O documento descreve os princípios básicos de alavancas mecânicas no corpo humano. Explica que os movimentos dos membros ocorrem em torno de articulações usando alavancas do tipo interfixa, interpotente e interresistente. Também descreve exemplos como o braço, perna e mandíbula.
O documento descreve os princípios básicos de alavancas mecânicas no corpo humano. Explica que os movimentos dos membros ocorrem em torno de articulações usando alavancas do tipo interfixa, interpotente e interresistente. Também descreve exemplos como o braço, perna e mandíbula.
O documento descreve os princípios básicos de alavancas mecânicas no corpo humano. Explica que os movimentos dos membros ocorrem em torno de articulações usando alavancas do tipo interfixa, interpotente e interresistente. Também descreve exemplos como o braço, perna e mandíbula.
Para que o sangue possa alcanar todo o organismo, a liberdade de
movimento das articulaes do esqueleto est sujeita a certos limites: as partes mveis podem girar, no mximo, de 160. Como no possvel a um membro destacar-se de sua articulao, para mover-se ele deve girar em torno do ponto em que est fixado. Assim, seus movimentos se realizam de acordo com o princpio de funcionamento da alavanca. Uma alavanca basicamente, uma haste rgida fixada a um ponto de apoio. O ponto sobre o qual est apoiada a alavanca chama-se fulcro. A distncia deste ao ponto de aplicao da fora de trao (isto , a potncia) chamada brao da potncia, enquanto a distncia entre o fulcro e o ponto de aplicao da fora resistente (a resistncia) denomina-se brao de resistncia. Nessas condies, se o brao da resistncia for maior que o brao da potncia, esta ltima deve ser maior que a resistncia, para haver equilbrio. Na situao inversa, uma determinada resistncia equilibrada por uma potncia menor.
Existem, ento, trs tipos de alavanca: interfixa, como a lmina de uma tesoura; interpotente, como uma pina; e interresistente, como um carrinho de mo ou quebra-nozes.
O brao oferece, simultaneamente, exemplos de alavancas interfixa e interpotente. O antebrao estendido pela distenso do msculo trceps, e retrado pela contrao do bceps. Considerando em ambos os casos que o ponto de aplicao de resistncia est na mo e que o fulcro constitudo pelo cotovelo, o movimento de tenso do brao pode ser explicado como o de uma alavanca interfixa (na medida em que a mo e a juno do trceps ao antebrao se situam em lados opostos com relao ao cotovelo). A contrao do brao pode ser considerada como acionada por um mecanismo de alavanca interpotente. De facto, a juno do bceps, que representa a potncia, com o antebrao est situada entre o cotovelo e a mo. A distncia do fulcro ao ponto de aplicao da potncia , em ambos os casos, oito ou dez vezes menor que o brao de resistncia. Assim, uma pessoa que se colocasse em p, com os cotovelos colocados aos flancos e os antebraos na horizontal, tendo em cada mo um peso de 20kgf, submeteria seus dois bceps a foras de 200 kgf.
O conjunto formado pelo msculo gastrocnmico da perna (a potncia), pelo calcanhar (o fulcro) e pelo p (a resistncia) constitui outro exemplo de alavanca interfixa. Uma alavanca interresistente representada pela mandbula. O fulcro est situado em sua juno com o crnio. A potncia o msculo que a comanda, o masseter, que a ela se liga em um ponto prximo ao queixo. A resistncia representada pela fora com que o alimento reage a mastigao.
CONTRACTIBILIDADE CARDIACA
Para entendermos as caractersticas particulares da contrao cardaca relevante recordarmos os mecanismos responsveis pela capacidade contrtil do msculo estriado. No sarcmero, unidade contrtil do msculo, encontramos filamentos grossos e finos intercalados e dispostos como mostrado a seguir:
O filamento grosso composto por aproximadamente duzentas molculas de miosina. A miosina uma protena formada por duas cadeias polipeptidicas pesadas e quatro leves; as cadeias pesadas possuem uma estrutura globular em suas extremidades denominada cabea da miosina, e as duas cadeias pesadas formam uma dupla hlice deixando as cabeas livres na extremidade. As quatro cadeias leves se localizam na cabea da miosina, duas em cada cabea. Os corpos das molculas de miosina formam a cauda do filamento grosso e dela saem proeminncias da poro helicoidal da molcula, mantendo a cabea longe do corpo: o brao da molcula. O conjunto formado chama-se ponte cruzada.
O filamento fino composto por trs protenas, a actina, a troponina e a tropomiosina. A actina a molcula central, que polimeralizada forma uma dupla hlice e contm os stios de ligao com a miosina. A tropomiosina uma molcula presa actina de forma espiralada sobre a dupla hlice. A tropomiosina impede a ligao actina/miosina bloqueando o stio de ligao. A troponina fica presa molcula de tropomiosina, e possui trs subunidades: uma com afinidade actina, outra a tropomiosina e uma ltima ao Ca 2+ , a troponina regula o bloqueio do stio de ligao feito pela tropomiosina
Os filamentos de actina e miosina tm uma grande afinidade e ligam-se facilmente sem a presena do complexo troponina/tropomiosina. Nota-se que esse complexo impede a ligao na ausncia de Ca 2+ .
O mecanismo de liberao do stio de ligao actina/miosina comea com a chegada do potencial de ao membrana do msculo, promovendo a entrada macia de ons Ca 2+ . Estes ons ligam-se troponina C, causando uma mudana conformacional da mesma que se reflete na molcula de tropomiosina, que libera ento os stios da actina que estavam bloqueados. A interao actina/miosina se d imediatamente desde que haja ATP e magnsio (ambos presentes em condies normais).
A contrao ocorre medida em que os filamentos finos deslizam sobre os grossos, encurtando o sarcomero:
A cabea da miosina possui um stio onde se liga uma molcula de ATP a ser hidrolisada em ADP e Pi, que permanecem fixos cabea, ocupando o stio. Este estado permite que a cabea se estenda em direo ao filamento fino;
Assim que o Ca 2+ se liga troponina C e o complexo troponina- tropomiosina libera o stio de ligao actina/miosina, a ligao entre os filamentos ocorre;
Segue-se ento o chamado movimento de tenso, que ocorre como decorrncia da energia acumulada na mudana conformacional da cabea da miosina em direo ao filamento de actina e da nova alterao conformacional da cabea que se curva em direo do brao da miosina;
Este movimento provoca o deslizamento do filamento fino sobre o filamento grosso e permite a liberao do ADP e do Pi armazenados na cabea da miosina;
O stio ento ocupado por uma nova molcula de ATP e a cabea se solta do filamento de actina; lembremo-nos que a cabea s se ligou actina devido hidrlise do ATP e mudana conformacional. Com a entrada de um ATP a molcula retorna sua conformao original e promove a quebra do ATP em ADP e Pi para recomear o ciclo. No msculo estriado esqueltico, a fora da contrao determinada no s pela quantidade de Ca 2+ disponvel como tambm pela quantidade de fibras motoras ativadas. Cada fibra muscular inervada por um neurnio, porm um mesmo neurnio inerva mais do que uma fibra. Este conjunto (neurnio + fibras por ele inervadas) denominado unidade motora. Arelao fibras/neurnio varia em cada tipo de msculo; em msculos cujos movimentos devem ser precisos a relao chega a ser de duas a trs fibras por neurnio. J em msculos cuja preciso no to necessria a relao de centenas de fibras inervada por cada neurnio. A fora da contrao cardaca no se deve quantidade fibras ativadas primeiramente porque o corao no recebe inervao motora do sistema nervoso central, pois possui um sistema especializado de excitabilidade e condutibilidade: a fibra cardaca formada por muitas clulas individuais separadas entre si por discos intercalares que possuem uma resistncia eltrica muito baixa em relao membrana sarcoplasmtica normal. A baixa resistncia eltrica permite que o msculo cardaco se comporte como um sinccio onde as clulas so interligadas, o que implica na chamada lei do tudo ou nada - essa lei determina que uma vez que tenha chegado na membrana de uma mioclula um potencial de ao que se propaga por todas as demais, e logo todas iro se contrair quase que ao mesmo tempo e com mesma intensidade. O corao contrai de uma s vez ou simplesmente no contrai.
ARTICULAES, EIXOS E ROTAES
Quantas vezes voc j parou para pensar o que de fato trabalhar com a mquina muscular? Nossa equipe da Sala de Condicionamento Fsico On-Line mastigou um pouco de Fsica para mostrar a voc que determinados detalhes so muito importantes e tem um fundamento cientfico que justifica sua existncia. Fazer fora nos aparelhos de musculao obedece a dois conceitos fsicos: torque (fora multiplicada pelo brao de alavanca) e velocidade angular (o ngulo percorrido em uma determinada unidade de tempo).
Tais conceitos fsicos so estudados com enfoque na prtica de esportes por uma cincia prpria, com intuito de obter o mximo de aproveitamento fsico com risco mmimo de leso, tanto por esforo repetitivo quanto por carga ou volume de treinamento. Esta cincia a Biomecnica. A Biomecnica vem nos ajudar a adequar o volume de treino necessidade e capacidade do atleta, de forma que em treinos intensos, as articulaes e ligamentos ficam protegidas devido a dissipao da maior parte da fora ser realizada pelo ventre muscular, e em treinos recreativos fazer com que a pouca intensidade seja contrabalanceada pela maior eficcia da contraco muscular. Portanto, conhecer um pouco de fsica, ter a disposio aparelhos construdos de acordo com princpios biomecnicos precisos e estar sob a superviso de profissionais com tal conhecimento garantem a obteno de bons resultados em prazos adequados sem sofrer com leses indesejadas. Os aparelhos que adoptamos em nossa academia foram construdos com tal preocupao, portanto trazem seus eixos destacados em vermelho justamente para que o atleta tenha o referencial necessrio para realizar o movimento correcto. Caso o aparelho em que voc treina no mostre to nitidamente o eixo de rotao, gaste um tempo procurando, compensa tanto pelo menor risco de leso quanto pelos resultados que esto sendo buscados.
Desenhando:
O motor, no caso o msculo bceps (em azul), atravs da fora proveniente da contrao muscular, ir gerar o torque que movimentar a carga. O crculo pequeno em vermelho escuro o eixo da articulao do cotovelo, que deve coincidir com o eixo de rotao do brao da mquina para garantir que o exerccio seja realizado com a menor chance de causar qualquer tipo de leso ou acidente. Algumas marcas de aparelhos de ginstica tm o eixo de rotao destacado para que sirva de orientao para o praticante poder se posicionar correctamente. Ao longo desta matria observaremos o quo importante ter este eixo bem sinalizado. O crculo vermelho claro e as rectas vermelhas que o divide em quadrantes fazem referncia a um ciclo trigonomtrico em que os ngulos sero nosso padro de medida. Da mesma forma que medimos a velocidade de progresso de um carro em uma auto- estrada, mediremos a velocidade de progresso do membro em exerccio em ngulos por segundo. Se voc prestar ateno na figura, notar que a origem do brao de alavanca (o antebrao do Prof. Rogrio), no eixo de rotao do aparelho. Tendo notado este detalhe, fica fcil deduzir que temos que medir a velocidade de progresso do exerccio pelos graus que o brao de alavanca alcana durante sua movimentao. O torque varia de acordo com a carga colocada e com a velocidade angular imprimida. Tal facto tem relao directa com o estmulo que se quer imprimir ao msculo e o resultado que se quer obter. Velocidades angulares menores e quantidade de repeties menores do que 12 (doze), a grosso modo, tendem a fornecer um estmulo hipertrofia muscular. A nossa dica para voc investir em menores velocidades angulares, principalmente na fase excntrica da contraco muscular antes de querer aumentar a carga do exerccio. Vale lembrar que a fase excntrica da contraco muscular aquela em o msculo em trabalho est relaxando para retornar a posio inicial do movimento. Este cuidado em relao carga se d pelo fato das leses no desporto, e principalmente nas salas de musculao, estarem muito mais relacionadas carga do que a outros factores.
O que vir nas prximas pginas mais brando do ponto de vista terico, mas preste bastante ateno s figuras para poder se avaliar quando voc for realizar sua seo de treinamento. Ns selecionamos alguns exerccios bsicos para poder ilustrar com maior facilidade o que estamos dizendo.
bc eps t r c eps bi c i c l et a c ad. ex t ensor a c ad. f l ex or a
BICEPS
Compare as posies correctas com a posio incorrecta logo abaixo...Elas se relacionam com a posio do eixo de rotao do cotovelo com o eixo de rotao do aparelho. TRICEPS
A mesma preocupao do bceps vale para a mquina de trceps: encontre o eixo de rotao do aparelho antes de se posicionar para realiz-lo. No vale apoiar os cotovelos nos descansos laterais para fazer o exerccio como est mostrado na coluna da direita... BICICLETA ERGOMETRICA
CADEIRA EXTENSORA Pois ... at mesmo a velha e boa bicicleta tem uma maneira adequada de ser utilizada, sob pena de dores lombares, dor cervical, dor na regio do quadril, sem falar no baixo aproveitamento do exerccio. Uma boa seco de bicicleta trabalha no s pernas e coxas, mas tambm os msculos abdominais, dando uma forcinha para corrigir a barriguinha. A diferena crucial entre a figura da direita e a figura da esquerda a altura do banco. Que tal colocar o banco de forma que sua perna fique quase que totalmente esticada ao tocar o pedal na posio mais baixa do ciclo? Vale a pena manter a postura erecta e olhar para a frente. Depois de tudo isso, sua coluna espinhal, coxas, pernas e abdomem agradecem...
CADEIRA FLEXORA
Ento vamos l... primeira dica vai por conta da posio do p, que deve permancer elevada durante toda execuo do exerccio e a almofada do aparelho deve ficar apoiada na transio entre a perna e o p, ou seja, bem na lngua do tnis. Note que as posies da almofada (rolo) mais altas do que esta posio tambm so prejudiciais, portanto, regra: almofada apoiada na lngua dos tnis. Nessas fotos vemos a posio do eixo do aparelho novamente. Nesse aparelho, tambm h o cuidado com a posio do apoio almofadado. O ideal que ele fique apoiado no calcanhar. Se a posio estiver correcta, voc vai sentir que o apoio praticamente no se movimenta em relao sua perna durante toda execuo do movimento.