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Técnicas injetáveis I: intradermoterapia e

escleroterapia

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Sumário

Introdução ................................................................................................................... 3

Mecanismos de Ação e Ativos Utilizados .................................................................... 3

Ativos .......................................................................................................................... 3

Métodos de Anestesia ............................................................................................... 32

AS COMPLICAÇÕES MAIS ENCONTRADAS.......................................................... 34

HIPERPIGMENTAÇÃO PÓS ESCLEROTERAPIA ................................................... 34

PREVENÇÃO ............................................................................................................ 39

TRATAMENTO.......................................................................................................... 40

ANGIOGÊNESE ........................................................................................................ 42

NECROSE CUTÂNEA (ÚLCERA) ............................................................................. 43

DOR .......................................................................................................................... 44

EDEMA ..................................................................................................................... 45

TROMBOFLEBITE SUPERFICIAL............................................................................ 45

REAÇÃO ALÉRGICA ................................................................................................ 46

ANÁLISE DE ALGUMAS SUBSTÂNCIAS ................................................................ 46

Referências ............................................................................................................... 47

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Introdução

Apresentaremos inicialmente os ativos utilizados na intradermoterapia reúne


os principais compostos utilizados na técnica e tem a finalidade de auxiliar o
profissional a escolher a melhor mescla para o tratamento do seu paciente e também
para elucidar quanto ao ativo utilizado em questão, seu mecanismo de ação, qual a
correta utilização e seus possíveis efeitos colaterais ou adversos, além de
contraindicações.

Mecanismos de Ação e Ativos Utilizados

Existem três tipos de mecanismos de ação:

- Lipolíticos: aqueles que por meio de diferentes mecanismos de ação


possuem a capacidade de quebrar a gordura localizada. Agem estimulando a lipólise
e/ou inibindo a lipogênese no nosso organismo.

- Euritróficos: são responsáveis por melhorar o tecido conjuntivo. Agem


estimulando a produção de fibras de colágeno, reorganizando as já existentes e
contribuem também para a formação da matriz extracelular deste tecido.

- Venotróficos: são aqueles responsáveis pelo efeito vaso dilatadores,


permitem uma melhor absorção e difusão dos outros compostos.

Ativos

➢ 5-OH-Triptofano
É um aminoácido precursor imediato na biossíntese do neurotransmissor 5-
hidroxitriptamina (5-HT ou serotonina). A serotonina é bioquimicamente derivada do
aminoácido essencial Ltriptofano. A serotonina é conhecida por regular o
comportamento alimentar e diminuir a ingestão de alimentos em humanos e

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roedores. Um estudo recente sugere que esse efeito pode ser mediado através da
leptina. Níveis séricos de leptina em ratos foram aumentados após a injeção
sistêmica de 5-HTP. A leptina, uma proteína derivada de adipócitos produzida do
gene ob (obesidade), é um polipeptídio multifuncional relacionado com o
desenvolvimento de doenças relacionadas com a obesidade em seres humanos. Um
estudo com pacientes obesos, demonstrou uma significativa redução espontânea de
ingestão alimentar durante o primeiro período, de 3220 calorias/dia para 1879
calorias/dia, com a ingestão de carboidratos mostrando uma queda de 50%. Num
segundo período de pesquisa, diminuiu para 1268 calorias/dia, com ainda mais
redução em carboidratos. Os pesquisadores interpretaram esses resultados como
um apoio à teoria de que o 5-HTP reduz o desejo por carboidratos e a compulsão
alimentar, mesmo na ausência de uma dieta estruturada.
Contraindicações: pessoas em tratamento com antidepressivos, pacientes
com câncer ou tumores, cardiopatas ou hipertensos.
Efeitos Colaterais: sabe-se que quando administrado oralmente, 5-HTP
pode causar as seguintes reações adversas: azia, dor de estômago, flatulência,
diarréia, vômito, perda de apetite e dificuldade para respirar. Também pode causar
eosinofilia assintomática.

➢ Ácido Alfa Lipóico


É um ácido graxo de cadeia curta, encontrado nas mitocôndrias, sintetizado
no fígado e também é obtido na dieta pelas carnes de animais como fígado e
coração e de certas plantas, como brócolis, tomate, espinafre, couve de Bruxelas e
farelo de arroz. No entanto, a partir dos alimentos, não ocorre um aumento
significativo de ácido alfa lipóico livre no corpo. Uma das principais funções é ajudar
a transformar a glicose em energia, além de ser um potente antioxidante no combate
aos radicais livres, que são resíduos de prosutos criados quando o organismo
transforma alimentos em energia. O ácido alfa lipóico pode neutralizar os radicais
livres e impedi-los de causar reações químicas nocivas que danificam as células. O
ácido alfa lipóico pode impedir a glicação de proteínas, o que é importante porque a
glicação leva a mais problemas com o metabolismo e inflamação. Glicação se refere

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a um endurecimento de poteína e um dos resultados é a hemoglobina glicada,


condição onde as moléculas de glicose ou açúcar ligam-se com a hemoglobina (que
transporta oxigênio no sangue) formando a hemoglobina glicada, reduzindo assim a
sua capacidade de transporte de oxigêno. Outra propriedade do ácido alfa lipóico é
agir como um poderoso anti-inflamatório. A acetil-L-carnitina e o ácido alfa lipóico
trabalham em conjunto para manter os níveis de dopamina, que é um
neurotransmissor importante para o metabolismo energético. Estes dois
antioxidantes também são cruciais para a perda de peso e treinamento de força. Por
exemplo, associar ácido alfa lipóico e l-carnitina antes de um treino, eles vão
aumentar a sua energia e melhorar a sensibilidade a insulina. Isso cria um melhor
ambiente para o fortalecimento muscular e queima de gordura. Alguns
pesquisadores sugerem o ácido alfa lipóico como um tratamento ideal para
indivíduos com sobrepeso e complicações de saúde como pressão alta ou diabetes,
e que tomar ácido alfa lipóico é uma opção melhor do que remédios para
emagrecimento.
Contraindicações: hipersensibilidade ao ativo, pessoas com hipoglicemia,
portadores de doenças crônicas.
Efeitos Colaterais: os efeitos encontrados foram relatados na administração
desse ativo na forma de suplementação: dores musculares, dores de cabeça e má
circulação sanguínea em algumas regiões do corpo.

➢ Ácido Deoxicólico
É um fármaco citolítico que, quando injectado no tecido, destrói fisicamente a
membrana celular causando a lise. Esse ativo ocorre naturalmente no corpo e auxilia
na quebra de gordura da dieta, ocorre lise da célula de gordura e o seu conteúdo é
absorvido para o corpo e eliminado por meios das vias metabólicas normais. Os
níveis plasmáticos de ácido deoxicólico endógeno são altamente variáveis dentro e
entre indivíduos, a maior parte deste componente biliar natural é sequestrado no
circuito de circulação entero-hepática. O ácido desoxicólico endógeno é um produto
do metabolismo do colesterol e é excretado intacto nas fezes; o ácido desoxicólico
injetável une-se ao pool endógeno de ácido biliar na circulação entero-hepática e é

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excretado juntamente com o ácido deoxicólico endógeno.


Contraindicações: caso o paciente teve ou planeja ter uma cirurgia no
rosto, pescoço ou queixo; tem algum problema de saúde dentro ou perto da área do
pescoço; caso a pessoa teve e/ou têm problema de sangramento; caso a paciente
esteja grávida ou planeja engravidar ou esteja amamentando; caso o paciente esteja
sendo medicado com fármacos de ação antiplaquetária ou anticoagulante;
hipersensibilidade ao produto.
Efeitos Colaterais: os mais comuns são inchaço, hematomas, dor,
dormência, vermelhidão e áreas de dureza na região do tratamento. Os efeitos
secundários graves incluem lesões nervosas na mandíbula que podem causar um
sorriso irregular ou assimétrico, fraqueza muscular facial e problemas ao engolir (por
isso é muito importante aplicar no local certo e corretamente).

➢ Ácido Glicólico
É um alfa-hidroxiácido, ácido orgânico de origem vegetal, que tem o poder de
regular a queratogênese e limitar a hipercoesão corneocitária própria de certas
dermatoses, assim como reduzir o envelhecimento intrínseco e fotoinduzido; possui
ação hidratante sobre a pele, melhorando o tônus cutâneo, estimula a
neocolagênese e imcrementa a síntese de glicosaminoglicanos. Indicado
principalmente em rugas superficiais e médias, estrias, flacidez e
rejuvenescimento da pele.
Contraindicações: pacientes hipersensíveis.
Efeitos Colaterais: eritema passageiro.

➢ Ácido Hialurônico
É um glucosaminoglicano, promove uma intensa hidratação, devido à grande
capacidade de absorção de água. Por esta razão, preenche as lacunas deixadas por
estrias e flacidez cutânea. Os glucosaminoglicanos incorporam-se à matriz onde é
aplicado, exercendo ação eutrófica no tecido conjuntivo e conferindo elasticidade,
tonicidade e maciez à pele. Além disso, proporciona ação desinfetante e anti-
inflamatória, impedindo a criação de cicatrizes e aderências. Por atuar nas trocas

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metabólicas e iônicas celulares, exerce atividade antioxidante, impedindo a


penetração de agentes tóxicos.
Contraindicações: pacientes alérgicos a mucopolissacarídeos (heparina e
condroitim sulfato).
Efeitos Colaterais: eritema e coceira no local de aplicação.

➢ Ácido Kójico
Obtido a partir da fermentação do arroz, é utilizado para o tratamento de
hiperpigmentações. Tem efeito inibidor sobre a tirosinase, por quelação dos íons
cobre, e consequentemente diminuição da síntese de melanina. Além disso, induz a
redução da eumelanina em células hiperpigmentadas. Não provoca irritação e
também não é citotóxico.
Contraindicações: em manchas vermelhas, vasculares ou com pouca
melanina, o efeito pode ser quase nulo. Peles muito oleosas ou espessas tem
resposta menor ao ácido kójico.
Efeitos Colaterais: não encontrado essa informação para uso injetável.

➢ Ácido Tranexâmico
É um agente antifibrinolítico, que age através de mecanismo competitivo,
inibindo a ativação do plasminogênio à plasmina. A plasmina é a principal proteína
responsável pela dissolução do coágulo sanguíneo; mostrou uma redução da
atividade da tirosinase, enzima chave da síntese de melanina, e desta forma tem
sido indicado com sucesso em tratamentos de melasma (manchas da pele); inibe a
síntese de melanina não pela atuação direta nos melanócitos, mas através da
inibição dos ativadores dos melanócitos contidos na cultura de queratinócitos
condicionados.
Contraindicações: pacientes em tratamento de hematúria em pacientes
com hemofilia devido ao risco de formação de coágulo e obstrução dos túbulos
renais; em cirurgias torácicas e abdominais, devido ao risco de ocorrência de
hematomas de difícil absorção; em pacientes comhemofilia e fazendo uso
concomitante de complexo protrombínico ativado, devido ao risco de ocorrência de

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tromboembolismo.
Efeitos Colaterais: pode causar náuseas, vômitos e diarreia em poucos
casos relatados.

➢ ADN (ácido hialurônico + condroitim sulfato)


Ver ácido hialurônico e condroitim sultado.
Contraindicações: ver ácido hialurônico e condroitim sulfato.
Efeitos Colaterais: ver ácido hialurônico e condroitim sulfato.

➢ Alfa GPC (glicerilfosforilcolina)


É um composto de colina natural que se encontra no cérebro e difere da
suplementação típica de colina, uma vez que proporciona uma melhor
biodisponibilidade para a entrega de colina. Com maior disponibilidade de
acetilcolina no organismo a resposta do hormônio de crescimento (GH) aos
exercícios físicos se torna mais significativa, as células dos tecidos musculares
esqueléticas são estimuladas e por sua ação no SNC a memória e aprendizagem
são facilitadas.
Contraindicações: não encontrado essa informação para uso injetável.
Efeitos Colaterais: os efeitos encontrados foram relatados na administração
desse ativo na forma de suplementação: (efeitos secundários) azia, dor de cabeça,
insônia, tonturas, erupções cutâneas e confusão.

➢ Aminofilina
É uma metilxantina que atua causando a lipólise dos adipócitos, através da
inibição da fosfodiesterase e aumento da adenosina monofosfato cíclica (AMPc). A
aminofilina apresenta maiores efeitos colaterais.
Contraindicações: pacientes hipersensíveis, hipertensos e cardiopatas.
Efeitos Colaterais: enjoôs, taquicardia, agitação, vômito, náuseas,
dificuldade para dormir.

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➢ Asiaticosídeo
São obtidos de planta inteira de Centella Asiática (Apiaceae), que contém
saponinas tripertênicas (asiaticosídeo, ácido asiático e ácido madecássico),
flavonoides (quercetina, campferol), taninos e alcaloides, entre outras substâncias.
Tem ação anti-inflamatória, cicatrizante, eutrófica para o tecido conjuntivo e
normalizador da circulação em úlceras crônicas, queimaduras, lesões
dermatológicas de cicatrização difícil, telangectasias, fragilidade capilar, varizes e
celulite.
Contraindicações: portadores de insuficiência renal ou hepática, gastrite ou
úlcera.
Efeitos Colaterais: pode produzir fotosensibilidade, irritação gástrica,
aumento do colesterol, efeito sedante.

➢ BCAA
O termo BCAA é na verdade uma abreviação de Branched Chain Amino
Acids, ou Aminácidos de Cadeia Ramificada, que incluem a leucina, valina e
isoleucina. Em conjunto, estes 3 aminoácidos formm cerca de 1/3 das proteínas
musculares e são essenciais para o crescimento e desenvolvimento muscular. Os
aminoácidos de cadeia ramificada são liberados pelo fígado durante a atividade
motora; são eles os seguintes amino- ácidos essenciais: valina, leucina e isoleucina.
Com o esforço intenso, os aminoácidos de cadeia ramificada atingem, sobretudo, a
musculatura exercitada, onde são consumidos e participam da conversão do
piruvato em alanina, a qual é encaminhada ao fígado para nova formação de
piruvato. Com o esforço moderado, os aminoácidos de cadeia ramificada atingem a
mitocôndria da musculatura exercitada, participando da síntese de glutamina, a qual
segue para os tecidos para a formação de glutamato. Enfim, observa-se que o
consumo muscular de aminoácidos de cadeia ramificada visa à manutenção da
funcionalidade do Ciclo de Krebs, e tanto a síntese de alanina quanto a de glutamina
são a forma encontrada para remover da musculatura os grupos amínicos. Na
verdade, dessa forma, os aminoácidos de cadeia ramificada podem substituir a
glicose nas vias de energia. Nos fins dos anos 70, os aminoácidos de cadeia

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ramificada foram sugeridos como o terceiro combustível para a musculatura


esquelética, após os carboidratos e as gorduras. Contudo, efeitos ergogênicos da
sua suplementação não costumam ser verificados, particularmente quando
comparados com os que ocorrem com a suplementação de carboidratos, uma
escolha mais natural, quando a intenção é fornecer energia e poupar glicogênio.
Muitas funções são atribuídas aos aminoácidos de cadeia ramificada; dentre elas, é
possível destacar aumento da síntese de proteínas musculares e redução da sua
degradação, encurtamento do tempo de recuperação após o exercício, aumento da
resistência muscular, diminuição da fadiga muscular, fonte de energia durante dieta
e preservação do glicogênio muscular. Todavia, muitas vezes os apelos comerciais
são falácias. Embora a maioria das alegações veiculadas não encontre ainda
respaldo científico, estudos sugerem que a queda do desempenho possa estar
vinculada à fadiga, a qual pode ocorrer por hipoglicemia e pelo aumento da
serotonina, um neurotransmissor responsável pelas sensações de sonolência,
devido ao aumento de captação do triptofano, um aminoácido precursor da
serotonina. Nesse caso, a suplementação de aminoácidos de cadeia ramificada é
válida, pois eles competem com o triptofano pelo mesmo sistema transportador. São
encontrados aminoácidos de cadeia ramificada em todas as fontes de proteína
animal. Os produtos derivados do leite contêm grandes quantidades deles, mas,
atualmente, a proteína isolada do soro do leite (WHEY PROTEIN) é uma das
fontes mais ricas. As proteínas animais e o WHEY PROTEIN contêm,
respectivamente, 15 e 30% de aminoácidos de cadeia ramificada.
Contraindicações: não há relatos.
Efeitos Colaterais: poucos casos relatados por uso contínuo: náuseas e
dores de cabeça.

➢ Benzopirona
É um derivado cumarínico que exerce ação anti-inflamatória e antiedematosa.
Seu provável mecanismo de ação é de que a benzopirona reduza o excesso de
proteínas teciduais, diminuindo o edema local. Também há hipóteses de que a
benzopirona atue como estimulante de macrófagos. Dessa forma, a benzopirona age

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reduzindo não só o edema como também o processo inflamatório.


Contraindicações: pacientes hipersensíveis.
Efeitos Colaterais: pode ocorrer vermelhidão no local da aplicação.

➢ BFGF
Fator de crescimento fibroblástico básico tem ação quimiotática, angiogênica
e mitogênica. Atua nos fibroblastos e nas células endoteliais, facilitando a
cicatrização e melhorando a elasticidade da pele. Melhora a circulação periférica,
nos folículos pilosos e estimula a fase anágena do ciclo capilar.
Contraindicações: não há relatos.
Efeitos Colaterais: não há relatos.

➢ Biotina (Vitamina H)
É a vitamina hidrossolúvel do complexo B, intervém no metabolismo dos
hidratos de carbono dos lipídeos e das proteínas. Está envolvida na gliconeogênese,
na síntese eoxidação dos ácidos graxos, na degradação de alguns aminoácidos e na
síntese de proteínas; é essencial no metabolismo da pele e seus anexos, como os
cabelos. Indicada no tratamento de alopecias e dermatites seborreicas e acne.
Contraindicações: pacientes hipersensíveis.
Efeitos Colaterais: não há relatos.

➢ Buflomedil
É um agente vasoativo que aumenta o fluxo sanguíneo periférico em vasos
prejudicados, atuando especificamente na microcirculação periférica. O buflomedil
produz efeito vasodilatador devido à sua ação inibidora inespecífica dos alfa-
adrenoreceptores na musculatura lisa vascular, melhorando o fluxo sanguíneo
nutricional. Este medicamento inibe a agregação plaquetária e melhora a
deformabilidade dos eritrócitos com fluibilidade anormal. Embora o mecanismo
pelo qual o buflomedil induza estes efeitos ainda não tenha sido definido, dados
iniciais sugerem que estão envolvidos, em parte, um fraco efeito antagonista não
específico do íon cálcio (somente in vitro) e um efeito de bloqueio dos receptores

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alfas, não específico.


Contraindicações: não utilizar caso o paciente estiver fazendo uso de
anticoagulantes, no pós parto, lactação, pacientes com tendência a hemorragias, na
presença de sangramento arterial severo e em casos de hipersensibilidade ao
blufomedil.
Efeitos Colaterais: não há relatos.

➢ Cafeína
É um alcalóide, mais precisamente uma metilxantina natural, extraída do fruto
da Coffea arabica e espécies correlatas. A cafeína apresenta atividades
farmacológicas que são de suma importância no processo de lipólise (quebra de
gordura) sendo que, melhores resultados são obtidos quando aplicada localmente,
via intradérmica ou intramuscular. O efeito lipolítico é observado devido à dois
fatores: pelo fato da cafeína inibir a fosfodiesterase (enzima que hidrolisa o 3'5'-
AMPc) e por prolongar e potencializar os efeitos da adrenalina. O 3'5'-AMPc quando
em altas concentrações, promove um aumento da lipólise dentro dos adipócitos. A
cafeína também apresenta atividade vasodilatadora, favorecendo o fluxo sanguíneo
no local da aplicação.
Contraindicações: pacientes hipertensos, na presença de problemas
cardíacos graves, disfunções hepáticas, úlcera péptica e insônia.
Efeitos Colaterais: enjoôs, taquicardia, agitação, vômito, náuseas,
dificuldade para dormir.

➢ Cafeisilane C
É um ativo de origem biotecnológica que associa cafeína pura e ácido algínico
(ácido manurônico) a molécula do silanol (silicio biologicamente ativo). Os silanóis
são derivados de silício orgânico, hidrossolúveis, com várias funções hidroxila e são
obtidos por um processo original e patenteados através da reação com vários
radicais, especialmente selecionados para conferir uma ação específica ao
composto. Os silanóis possuem atividades biológicas particulares e algumas
propriedades são maximizadas pela natureza dos radicais. No caso do Cafeisilane C

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os principais radicais são: cafeína e ácido manurônico. O Cafeisilane C oferece


várias vantagens em relação a cafeína pura. Primeiro, sua hidrossolubilidade,
segundo e mais importante, a presença de uma estrutura de silanol com todas suas
propriedades biológicas. A cafeína quando ligada ao silanol melhora sua (com
menor metabolização). O Cafeisilane C posssui atividade anti-inflamatória e
reestruturante, além de uma ação hidratante sobre a epiderme. O Cafeisilane C
pode ser indicado para produtos para o cuidado do corpo com apelo anti-celulítico, e
também pode ser recomendado para reduzir bolsas e inchaços ao redor dos olhos,
quando estas bolsas são um problema de acúmulo de gordura ou resultado de um
edema.Quando utilizado para tratamento no corpo, tem ação anti celulite e lipolítica,
além de proporcionar mais firmeza da pele e hidratação (inclusive no rosto) e no
contorno dos olhos tem ação anti inchaço e anti bolsas.
Contraindicações: não há relatos.
Efeitos Colaterais: não há relatos.

➢ Coenzima Q10
Atua inibindo a peroxidação lipídica e estimulando o sistema imunológico da
epiderme, deixando a pele com aparência mais jovem e mais saudável. A ação
antioxidante é potencializada associando na formulação outros lipossomas contendo
vitaminas antioxidantes ou renovadoras da epiderme.
Contraindicações: portadores de insuficiência cardíaca.
Efeitos Colaterais: relatos encontrados em pacientes que realizam
suplementação, a coenzima Q10 pode reduzir os níveis de açúcar na corrente
sanguínea e ocasionar desconfortos abdominais e dores no estômago. Diabéticos
devem buscar orientação médica antes de aderir a suplementação.

➢ Colágeno
É uma das proteínas que formam as fibras do organismo. Constituído
principalmente pelos aminoácidos glicina, hidroxiprolina, hidroxilisina e prolina, o
colágeno está presente em grande quantidade nos tendões, pele, ligamentos e
músculos. Suas fibras, formadas por um arranjo regular de moléculas de

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tropocolágeno, são praticamente inextensíveis e têm como característica principal a


resistência às tensões.
Contraindicações: pacientes hipersensíveis.
Efeitos Colaterais: sensibilidade e ardor no local da aplicação.

➢ Colina
É uma das vitaminas do complexo B. As duas principais funções da colina
envolvem o cérebro. Ela é importante para a formação do neurotransmissor
acetilcolina, que regulariza de maneira indireta a memória, a cognição e entra no
controle da frequência cardíaca, da respiração e da atividade dos músculos. Outra
função da colina é entrar na formação da esfingomielina que forma a capa dos
nervos que chamamos de bainha de mielina. A bainha de mielina tem que existir
para que o impulso nervoso caminhe nos neurônios, ela é a capa dos neurônios,
estrutura que envolve o neurônio. Por agir na formação do neurotransmissor
acetilcolina, a colina também contribui para o controle da atividade dos músculos. O
fígado acumula um pouco da gordura que formamos dentro do corpo, toda a sobra
de calorias o corpo reserva formando o triglicérides, combustível de reserva, uma
parte vai para os músculos e outra para o fígado, e se houver acumulo neste órgão
há problemas. O fígado precisa da colina para formar um transportador para retirar
essa gordura e fazer com que o corpo a utilize como energia.
Contraindicações: pacientes hipersensíveis, portadores de cirrose,
homocistinúria ou doenças cardiovasculares.
Efeitos Colaterais: relatos de pacientes que fazem uso oral desse
suplemento: náuseas, dor de cabeça, vômito, desconforto gastrointestinal e
sonolência.

➢ Condroitim Sulfato
Um dos elementos que faz parte dos glicosaminoglicanos, presentes na
matriz extracelular; possui a capacidade de reter grande quantidade de água.
Modula a síntese de colágeno. Incompatível com colágeno e elastina, pois há
precipitação de fibras de colágeno em solução de colágeno não hidrolisado com a

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adição de glicosaminoglicanos. É indicado para tratamento de estrias,


envelhecimento cutâneo, cicatrizes e flacidez.
Contraindicações: pacientes alérgicos a mucopolissacarídeos (heparina e
condroitim sulfato).
Efeitos Colaterais: eritema e coceira no local de aplicação.

➢ Cooper Peptídeo
Também conhecido como tripeptídeo de cobre, estimula o ciclo celular e a
cicatrização de tecidos. Também tem ação nos folículos capilares. É utilizado em
formaluções cosméticas rejuvenescedoras como creme e géis para preenchimento
de rugas, além de outras formulações também para uso capilar.
Contraindicações: não foi encontrado relatos.
Efeitos Colaterais: não foi encontrado relatos.

➢ Crisina
A crisina (5,7 diidroxiflavona) é um flavonóide obtido da Passiflora caerulea
(Passifloraceae), conhecida popularmente como Blue Passion Flower, uma espécie
semelhante ao maracujá comum, usada como suplemento nutricional. Tem ação
inibidora da aromatase, uma enzima do citocromo P- 450 que catalisa a conversão
de andrógenos em estrógenos, e ação inibidora sobre a xantina oxidase, que
diminui a formação de ácido úrico. Também possui ação ansiolítica e antioxidante. O
seu principal uso é para aumentar os níveis de testosterona na andropausa. É
considerada uma “isoflavona anabólica”, e por isso tem sido muito utilizada por
fisioculturistas e atletas, como forma de otimizar a testosterona naturalmente
produzida pelo organismo, inibindo a sua conversão em estrógenos. A crisina
reduz os efeitos adversos estrogênicos resultantes da administração de
testosterona e esteróide relacionados.
Contraindicações: pacientes hipersensíveis.
Efeitos Colaterais: não há relatos.

➢ D-pantenol

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É a vitamina B5, faz parte do metabolismo dos lipídeos, açúcares e proteínas;


dá origem ao ácido pantotênico, grupo prostético da co-enzima A, que é essencial no
ciclo de Krebs. Está associado à síntese de acetilcolina, do cortisol e de outros
esteroides. É indicado por sua ação estimulante no metabolismo de proteínas, ao
tratamento de alopecias do couro cabeludo não associado a altos níveis de
diidrotestosterona (padrão masculino).
Contraindicações: pacientes hipersensíveis.
Efeitos Colaterais: não há relatos.

➢ D ribose
É uma pentose (monossacarídeo de 5 carbonos), componente fundamental
na estrutura dos principais constituintes das células, como o RNA e DNA, vitamina
B12, além do ATP principal fonte de energia da célula. A presença de D-ribose é
muito importante, pois vai acelerar a velocidade de produção dos compostos
celulares, como o ATP, atuando como um suplemento energético. É excelente para
utilização por todas as pessoas que necessitam de um aporte rápido de energia e
tem a vantagem de não elevar a glicose sanguínea.
Contraindicações: pacientes com hiperucemia e diabéticos.
Efeitos Colaterais: hipoglicemia e aumento dos níveis de ácido úrico.

➢ Desoxicolato de sódio
É um sal, presente naturalmente na bile, que tem como uma de suas funções,
a lise (“quebra”) de gordura durante a digestão dos lipídeos. Estudos norte-
americanos têm demonstrado intensa atividade lipolítica do desoxicolato quando
aplicado pela via subcutânea, auxiliando na redução de medidas por ação direta
sobre as células de gordura. O desoxicolato promoverá o rompimento da membrana
do adipócito, “desencarcerando” os ácidos graxos, lisando essas moléculas em suas
ligações químicas. Na concentração de 6% tem resposta bem efetiva.
Contraindicações: pacientes hipersensíveis.
Efeitos Colaterais: inchaço, hematomas, dor, dormência, vermelhidão e
áreas de dureza na região do tratamento.

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➢ DMAE
É um precursor da colina e da acetilcolina, sendo usado para prevenção e
tratamento de rugas e flacidez da pele; age na acetilcolina, estimulando suas ações.
Assim previne e trata rugas e flacidez do rosto, particularmente na região ao redor
dos olhos e do pescoço. Reduz rugas e linhas de expressão. Atua nas fibras
musculares do organismo, tornando-as mais firmes, tonificadas e elásticas.
Contraindicações: pacientes hipersensíveis e pacientes em tratamento com
toxina botulínica.
Efeitos Colaterais: eritema passageiro.

➢ DMSO (dimetilsulfóxido)
É um solvente orgânico utilizado como veículo em diversas formulações
dermatológicas. Suas ações referidas incluem penetração em membranas, analgesia
local, vasodilatação, dissolução do colágeno, além de ação anti-inflamatória e
antisséptica. É usado também como veículo para princípios ativos, como o minoxidil,
pois facilita a penetração epidérmica dessas substâncias e aumentando, portanto
seu efeito.
Contraindicações: portadores de doenças no sangue, fígado ou rins,
diabéticos.
Efeitos Colaterais: reações cutâneas, pele seca, dor de cabeça, tonturas,
sonolência, náusea, vômito, diarreia, constipação, problema respiratórios, problemas
de visão, problemas de sangue e reações alérgicas.

➢ Elastina
É uma das principais constituintes das fibras do tecido conjuntivo e
responsável pela sua elasticidade, propriedade que confere sustentação e firmeza a
pele. São sintetizadas pelos fibroblastos e secretadas no espaço intercelular, na
forma de elastina solúvel. Utilizada para tratamentos para rejuvenescimento,
também tem ação hidratante e nutritiva.
Contraindicações: não há relatos.
Efeitos Colaterais: não há relatos.

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➢ Finasteride
É um esteroide sintético inibidor específico da enzima 5 alfa-redutase,
responsável pela metabilização da testosterona e da diidrotestosterona (DHT), que é
a causadora da alopecia androgenética. Indicado para pacientes com alopecia,
hirsutismo e acne.
Contraindicações: pacientes hipersensíveis, mulheres e crianças.
Efeitos Colaterais: não há relatos.
➢ Hialuronidase
É a combinação de duas enzimas (Hialuronoglicuronosidase e
Hialuronatoliase), obtida a partir do sêmen e do extrato de testículos bovinos
(geralmente bovino). A ação dessas enzimas possui a atividade de despolimerização
temporária da estrutura molecular do ácido hialurônico que entrelaçado no tecido
conjuntivo, favorece maior fluidez do meio intracelular facilitando a permeabilidade e
a distribuição de substâncias no espaço tecidual permitindo melhor drenagem de
edemas e toxinas. A Hialuronidase é empregada como agente facilitador de
absorção e difusão de outros demais ativos, indicada para hematomas, contusões,
flebites e etc, sendo sua principal indicação estão relacionadas à celulite devido ao
inchaço sanguíneo e linfático por conta de pouca drenagem no local. Mas
recentemente está sendo empregado na correção de defeitos e granulações de
preenchimento facial feito com ácido hialurônico reticulado.
Contraindicações: não deve ser aplicada em áreas infeccionadas pela
possibilidade de difusão do processo infeccioso, nas proximidades de neoplasias e
em pessoas sensíveis à hialuronidase.
Efeitos Colaterais: não encontrada literatura.

➢ HMB (hidroximetilbutirato)
É um metabolito do aminoácido leucina (uma combinação chamada alfa
ketoisocaproate), a l- leucina é um aminoácido da cadeia ramificada (bcaa), apenas
5 % do total de leucina ingerida pela dieta alimentar é convertida em HMB pelo
organismo sendo assim para alcançar um valor de 3 g de HMB no organismo teriam

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que ser ingeridas pelo menos 60g de leucina por dia, o que além de não ser nada
prático, poderia trazer bastante desconforto estomacal. O HM é utilizado como
suplemento alimentar, em situações específicas, com o intuito de aumentar ou
manter a massa isenta de gordura, um recurso ergogênico (substâncias visando à
melhora da performance) por suas propriedades anticatabólicas após exercícios
físicos, regulando o metabolismo protéico.
Contraindicações: não há relatos.
Efeitos Colaterais: não há relatos.

➢ IGF
Fator de crescimento insulínico, sua carência acelera o processo de
envelhecimento intrínseco da pele, sendo por isso, usado na prevenção desse
processo. Aumenta a produção de colágeno e elastina na pele e melhora a
aparência de rugas e linhas de expressão. Também estimula folículos capilares a
produzirem cabelos mais densos e fortes.
Contraindicações: não há relatos.
Efeitos Colaterais: não há relatos.
➢ Inusitol
É um composto derivado do metabolismo da glicose e, na literatura científica,
também é discutível ser uma vitamina do complexo B. Tem como principal função
neutralizar o colesterol, pois tem papel auxiliar na quebra de gorduras e colesterol;
montagem do citoesqueleto; controle da concentração intracelular do íon Ca2+;
manutenção do potencial de membrana das células; modulador da atividade da
insulina; melhora a constipação intestinal.
Contraindicações: pacientes hipersensíveis.
Efeitos Colaterais: pode causar náuseas, cansaço, dor de cabeça e
tonturas.

➢ Iombina
É um alcaloide extraído da casca de uma planta africana Corynanthe
yohimbehe; inibe os adrenorreceptores pré-sinápticos alfa-2, levando a um aumento

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da liberação de noraepinefrina; apresenta uma ação liporredutora devido


principalmente a um aumento de norepinefina na fenda sináptica, resultando em um
aumento da lipólise por mecanismo agonista betadrenérgico. Não deve ser
associado a produtos de pH alcalino, pois pode ocorrer precipitação da mescla (caso
isso ocorra, despreze a mistura).
Contraindicações: pacientes hipersensíveis e hipertensos. Não usar em
pacientes em tratamento com propranolol por via oral (reduz efeito da iombina).
Efeitos Colaterais: ardor e hematoma.

➢ Isoleucina
É um aminoácido essencial usado como suplemento dietético e para
aumentar a síntese de hemoglobina. Participa do metabolismo glicídico e ajuda a
estabilizar e regular a glicemia. Esta envolvida na regulação da síntese proteica e na
manutenção da massa mucular corporal. É um regulador de açúcar no sangue e
quando utilizado junto com leucina e valina, ajuda no metabolismo dos músculos.
Contraindicações: não encontrado relatos.
Efeitos Colaterais: não encontrado relatos.

➢ L-arginina
É um aminoácido usado como suplemento dietético e para o metabolismo
hepático, onde participa das reações de desintoxicação. A arginina é usada também
para melhorar as respostas do sistema imunológico e em distúrbios renais. O seu
uso tem sido experimentado em distúrbios do crescimento, por sua participação na
síntese e liberação do hormônio do crescimento. A arginina é um precursor do óxido
nítrico, sendo por isso usada no tratamento de disfunção erétil. Além disso,
trabalhos recentes tem revelado o aumento do metabolismo adipocitário mediado
pelo óxido nítrico. O oxído nítrico produzido no tecido conjuntivo trabalha como um
mensageiro endógeno ligando-se em adipócitos e fibroblastos, e outro efeito
promovido é a vasodilatação, importante para o aporte de oxigênio e drenagem de
toxinas. Os efeitos recorrentes são lipólise, síntese de colágeno e anticelulite.
Contraindicações: pacientes com diabetes e problemas cardíacos.

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Efeitos Colaterais: relatos encontrados por pacientes que realizam


suplementação oral: desencadeia sintomas da herpes, azia, piora da gastrite ou
úlceras.

➢ L-carnitina
É um aminoácido, presente naturalmente no organismo humano, sintetizada
no fígado e rins pelos aminoácidos L-metionina e L-lisina, na presença de niacina,
vitaminas C, B6 e do mineral ferro. No organismo, os triacilgliceróis sob ação
hormonal, sofrem a ação de enzimas específicas, as lípases, que quebram cada
triacilglicerol em várias moléculas de ácido graxo. A L-carnitina participa deste
processo de lipólise, realizando o transporte dos ácidos graxos de cadeia longa para
dentro da mitocôndria onde esses ácidos serão oxidados resultando na produção de
energia na forma de ATP. Além disso, a L-carnitina apresenta atividade
antioxidante devido à capacidade deste aminoácido em retirar os ácidos graxos de
cadeia média e curta que possam se acumular no interior da mitocôndria. O excesso
de ácidos graxos dentro da mitocôndria pode levar a célula a um estresse oxidativo,
interferindo na síntese normal de energia.
Contraindicações: pacientes hipersensíveis.
Efeitos Colaterais: sensibilidade e ardor no local da aplicação.

➢ L-fenilalanina
É um aminoácido essencial que o organismo não consegue sintetizar e é
produzido através da alimentação. É o precursor de neurotransmissores
norapinefrina (equivalente cerebral da adrenalina) epinefrina e dopamina (que
transmite sentimento de bem- estar) passando pela l- tirosina que é um estimulante
cerebral. Por outro mecanismo, também ode ser convertido em fenilalanina, uma
substância presente naturalmente no cérebro, que influência positivamente no
humor. A l-fenilalanina desencadeia igualmente a produção do hormônio
colistoquenina (CCK) no intestino, que dá ao cérebro o sinal de saciedade,
acalmando assim o apetite. Aumenta a biodisponibilidade energética, com isso
ocorre à eliminação da gordura localizada.

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Contraindicações: pacientes hipersensíveis.


Efeitos Colaterais: sensibilidade e ardor no local da aplicação.
➢ Lipossomas de desoxicolato
Os lipossomas funcionam como um veículo para o desoxicolato de sódio. Por
terem maior semelhança com a membrana do adipócito conseguem entrar na célula,
permitindo que a substância realize sua ação lipolítica com maior eficácia e por
tempo prolongado por estar diretamente no local de ação. O deseoxicolato atua
como um emulsionante (detergente) permitindo maior disponibilidade dos fármacos
no seu sítio de ação e ainda reage com a membrana dos adipócitos promovendo sua
lise e reagindo com os triglicerídeos da célula.
Contraindicações: não foram encontradas informações.
Efeitos Colaterais: não foram encontradas informações.

➢ Lipossomas de girassol
São enzimas extraídas do girassol. Apresenta propriedades lipotrópicas
(mobilizadora de gordura) e ação lipolíticas, e vêm mostrando resultados fantásticos
no tratamento da gordura localizada e celulite sempre comparada aos efeitos das
substâncias anteriores.
Contraindicações: pacientes hipersensíveis.
Efeitos Colaterais: sensibilidade e ardor no local da aplicação.

➢ L-leucina
É um aminoácido essencial usado como suplemento dietético e para
aumentar a capacidade à cicatrização dos ossos, pele e tecido muscular (razão pela
qual é feita suplementação antes das cirurgias). É uma das principais fontes de
energia durante exercícios prolongados. Também aumenta a síntese e
armazenamento de proteínas.
Contraindicações: não há relatos.
Efeitos Colaterais: não há relatos.

➢ L-lisina

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É um aminoácido essencial usado como suplemento dietético e para


aumentar a imunidade em processos virais como a gripe e o herpes. É necessária
para o crescimento e desenvolvimento dos ossos em crianças, para ajudar na
absorção de cálcio e para manter o balanço nitrogenado em adultos.
Contraindicações: não encontrado relatos.
Efeitos Colaterais: não encontrado relatos.

➢ L-ornitina
É um aminoácido utilizado como suplemento dietético e no tratamento da
hiperamoniemia e distúrbios hepáticos. Juntamente com a carnitina, é usado para
metabolizar a gordura do organismo. Ajuda a ajuda também na regeneração da
célula hepática. Atua na diminuição da célula adiposa e aumento da massa
muscular. Não deve ser usada em pessoa com tendência a esquizofrenia.
Contraindicações: pacientes hipersensíveis.
Efeitos Colaterais: sensibilidade e ardor no local da aplicação.

➢ L-prolina
É um aminoácido usado como suplemento dietético e para estimular a
síntese de colágeno no organismo.
Contraindicações: pacientes com problemas renais ou hepáticos.
Efeitos Colaterais: não há relatos.

➢ L-taurina
É usada como suplemento dietético e como coadjuvante no tratamento da
hipercolesterolemia e de doenças cardiovasculares. Participa da síntese de ácidos
biliares, como o ácido taurocólico, ativa a formação de ácido gama-aminobutírico
(GABA) e dificulta a transmissão das catecolaminas e da acetilcolina.
Contraindicações: não há relatos.
Efeitos Colaterais: não há relatos.

➢ L-triptofano

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É um aminoácido essencial usado como suplemento dietéticoe no tratamento


do stress e hiperatividade. É usado também no tratamento da depressão e
distúrbios do sono. A serotonina é um neurotransmissor importante que regula o
humor, o apetite e o sono, sendo muitas vezes utilizado para tratar casos de
depressão ou ansiedade.
Contraindicações: pacientes que tomam antidepressivos.
Efeitos Colaterais: uso prolongado relatado por administração via oral:
náusea, dor de cabeça, tontura, rigidez muscular.

➢ Luteolina
É um flavonóide carotenóide encontrado na salsa, alcachofra, basílico, aipo e
outros alimentos, com potente ação anti-inflamatória e antioxidante. O mecanismo
de ação na proteção cerebral parece estar relacionada à inibição da fosforilação da
JNK (Jun Quinase N Terminal), uma proteína que ativa um fator de transcrição, o
AP-1, o qual é necessário para a produção de interleucina-6. As citocinas
inflamatórias, como a interleucina-6, inibem certos tipos de aprendizado e memória
que estão sob controle do hipocampo, vulneráveis aos agravos do envelhecimento.
Contraindicações: não encontrado relatos.
Efeitos Colaterais: não encontrado relatos.

➢ L-valina
Vital para a função mental, coordenação muscular e função neural , útil nos
casos de inflamação
.Sua deficiência pode levar ao nervosismo , problemas com sono e sintomas
mentais .É principal componente da família de cadeia continua que permite o
armazenamento das moléculas que produzem energia .É melhor quando usado em
conjunto com dois outros aminoácidos de cadeia continua , a leucina e a isoleucina.
Contraindicações: pacientes hipersensíveis.
Efeitos Colaterais: não há relatos.

➢ Mesoglicano

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É um mucopolissacarídeo natural constituído por uma mistura constante de


glicosaminoglicanos (sulfato de heparano, sulfato de dermatano, sulfato de
condroitina), que são sintetizados pelas células edoteliais, localizando-se
normalmente na sua superfície ou na matriz endotelial. Os glicosaminoglicanos têm
um papel determinante na garantia de funcionalidade endotelial,
Contraindicações: pacientes hipersensíveis.
Efeitos Colaterais: não há relatos.

➢ Metionina
É um aminoácido essencial usado como suplemento dietético e como
hepatoprotetor, principalmente como alternativa à acetilcisteína, para evitar dano
hepático nos casos de envenenamento por paracetamol. Também é usado para
aumentar a síntese de glutation, diminuir o pH urinário e como coadjuvante ao
tratamento de distúrbios hepáticos.
Contraindicações: não há relatos.
Efeitos Colaterais: não há relatos.

➢ Minoxidil
É um agente anti-hipertensivo oral que atua promovendo vasodilatação
periférica. Apresenta como efeito secundário uma alta incidência de hipertricose.
Usado topicamente, estimula a microcirculação em torno do folículo piloso e
promove o crescimento capilar. Estimula o crescimento dos queratinócitos e do
cabelo.
Contraindicações: não há relatos.
Efeitos Colaterais: não há relatos.

➢ Pentoxifilina
É uma metilxantina e tem como nome químico 1-(5-oxohexil)-3,7-
dimetilxantina. A pentoxifilina, por atuar como inibidor da agregação plaquetária e
reduzir as concentrações do fibrinogênio plasmático, melhora a flexibilidade
eritrocitária, a circulação periférica e as concentrações de oxigênio tecidual. Possui

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poder liporredutor. Dessa forma, a pentoxifilina pode ser associada a outras


medicações com o intuito de tratar quadros de celulite quando há comprometimento
da microcirculação local.
Contraindicações: pacientes hipersensíveis a pentoxifilina ou a outras
xantinas ou com problemas cardíacos.
Efeitos Colaterais: taquicardia, tonturas e náuseas.

➢ Picolinato de cromo
É uma forma orgânica e completamente biodisponível de cromo. O Cromo
ativa várias enzimas envolvidas no metabolismo da glicose e síntese de proteínas,
principalmente a insulina. De fato, o Cromo é um mineral que participa da
biossíntese, desse hormônio, participando também do seu aproveitamento pelas
células durante o transporte da glicose. Vários estudos documentam a utilização do
Cromo em diversos distúrbios, endógenos, incluindo distúrbios do colesterol, glicose,
diabetes, obesidade e envelhecimento.
Contraindicações: pacientes diabéticos, hipersensíveis e com problemas
renais.
Efeitos Colaterais: eritema e coceira no local de aplicação.

➢ Piruvato de sódio
É uma substância orgânica com 3 carbonos na mólecula (CH3-CO-COOH). É
um alfacetoácido natural que metabolicamente se encontra no final da via glicolítica,
que se transforma em ácido lático (hidroxiácido). O sal sódico do piruvato está
envolto diretamente no processo de respiração celular, tanto aeróbico (ciclo de
Krebs) como anaeróbico. É responsável também pelo aumento de transporte de
glicose para os músculos. Além da contração dos músculos que pomove um
aumento do transporte e consumo de glicose, o ácido lático é o próprio piruvato que
possui atividade fibroblástica estimulando a síntese de colágeno. Estas ações
contribuem para melhorar casos de hipotonia muscular e flacidez.

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Contraindicações: pacientes hipersensíveis.


Efeitos Colaterais: não há relatos.

➢ PQQ (Pirroloquinolina Quilona)


Vitamina do complexo B, 100x mais potente que a vitamina C. PQQ é um co-
fator de óxidoredução dotado de uma estabilidade molecular extrema, capaz de
realizar milhares de transferências de elétrons. Por esta razão, o seu poder
antioxidante é 100x superior ao da vitamina C para neutralizar os radicais livres
superóxidos e os hidróxilos. Novo co-fator com ação antioxidante e atividade
parecida à vitamina B, neuroprotetor e cardioprotetor; nutriente essencial que
enriquece o arsenal antienvelhecimento; possui propriedades vitamínicas e
antioxidantes, associadas a funções de reparação cognitiva, com importante papel
no processo de envelhecimento, proteção das células nervosas e na estimulação
natural dos níveis energéticos ligados à concentração e ao desempenho.
Indicações: combate envelhecimento celular, ação antioxidante, pois protege
cabelos do embranquecimento e promove a formação de novas mitocôndrias.
Contraindicações: não há relatos.
Efeitos Colaterais: não há relatos.

➢ Rutina
É um bioflavonoide obtido de diversas plantas como a castanha da Índia,
Aesculus hippocastanum e outras como Fagopyrum esculentum, Sophora japonica ,
Hedera heliz e várias espécies de Eucalyptus. Tem ação protetora sobre o endotélio
vascular, anti-inflamatória, antiedematosa, antivaricosa e anticelulítica.
Contraindicações: pacientes hipersensíveis.
Efeitos Colaterais: não há relatos.

➢ Selênio
Faz parte das enzimas antioxidantes como a glutation peroxidase, daí o seu
particular interesse na prevenção de danos causados pelos radicais livres no
organismo. Tem ação também em processos degenerativos, como a artrite

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reumatoide, degenerações de retina, aterosclerose, distrofia muscular e


degeneração do miocárdio. Tem ação protetora no organismo contra o mercúrio,
cádmio e outros metais pesados. Sua ação antioxidante é sinergisada pela vitamina
E. Nos alimentos é encontrado em maior quantidade no fígado e rins e, em menor
quantidade, nos vegetais. Dependendo da espécie animal, idade e composição da
dieta, a deficiência de selênio pode levar a lesões neurológicas, necrose hepática,
fibrose pancreática, entre outras.
Contraindicações: não encontrado relatos.
Efeitos Colaterais: não encontrado relatos.

➢ Silício (trissilinol)
É um semi-metal, constiuído por moléculas de carbono, presente em
compostos minerais e orgânicos. O silício participa da constituição das
macromoléculas que formam o tecido conjuntivo, como a elastina, colágeno,
proteoglicanas e glicoproteínas. O silício evita a degeneração das macromoléculas
do tecido conjuntivo, favorecendo e estimulando sua regeneração. Induz e regula a
proliferação dos fibroblastos. Atua também como regulador, normalizador,
estimulante e protetor dos processos metabólicos e de divisão celular, atuando como
agente antioxidante, opondo-se à peorxidação lipídica e reorganizando os
fosfolipídios da membrana. Dessa forma, o silício participa ativamente da proteção
contra o envelhecimento precoce. O silício apresenta ação lipolítica por estimulação
do AMPc, não atuando sobre a fosfodiesterase, como as metilxantinas naturais.
Dessa forma, o silício tem ação lipolítica superior à cafeína, inclusive exercendo
seus efeitos em menores concentrações.
Contraindicações: alergia aos salicilatos.
Efeitos Colaterais: não há relato.

➢ Tripeptídeo 41
É um peptídeo derivado do Fator de Crescimento Transformador b (TGFb),
cujos aminoácidos são concentrados em 1000ppm dentro de uma nanolipossoma.
Atua por comunicação celular, estimulando a síntese de moléculas mensageiras

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essenciais no tratamento lipolítico. Seu mecanismo de ação esta baseado em quatro


etapas: ativação de um fator de transcrição nuclear que estimula a síntese de
citocinas nos macrófagos (desencadeia lipólise), aumento de AMPc em adipócitos
(importante sinalizador intracelular para lipólise) e bloqueio da PPARg (principal
receptor do núcleo dos adipócitos responsável pela divisão e diferenciação deste
tipo celular, seu bloqueio impede a hiperplasia do tecido adiposo), redução da
expressão de C/EBP (fator dr transcrição essencial na diferenciação dos adipócitos,
impedindo, também, a hiperplasia do tecido adiposo) e redução do acúmulo de
triglicerídeos (além de redução da recidiva do panículo adiposo). Pode ser
combinado aos ativos lipolíticos cafeína e L-carnitina.
Contraindicações: pacientes hipersensíveis.
Efeitos Colaterais: inchaço, hematomas, dor e vermelhidão.

➢ VEGF
Fator de crescimento vascular tem ação estimulante sobre a angiogênese,
melhora a circulação periférica nos folículos pilosos e estimula a fase anágena do
ciclo capilar.
Contraindicações: não há relatos,
Efeitos Colaterais: não há relatos.

➢ Vitamina B12
É uma vitamina hidrossolúvel, que faz parte de coenzimas envolvidas com a
síntese dos ácidos nucléicos e em outras importantes vias metabólicas. A deficiência
de vitamina B12 pode ocorrer em vegetarianos estritos e em pacientes com
síndrome de má absorção, distúrbios metabólicos e após gastrectomia. Os estados
de deficiência podem levarà anemia megaloblástica e a danos neurológicos.
Contraindicações: pacientes hipersensíveis.
Efeitos Colaterais: coceira na pele, urticária, broncoespasmo e
angioedema.

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➢ Vitamina B2 (riboflavina)
É uma vitamina hidrossolúvel, convertida no organismo em FMN e FAD, que
são coenzimas envolvidas no metabolismo energético e em reações de oxi-redução.
Sua deficiência leva à síndrome conhecida por ariboflavinose, caracterizada por
queilose, estomatite angular, glossite, queratite e dermatite seborreica.
Contraindicações: não há relatos.
Efeitos Colaterais: não há relatos.

➢ Vitamina B3 (nicotinamida)
Niacina é o termo empregado em diversas fontes paradesignar tanto o ácido
nicotínico como a nicotinamida. Pertencem ao grupo das vitaminas B e são usadas
no organismo para a síntese de coenzimas (NAD e NADP), envolvidas no transporte
de elétrons na cadeia respiratória. Sua deficiência leva ao desenvolvimento de uma
síndrome conhecida por pelagra. O ácido nicotínico também é usado como
vasodilatador e, em associação com outros redutores de lipídeos, nas
hiperlipidemias.
Contraindicações: pacientes hipersensíveis.
Efeitos Colaterais: formigamento, dor de cabeça, coceira e vermelhidão na
pele.

➢ Vitamina B6 (piridoxina)
É uma vitamina hidrossolúvel, envolvida principalmente no metabolismo dos
aminoácidos e também no metabolismo glicídico e lipídico. Também é necessária
para a formação da hemoglibina. É usada para prevenir e tratar os estados de sua
deficiência, no tratamento de certos distúrbios metabólicos, na depressão e outros
sintomas associados à STPM e ao uso de anticoncepcionais, na profilaxia da
neurite periférica induzida pela isoniazida e para o tratamento da intoxicação
aguda pela isoniazida.
Contraindicações: pacientes hipersensíveis.
Efeitos Colaterais: aumento do ácido fólico, sensação de frio ou de
calor, sonolência, neuropatia periférica quando utilizada em excesso.

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➢ Vitamina C
O ácido ascórbico é uma vitamina essencial, nosso organismo não pode
produzir. Atua como co- fator da síntese de colágeno, proteoglicanos e outros
constituintes da matriz intracelular; age nos anticorpos diminuindo os mediadores da
reação inflamatória; tem potente ação antioxidante. Não é recomendado ser
associado a outros fármacos. Indicada para tratamento de estrias, flacidez e
rejuvenescimento facial e corporal.
Contraindicações: pacientes hipersensíveis.
Efeitos Colaterais: sensibilidade e ardor no local da aplicação.

➢ Vitamina D3 (colicalciferol)
Os compostos vitamínicos D (colecalciferol e ergocalciferol) são esteróis
lipossolúveis, essenciais para o metabolismo do cálcio e do fósforo, e para a
mineralização óssea. Os estados de deficiência ocorrem quando a exposição à luz
solar do organismo é deficiente e também quando a vitamina D não é suprida
adequadamente pela dieta, principalmente em crianças, idosos e pacientes com
síndrome de má absorção. A deficiência em vitamina D é caracterizada por
hipocalcemia, hipofosfatemia, desmineralização óssea, dor óssea, fraturas e
deformações esqueléticas em crianças.
Contraindicações: superdosagem.
Efeitos Colaterais: perda de apetite, constipação, boca seca, sede, gosto
metálico na boca e fadiga. Reações que requerem atenção e ida ao médico: náusea,
vômitos, diarreia e confusão.

➢ Zinco sulfato
O zinco é um constituinte de diversas enzimas como a superóxido dismutase
citoplasmática, anidrase carbônica, álcool e lactato desidrogenase,
carboxipeptidases, fosfatase alcalina, aldolase e também parte integral da insulina.
Encontra-se em maiores concentrações na próstata e coroides dos olhos. A
deficiência do zinco em homens está relacionada com o retardo do crescimento,

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hipogonadismo em homens, oligospermia, diminuição da imunidade celular e


humoral, alopecia, alterações olfativas, alterações oftálmicas, artrite reumatoide,
diabetes, letargia mental, stress, lesões da pele, esôfago e córnea, entre outros
distúrbios. Nos alimentos é encontrado em maior quantidade na carne, gema de
ovo, ostras, aves, leite e, em menor quantidade, nas frutas, peixes e vegetais.
Melhora o paladar, acelera a cicatrização de feridas e queimaduras. Suplementos de
zinco reduzem a absorção de cobre, ferro, penicilamina, fluoroquinolonas e
tetraciclinas. A deficiência deste mineral também diminui a força e a resistência do
músculo, pois ele é um elemento anabólico que recupera fibras rompidas no tecido
muscular e promove um aumento muscular. Além de que muitas enzimas que
previnem o aumento do ácido láctico requerem zinco.
Contraindicações: pacientes com problemas renais ou intestinais.
Efeitos Colaterais: a quantidade de zinco presente no sulfato de zinco
injetável é muito pequena, por isso, sintomas de toxicidade pelo zinco são
considerados difíceis de ocorrer, porém a administração parenteral prolongada de
altas doses de zinco pode levar à deficiência de cobre associada à anemia
sideroblástica e neutropenia. Altas concentrações plasmáticas de zinco podem ser
reduzidas com o uso de drogas quelantes como edetato de cálcio dissódico.

Métodos de Anestesia
Para um melhor conforto e menos dor durante a sessão, também é sugerido o
uso de anestésicos, que podem ser de uso tópico, gelo e outros resfriadores ou nas
mesclas para o tratamento.
Anestésicos nas mesclas de tratamento (adicioná-las junto às demais
enzimas, alguns frascos com mesclas prontas já contém o anestésico na sua
composição):
• Lidocaína: (2 - (dietilamino) - N - (2,6-dimetilfenil) acetamida) é o
anestésico local mais estável entre todos os conhecidos, sendo extremamente mais
resistente à hidrólise. Apresenta um período de latência menor do que a procaína e
sua ação, além de mais intensa, é também mais prolongada, durando de 60 a 75
minutos. Os anestésicos locais, em geral, atravessam a bainha do nervo na forma

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escleroterapia

não ionizada, porém, interagem com os aceptores situados na membrana neural, na


forma ionizada, estabilizando o potencial da referida membrana, bloqueando a
condução nervosa. Esta despolarização talvez se dê por interferência com o fluxo de
íons Na+ e K+ através da membrana. A lidocaína, assim como os outros anestésicos
locais, pode ser ineficaz em áreas inflamadas, pois nestas, o pH, por ser mais baixo,
facilita a ionização das moléculas da lidocaína, dificultando sua penetração nas
fibras nervosas. Precauções: não aplicar em pacientes com histórico alérgico à
lidocaína, síndrome de Stokes-Adams, segundo ou terceiro grau de parada cardíaca
ou em caso de antecedentes epiléticos.
• Procaína: apresenta um período de latência maior do que a lidocaína
sendo que sua ação é menos intensa e menos prolongada. Os anestésicos locais,
em geral, atravessam a bainha do nervo na forma não ionizada, porém, interagem
com os aceptores situados na membrana neural, na forma ionizada, estabilizando o
potencial da referida membrana, bloqueando a condução nervosa. A procaína,
assim como os outros anestésicos locais, pode ser ineficaz em áreas inflamadas,
pois nestas, o pH, por ser mais baixo, facilita a ionização das moléculas da procaína,
dificultando sua penetração nas fibras nervosas. A vantagem da procaína é que
também faz lipólise. Precauções: não aplicar em pacientes com histórico alérgico à
procaína ou em caso de antecedentes epiléticos.

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Escleroterapia

A escleroterapia continua sendo o procedimento mais realizado pelos


cirurgiões vasculares brasileiros. Não há como negar sua importância em nossa vida
profissional. Dentro deste contesto, a escleroterapia merece todo cuidado e atenção
possíveis. O médico deve estar atento para todos os detalhes desde a escolha da
droga até a marca da agulha e seringa a ser utilizada. Apesar de ser um
procedimento simples, o grau de exigência destes pacientes é muito alto como
costuma acontecer em todos procedimentos estéticos onde os insucessos

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escleroterapia

costumam ser fortemente criticados.


O conhecimento das complicações é imprescindível para que o realizador do
método possa evitá-las. Uma boa formação na especialidade com conhecimento
anatômicofisiológico das veias e das patologias vasculares é indispensável.
Devemos pensar antes de tudo em não causar danos. Uma medida conveniente é
comunicar as possíveis complicações existentes, mesmo as raras. Alguns médicos
fazem isso por escrito, com folhetos explicativos, o que costuma aumentar a
confiança do paciente mesmo diante de uma complicação.
Durante a anamnese deve-se investigar: alergias; tendência a
hiperpigmentação (melasma gravídico, cicatrizes ou foliculites hiperpigmentadas,
pele morena tipo III a IV ou pele amarela); distúrbios de coagulações; vasculite; uso
de contraceptivos orais; reposição hormonal; gravidez ; antibióticos (minociclina
produz pigmentação pós escleroterapia por provável interferência na degradação da
hemossiderina); distúrbios do metabolismo do ferro.

AS COMPLICAÇÕES MAIS ENCONTRADAS

Hiperpigmentações, recidivas, aparecimento de telangiectasias secundárias


mais finas que as originais, não desaparecimento, edema temporário, urticária
localizada, bolhas ou vesículas devido a compressão por faixas ou esparadrapo,
necrose cutânea (úlcera), injeção linfática, flebite – tromboflebite, trombose venosa
profunda, embolia, reação alérgica sistêmica.

HIPERPIGMENTAÇÃO PÓS ESCLEROTERAPIA

Há dois tipos básicos de hipercromia pósescleroterapia : hipercromia pós-


inflamatória e deposição de hemossiderina. A hipercromia pós-inflamatória é
decorrente da resposta tecidual ao resíduo necrótico do vaso destruido. Obviamente
ela é tanto maior quanto mais calibrosa for a veia tratada. Normalmente as
telangiectasias finas de até 12 mm têm parede muito fina e ao serem esclerosadas
deixam pequeno volume de tecido necrótico que não gera um processo inflamatório

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escleroterapia

suficiente para causar hipercromia. Quando tratamos veias maiores, normalmente


também mais profundas, o risco de hipercromia pós-inflamatória aumenta. Outra
possível causa para a hipercromia pósinflamatória é o extravasamento da solução
esclerosante. Drogas menos agressivas como glicose 75%, polidocanol 0,5%
causariam menos risco de hipercromia quando injetadas fora do vaso, em relação a,
por exemplo, etanolamina, glicerina crômica, polidocanol 2%. O resultado destas
agressões é uma estimulação dos melanócitos que passam a liberar grande
quantidade de melanina que se aprofunda anormalmente na derme. Seu tratamento
é difícil e lento, como veremos adiante. Este tipo de lesão é muito parecida com a
produzida na cirurgia de varizes quando se manipula excessivamente ou
grosseiramente as incisões para a retirada de colaterais
A deposição de hemossiderina tem uma seqüência diferente. Ao realizarmos
uma sessão de escleroterpia, algumas telangiectasias ficam contraídas, sem
sangue. Outras ficam ectasiadas com grande volume de sangue coagulado. Este
coágulo protegido pela parede do vaso será absorvido mais
lentamente do que se estivesse disperso nos tecidos. Este tempo prolongado
antes que seja reabsorvido pelos macrófagos, permite a transformação da
hemoglobina em hemossiderina e ferro livre. Quando o vaso se rompe há uma
dispersão destes componentes que não serão identificados como corpo estranho,
permanecendo indefinidamente no local. Estudos histológicos demonstraram que a
pigmentação ocre é causada pela alteração da cor da derme pela hemossiderina. O
pigmento fica predominantemente na derme superficial podendo às vezes estar
presente nas regiões perianexiais ou na derme média, principalmente em áreas
localizadas do tornozelo. Fenômeno semelhante ocorre na insuficiência venosa
crônica decorrente dos repetidos extravasamentos de hemacias pelas fendas
endotelias que estão dilatadas devido ao aumento de histamina e prostaglandinas
produzidas pelos mastócitos das paredes vasculares inflamadas. Alguns autores
acreditam que a oxidação do ferro presente nas lesões levaria a formação de
radicais livres que por sua toxicidade estimulariam os melanócitos piorando as
lesões. Os vasos maiores que 3 mm têm maior chance de formar coágulos pós
escleroterapia.

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Figura– Hiperpigmetação Pós Esclerose

Figura - Hiperpigmentação pos escleroterapia com glicose hipertônica

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Figura - Microtombo

Figura- Microtrombo + Hiperpigmentação Figura- Trombos Drenados

Figura - Ulcera extensa em processo de cicatrização pos escleroterapia

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Figura- Angiogenese

Figura – Digitocompressão da Angiogenese

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Figura – Escara pos escleroterapia

Figura – Hematoma pos esclerose

Figura– Hematoma pos eslerose

PREVENÇÃO
Há várias formas para se evitar a formação de microtrombos. As mais usadas
são o enfaixamento compressivo, uso de vasoconstrictores tópicos pré-
escleroterapia (digitoxina 0,05%, benzopirona 2%, colesterolescina 0,5%), repouso
com membros elevados imediatamente após cada tratamento e mais recentemente
a crioescleroterapia, injeção do esclerosante em temperatura muito baixa (40°C) que
provoca intensa e duradoura vasoconstrição com esvaziamento dos vasos
adjacentes.
Ainda como prevenção, é aconselhável evitar escleroterapia de vasos

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maiores que 2-3 mm, ao menos nas primeiras sessões até se conhecer a evolução
de cada paciente. Na vigência de coágulos a melhor conduta é esvaziá-los por
punção com agulha e drenagem por ocasião do retorno.

TRATAMENTO
O tratamento das hiperpigmentações é feito com cremes tópicos formulados
ou prontos que contêm basicamente um ou mais despigmentantes
inibidores da tirosinase (hidroquinona, arbutin, ácido kójico, ácido fítico, vitamina C,
complexos vegetais como Melawhite, Biowhite, Skin Ligthning Complex), associados
a adsorventes da melanina (Antipolon), um agente esfoliante para apressar a
retirada das camadas superficiais onde se deposita grande parte do pigmento
liberado (ácido retinóico, alfa hidroxiacidos), corticóide, vitamina K1, antinflamatórios,
antiedematosos, venotróficos. A combinação destes agentes leva em conta o grau e
tipo de lesão a ser tratada.
O componente mais importante é o despigmentante. Normalmente se utiliza
um ou dois produtos sendo a hidroquinona a mais receitada. A concentração
recomendada é de 2 a 5% e pode ser associada aos outros agentes como ácido
fítico (0,5 a 1%), ácido kójico (2 a 4%), arbutin (1 a 2%). Por ser o mais importante
dos despigmentantes, vários profissionais costumam usá-lo isoladamente
prescrevendo cremes prontos como Claripel ( 4%), Clariderme (2%). Há também
alguns produtos importados como: Eldoquin, Solaquin, Eldopaque, Melanex.
Entre os agentes esfoliantes, destacamos o ácido retinóico e o ácido glicólico.
O ácido retinóico (0,05 a 0,1%) é o mais eficiente além de ter também um efeito
normalizador das funções do melanócito. No caso de alergia, irritação ou pele
sensível pode-se utilizar o ácido glicólico de 5 a 8%. Também no caso do ácido
retinóico temos cremes prontos como: Retin A, Vitanol, Retacnyl além de outros
importados.
Outras associações também são possíveis como mostramos a seguir mas é
importante lembrar que a correção destas lesões é sempre lenta e que muitas vezes
não se consegue resolver completamente, principalmente as hiperpigmentações
mais profundas. No caso de telangiectasias maiores é altamente recomendado que

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o profissional se atenha aos cuidados preventivos acima sugeridos.


Sugestão de fórmulas:

Hidroquinona 5%
Ac. Retinóico 0,1%
Dexametasona 0,05%
Creme não iônico

Hidroquinona 4%
Ac. Glicólico 8%
Ac. Glicirrízico 1% ( antinflamatório )
Creme não iônico

Arbutin 1%
Antipolon 4%
VCPMG 4% ( vitamina C )
Creme não iônico

Ac. Kójico 4%
Ac. Fítico 1%
Ac. Glicólico 8%
Creme não iônico

Estas formulas devem ser usadas 1 a 2 vezes por dia e deve-se evitar
exposição à luz solar durante cerca de dois meses (tempo usualmente necessário
para o clareamento das lesões)
As deposições de hemossiderina são difíceis de serem tratadas. Os quelantes
de ferro como a desferoxamina têm sido utilizados por via tópica e mesmo injetadas
diretamente nas lesões sem bons resultados. A vitamina K1 a 1%, à algum, tempo
foi sugerida como possível solução para este problema e para o tratamento dos
hematomas recentes. Recentemente novos relatos sugerem melhores resultados

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com esta vitamina a 5%.


No caso de pacientes com risco de microtrombos (telangiectasias grossas), o
uso de fórmulas pré escleroterapia tem se mostrado muito útil como a fórmula
sugerida a seguir:

Digitoxina 0,03%
Benzopirona 4%
Heparina 10.000 U
Ac. Glicirrízico 1%
Esta fórmula preparada em gel, loção ou creme, usada 2 vezes por dia
durante 2 a 3 dias antes da sessão de escleroterapia reduz a formação de trombos e
seus efeitos.

NUVEM TELANGIECTÁSICA, TELANGIECTASIA SECUNDÁRIA,


ANGIOGÊNESE

Algumas vezes ao se realizar escleroterapia de telangiectasias nos


deparamos, após alguns dias, com o aparecimento de novas
telangiectasias abundantes e mais finas que as inicialmente tratadas. Há
basicamente duas etiologias para esta neoangiogênese: a pressórica e a
hipermetabólica.
A interrupçao de veias normais ou com capacidade funcional quase normal,
pode levar a um estado de sobrecarga pressórica a toda rede de microveias
anteriores às lesadas com sua dilatação. Isto pode acontecer em pacientes que
tenham a rede subdérmica mais visível pela cor ou espessura da pele. Nem sempre
uma veia visível é ectasiada ou tem um déficit funcional.
Outra causa para o aparecimento de vasos colaterais seria o processo
inflamatório gerado pela destuição de tecido vascular e perivascular da
escleroterapia.
A injeção de volumes excessivos de esclerosante, com pressão exagerada
em uma punção, pode levar a uma inflamação perivascular extensa estimulando

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todo o processo de angiogênese com seu estado hipermetabólico, liberação de


heparina, estimulação de mastócitos, ruptura da continuidade ou da ligação
intermolecular endotelial, migração e germinação de células endoteliais, liberação de
fatores angiogênicos como o FGF (fator de crescimento de
fibroblastos, ligados a liberação de heparina), TNF (fator de necrose tumoral),
PDGF (fator mitógeno-endotelial derivado de plaquetas), ECGF (fator de
crescimento das células endoteliais) além de outros fatores de crescimento
derivados dos macrófagos sempre presentes nos processos inflamatórios.
Há referência na literatura a uma maior predisposição para a neoangiogênese
em pacientes em uso concomitante de estrôgeno e tratamento escleroterápico.
Como vemos, a genese desta complicação nos leva a repensar a escolha do
esclerosante, utilizar pouco volume e menor pressão em cada punção e escolher
criteriosamente os vasos a serem tratados. A supressão da liberação de TNF com
pentoxifilina via oral poderia minimizar a angiogênese. O uso de estabilizadores da
parede celular (Ketotifen) poderia ser utilizado na prevenção da nuvem
telangiectásica assim como do edema e da urticária localizada.

NECROSE CUTÂNEA (ÚLCERA)


A úlcera isquêmica pós escleroterapia é uma das complicações mais
desagradáveis que quase todo cirurgião vascular acaba tendo que enfrentar. Podem
ter de milímetros a alguns centímetros de diâmetro. Estas úlceras sempre têm
cicatrização lenta, ocorrem na maioria das vezes nas regiões de pele mais fina
(tornozelos, face interna do joelho e coxa) e sempre deixam uma cicatriz hipotrófica,
com ou sem hiperpigmentação. Felizmente é uma complicação pouco freqüente
desde que obedecidos alguns cuidados básicos. A etiologia mais comum é a injeção
com pressão excessiva que acaba levando a oclusão de pequenas arteríolas
nutrícias. Devemos lembrar que soluções mais irritantes e menos densas acabam
atingindo vasos mais distantes do que o puncionado. O extravasamento da solução
esclerosante também pode causar pequenas úlceras, mais traumáticas do que
isquêmicas, sendo mais comum com o uso de etanolamina e Variglobin seguido pelo
polidocanol e glicerina crômica e por último as glicoses nas diversas concentrações

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hipertônicas. Estas úlceras são menos severas mas também podem deixar cicatrizes
desagradáveis ou de lenta resolução.
Alguns cirurgiões experientes relatam que mesmo injetando a solução que
estão acostumados, aparentemente sem pressão excessiva tiveram casos de úlcera.
O que pode ocorrer é um forte espasmo do tipo reacional seguido de cianose no
local da punção que evolui para úlcera. Nesta situação pode-se tentar puncionar
novamente a veia para lavar o território lesado com uma solução de soro fisiológico
e lidocaína devido ao seu forte efeito vasodilatador.
Como tratar a úlcera isquêmica - As úlceras superficiais podem ser tratadas
com cremes para regeneração tecidual a base de vitamina A e D; Aloe Vera; óxido
de zinco. Úlceras mais profundas normalmente são acompanhadas de maior volume
de tecido necrótico necessitando debridamento mecânico ou com enzimas
proteolíticas (Fibrase, Iruxol, papaína).

DOR
A tolerância à dor da escleroterapia é absolutamente variável de pessoa para
pessoa. Naturalmente, por ser um processo invasivo, todo paciente acabará
experimentando algum nível de dor. Esta dor pode ser reduzida escolhendo-se um
esclerosante menos irritante, escolhendo-se agulhas mais finas (lembrar que
soluções hipertônicas passam com mais dificuldade em agulhas muito finas – ex.
glicose 75% com agulha 30G ½), resfriamento da pele com gelo, uso de analgésicos
orais uma hora antes do tratamento (pouca valia). O uso de anestésicos tópicos
como Emla e AneStop tem sido pouco útil devido às dificuldades técnicas (aplicar
com 1 hora de antecedência, manter com curativo fechado, qual área a ser tratada)
e pela vasoconstricção que dificulta a punção e a escolha do vaso ideal a ser
puncionado.
Em relação aos esclerosante as soluções hipertônicas são consideradas
dolorosas sendo a glicerima mais dolorosa que a glicose. A etanolamina é mais
dolorosa que o polidocanol sendo que vários médicos que preferem estas drogas, as
utilizam diluídas com lidocaína. As regiões que mais causam desconforto são o
tornozelo, pé e face interna do joelho. Para alguns pacientes, nestas regiões, acaba-

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se usando um dos métodos citados. Em indivíduos com pele clara com intolerância a
dor, uma boa alternativa são os lasers atuais (KTP, Neodímio Yag, luz pulsada).

EDEMA
Uma das possíveis complicações pós escleroterapia é o edema
dos membros inferiores que duram cerca de 2 a 7 dias. Este edema é mais comum
no tornozelo e está relacionado a escleroterapia de veias do pé e tornozelo,
grande quantidade de telangiectaisas de perna em uma mesma
sessão ou de escleroterapia de veias maiores da perna. O tratamento de
telangiectasias do pé e tornozelo normalmente levam ao edema. Quando realizado,
deve ser feito utilizando-se pouco esclerosante e poucas punções mesmo que isto
represente maior número de sessões.
O tratamento de grande número de telangietasias numa mesma área implica
em um volume maior de esclerosante com oclusão de eventuais veias normais. O
que não é o desejável. E escleroterapia não é o tratamento indicado para veias
maiores. O tratamento do edema pode ser feito através de repouso, antinflamatórios,
meia elástica.

TROMBOFLEBITE SUPERFICIAL

A Tromboflebite pode estar relacionada com a técnica utilizada e a má


avaliação em relação a indicação do vaso a ser esclerosado. Devemos tentar evitar
a esclerose de vasos de grande calibre ou próximo com comunicação a vasos
tronculares ou ainda a predisposição do paciente a trombose, flebite (vasculite;
trombofilias; estado de hipercoabilidade em geral). Sendo muito importante estes
dados na análise.
Ocorre em media de 1 – 3 semanas após a injeção, ocorrendo um
endurecimento, eriteme e uma maior sensibilidade dolorosa neste local.
Podendo ser simples ou gerar complicações maiores com migração de
coágulos até o sistema profundo ou até mesmo a veia perfuro-comunicante e com
consequentemente embolia venosa pulmonar. Devemos diante destes coágulos

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quando possível drenalo ou aspiralos realizar compressões adequadas; orientações


quanto a deambulação; prescrição de ante-inflamatórios, soluções heparinoides,
havendo casos de até se utilizar heparina de baixo peso molecular.
Como medida profiláticas devemos sempre utilizar as compressões
prolongadas, principalmente quando realizamos esclerose de veias de médio calibre,
suspender as terapias de anteconsseepicionais orais ou reposição estrogenicas
diante das complicações. Uma vez que tanto as estrogênias quanto as
progesteronas implicam na promoção de trombose mesmo em pequenas dosagem
em estudos. Este risco se relaciona no período de uso se prolongado até cerca de
uma semana após sua interrupção.
Sabemos que mesmo o mais referenciado profissional experiente, apesar de
todos os cuidados referidos não estar incento de complicações. Pois só temos
quando praticamos.

REAÇÃO ALÉRGICA

Escleroterapia pode causar desde reações alérgicas simples como uma


urticária até um choque anáfilático. O médico deve manter no consultório arsenal
terapêutico adequado para este tipo de complicação. As manifestações mas comuns
relatadas são mal estar, hipotenção, desmaio, e taquicardia. Outras manifestações
sistêmicas mais severas também podem ser encontradas vômito, dispnéia,
broncoespasmo, convulsões, arritmia cardíaca, depressão respiratória e edema de
glote. O tratamento varia de acordo com a gravidade do quadro desde simples
observação por alguns minutos até administração de corticóide intravenoso
(hidrocortisona) e adrenalina.

ANÁLISE DE ALGUMAS SUBSTÂNCIAS

Polidocanol. Incidência estimada em torno de 0,01% poderá ocorrer efeito


adverso quando também se utiliza dose massisa como parestesias ou formigamento
da língua ou sensação estranha no paladar. De regeneração rápida. Poderá ocorrer

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também toxicidade cardíaca e reação sistêmica semelhante as ocorridas com


lindocaina e procaina em paciente já hipertensas não havendo a hipersensibilidade.
Glicose hipertônica. Nos parece atualmente o esclerosante mais seguro de
proteção de alegencidade e outras complicações, exceto pigmentação, sem sobra
de duvida é a glicose hipertonica, porém é comum na prática angiologica associar a
esta substância o anestésico lidocaina, no intuito de amenizar a dor do paciente
deixando assim a condição do risco de alergia e complicações até como anafiloxia
por conta do anestésico.

Referências

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