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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

EXPERIMENTO

PRINCÍPIO DE ARQUIMEDES: EMPUXO

Cayk Clarindo Amorim


Campina Grande 2024
1 INTRODUÇÃO

O empuxo é uma força direcionada de baixo para cima que ocorre quando um objeto
está total ou parcialmente imerso em um fluido. Essa descoberta foi feita por Arquimedes,
um renomado físico, matemático, filósofo e engenheiro da antiguidade, por meio de
experimentos. Recentemente, a turma 01 do curso de engenharia elétrica, sob a orientação
do professor Wilton Pereira da Silva, conduziu um experimento físico para determinar a
magnitude do empuxo em um corpo imerso em um líquido.

1.1 Objetivos

Os principais objetivos deste procedimento, como dito anteriormente é determinar


experimentalmente o empuxo exercido pela água de um recipiente sobre um corpo de
forma cilíndrica. Comparar o valor experimental do empuxo com o valor previsto pela
teoria.

1.2 Materiais

Os materiais utilizados para a realização do experimento físico são:

1- Corpo Básico:

2- Balança

3- Massa padronizadas

4- Paquímetro

5- Cilindro metálico
1.3 Procedimentos

1. Meça o peso 𝑃𝐵 da bandeja. Com o paquímetro, meça e anote também a


altura 𝐿 do cilindro metálico e o diâmetro 𝑑 de sua seção reta. Anote todas
as suas medidas na folha de dados sobre sua bancada.

2. Utilize um pedaço de linha de nylon para pendurar o cilindro metálico


diretamente numa das extremidades da barra, na outra extremidade
coloque a bandeja com massas até os dois se equilibrarem. Meça e anote
na folha de dados o peso 𝑃𝐶 do cilindro metálico

O peso 𝑃𝐶 é dado pela soma da quantidade de massas colocadas na bandeja

juntamente com o próprio peso da bandeja medido:

3. Utilize a manivela do corpo básico e abaixe os dois corpos, até que o


cilindro esteja totalmente submerso na água, quando isso ocorrer, a
bandeja irá subir ligeiramente, por isso será necessário reequilibrar o
sistema retirando massas da bandeja, até ele voltar a posição horizontal.

4. De acordo com a figura acima, temos em destaque o peso aparente do


cilindro, que é representado pela soma das massas juntamente com o peso
da bandeja.

𝑃𝑎𝐶 = ⋯ + 𝑃𝐵
5. Anote o peso aparente do cilindro na folha de dados. Um exemplo
da folha é dado abaixo:

2 PROCEDIMENTOS E ANALISES

Após a realização de toda a esquematização do experimento, os alunos: D’jonathas


Breno, Maiza de Moura e Cayk Clarindo realizaram o procedimento e obtiveram os
seguintes resultados:

Primeiramente, foi realizado a medição do corpo cilíndrico utilizado no


experimento com o uso do paquímetro.

DIMENSÕES DO CILINDRO METÁLICO

mm
Altura L = 41

Diâmetro da seção reta d = 19,0 mm


Após a realização das medidas do cilindro metálico, fizemos o procedimento de imergir
o corpo de prova no fluído e obtivemos uma estimativa do peso real do cilindro e o peso
aparente do cilindro.

PESOS DO CILINDRO

Peso Real do Cilindro PC = .........90 + PB → PC = .........96 gf

80,5 86,5
Peso Aparente do Cilindro PaC = ......... + PB → PaC = ......... gf

Podemos observar que as forças que atuam sobre o cilindro são o próprio Peso do
Cilindro, a força feita pelo peso aparente do cilindro (força exercida pela linha que esta
presa a haste de sustentação) e as forças exercidas pela pressão do fluido na seção reta
inferior e superior do cilindro quando submerso, que é o próprio empuxo. Temos o
diagrama de corpo livre.

Temos que todo o sistema está em equilíbrio, então a resultante das forças atuantes é 0.

𝐸 + 𝑃𝑎𝐶 − 𝑃𝐶 = 0

Isolando o E podemos ter uma relação para o cálculo do Empuxo

𝐸 = 𝑃𝐶 − 𝑃𝑎𝐶

Pelos valores obtidos no experimento e anotados nas tabelas, podemos ter um valor
experimental para o empuxo, será dado por:

𝐸𝑒𝑥𝑝 𝑃𝑎𝐶
𝐸𝑒𝑥𝑝 𝑔𝑓

𝐸𝑒𝑥𝑝 𝑑𝑦𝑛
Agora analisando o corpo cilíndrico estando submerso no fluido, temos uma outra
situação.

Com o corpo submerso na água, nós temos as forças atuantes nas duas seções de áreas
retas inferior e superior, estas forças estão definidas por Força Superior 𝐹𝑆, que também
é representado por 𝐹𝑆 𝐴𝑆 e Força Inferior 𝐹𝑖, que também é representado por 𝐹𝑖
𝐴𝑖 temos a profundidade ℎ1 da superfície laminar da água até a área superior, e a
da superfície laminar da água até a área inferior e também temos a altura do cilindro
L.

Sabemos que o Empuxo E, é dado pela subtração da força feita pela seção de área
superior e da seção de área inferior.

𝐸 𝐹𝑠
𝐸

Sabendo que a pressão de um fluído é dada pela relação 𝑃 = 𝜌𝑔ℎ. Substituindo,


temos:

𝐸 = (𝜌𝑔ℎ2𝐴 ) − (𝜌𝑔ℎ1𝐴)

Sabemos que o volume 𝑉𝑆 é a área da seção transversal (A) do cilindro multiplicada pela
altura (h) entre as seções inferior e superior. Portanto, podemos escrever:

𝐸 = 𝜌𝑔(ℎ2𝐴 − ℎ1𝐴)

𝐸𝑡𝑒𝑜 = 𝜌𝑔𝑉𝑆

Assim, obtemos um valor teórico para o empuxo, onde:

• 𝜌 (massa específica da água) = 1 g / 𝑐𝑚3


• 𝑔 (aceleração da gravidade) = 980 g / 𝑠2
• 𝑉𝑆 (Volume submerso do cilindro) = 12,5 𝑐𝑚3

Realizando o cálculo acima, conseguimos obter o valor teórico para o Empuxo,


teremos:

𝐸𝑡𝑒𝑜=12250

Considerando o cálculo acima isento de erros, podemos calcular o erro percentual


o erro percentual cometido na determinação experimental do empuxo. A fórmula para o
calculo do erro percentual é:

𝐸exp − 𝐸𝑡𝑒𝑜
𝜖𝑃 = × 100
𝐸𝑡𝑒𝑜

𝜖𝑃
𝜖𝑃 ≅ 24%

Então o erro percentual entre o empuxo experimental e o empuxo teórico é de


aproximadamente 24%.
3 CONCLUSÃO

O objetivo do experimento foi determinar o empuxo de um cilindro submerso em


água, com base nos dados coletados durante o procedimento. Observou-se que as equações
para calcular o empuxo teórico e experimental não variam com a profundidade de imersão
do cilindro, mas sim com o volume deslocado, que é influenciado pela diferença de
profundidade entre as seções superior e inferior do cilindro.

Conforme o princípio de Arquimedes, o empuxo é igual ao peso do volume do


líquido deslocado, o que significa que um objeto submerso em um fluido experimenta uma
força para cima igual ao peso do fluido deslocado. No caso do cilindro utilizado, feito
principalmente de ferro, sua densidade próxima à do ferro faz com que afunde
completamente na água. Se fosse colocado em mercúrio, com uma densidade mais alta,
também afundaria completamente, de acordo com o princípio da densidade relativa.

Para reduzir possíveis erros experimentais, é recomendado um controle mais preciso


da temperatura do líquido e do ambiente, evitando variações que possam afetar a densidade
do líquido e, consequentemente, os valores do empuxo.

Além disso, o princípio do empuxo é aplicável a gases, onde um objeto imerso em


um gás experimenta uma força para cima igual ao peso do volume do gás deslocado pelo
objeto. Isso é exemplificado na flutuação de balões, onde a diferença de densidades entre o
ar dentro do balão e o ar ambiente resulta em uma força líquida para cima, mantendo o
balão flutuando. Novamente, é importante controlar a temperatura para esses experimentos.

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