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-SARCÔMERO: O segmento da miofibrila (ou de toda a fibra muscular) situado entre dois
discos Z sucessivos e é a unidade contrátil da fibra muscular, pois é a menor porção da
fibra muscular com capacidade de contração e distensão.
TITINA: O posicionamento lado a lado dos filamentos de miosina e actina é mantido por
meio de um grande número de moléculas filamentares da proteína chamada titina, que é
bastante flexível, essa flexibilidade das moléculas de titina atua como arcabouço, que
mantém os filamentos de miosina e actina em seus lugares, de modo que a maquinaria
contrátil possa entrar em ação. Uma extremidade da molécula de titina é elástica, estando
fixada ao disco Z, atuando como mola e variando seu comprimento conforme o sarcômero
contrai e relaxa. A outra parte da molécula de titina a ancora nos filamentos grossos de
miosina.
No sistema isométrico, o músculo se contrai contra um transdutor de força sem que ocorra
encurtamento do músculo.
No sistema isotônico, o músculo se encurta contra carga fixa. As características das
contrações isotônicas dependem da carga contra a qual o músculo se contrai, além da
inércia da carga.
Entretanto, o sistema isométrico registra as variações da força da própria contração
muscular independentemente da inércia da carga. Por isso, o sistema isométrico é
comumente mais utilizado quando se comparam as características funcionais dos diferentes
tipos de músculo
Como já dito anteriormente, os músculos são compostos por diversas fibras, essas fibras
podem se dividir em dois grupos:
FIBRAS LENTAS
1. As fibras são menores que as fibras rápidas.
2. As fibras lentas são também inervadas por fibras nervosas menores.
3. Comparadas às fibras rápidas, as fibras lentas têm um sistema de vascularização mais
extenso e mais capilares, para suprir quantidades extras de oxigênio.
4. As fibras lentas têm números muito elevados de mitocôndrias, também para dar suporte
aos altos níveis de metabolismo oxidativo.
5. As fibras lentas contêm grande quantidade de mioglobina, proteína que contém ferro,
semelhante à hemoglobina nas hemácias. A mioglobina se combina com o oxigênio e o
armazena até que ele seja necessário, o qual acelera também, notavelmente, o transporte
de oxigênio para as mitocôndrias. A mioglobina dá ao músculo lento sua aparência
avermelhada e o nome de músculo vermelho
FIBRAS RÁPIDAS
1. As fibras rápidas são grandes para obter uma grande força de contração.
2. Existe um retículo sarcoplasmático muito extenso, para a rápida liberação dos íons cálcio
com o objetivo de desencadear a contração.
3. Estão presentes grandes quantidades de enzimas glicolíticas, para a rápida liberação de
energia pelo processo glicolítico.
4. As fibras rápidas têm um suprimento de sangue menos extenso que as fibras lentas,
porque o metabolismo oxidativo tem importância secundária.
5. As fibras rápidas têm menor número de mitocôndrias que as fibras lentas, também
porque o metabolismo oxidativo é secundário. Ao déficit de mioglobina vermelha no
músculo rápido damos o nome de músculo branco.
UNIDADE MOTORA
Cada motoneurônio que sai da medula espinal inerva múltiplas fibras musculares, sendo o
número de fibras inervadas dependente do tipo de músculo. Todas as fibras musculares
inervadas por uma só fibra nervosa formam uma unidade motora. Em geral, pequenos
músculos, que devem reagir rapidamente e nos quais o controle deve ser preciso, têm mais
fibras nervosas e menos fibras musculares (p. ex., apenas duas ou três fibras musculares
por unidade motora, em alguns dos músculos da laringe). Inversamente, grandes músculos
que não necessitam de controle fino, como o músculo sóleo, podem ter muitas fibras
musculares em uma unidade motora. O número médio para todos os músculos do corpo é
questionável, mas boa suposição seria em torno de 80 a 100 fibras musculares por unidade
motora.
(Somação por Fibras Múltiplas): Quando o sistema nervoso central envia um sinal fraco
para que o músculo se contraia, as menores unidades motoras do músculo podem ser
estimuladas em preferência às unidades motoras maiores. Então, à medida que a força do
sinal aumenta, unidades motoras cada vez maiores começam a ser também excitadas, com
as maiores unidades motoras apresentando 50 vezes mais força contrátil que as unidades
menores. Esse fenômeno é conhecido como o princípio do tamanho, e é importante, pois
permite a gradação da força muscular durante uma contração fraca que ocorre em
pequenas etapas, uma vez que essas etapas ficam progressivamente maiores quando
grande quantidade de força é necessária. Esse princípio do tamanho tem lugar porque as
pequenas unidades motoras são inervadas por pequenas fibras nervosas motoras, e os
pequenos motoneurônios na medula espinal são mais excitáveis que os maiores, sendo
naturalmente excitados primeiro.
(Somação por Frequência e Tetanização) à medida que essa frequência vai aumentando,
alcança-se um ponto onde cada nova contração ocorre antes que a anterior termine. Como
resultado, a segunda contração é parcialmente somada à anterior, de modo que a força
total da contração aumenta progressivamente com o aumento da frequência. Quando a
frequência atinge um nível crítico, as contrações sucessivas, eventualmente, ficam tão
rápidas que se fundem, e a contração total do músculo aparenta ser completamente
uniforme e contínua, como mostra a figura. Esse processo é referido como tetanização.
Com frequência pouco maior, a força da contração atinge sua capacidade máxima, de modo
que qualquer aumento adicional da frequência além desse ponto não exerce novos efeitos
para aumentar a força contrátil. A tetania ocorre porque quantidades suficientes de íons
cálcio são mantidas no sarcoplasma muscular, mesmo entre os potenciais de ação, de
modo que o estado contrátil total é mantido, sem que seja permitido nenhum grau de
relaxamento entre os potenciais de ação.
EFEITO ESCADA
Quando um músculo começa a se contrair, após longo período de repouso, sua força inicial
de contração pode ser tão pequena quanto a metade de sua força após 10 a 50 contrações
musculares seguintes. Isso quer dizer que a força da contração aumenta até atingir um
platô, fenômeno conhecido por efeito da escada ou treppe. Acredita-se que ele seja
causado, primariamente, pelo aumento dos íons cálcio no citosol, devido à liberação
contínua de mais e mais íons cálcio pelo retículo sarcoplasmático a cada potencial de ação
do músculo e à falha do sarcoplasma de recaptar imediatamente esses íons.
TÔNUS
Mesmo quando os músculos estão em repouso, em geral eles ainda apresentam certa
tensão. Essa tensão é conhecida como tônus muscular. Como normalmente a fibra
muscular esquelética não se contrai sem que ocorra um potencial de ação para estimulá-la,
o tônus do músculo esquelético resulta inteiramente de baixa frequência de impulsos
nervosos vindos da medula espinal.
FADIGA
Os efeitos da fadiga surgem, em grande parte, da incapacidade contrátil e do processo
metabólico das fibras musculares de continuar a manter a mesma quantidade de trabalho.
Entretanto, experimentos mostraram que também a transmissão dos sinais nervosos pela
junção neuromuscular pode diminuir pelo menos por pequena quantidade, após intensa e
prolongada atividade muscular e, desse modo, diminuir a contração muscular. A interrupção
do fluxo sanguíneo, durante a contração do músculo, leva à fadiga muscular quase total em
1 a 2 minutos, devido à perda do suprimento de nutrientes, especialmente de oxigênio.
MÚSCULO LISO
INTRODUÇÃO
A descrição, em si, do músculo liso é desafiadora, já que a musculatura lisa possui muita
variabilidade funcional. Mas algumas características do músculo liso são:
O músculo liso é composto por fibras fusiformes, com núcleo central e único e sem
estriações no citoplasma. O controle nervoso dessas fibras é feito pelo sistema nervoso
autônomo e é involuntário, sincronizado e lento.