 9,95 13,3 1,326 10,3 14,2 1,368
2ª medição 10,28 13,7 1,322 9,98 14,3 1,422 10,26 13,6 1,315
3ª medição 10,06 13,6 1,341 10,13 12,5 1,224 10,16 13,3 1,299

TABELA 1.3 – Levantamento de Dados e Cálculo da Vazão C –


Registro Levemente Fechado pela Segunda Vez
Vazão C
  7º Aluno - Paulo 8º Aluno - Evaldo 9º Aluno - Rafael
  T (s) H (cm) Q (l/s) T (s) H (cm) Q (l/s) T (s) H (cm) Q (l/s)
1ª medição 10,44 9,8 0,931 10,39 10,3 0,984 10,44 10,4 0,988
2ª medição 10,76 10 0,922 10,45 9,9 0,94 9,35 8,4 0,891
3ª medição 10,6 10 0,936 10,29 10,3 0,993 10,26 9,9 0,957

TABELA 1.4 – Levantamento de Dados e Cálculo da Vazão C –


Registro Levemente Fechado pela Terceira e Última Vez
Vazão D
  10º Aluno - Sérgio 11º Aluno - Alan 12º Aluno - Ana Kelly
  T (s) H (cm) Q (l/s) T (s) H (cm) Q (l/s) T (s) H (cm) Q (l/s)
1ª medição 19,67 6,8 0,343 20,23 7,3 0,358 20,46 7,3 0,354
2ª medição 20,23 6,8 0,334 20,1 6,6 0,326 20,54 6,9 0,333
3ª medição 20,19 6,8 0,334 20,19 6,9 0,324 20,66 7,1 0,341

6. Resultados

Todos os resultados apresentados nas TABELAS de 05 a 08 foram


encontrados conforme os exemplos de cálculos a seguir.

6.1 – Cálculo da Vazão – medição por aluno :

Aluno 01 – (conforme TABELA 1.1)


12

Volume:

equação 1.7
V = Ab x H

Onde:
V = volume ( em cm3)

Ab = área da base (em cm2)

H1 = altura (cm)

Então:
V = 31,52 x 16,6

V = 16.471,35 cm3

Vazão Direta – usar a equação 1.1

Q=V:T
Q = 16.471,35 cm3 : 10,65s

Q = 1546,606 cm3/s

Para transformar a vazão encontrada em cm3/s para a vazão expressa na


tabela em L/s, deve-se dividir o resultado encontrado por 1000 (mil), pois 01 metro

cúbico(m3) é o mesmo que 1000 litros (L), assim sendo, um centímetro cúbico por

segundo (cm3/s) é o mesmo que 10^-3 litros por segundo (L/s), então:
Q = 1546,606: 1000  Q = 1,547 L/s
Análise estatística – média, desvio padrão e coeficiente de variação por aluno:

 Média das vazões Aluno 01 – usar equação 1.4


1
A altura durante o experimento foi anotada de forma cumulativa, assim sendo, para cálculo do volume da
segunda medição deve-se diminuir a leitura da altura obtida na 2ª medição do valor encontrado na primeira; para
cálculo do volume da terceira medição deve-se diminuir a leitura da altura obtida na 3ª medição do valor
encontrado na segunda e assim sucessivamente até o calculo do volume da 12ª medição.
13

 Desvio Padrão das vazões Aluno 01 – usar equação 1.5

 Coeficiente de Variação das vazões Aluno 01 – usar equação 1.6

Análise estatística – média, desvio padrão e coeficiente de variação por Vazão


(A,B,C,D):

 Média para Vazão A – usar equação 1.4

 Desvio Padrão para Vazão A – usar equação 1.5


14

 Coeficiente de Variação para a Vazão A – usar equação 1.6

TABELA 1.5 – Resultados Cálculo da Vazão A –


Registro Totalmente Aberto

Vazão A
  1º Aluno - Ricardo 2º Aluno - Bianca 3º Aluno - Suylan
  T (s) H (cm) Q (l/s) T (s) H (cm) Q (l/s) T (s) H (cm) Q (l/s)
1ª medição 10,65 16,6 1,547 10,31 16,2 1,559 10,21 15,3 1,487
2ª medição 10,44 15,8 1,502 10,31 16 1,54 9,91 15,3 1,532
3ª medição 10,06 15,9 1,568 10,31 15,1 1,453 10,29 15,6 1,504
Vazão Média (l/s) 1,539 1,517 1,508
Desvio Padrão (l/s) 3,372E-02 5,652E-02 2,272E-02
Coef. De Variação (%) 2,191   3,725   1,507
Vazão Média (l/s) 1,521
Desvio Padrão (l/s) 3,748E-02
Coef. De Variação (%) 2,464

TABELA 1.6 – Resultados Cálculo da Vazão B –


Registro Levemente Fechado pela Primeira Vez
15

Vazão B
  4º Aluno - Alex 5º Aluno - Diogo 6º Aluno - Emanoel
  T (s) H (cm) Q (l/s) T (s) H (cm) Q (l/s) T (s) H (cm) Q (l/s)
1ª medição 10,1 13,4 1,316 9,95 13,3 1,326 10,3 14,2 1,368
2ª medição 10,28 13,7 1,322 9,98 14,3 1,422 10,26 13,6 1,315
3ª medição 10,06 13,6 1,341 10,13 12,5 1,224 10,16 13,3 1,299
Vazão Média (l/s) 1,326333 1,324 1,327
Desvio Padrão (l/s) 1,305E-02 9,902E-02 3,612E-02
Coef. De Variação (%) 0,984   7,478   2,721
Vazão Média (l/s) 1,326
Desvio Padrão (l/s) 5,312E-02
Coef. De Variação (%) 4,006

TABELA 1.7 – Resultados Cálculo da Vazão C –


Registro Levemente Fechado pela Segunda Vez

Vazão C
  7º Aluno - Paulo 8º Aluno - Evaldo 9º Aluno - Rafael
  T (s) H (cm) Q (l/s) T (s) H (cm) Q (l/s) T (s) H (cm) Q (l/s)
1ª medição 10,44 9,8 0,931 10,39 10,3 0,984 10,44 10,4 0,988
2ª medição 10,76 10 0,922 10,45 9,9 0,94 9,35 8,4 0,891
3ª medição 10,6 10 0,936 10,29 10,3 0,993 10,26 9,9 0,957
Vazão Média (l/s) 0,929667 0,972 0,945
Desvio Padrão (l/s) 7,095E-03 2,836E-02 4,954E-02
Coef. De Variação (%) 0,763   2,917   5,241
Vazão Média (l/s) 0,949
Desvio Padrão (l/s) 3,430E-02
Coef. De Variação (%) 3,614

TABELA 1.8 – Resultados Cálculo da Vazão D –


Registro Levemente Fechado pela Terceira e Última Vez
16

Vazão D
  10º Aluno - Sérgio 11º Aluno - Alan 12º Aluno - Ana Kelly
  T (s) H (cm) Q (l/s) T (s) H (cm) Q (l/s) T (s) H (cm) Q (l/s)
1ª medição 19,67 6,8 0,343 20,23 7,3 0,358 20,46 7,3 0,354
2ª medição 20,23 6,8 0,334 20,1 6,6 0,326 20,54 6,9 0,333
3ª medição 20,19 6,8 0,334 20,19 6,9 0,324 20,66 7,1 0,341
Vazão Média (l/s) 0,337 0,336 0,343
Desvio Padrão (l/s) 5,196E-03 1,908E-02 1,060E-02
Coef. De Variação (%) 1,542   5,678   3,093
Vazão Média (l/s) 0,339
Desvio Padrão (l/s) 1,164E-02
Coef. De Variação (%) 3,439

Figura 1.2 – Gráfico da Vazão X Número de Medição

7. Análise dos Resultados


17

Conforme esperado, a vazão foi diminuindo ao longo do experimento devido


ao fechamento do registro principal, denotando maior vazão no início e menor vazão
ao fim do experimento. Isto porque, como pode ser comprovado pelos dados
tabelados acima, o volume diminuiu quando do leve fechamento dos registros para
um mesmo período (aproximado) de tempo.
Para explorar os resultados foram calculados os parâmetros estatísticos
aplicáveis a soluções científicas (média, desvio padrão e coeficiente de variação).
Averiguou-se, primeiramente um valor central ao qual a vazão foi tabelada por aluno
e depois por vazão. No entanto percebe-se que este valor não é suficiente para
tornar seguros os resultados encontrados pois não denota bem a realidade dos
dados envolvidos.
Depois a dispersão dos dados foi calculada por medição do aluno e por
vazão. Mas também não é valor absoluto a ser considerado devido à diversidade de
valores os quais podem associar-se esta dispersão, ainda que mais próximo da
realidade que a média.
Por fim, a combinação entre média e desvio padrão através de uma
proporção entre este e aquela proporcionou o cálculo do coeficiente de variação. Isto
gera “certa segurança” quanto à análise dos dados tabelados, pois é possível avaliar
através de uma margem de erro o quanto de variação aconteceu durante a coleta e
tratamento dos dados apurados. Este é um fator de segurança para o experimento
de tal importância que se for necessário pegar um aluno para medir a vazão em
experimentos futuros deve ser pego aquele que apresentou o menor coeficiente de
variação, pois este teve maior acertividade na coleta e registro de dados durante o
experimento, possibilitando maior proximidade com o valor real da vazão.
Ao longo do experimento também foi notada a necessidade de manter um
número suficiente de repetições na coleta de dados para aproximar a análise do
real, bem como um período pré-estabelecido de tempo – o razoável para desativar o
cronômetro e o dispersor ao mesmo tempo. Tal necessidade surge da diferença de
“feelling” ou “timing” entre os sujeitos envolvidos no processo de apuração dos
dados. Cada pessoa tem seu tempo para poder “startar” seus sentidos e o corpo
reagir aos impulsos cerebrais. Assim sendo, há pessoas que em fração de
centésimos de segundos conseguem associar o ato de empurrar o diversor e ao
mesmo tempo apertar o botão de “start/pause” do cronômetro, enquanto outras
18

demoram um pouco mais para reagir a este mesmo evento. E tudo isto influi no
resultado final apurado.
O resultado pode ser influenciado, ainda, pelo tendencismo em marcar uma
proporção igual - mesmo tempo e mesma medida da altura da água na caixa de
acrílico, proporcionando um registro inadequado de dados. Desta maneira, quando
aferidos resultados de tempo e/ou altura iguais a resultados anteriores, estes devem
ser descartados para não “viciar” os resultados - no caso da nossa experiência isto
não foi feito, ou seja, pode ser que os resultados estejam “viciados” em algumas
aferições.
As informações acima reafirmam o quão influenciável pode ser o resultado
quando a coleta de dados para cálculo da vazão é feito de maneira manual e o
quanto os dados podem diferir em um mesmo experimento realizado por diferentes
indivíduos em uma mesma situação, com os mesmos equipamentos e estímulos.
Isto demonstra, ainda, que a medição indireta através da automação do sistema
pode tornar os resultados mais seguros e confiáveis quando se tratarem de grandes
vazões. Imagine que em sistemas pequenos, como o testado em laboratório, o
método pareceu não muito confiável devido à diversidade de resultados e distância
entre estes – os resultados colhidos para vazão D chegaram a apresentar diferença
estatística de mais de 300%.

8. Conclusão

Apesar das diferenças características dos indivíduos envolvidos no processo


de tabelamento de dados para análise dos resultados estatísticos, foi possível
chegar a um resultado satisfatório e a conclusão que o método direto volumétrico
para cálculo da vazão pode ser usado em diferentes situações - como cálculo da
vazão de um sistema de água tratada para um determinado prédio, por exemplo.
Industrialmente, sabemos que há outros métodos, que proporcionam menos
diversidade de resultados e por isto tornam-se mais eficientes e precisos para fazer
esta verificação.
19

Apesar das divergências, o experimento atingiu os objetivos propostos e foi


possível medir a vazão através do método direto volumétrico, bem como
desenvolver/analisar de forma estatística os dados apresentados.

9. Bibliografia

AZEVEDO NETTO, J. M. Manual de Hidráulica. 8ª Edição. São Paulo: Edgard


Blücher,1998.

BRUNETTI, Franco. Mecânica dos fluidos. São Paulo: Pearson, 2008.

Bussab, W O; Moerettin, P. A. Estatística Básica. 4ª ed.São Paulo: Atual


Editora,1987.

FOX, Robert W.; MCDONALD, Alan T. Introdução à mecânica dos fluidos. 4. ed. Rio
de Janeiro: LTC – Livros Técnicos e Científicos, c1998.

LENCASTRE, Armando. Manual de Hidráulica Geral. São Paulo: Edgard Blücher,


Ed. Da Universidade de São Paulo,1972.

PORTO, R. M. Hidráulica Básica. 2ª Edição. São Carlos – SP: EESC USP, 1998.

POTTER, Merle C.; WIGGERT, D. C.; HONDZO, Midhat. Mecânica dos fluidos. São
Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2004.

WHITE, Frank M. Mecânica dos fluidos. 4. ed. Rio de Janeiro: McGraw-Hill, c1999.

ALVES, Evaristo O. e CASSIOLATO, Cesar. Medição da Vazão publicado, São


Paulo: 2008 in http://www.profibus.org.br/files/artigos/Artigo_Vazao_CI_2008.pdf.
Acesso em 04 de outubro de 2014.

MELÃO JR., Hindemburg. Estatística Robusta Aplicada ao Mercado, São Paulo:


2009 in http://www.sigmasociety.com/artigos/robusta.pdf . Acesso em 04 de outubro
de 2014.

http://www.iesplanvirtual.com.br/mod/resource/view.php?id=463 – último A
acesso em 04 de outubro de 2014.
20

http://www.renno.com.br/rennosonic/public/files/UFMG-Comp-AcustxOutros.pdf
Acesso em 04 de outubro de 2014.

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0370-44672007000200002
Acesso em 04 de outubro de 2014.

http://www.scielo.br/pdf/rem/v60n2/v60n02a02.pdf
Acesso em 04 de outubro de 2014.

http://143.54.70.55/medterm/20101/Zamin.pdf
Acesso em 04 de outubro de 2014.

Você também pode gostar