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MECANISMO CONTRÁTIL
O processo contrátil, assim como no esquelético, é ativado por íons cálcio e ATP vira ADP;
Disposição grande número de filamentos de actina ligados aos corpos densos; entre os
filamentos de actina estão os filamentos de miosina;
COMPARAÇÃO DA CONTRAÇÃO
A maior parte da contração do músculo liso é uma contração tônica prolongada, durante às
vezes horas ou até mesmo dias;
(1) Baixa frequência de ciclos das pontes cruzadas de miosina 1/10 a 1/300 da
frequência do músculo esquelético: a baixa frequência dos ciclos decorre do fato de que as
cabeças das pontes cruzadas apresentam menos atividade de ATPase do que no músculo
esquelético, degradação do ATP é reduzida o que resulta em baixa velocidade dos ciclos;
LEONARDO PEREIRA – ACADÊMICO DE MEDICINA – 0001399
(2) Baixa energia necessária para manter a contração do músculo liso longo ciclo das
pontes cruzadas e apenas uma molécula de ATP é necessária para cada ciclo, importante
para a economia energética total do corpo, porque órgãos como o intestino, bexiga e outras
vísceras com frequência mantêm por tempo indefinido uma contração muscular tônica;
(3) Lentidão do início da contração e do relaxamento do tecido muscular liso total
causada pela lentidão da conexão e da desconexão das pontes cruzadas com os filamentos
de actina, além disso, o início da contração em resposta aos íons cálcio é muito mais lento
que no músculo esquelético;
(4) A força máxima de contração geralmente é maior no músculo liso que no músculo
esquelético a despeito da quantidade pequena de filamentos de miosina e do longo ciclo
de tempo das pontes cruzadas, o máximo da força de contração do liso é maior que a do
esquelético. A grande força de contração do músculo liso resulta do período prolongado de
conexão das pontes cruzadas;
(5) O mecanismo de “trava” facilita a manutenção prolongada das contrações do
músculo liso Quando músculo liso desenvolve contração completa, a quantidade de
excitação pode ser reduzida e ainda assim o músculo mantém sua força de contração. A
energia necessária para manter a contração é baixa. (Mecanismo de “trava” ou
cremalheira). A importância deste mecanismo é que ele pode manter a contração tônica
por períodos prolongados de tempo com o uso de pouca energia.
(6) Estresse-Relaxamento do Músculo Liso é a sua capacidade de reestabelecer quase a
mesma força original de contração, segundos ou minutos depois de ter sido alongado ou
encurtado. Sua importância é que, exceto por curtos períodos, eles permitem que o órgão
oco mantenha quase a mesma pressão no interior de seu lúmem, a despeito de grandes e
prolongadas alterações no volume.
O estímulo inicial para a contração do músculo liso é o aumento intracelular dos íons cálcio.
Esse aumento pode ser causado por estimulação hormonal, estimulação nervosa, estiramento
da fibra ou alteração química no ambiente da fibra.
O músculo liso não possui troponina (que é ativada pelas íons cálcio no músculo esquelético),
então a contração é ativada pela ativação da calmodulina pelo cálcio.
Sequência:
(1) Concentração de cálcio aumenta devido ao influxo de cálcio a partir do líquido extracelular e
liberação de cálcio a partir do retículo sarcoplasmático;
(2) Íons cálcio se ligam à calmodulina de forma reversível;
(3) O complexo calmodulina-cálcio, em seguida, se liga à miosina e ativa a miosina-quinase,
enzima fosfolativa;
(4) A cadeia reguladora da cabeça de miosina é fosforilada em resposta a miosina-quinase.
Quando essa cadeira não está fosforilada, o clico de conexão-desconexão da cabeça da
miosina com o filmaneto de actina não ocorre. Quando a cadeia reguladora é fosforilada, a
cabeça adquire a capacidade de se ligar repetidamente com os filamentos de actina e
desenvolver os ciclos de tração, o que resulta em contração.
Período latente é o tempo necessário para que tenha lugar a difusão dos íons cálcio antes
do início da contração;
A membrana do músculo liso contém muitos tipos de receptores proteicos que podem iniciar o
processo contrátil. Outros receptores inibem a contração.
O potencial de ação acontece no músculo liso unitário do mesmo modo que no músculo
esquelético, diferentemente do músculo liso do tipo multiunitário.
A membrana celular do músculo liso apresenta muito mais canais de cálcio controlados por
voltagem que o músculo esquelético, porém poucos canais de sódio controlados por voltagem.
O fluxo de íons cálcio para o interior da fibra é o principal responsável pelo potencial de ação.
Os canais de cálcio se abrem muito mais lentamente que os de sódio e também ficam abertos
por mais tempo. Isso explica o platô prolongado do potencial de ação de algumas fibras
musculares lisas. O cálcio realiza duas tarefas: contração e platô prolongado.
Alguns músculos lisos são autoexcitatórios, isto é, os potenciais de ação se originam nas
próprias células musculares lisas sem estímulo extrínseco. Essa atividade está frequentemente
associada a um ritmo em onda lento básico do potencial de membrana. Uma hipótese para as
ondas lentas é que elas são causas pelo aumento e pela diminuição do bombeamento de íons
positivos para fora da membrana da fibra muscular, ou talvez pela condutância, dada pelos
canais iônicos, que aumenta e diminui ritmicamente.
A importância das ondas lentas é que quando elas têm amplitude suficiente podem iniciar
potenciais de ação (quando chegar ao limiar). Assim, as ondas lentas são chamadas de ondas
marca-passo.
Quando o músculo liso visceral (unitário) é estirado o suficiente, usualmente são gerados
potenciais de ação espontâneos. Eles resultam da combinação de potenciais de onda lenta
normais e da diminuição da negatividade do potencial de membrana. Essa resposta ao
estiramento faz com que a parede do intestino quando estirada excessivamente se contraia
automática e ritmicamente.
Potenciais de ação geralmente não se desenvolvem porque as fibras do multiunitário são muito
pequenas. Nas pequenas células musculares lisas, mesmo sem potencial de ação, a
despolarização local, causada pela substância neurotransmissora, propaga-se
“eletronicamento” por toda a fibra, o que basta para causar a contração muscular.
Os dois fatores estimuladores não nervosos e não associados ao potencial de ação que estão
frequentemente envolvidos são: (1) Fatores químicos teciduais locais:
a. A falta de oxigênio nos tecidos locais causa relaxamento do músculo liso
vasodilatação;
b. O excesso de CO2 causa vasodilação;
c. O Aumento da concentração de H+ provoca vasodilatação.
(2) Hormônios.
Que ativam receptores de membrana excitatórios ou inibitórios. Os hormônios podem abrir
ou fechar os canais de sódio, cálcio e potássio, que despolarizam (contração) ou
hiperpolarizam (inibição da contração) a membrana celular. Algumas vezes, a contração ou
a inibição do músculo liso é iniciada pelos hormônios sem causar qualquer alteração direta
do potencial de membrana. Nesse caso, o hormônio pode ativar um receptor de membrana
que não abre os canais iônicos, mas que causa alteração interna na fibra muscular, tal
como a liberação de cálcio do retículo; o cálcio então induz a contração.
LEONARDO PEREIRA – ACADÊMICO DE MEDICINA – 0001399