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CURSO: LICENCIATURA EM QUÍMICA – S2

DISCIPLINA: LABORATÓRIO DE QUÍMICA GERAL

CALIBRAÇÃO DE EQUIPAMENTOS VOLUMÉTRICOS


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RESUMO

A prática de calibração de vidrarias volumétricas foi realizada no laboratório de química


do IFCE Campus Aracati. Segundo nossos resultados a proveta seria a vidraria com
maior exatidão e precisão. Esse resultado pode ter sido influenciado por erros como, por
exemplo, de observação do menisco e erros nos cálculos. A calibração das vidrarias é
importante para aumentar a precisão dos volumes medidos e transferidos pelas mesmas.

Palavras chaves: Calibração, Pipeta, Proveta, Bureta.


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SUMÁRIO

Sumário
1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................................4
1.1 OBJETIVO.............................................................................................................................6
2. PARTE EXPERIMENTAL......................................................................................................7
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES............................................................................................8
4. CONCLUSÃO.......................................................................................................................13
5. REFERÊNCIAS.....................................................................................................................14
6. ANEXOS...............................................................................................................................15
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1. INTRODUÇÃO

As atividades laboratoriais necessitam da utilização de muitos utensílios, sendo


que, o material mais usado é o vidro. As vidrarias utilizadas em laboratório geralmente
são de borossilicato que proporciona mais resistência química, mecânica e térmica. O
vidro apresenta outras vantagens como transparência perfeita que facilita a observação
de substância para uma melhor leitura de medidas, além do que evita a contaminações
durante as análises (FIOROTTO, 2014).

Os instrumentos de vidraria traz inscrito em seu corpo algumas informações


como volume máximo, graduação da escala, tolerância e traço de referência esses
informes auxiliam para o uso adequado e a manutenção dos mesmos. Para a realização
de medidas volumétricas é necessário que se possua um conhecimento prévio sobre
vidrarias. A escolha do equipamento correto possibilita a obtenção de resultados com
maior grau de precisão de medição, ou seja, o instrumento de mensuração só pode ser
usado mediante o conhecimento de um conjunto de regras de aplicação, de leitura e
interpretação do ato de medir (RIBAS, 2012).

Nos laboratórios são rotineiras a medição de volumes, a garantia dos resultados


dependem da precisão e exatidão dos equipamentos. O erro de medida é consequência
de um grande número de fatores que são denominados erros sistemáticos que sempre
incluem o limite de precisão do instrumento ou método utilizado, e influências
aleatórias previsíveis (CONSTANTINO, 2014).

Geralmente a escolha da vidraria para a realizar a atividade laboratorial vai


depender de qual grau de precisão e exatidão das analises que se busca encontrar. Para
medidas aproximadas de volume de líquidos, usam-se cilindros graduados ou provetas,
enquanto que , para medidas precisas, usam-se pipetas, buretas e balões volumétricos,
que constituem o material volumétrico. Segundo Constantino a precisão de um método
pode ser expressa pelo desvio padrão de um conjunto de medidas. Já a exatidão é a
medida de quanto um resultado está próximo do valor verdadeiro.

Apesar da execução correta os erros sistemáticos são caracterizados como sendo


um componente do erro que, no decorrer de um número de análises realizadas sob
condições de repetibilidade, permanece constante ou varia de uma forma previsível. As
falhas instrumentais podem ser minimizadas através da correta manutenção dos
equipamentos através da calibração e aferição das vidrarias. A metodologia
gravimétrica é uma forma simples de verificar a exatidão e precisão das vidrarias
através da determinação do volume de água, a partir da massa contida ou transferida a
certa temperatura. (RIBAS, 2012).

Os cuidados de manutenção das vidrarias garantem a confiança metrológica. A


calibração é uma técnica que possibilita constata possíveis diferenças significativas nos
equipamentos, são essas diferenças que ocasionam erros n medição volumétrica.
Portanto é através da calibração que si conhece o valor verdadeiro que um
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equipamento/utensílio esta realmente medindo, identificando o seu desvio (erro) em


relação aos valores padrões estabelecidos. O processo de calibração envolve a
determinação do peso da água que certa aparelhagem contém (FIOROTTO, 2014).

A atividade prática de calibração de equipamentos volumétricos foi


desenvolvida em três etapas distintas em que foram realizadas as calibrações dos
equipamentos volumétricos: proveta, pipeta volumétrica, e bureta. As condições
especificas para a verificação das medidas para a determinação dos valores de cada
equipamento foi realizada a partir de um protocolo que foi seguido, auxiliando na
realização da técnica de calibração das vidrarias. Obteve-se os valores que permitiu
fazer as comparações para a identificação de possíveis diferenças volumétricas. As
ações praticas foram minunciosamente realizadas para que se conseguisse fazer a leitura
das medidas seguindo as operações buscando determinar a faixa de volume das vidrarias
e a temperatura da água, já que, o volume é uma propriedade física da matéria que varia
com a temperatura. Observou-se que a repetibilidade dos procedimentos garante que se
determine o desvio padrão de cada vidraria verificando se a medida obtida esta dentro
do aceitável para aquele equipamento (CONSTANTINO, 2014).

Atividade possibilita aprender o procedimento de calibração que contribui para


verificar a exatidão e precisão das vidrarias através dos resultados obtidos com o
método de comparação de volumes e de poder identificar o desvio padrão dos
instrumentos volumétricos para a utilização dos mesmos. A compreensão do método de
gravimetria que de suma importância para conseguir desenvolver experimentos sem
erros de medição de acordo com valores estabelecidos para o desvio padrão das
vidrarias volumétricas (FIOROTTO, 2014).
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1.1 OBJETIVO
 Aprender a técnicas de calibração de equipamentos volumétricos com base na
técnica de gravimetria
 Analisar a exatidão e precisão dos recipientes volumétricos, bem como a
importância destas calibrações.
 Aprender os princípios básicos de elaboração de um relatório
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2. PARTE EXPERIMENTAL
Foram utilizados os seguintes materiais e reagentes na prática realizada no
Laboratório de Química do IFCE Campus Aracati:

2.1 MATERIAS E REAGENTES

 01 Béquer de 100 mL  01 Bureta de 15 mL  Balança analítica


 01 Proveta de 25 mL  01 Erlenmeyer 50 mL  01 Termômetro
 01 Pipeta volumétrica de  Água  Piseta
25 mL

2.2 CALIBRAÇÕES DOS EQUIPAMENTOS VOLUMÉTRICOS

2.2.1 PROVETA

a) Pesou-se um béquer de 100 mL seco, em uma balança com duas casas decimais.
Mediu-se 25 mL de água da torneira com uma proveta, colocou-se no béquer, anotou-se
a temperatura e pesou-se novamente.

b) Adicionou-se, ao mesmo béquer, mais 25 mL de água e o pesou novamente,


registrando-se sua temperatura. Repetiu-se este procedimento, sempre acumulando as
frações de 25 mL, mais três vezes e anotou-se as massas obtidas.

2.2.2 PIPETA VOLUMÉTRICA

a) Secou-se o béquer previamente utilizado e repetiu-se o procedimento anterior,


utilizando uma pipeta volumétrica de 25 mL. Anotaram-se as massas de cada 25 mL
adicionados ao béquer.

2.2.3 CALIBRAÇÃO DA BURETA

a) Encheu-se completamente uma bureta de 15 mL com água destilada.

b) Escoou-se lentamente a água até tangenciar a marca zero na bureta. Certificou-se que
o espaço abaixo da torneira estava completo com água.

c) Pesou-se um erlenmeyer de 50 mL e anotou-se o valor.

d) Transferiu-se alíquotas de 5 mL para o erlenmeyer de 50 mL previamente pesado,


lendo o valor transferido na escala da bureta.

d) Determinou-se a massa do volume transferido da bureta para o erlenmeyer, de acordo


com os valores de densidade/temperatura.

e) Repetiu-se 03 vezes o procedimento anterior, utilizando o mesmo erlenmeyer,


transferindo volumes da mesma ordem.
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f) Determinou-se a temperatura da água.

g) Calcularam-se os volumes escoados da bureta, a partir da massa que foi determinada


experimentalmente.

3. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Na Figura 01 é apresentada a densidade da água em diversas temperaturas.

Figura 01: Densidade da água em diversas temperaturas

Densidade é uma grandeza específica de cada material. É dada pela razão entre a
massa e o volume do corpo, medindo assim o grau de concentração de massa em dado
volume.

Para a calibração dos equipamentos volumétricos é necessário que se conheçam


os valores da massa da água, esses valores são determinados a partir da temperatura da
água e sua densidade, para isso utilizamos a fórmula acima onde: d é a densidade da
água em g/mL a depender da temperatura aferida em laboratório.
3.1 Calibração da proveta
Iniciamos a prática com a verificação do peso do béquer de 100mL seco,
obtivemos o valor de 43,85g (foi subtraído 0,2 referente a um erro da balança), logo em
seguida acrescentemos 25mL de água da torneira, aferimos a temperatura com o
termômetro de mercúrio e pesamos o conjunto, esse procedimento foi realizado até
completar um volume de 75mL de água no béquer. Os resultados obtidos na analise de
determinação da calibração da proveta, de acordo com o roteiro disponibilizado, seguem
na Tabela 01.
O desvio padrão calcula a precisão. Quanto menor o desvio, maior é a precisão
do resultado obtido. Para o nosso experimento chegamos ao valor de 0,01 de desvio,
com isso podemos dizer que a calibração alcançou uma relativa precisão.
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O erro relativo permite avaliar a exatidão, ou seja, à quão próximo o valor de


uma medida está do valor verdadeiro. Quanto menor o erro relativo, mais exato é a
medida obtida. Para duas medidas aleatórias o resultado do erro foi de 0,01 na análise
da calibração da proveta, logo podemos dizer que alcançamos uma boa exatidão na
medida do volume da proveta.
Tabela 01. Dados de calibração da proveta.

BÉQUER + ÁGUA MASSA DA MASSA DOS 25 mL TEMPERATURA


ÁGUA (g) DE ÁGUA (g) (ºC)
Béquer + 25 mL de 68,46 24,61 25
água
Béquer + 50 mL de 93,03 24,62 25
água
Béquer + 75 mL de 117,66 24,58 25
água
Massa do béquer seco: 43.85g

Valos médio: 24,60 g

Erro relativo para duas medidas aleatórias: 0,04%

Valor do Desvio: 0,01

Ou compararmos os resultados com os obtidos pelos outros grupos, observamos


que o grupo III chegou a um desvio de 0,08, sendo também o mais próximos ao valor
encontrado por nós. Os resultados dos demais grupos para a análise de calibração da
proveta podem ser verificados na Tabela 02.
Tabela 02: Resultados obtidos pelo restante dos grupos para a calibração da proveta:

Massa do Valor médio (g) Desvio Erro (%)


béquer seco (g)
Grupo I 52,32 24,46 0,08 0,57
Grupo II 46,25 24,34 0,25 1,7
Grupo III 51,87 24,69 0,01 0,08
Grupo IV 46,10 24,60 0,19 1,14

3.2 Calibração da pipeta volumétrica

Na segunda parte do experimento, utilizando a mesmo béquer da parte anterior,


obtivemos um valor de 43,85g na pesagem da vidraria ainda seca. Logo após adicionou-
se 25mL de água, com o auxilio de uma pipeta volumétrica, aferiu-se a temperatura e
pesou-se na balança o conjunto (béquer + água), do valor da nova pesagem subtraiu-se o
valor do béquer seco. Foram realizadas mais duas pesagens, sendo adicionado mais
25mL de água em cada pesagem, somando assim 75mL no final dessa parte. Os
resultados dos valores obtidos estão dispostos na Tabela 03.
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Segundo Silva (2011) em análise química quantitativa, a pipeta volumétrica é


um instrumento bastante utilizado devido a sua precisão. Como este material não possui
escala graduada, não é possível estimar o erro como sendo “metade da menor divisão
possível da escala” e, portanto, este instrumento deve ser aferido com um erro relativo
de 0,1% entre as calibrações. Para essa análise o valore encontrado do erro relativo foi
de 0,6% acima do ideal. Já o valor do desvio ficou situado em 0,2 que ao ser comparado
com o resultado da calibração da proveta também não foi satisfatório. Há vários erros
que podem terem acontecido no momento da análise para se chegar a esses valores, que
vão desde erros de leitura, de paralaxe (erro que ocorre pela observação errada na escala
de graduação causada por um desvio óptico causado pelo ângulo de visão do
observador) até o de cálculos.

Tabela 03. Dados de calibração da pipeta volumétrica.

BÉQUER + ÁGUA MASSA DA MASSA DOS 25mL TEMPERATURA


ÁGUA (g) DE ÁGUA(g) (ºC)
Béquer + 25 mL de 68.49 24,64 26
água
Béquer + 50 mL de 93.28 24,79 26.
água
Béquer + 75 mL de 118.41 25.13 26
água
Massa do béquer seco: 43,85 g

Valor médio: 24,85 g

Erro relativo para duas medidas aleatórias: 0,60%

Valor do Desvio: 0,2

O resultado do Grupo III foi o único que ficou dentro dos padrões esperados,
obtendo um valor de 0,04% de erro na análise de calibração da pipeta volumétrica. Os
valores encontrados pelos outros grupos seguem na Tabela 04.
Tabela 04: Resultados obtidos pelo restante dos grupos para a calibração da pipeta
volumétrica.

Massa do Valor médio (g) Desvio Erro (%)


béquer seco (g)
Grupo I 52,33 24,87 0,01 0,1
Grupo II 46,27 24,76 0,13 1,57
Grupo III 51,87 24,88 0,003 0,04
Grupo IV 46,10 24,54 0,006 0,6

3.3 Calibração da bureta


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Já na última parte da prática seguiu-se com a calibração da bureta, que se iniciou


zerando a vidraria e logo em seguida com as pesagens, primeiramente do erlenmeyer
seco e em seguida com a adição de 5mL de água (sempre em triplicata) e por último
aferindo a temperatura. Os resultados podem ser visualizados na Tabela 05.
Segundo Fogaça assim como as pipetas, a bureta mede e transfere volumes de
líquidos e soluções, mas eles são colocados nela pela sua parte superior, que é aberta e
maior. Além disso, ela possui uma torneira embaixo que pode ser aberta para fazer
escoar o líquido de forma rápida e gota a gota, de modo que o volume transferido seja
exatamente o desejado.
No erro relativo obtemos o resultado de 2,6%, um valor que bastante alto. A
aferição da vidraria pode ser considerada um ato que leva ao erro, já que é feita através
da visualização do menisco, isso poderia justificar a obtenção de um erro com uma
porcentagem elevada.
Tabela 05. Dados de calibração da Bureta.

VOLUME MASSA MASSA DA VOLUME TEMPERATURA


LIDO (mL) TOTAL (g) ÁGUA (g) CALCULADO (ºC)
(mL)
5 51,38 4.61 5,64 26
10 55.87 4,49 4.49 26
15 60.0 4,13 4.13 26
Massa do erlenmeyer seco: 46,77g

Valor médio: 4,41g

Erro relativo para duas medidas aleatórias: 2,6%

Valor do Desvio: 0,2

Novamente o Grupo III obteve um resultado próximo ao esperado, com um valor de


erro relativo de 0,2% sendo a maior exatidão encontrada para a calibração da bureta. Outros
valores encontrados pelos demais grupos estão expostos na Tabela 06.

Tabela 06: Resultados obtidos pelo restante dos grupos para a calibração da bureta
Massa do Valor médio (g) Desvio Erro (%)
béquer seco (g)
Grupo I 52,25 4,99 0,007 0,4
Grupo II 44,04 4,42 0,32 2,35
Grupo III 65,32 4,89 0,03 0,2

4. CONCLUSÃO
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Como a precisão é dada pelo desvio, com base nos valores obtidos, podemos
dizer que a vidraria volumétrica com mais precisão foi à proveta com 0,01. Esse
resultado pode ser explicado pelo cometimento de erros no momento das demais
análises nas outras vidrarias. São exemplos de possíveis erros cometidos em laboratório:
erros de leitura, de paralaxe (erro que ocorre pela observação do menisco) e cálculo.

O erro relativo permite avaliar a exatidão, ou seja, à quão próximo o valor de


uma medida está do valor verdadeiro. Com base nessa afirmação a proveta também foi a
vidraria que obteve o menor valor, portanto, com a medida mais exata.

Essa prática foi importante para estabelecer maior afinidade com as vidrarias
volumétricas usadas no cotidiano do laboratório para transferir líquidos. A calibração
das vidrarias é importante para aumentar a precisão dos volumes medidos e transferidos
pelas mesmas.

5. REFERÊNCIAS
CONSTANTINO, M. G.; SILVA, G. V. J.; DONATE, P. M.; Fundamentos de Química
Experimental. 2. ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2014
13

FIOROTTO, N. R.; Técnicas Experimentais em Química. 1. ed. São Paulo: Érica, 2014.

SILVA, L. Aulas Práticas de Química Analítica. Juiz de Fora: UFJF, 2011.

RIBAS, R. H.; Gestão de equipamentos e instrumentos de medição. Revista técnica do


Farmacêutico. Ano, Nº 18, pag 6 – 13. outubro/novembro/dezembro 2012.

6. ANEXOS
6.1 PRÉ-LABORATÓRIO

Laboratório de Química Geral I


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Fluxograma – Calibração dos Equipamentos Volumétricos: Proveta

Béquer 100 ml
Vazio

Pesagem do Béquer Vazio.

Massa Béquer Vazio


100 ml = 43,85 g
4344345 434
Adição de 25 ml de água da torneira
medidos em uma Proveta.

Béquer 100 ml + 25 ml
de Água

Medição da Temperatura, massa da


água e massa do conjunto Béquer 100
ml + Água 25 ml.

Massa Béquer 100 ml + 25 ml de


Água = 68,46 g
Temperatura Béquer 100 ml + 25
ml de Água = 25ºC
Massa 25 ml de água = 24,61 g

Adicionamento de mais 25 ml de Água.


Medição da Temperatura, massa da
água e massa do conjunto Béquer 100
ml + Água 50 ml.

Massa Béquer 100 ml + 50 ml de


Água = 93,03 g
Temperatura Béquer 100 ml + 50
ml de Água = 25ºC
Massa 25 ml de água = 24,62 g
15

Adicionamento de mais 25 ml de Água.


Medição da Temperatura, massa da
água e massa do conjunto Béquer 100
ml + Água 75 ml.

Massa Béquer 100 ml + 75 ml de


Água = 117,66 g
Temperatura Béquer 100 ml + 75
ml de Água = 25ºC
Massa 25 ml de água = 24,58 g

Valores Médios
E.R* duas medidas Valor do Desvio
Massa da Água
Aleatórias = 0,04% = 0,01 g
= 24,60 g
*Erro Relativo

Fluxograma – Calibração dos Equipamentos Volumétricos: Pipeta Volumétrica


16

+ 25 ml de H2O. Medição de Massa Béquer + 25 ml de


Massas e Temperatura.
H2O = 68,48 g

Massa de 25 ml de H2O =
24,64g
Béquer Vazio
Temperatura = 26°C

+25 ml de H2O. Medição de Massas e Temperatura.

+25 ml de H2O. Medição de

Massa Béquer + 50 ml de Massas e de Temperatura. Massa Béquer + 75 ml de


H2O = 93,28 g H2O = 118,41 g

Massa de 25 ml de H2O = Massa de 25 ml de H2O =


24,79 g 25,13 g

Temperatura = 26°C Temperatura = 26°C

E.R* duas medidas


Valor Médio = 24,85 g Valor do Desvio = 0,2 g
aleatórias = 0,60%
* Erro Relativo

Fluxograma – Calibração dos Equipamentos Volumétricos: Bureta


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Bureta completa (25 ml) Massa Elenmeyer 50 ml = 46,77g

Escoamento de 5 ml de H2O para o Elenmeyer

Volume lido = 5 ml

Massa Total = 51,38 g

Massa da Água = 4,61 g

Volume Calculado = 5,64 ml

Temperatura = 26°C

Escoamento de +5 ml de H2O para o Elenmeyer

Volume lido = 10 ml

Massa Total = 55,87 g

Massa da Água = 4,49 g

Volume Calculado = 4,13 ml

Temperatura = 26°C

Escoamento de +5 ml de H2O para o Elenmeyer

Volume lido = 15 ml

Massa Total = 60,0 g

Massa da Água = 4,13 g

Volume Calculado = 4,13 ml

Temperatura = 26°C
18

6.2 QUESTIONÁRIO
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a) Qual a importância da calibração dos equipamentos volumétricos? O que é validação


de métodos?

RESPOSTA: A calibração é um procedimento muito importante no laboratório, pois é


através da calibração que pode-se conhecer o valor verdadeiro que um equipamento
realmente esta medindo, essa técnica identifica o desvio (erro) em relação aos valores
dos padrões, e, comparando o desvio aos limites máximos estabelecidos, ou seja , da pra
saber se o volume do equipamento é verdadeiro auxiliando na escolha do equipamento
que será adequado para a pratica laboratorial. Validação de um método analítico é o
processo que fornece uma evidência documentada, através de estudos de laboratório, de
que realiza aquilo para o qual é indicado para fazer.

b) Poderemos caracterizar os diferentes procedimentos de validação através de uma


abordagem científica ou comparativa, qual a diferença entre estas duas abordagens?

RESPOSTA: Nas calibrações científicas geralmente os equipamentos e instrumentos


de medição devem ser executadas por empresa certificada, utilizando padrões
rastreáveis à Rede Brasileira de Calibração, no mínimo uma vez ao ano ou, em função
da frequência de uso do equipamento. Deve ser mantido registro das calibrações
realizadas dos equipamentos, instrumentos e padrões. A verificação por comparação
dos equipamentos deve ser feita por pessoal treinado do próprio estabelecimento, antes
do início das atividades diárias, empregando procedimentos escritos e padrões de
referência, com orientação específica no caso a gravimetria volumétrica. Tornando mais
confiável a científica devido às normas que garantem a validação do método. Já a
comparativa é realizada de forma simples menos rigorosa podendo apresentar mais
chances de erros.

c) Quais os fatores que interferem na calibração? Liste todos os fatores e explique a


influência de cada um.

RESPOSTA:

 A manipulação de forma cuidadosa, especialmente os equipamentos


volumétricos, que são bastante sensíveis a diversos fatores, como a temperatura
com que esse aparelho foi calibrado.
 A limpeza dos equipamentos para que se evite a gordura, pois é fator que altera
o volume.
 A leitura correta do menisco para que não ocorra erro e paralaxe.
 Analisar a temperatura exigida do equipamento e à temperatura do ambiente
pois a mesma influência diretamente nos resultados.
 Os materiais volumétricos devem estar livres de quebras de filme de água antes
de ser calibrado.
 A água usada na calibração deve estar em equilíbrio térmico com o ambiente.

d) Comente sobre as expansões volumétricas das soluções e vidrarias na calibração de


instrumentos.
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RESPOSTA: A expansão volumétrica é o aumento de um corpo submetido a


aquecimento térmico que ocorre em três dimensões - altura, comprimento e largura.
Quando aquecidos, os átomos que constituem os corpos se agitam, de modo que
aumentam o espaço ocupado entre eles e, assim, os corpo se dilatam, ou incham. No
caso do vidro tanto as soluções quanto os equipamentos se expandem. O vidro se
contrai com o aumento e a diminuição da temperatura. Contudo, um objeto que foi
expandido pelo aquecimento nem sempre retorna ao mesmo volume após o resfriamento
– um fenômeno chamado histerese. Por essa razão a vidraria volumétrica não deve ser
aquecida muito acima da sua temperatura de calibração.

e) Qual a diferença entre as vidrarias para conter e para transferir? Como podemos
identificar? Cite exemplo

RESPOSTA: Cada vidraria é usada com uma finalidade específica.O equipamento


volumétrico é marcado pelo fabricante para indicar a maneira de calibração (geralmente
TD para "dispensar (ou transferir)" e TC para "conter"), mas também a temperatura na
qual a calibração se aplica. Exemplos de equipamentos :Pipetas - As pipetas permitem a
transferência, de um recipiente a outro, de volumes conhecidos, com precisão. Balões
volumétricos. São fabricados com capacidades máximas de 5 mL a 5 L e são
geralmente calibrados para conter um volume específico de líquido quando preenchido
até sua marca de calibração (no pescoço do balão).

f) O que representaria a incerteza de uma medição?

RESPOSTA: Representa a variação prevista de uma medida. Este valor é obtido


"somando-se" todas as contribuições de variações identificadas (e mensuráveis) durante
o processo de calibração. Exemplo: No processo de calibração de um balão volumétrico,
por método gravimétrico (massa), utiliza-se uma balança para obter as medidas em
unidade de massa e um termômetro para medir a temperatura da água. Desta forma, para
o cálculo da incerteza do volume contido no balão são "somadas": a variação das
medidas (baseada no desvio padrão), a incerteza da balança e a incerteza do termômetro
(obtidas a partir dos certificados de calibração da balança e do termômetro,
respectivamente).

g) Liste todos os procedimentos necessários para que a calibração de equipamentos


volumétricos de um laboratório possa ser validada.

 Determinar a massa de água contida na vidraria ou descarregada por ela.


 Observa-se a temperatura da água e, a partir da sua densidade na temperatura
medida.
 Realizar as operações e anotar os valores obtidos.
 Calcula-se o seu volume. Utiliza a densidade da água como a medida padrão
para aferição das vidrarias, pois a água pode ser facilmente descartada após o
seu uso.
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 Em todas as operações de calibração, a vidraria a ser calibrada deve estar


cuidadosamente limpa e deve ficar algum tempo ao lado da balança que será
empregada, juntamente com um suprimento de água destilada ou desionizada, a
fim de estarem em equilíbrio térmico com o ambiente.
 Para que a calibração seja bem feita é preciso levar em conta a expansão
volumétrica das soluções e das vidrarias com relação a variação da temperatura;
desta forma, é preciso conhecer a temperatura do laboratório no momento em
que as soluções são preparadas e também no momento em que são utilizadas.

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