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FISIOLOGIA

MUSCULO
O musculo esquelético constituem a maior parte da musculatura corporal.
Eles são responsáveis pelo posicionamento e o movimento do esqueleto.
Em geral, os músculos estão ligados aos ossos pelos tendões, estruturas
constituídas por colágeno. A origem do musculo é sua extremidade fixada
mais perto do tronco ou do osso fixo. A inserção é a porção mais distal ou
mais móvel do musculo.
Quando os ossos fixados a um musculo estão conectados por uma
articulação móvel, a contração muscular movimenta o esqueleto. Um
musculo é chamado de flexor se a porção central dos ossos conectados se
aproximam quando contrai e o movimento é chamado de flexão. Se os
ossos se afastam quando o musculo contrai, o musculo é chamado de
extensor, e o movimento associado é chamado de extensão.

- músculos antagonistas: exercem efeitos opostos. São pare de músculos


extensores e flexores.

• Os músculos esqueléticos são compostos por fibras musculares: cada


fibra muscular é uma célula longa e cilíndrica, que pode possuir ate
varias centenas de núcleos distribuídos próximos a superfície da
fibra.
• Células troncos comprometidas, chamadas de células satélites,
localizam-se em justaposição a porção externa da membrana da fibra
muscular. As células satélites tornam-se ativas e diferenciam-se em
musculo quando necessário para o crescimento e para o reparo
muscular.

ANATOMIA DA FIBRA MUSCULAR

A membrana plasmática de uma fibra muscular é chamada de


sarcolema, e o citoplasma é chamado de sarcoplasma. As principais
estruturas intracelulares do musculo estriado são as miofibrilas, que são
feixes extremamente organizados de proteínas contrateis e elásticas
envolvidas no processo de contração.
- O musculo esquelético também tem um extenso reticulo
sarcoplasmático, que é um reticulo endoplasmático modificado que
envolve cada miofibrila e é formado por túbulos longitudinais com
porções terminais alargadas, chamadas de cisternas terminais. O
reticulo sarcoplasmático concentra e sequetra Ca com o auxilio de uma
CaATPase presente na membrana do reticulo. A liberação de cálcio por
esse reticulo produz um sinal de cálcio que desempenha um papel-chave
na contração de todos os tipos de músculos.
- As cisternas terminais são adjacentes e intimamente associadas a uma
rede ramificada de túbulos transversos, chamados de TUBULOS T. o
conjunto formado por um túbulo T e pelas duas cisternas associadas a
cada um de seus lados constitui uma tríade. As membranas do TUBULO
T são uma extensão da membrana plasmática da fibra muscular, o que
torna o lumen dos túbulos T continuo com o liquido extracelular. Esses
túbulos T permitem que os potenciais de ação se movam rapidamente
da superfície para o interior da fibra muscular, de forma a alcançar as
cisternas terminais quase simultaneamente.

Ø O citosol entre as miofibrilas contem muitos grânulos de glicogênio e


mitocôndrias. O glicogênio é a reserva energética. A mitocôndria
contem as enzimas necessárias para a fosforilação oxidativa da
glicose e de outras biomoléculas, sendo a organela responsável pela
produção da maior parte de ATP necessário para a contração
muscular.

MIOFIBRILAS: ESTRUTURAS CONRATEIS DA FIBRA MUSCULAR

Cada fibra muscular contem milhares de miofibrilas que ocupam a maior


parte do volume intracelular. Essas miofibrilas é composta por diversos
tipos de proteínas organizadas em estruturas contrateis repetidas,
chamadas de sarcômeros. Proteínas motoras de miosina (filamentos
grossos) e o microfilamento de actina (filamento fino). As proteínas
reguladoras são a tropomiosina e troponina.

- Miosina (filamento grosso): proteína motora capaz de produzir


movimento. Há varias isoformas de miosina em diferentes tipos de
músculos, o que diferencia a velocidade da contração em diferentes
músculos. Cada molécula de miosina é composta de cadeias proteicas que
se entrelaçam, formando uma longa cauda e um par de cabeças. Cada
cabeça de miosina possui duas cadeias proteínas: uma cadeia pesada e uma
cadeia leve, menor. A cadeia pesada é o domínio motor capaz de ligar o ATP
e utilizar a energia da ligação fosfato de alta energia do ATP para gerar
movimento. Como o domínio motor funciona como uma enzima, ele é
considerado uma miosina-ATPase. A cadeia pesada também contem um
sitio de ligação para a actina.
Na maior parte, os filamentos grossos e finos de cada miofibrila, dispostos
em paralelo, estão conectados por ligações cruzadas de miosina. Cada
molécula de actina tem um único sitio de ligação a miosina. Já cada cabeça
de miosina tem um sitio de ligação a actina e um sitio de ligação a ATP.
As ligações cruzadas se formam quando as cabeças de miosina dos
filamentos grossos se ligam a actina do filamento fino. As ligações cruzadas
tem dois estados: baixa energia (músculos relaxado) e um alto energia
(contração muscular).

• O alinhamento adequado dos filamentos dentro de um sarcômero é


assegurado por duas proteínas: titina e nebulina
1- Titina: molécula elástica grande. Tem duas funções: estabilizar a
posição dos filamentos contrateis e fazer os músculos estirados
retornarem ao seu comprimento de repouso, o que ocorre devido
a sua elasticidade.
2- Nebulina: auxilia a titina. Ela auxilia no alinhamento dos
filamentos de actina no sarcômero.

CONTRATEIS: actina e miosina


REGULATORIAS: tropomiosina e troponina
ACESSORIAS: titina e nebulina

FILAMENTOS GROSSOS
Formado por duas cadeias polipeptídicas formando uma hélice dupla
- a miosina é uma proteína motora que converte a ponte de energia química
do ATP na energia mecânica do movimento
- cada molécula de miosina é uma ATPase que liga-se ao ATP e hidrolisa-o
em ADP mais fosfato inorgânico.

Ø A miosina empurra os filamentos de actina para o centro do


sarcômero (a miosina eleva a cabeça e se liga a actina)
FILAMENTOS FINOS
É constituído por três proteínas principais: actina, tropomiosina e
troponina:

1- ACTINA: principal proteína do filamento (junto com a miosina


promove a contração diretamente)
2- TROPOMIOSINA: polímero proteico que bloqueia parte do sitio de
ligação da miosina em cada molécula de actina
3- TROPONINA: é um complexo de 3 proteinas. Atua desbloqueando os
sítios ligantes de miosina na actina, puxando a tropomiosina. ELA
INTERAGE COM O CALCIO.

TROPOMIOSINA E TROPONINA ATUAM COMO PROTEINAS REGULATORIAS


OU CONTROLADRAS, DESENCADEANDO OU INIBINDO O PROCESSO DE
CONTRAÇÃO MUSCULAR.
TROPONINA -> formada por três subunidades
Tnl – afinidade pela actina.
TnC – afinidade com os ions de Calcio. Quando ocorre ligação, há mudanças
conformacionais na molécula de troponina, que arrasta a tropomiosina da
actina.
TnT – afinidade pela tropomiosina

OBS -> ions de cálcio ligam-se a molécula de troponina, alterando a posição


da tropomiosina em relaão a actina.
A CONTRAÇÃO MUSCULAR GERA FORÇA
A contração muscular permite a geração de força para mover ou resistir a
uma carga. Em fisiologia, a força produzida pela contração muscular é
chamada de tensão muscular. A carga é o peso ou a força que se opõe a
contração. A contração é um processo ativo que necessita de energia
fornecida pelo ATP:
1- Os eventos que ocorrem na junção neuromuscular convertem um
sinal químico (a acetil colina liberada pelo neurônio motor somático)
em um sinal elétrico na fibra.
2- O acoplamento excitação-contração é o processo pelo qual os
potenciais de ação musculares produzem um sinal de cálcio. O qual,
por sua vez, ativa o ciclo de contração-relaxamento
3- No nível molecular, o ciclo contração-relaxamento é explicado pela
teoria dos filamentos deslizantes da contração muscular.
SEQUENCIA PARA CONTRAÇÃO MUSCULAR

1- Chegada do potencial de ação no neurônio motor (entrada de sódio


no neurônio)
2- Entrada de cálcio no neurônio
3- Sinalização para as vesículas se aproximarem da fenda
4- Exocitose dos neurotransmissores (acetilcolina – contração
muscular)
5- Neurotransmissor se liga ao receptor (ACETILCOLINA -> NICOTIDEO)
6- Chegada do potencial de ação na fibra muscular
7- Potencial de ação se propaga nos túbulos T
8- Cálcio liberado do reticulo sarcoplasmático
9- Cálcio se liga a troponina
10- Troponina arrasta a tropomiosina do sitio de ligação
11- Miosina se ergue na direção da actina com ajuda do ATP
12- CONTRAÇÃO MUSCULAR
13- Para finalizar uma contração o cálcio deve ser removido do
citosol. O reticulo sarcoplasmático bombeia o Ca de volta para seu
lumen utilizando uma Ca-ATPase. A remoção do cálcio permite que a
tropomiosina volte a sua posição inicial e bloqueie o sitio de ligação
da miosina presente na molécula de actina. Com a liberação das
ligações cruzadas, a fibra muscular relaxa.

ESTADO DE RIGIDEZ
O ciclo de contração e relaxamento começa com o estado de rigidez, no
qual nenhum ATP ou ADP estão ligado a miosina. No musculo vivo esse
estado é normalmente muito curto. As fibras musculares vivas tem um
suprimento de ATP suficiente, o qual se liga rapidamente a miosina
assim que o ADP é liberado.
Por outro lado, após a morte, quando o metabolismo cessa e o
suprimento de ATP se esgota, os músculos são incapazes de ligar mais
ATP e, por isso, os músculos permanecem no estado de ligação forte,
chamado de estado de rigidez. Na condição conhecida como rigor
mortis, os músculos ficam paralisados em decorrência das fortes
ligações cruzadas que permanecem imóveis.

FADIGA MUSCULAR

- fadiga central x fadiga periférica


A fadiga central inclui sensações subjetivas de cansaço e um desejo de
cessar a atividade. Vários estudos tem mostrado que a fadiga psicológica
precede a fadiga fisiológica que ocorre nos músculos e, portanto, pode
ser um mecanismo de proteção.
As taxas neurais da fadiga podem surgir tanto da falha na comunicação
na junção neuromuscular quanto de falhas dos neurônios de comando
do SNC. Se o acetilcolina não for sintetizado no terminal axonal rápido o
suficiente para responder a taxa de disparo do neurônio, a liberação do
neurotransmissor na sinapse diminuirá. Consequentemente, o potencial
da placa motora não atingira o limiar necessário para disparar um
potencial de ação, resultando na falha na contração.
A fadiga periférica ocorre dentro da fibra muscular. No exericio
submáximo prolongado, a fadiga esta associada a depleção das reservas
de glicogênio muscular. Como a falta de ATP não é um fator limitante, a
falta de glicogênio pode afetar outros aspectos da contração, como a
liberação de cálcio no reticulo sarcoplasmático.
O desequilíbrio iônico também tem implicação na fadiga. Durante um
exercício de intensidade máxima, o ion k deixa a fibra muscular a cada
contração e, como resultado as concentrações de K aumentam no
liquido extracelular dos túbulos T. a fadiga é um fenômeno complexo e
envolve vários fatores.

AULA 18 DE ABRIL

SISTEMA ENDOCRINO
Metabolismo corporal -> Crescimento -> Reprodução ->
Comportamento

HORMONIOS

Os hormônios são mensageiros químicos secretados para o sangue por


células epiteliais especializadas. Eles são responsáveis por diversas funções
corporais consideradas continuas e de longo prazo. Processos que estão
principalmente sob controle hormonal incluem metabolismo, regulação do
meio interno (temperatura, balanço hídrico e de ions), reprodução,
crescimento e desenvolvimento.

Os hormônios agem em suas células-alvo de três maneiras: 1- controlando a


taxa de reações enzimáticas, 2- controlando o transporte de ions ou
moléculas através de membranas celulares ou 3- controlando a expressão
genica ou a síntese proteica.

• Os hormônios são secretados por uma célula ou um grupo de células:


tradicionalmente, o campo da endocrinologia tem se concentrado em
mensageiros químicos secretados por glândulas endócrinas, tecidos
distintos e rapidamente identificáveis, derivados do tecido epitelial.
Contudo, as moléculas que atuam como hormônios são secretadas não
apenas por glândulas endócrinas clássicas, mas também por células
endócrinas isoladas (sistema endócrino difuso), por neurônios
(neuro-hormonios) e, ocasionalmente, por células do sistema imune
(citocina).
• Os hormônios são secretados na corrente sanguínea. De acordo com a
definição tradicional de hormônio, eles são secretados no sangue.
Entretanto, o termo ecto-hormonios(exócrinos) foi dado a moléculas
sinalizadoras secretadas no meio externo. Ex: feromônios são ecto-
hormonios especializados que atuam sobre outros organismos da
mesma espécie para provocar uma resposta fisiológica ou
comportamental.

Secreção -> é o movimento de uma substancia de dentro da célula para


o liquido extracelular ou diretamente para o meio externo.

Existem três classes gerais de hormônios:

1- PROTEINAS E POLIPEPTIDEOS: incluindo hormônios secretados


pela hipófise anterior e posterior, pelo pâncreas (insulina e glucagon),
pela paratireoide (paratormônio) etc
2- ESTEROIDES: secretados pelo cortex adrenal (cortisol e aldoterona),
pelos ovários (estrógeno e progesterona), testículos (testosterona) e
pela placenta (estrógeno e progesterona).
3- DERIVADOS DE AMINOACIDOS TIROSINA: secretados pela
tireoide (tiroxina e triodotironina) e medula adrenal (epinefrina e
norepinefrina).

• HORMONIOS POLIPEPTIDICOS E PROTEICOS SÃO


ARMANEZADOS EM VESICULAS SECRETORAS ATÉ QUE
SEJAM NECESSARIOS: a maioria dos hormônios do corpo é de
polipeptideos e de proteínas. Esses hormônios variam de tamanho. Em
geral, os polipeptideos com 100 ou mais aminoácidos são chamados
de proteínas e os com menos de 100 são chamados de peptídeos.

Esses hormônios são sintetizados na extremidade rugosa do Reticulo


endoplasmático. Estes são transferidos para o aparelho de golgi para
acondicionamento em vesículas secretoras. As vesículas são
armazenadas no citoplasma e muitas ficam ligadas a membrana ate
que o produto de sua secreção seja necessário. Em muitos casos, o
estimulo para a exocitose é o aumento da concentração citosolica de
cálcio (com a despolarização) ou ate mesmo a estimulação de receptor
endócrino na superfície células causa aumento do monofosfato de
adenosina cíclico (AMPc) e, consequentemente, ativação de
proteinocinases que iniciam a secreção do hormônio.

• OS HORMONIOS ESTEROIDES EM GERAL SÃO


SINTETIZADOS A PARTIR DO COLESTEROL E NÃO SÃO
ARMAZENADOS: a estrutura química dos hormônios esteroides é
semelhante a do colesterol e, na maioria dos casos, são sintetizados a
partir do próprio colesterol. São lipossolúveis e consistem em três
anéis ciclo-hexila e um anel ciclopentila, combinados em uma única
estrutura.
• HORMONIOS AMINADOS SÃO DERIVADOS DE TIROSINA:
os dois grupos de hormônios derivados da tirosina, os hormônios da
tireoide e da medula adrenal são formados pela ação de enzimas nos
compartimentos citoplasmáticos das células glandulares. Os
hormônios da tireoide são sintetizados e armazenados na glândula
tireoide e incorporados a macromoléculas da proteína tireoglobulina,
que é armazenada em grandes folículos na tireoide. A secreção
hormornal ocorre quando as aminas são clivadas da tireoglubulina e
os hormônios livre são então liberados na corrente sanguínea. Depois
de entrar no sangue, a maior parte dos hormônios da tireoide se
combina com proteínas plasmáticas, em especial a globulina de
ligação a tiroxina, que lentamente libera os hormônios para os tecidos-
alvos.

A epinefrina e norepinefrina são formados na medula adrenal, que


normalmente secreta cerca de 4x mais epinefrina do que
norepinefrina. As catecolaminas ocupam as vesículas pre-formadas qe
são armazenadas ate serem secretadas. De modo semelhante aos
hormônios proteicos, armazenados em franulos secretadores, as
catecolaminas também são liberadas das células da medula adrenal por
exocitose. Uma vez que as catecolaminas entram na circulação, elas
podem existir no plasma, na forma livre ou em conjugação com outras
substancias.

CONTROLE POR FEEDBACK DA SECREÇÃO HORMONAL

- O feedback negativo impede a hiperatividade dos sistemas


hormonais. Na maioria dos casos, o controle da secreção é exercido
por mecanismo de feedback negativo, que asseguram o nível
apropriado de atividade hormonal no tecido-alvo. Depois que o
estimulo que causa liberação do hormônio, condições ou produtos
decorrentes da acao do hormônio tendem a suprimir a sua liberação
adicional. Ou seja, o hormônio (ou um de seus produtos) exerce efeito
de feedback negativo para impedir a hipersecreção do hormônio ou a
hiperatividade no tecido-alvo.

A variável controlada não costuma ser a secreção do hormônio, mas


o grau de atividade no tecido-alvo. Portanto, somente quando a
atividade no tecido se eleva ate o apropriado, os sinais de feedback
para a glândula endócrina serão suficientemente potentes para
lentificar a secreção do hormônio. A regulação por feedback pode
ocorrer em todos os níveis, incluindo a transcrição genica e as etapas
de tradução envolvidas na síntese de hormônios e etapas envolvidas
no processamento de hormônios ou na liberação dos hormônios
armazenados.

• SURTOS DE SECREÇÃO HORMONAL PODEM OCORRER COM


FEEDBACK POSITIVO: em alguns casos, ocorre feedback positivo
quando a ação biológica do hormônio causa sua secreção adicional.
Ex desse feedback positivo: surto de secreção de hormônio
luteinizante (LH) que ocorre em decorrência do efeito estimulatorio
do estrogênio o que, por sua vez, causa mais secreção de LH.

• OCORREM VARIAÇÕES CICLICAS NA LIBERAÇÃO DO


HORMONIO: existem variações periódicas da liberação da secreção
hormonal e elas são influenciadas por alterações sazonais, etapas do
desenvolvimento e do envelhecimento, ciclo circadiano e sono.

• TRANSPORTE DE HORMONIO NO SANGUE:


- Os hormônios hidrossolúveis (peptídeos e catecolaminas) são
dissolvidos no plasma e transportados de seus locais de síntese para
tecidos-alvos, onde se difundem dos capilares, entram no liquido
intersticial e, finalmente, chegam a célula-alvo
- Os hormônios esteroides e da tireoide diferentemente circulam no
sangue, em grande parte, ligados a proteínas plasmáticas. Em geral,
menos de 10% dos hormônios esteroides ou tireoidianos existem livres
em solução no plasma. No entanto, hormônios ligados a proteínas não
conseguem se difundir facilmente nos capilares e ganhar acesso a suas
células-alvos, sendo, portanto, biologicamente inativos até que se
dissociem das proteínas plasmáticas.
A quantidade relativamente grande de hormônios ligados a proteínas
servem como reservatórios, reabastecendo e concentração de
hormônios livres quando eles estão ligados a receptores-alvos ou
eliminados da circulação.

• DEPURAÇÃO DE HORMONIOS NO SANGUE: dois fatores podem


aumentar ou diminuir a concentração de um hormônio no sangue. Um
desses é sua intensidade de secreção no sangue. O segundo é a
intensidade da remoção do hormônio do sangue, chamado de
depuração metabólica e, para calcular é: velocidade do
desaparecimento do hormônio dividido pela concentração do
hormônio.
Os hormônios são depurados do plasma por vários modos: 1-
destruição metabólica, 2- ligação com tecidos, 3- excreção na bile pelo
fígado e 4- excreção na urina.

MECANISMO DE AÇÃO DOS HORMONIOS

• RECEPTORES HORMONAIS E SUA ATIVAÇÃO:


A primeira etapa da ação do hormônio é a de se ligar a receptores
específicos, na célula-alvo. As células que não tem receptores para
hormônios não responde. Os receptores, para alguns hormônios estão
localizados na membrana da célula-alvo, enquanto outros localizam-
se no citoplasma ou no núcleo. Quando o hormônio se liga ao receptor
essa ação em geral inicia uma cascata de reações na célula, com cada
etapa ficando mais potencialmente ativada, de modo que até as
pequenas concentrações podem ter efeito.
Os receptores hormonais são grandes proteínas. Cada receptor é
especifico para um so hormônio: isso determina o tipo de hromonio que
atuará sobre um tecido em particular. Os tecidos-alvos são os que
contem esses receptores específicos.
Em geral são as seguintes localizações:
1- Membrana célular: específicos principalmente para hormônios
proteicos, peptídicos e catecolaminicos.
2- Citoplasma celular: receptores primários para os diferentes
hormônios esteroides são encontrados principalmente no
citoplasma.
3- Núcleo da célula: os hormônios da tireoide são encontrados no
núcleo.

• O NUMERO E A SENSIBILIDADE DOS RECEPTORES HORMONAIS SÃO


REGULADOS
O numero de receptores na célula-alvo, em geral, não permanecem
constantes todo o tempo. Proteínas do receptor costumam ser
inativadas ou destruídas durante o curso de sua função e, em outras
vezes, são reativadas ou fabricadas novas proteínas.

- DOWN REGULATION (regulação para baixo): diminui a responsividade


do tecido-alvo do hormônio. numero de receptores ativos diminua. 1-
inativação de algumas moléculas dos receptores; 2- inativação de parte
das moléculas de sinalização das proteínas intracelulares; 3- sequestro
temporário de receptor para o interior da célula, longe do local de ação
dos hormônios que interagem com os receptores de membrana ou 5-
diminuição da produção dos receptores.
- UP REGULATION regulação para cima): estimular o hormônio induz o
hormônio induz a formação de receptores ou moléculas de sinalização
intracelular. Maior que o normal, pela célula-alvo ou maior
disponibilidade do receptor para interação com o hormônio. Quando
isso ocorre, o tecido-alvo se torna cada vez mais sensível aos efeitos de
estimulação do hormônio.

SINALIZAÇÃO INTRACELULAR APÓS A ATIVAÇÃO DO RECEPTOR


HORMONAL: quase sem exceção, o hormônio afeta seus tecidos-alvos,
primeiro formando um complexo hormônio-receptor. A formação desse
complexo altera a função do próprio receptor e o receptor ativado inicia
os efeitos hormonais.
- receptor ligados a canais iônicos
- receptor hormonais ligados a proteína G -> mecanismo de segundo
mensageiro
- receptor hormonal ligado a enzima

MECANISMO DE SEGUNDO MENSAGEIRO PARA MEDIAR FUNÇÕES


HORMONAIS INTRACELULARES: já notamos que um dos meios pelos
quais os hormônios exercem ações intracelulares é pelo estimulo da
formação de segundo mensageiro AMPc, na face interna da membrana
celular. O AMPc então causa efeitos intracelulares subsequentes do
hormônio. Desse modo, o único efeito direto que o hormônio tem sobre
a célula é ativar um so tipo de receptor de membrana. O segunda
mensageiro faz o restante.
Além do AMPc, dois outros importantes são: 1- ions de cálcio e a
calmodulina associada (cálcio-calmodulina) e 2- produtos da
degradação de fosfolipideos da membrana.

• ANORMALIDADES DO RECEPTOR E DA TRANSDUÇÃO DE SINAL:


Muitas formas de doenças endócrinas hereditária podem estar
relacionadas a problemas com a ação hormonal na célula-alvo. Os
endocrinologistas acreditavam que esses problemas eram raros, mas
eles estão sendo cada vez mais reconhecidos.
Algumas alterações ocorrem devido a problemas com o receptor do
hormônio. Se uma mutação altera a sequencia proteica do receptor, a
resposta celular a ligação hormônio-receptor pode ser alterada. Em
outras mutações, os receptores podem ser ausentes ou serem
completamente não funcionais.
Ex: síndrome da insensibilidade androgênica, os receptores
androgênicos não são funcionais no feto masculino devido a uma
mutação genica. Como resultado, os androgênios produzidos pelo feto
em desenvolvimento são incapazes de influenciar o desenvolvimento da
genitália. O resultado é uma criança que aparenta ser mulher, mas não
possui útero nem ovários.

Endocrinologia: estudo das secreções internas.

CONCEITOS GERAIS SOBRE OS HORMONIOS

Hormônio -> substancia que excita, estimula, provoca algum tipo de


reação em outra região do organismo. É uma substancia sinalizadora ou
substancia química que regula e cooderna varias funções biológicas do
organismo.
Não necessariamente tem efeito sistêmico, pois ela pode ter um efeito local
apenas. Quase todos os tecidos do corpo produzem hormônio.
• A célula alvo possui receptores para o hormônio.
- Receptores: provocam mudanças conformacionais que desencadeiam
reações. Cada receptor é altamente especializado para a substancia na
célula-alvo.
proteínas com alta especificidade e afinidade.
Localizados na membrana plasmática, citosol ou núcleo

Glândulas -> hormônios -> células alvo

SINALIZAÇÃO AUTOCRINA E PARACRINA


SINALIZAÇÃO ENDOCRINA (CLASSICA)

SINALIZAÇÃO NEUROINDOCRINA
O neuro-hormônio é liberado por um neurônio para o sangue e atinge uma
célula-alvo distante

NATUREZA QUIMICA DOS HORMONIOS

MECANISMO DE AÇÃO DO HORMONIO


HORMONIO DE CRESCIMENTO – GH

O Hormônio de crescimento promove o crescimento de diversos tecidos do


corpo: o hormônio do crescimento também é chamado de somatotrópico
ou somatotropina. É uma molécula pequena de proteína, contendo 191
aminoácidos em cadeira única. Ele provoca o crescimento de quase todos
os tecidos do corpo que são capazes de crescer. Promove o aumento de
tamanho das células e elevação do numero de mitoses, causando a
multiplicação e diferenciação especifica de alguns tipos celulares, tais como
as células de crescimento ósseo e células musculares iniciais.

• O hormônio do crescimento tem diversos efeitos metabólicos: além


de seu efeito geral de provocar o crescimento propriamente tido, o
hormônio do crescimento apresenta diversos efeitos metabólicos
específicos, incluindo:

- Aumento da síntese proteica, na maioria das células do corpo


- Aumento da mobilização dos ácidos graxos do tecido adiposo,
aumentando o nível de ácidos graxos no sangue e aumentando a
utilização dos ácidos graxos como fonte de energia
- Redução da utilização da glicose pelo organismo

• O hormônio de crescimento aumenta quase todos os aspectos da


captação de aminoacidos e da síntese proteica pelas células e, ao
mesmo tempo, reduz a destruição das proteínas:
- aumento do transporte de aminoacidos através das membranas
celulares
- aumento da tradução do RNA para provocar a síntese de proteínas
no ribossomos
- aumento da transcrição nuclear do DNA para formar RNA
- Redução do catabolismo das proteínas e dos aminoácidos: ele
poupa as proteínas, provavelmente pela maior utilização de ácidos
graxos como fonte de energia.
• O hormônio do crescimento amplia a utilização das gorduras como
fonte de energia: O hormônio de crescimento apresenta um efeito
especifico, ao liberar ácidos graxos do tecido adiposo, aumentando,
assim, a sua concentração nos líquidos orgânicos. Além disso, nos
tecidos dos organismos, ele aumenta a conversão de ácidos graxos e
acetilcoenzima A (acetil-CoA) e sua utilização como fonte de energia.
A capacidade do hormônio de crescimento de promover a utilização
de gordura, junto com seu efeito anabólico proteico, leva o aumento
da massa corporal magra.
• Efeito cetogenico do hormônio do crescimento em excesso: Sob a
influencia de quantidade excessiva de hormônio do crescimento, a
mobilização de gordura do tecido adiposo fica, eventualmente, tão
acentuada, que grande quantidade de acido acetoacetico é formada
pelo fígado e liberada nos líquidos orgânicos, dando origem, assim, a
quadro de cetose.
Essa mobilização excessiva de gordura adiposo também provoca,
muitas vezes, a deposição de gordura no fígado.
• O hormônio do crescimento provoca diversos efeitos que
influenciam o metabolismo dos carboidratos, incluindo
- Diminuição da captação de glicose pelos tecidos, como
musculoesquelético e adiposo
- Aumento da produção de glicose pelo fígado
- Aumento da secreção de insulina
Cada uma dessas alterações resulta da ``resistência a insulina``, induzida
pelo hormônio de crescimento, que atenua as ações da insulina para
estimular a captação e a utilização da glicose pelos musculoesquelético e
pelo tecido adiposo e para inibir a gliconeogênese (produção de glicose)
pelo fígado. Isso leva a um aumento de concentração da glicose no sangue
e um aumento compensatório da secreção de insulina. Por esses motivos,
os efeitos do hormônio do crescimento são chamadas de diabetogenicos, e
o excesso do hormônio de crescimento pode produzir alterações
metabólicas muito semelhantes a encontradas nos paciente portadores de
diabetes tipo II (não dependente de insulina), que são também muito
resistentes aos efeitos metabólicos da insulina.

- Necessidade de insulina e carboidrato para ação promotora do


crescimento do hormônio do crescimento
• O hormônio do crescimento estimula o crescimento das cartilagens
e dos ossos: isso resulta de efeitos múltiplos do hormônio do
crescimento nos ossos, incluindo:
- aumento da deposição de proteínas pelas células osteogênicas e
condrociticas, que causam o crescimento ósseo
- aumento da reprodução dessas células
- efeito especifico de conversão do condrócitos em células osteogênicas,
ocasionando, assim, a deposição de osso novo.
Existem dois mecanismos principais do crescimento ósseo: 1- em
resposta ao estimulo do hormônio de crescimento, os ossos crescem,
em comprimento, nas cartilagens epifisárias, onde as epifases nas
extremidades dos ossos estão separadas das partes longas. Esse
crescimento, primeiro, provoca a deposição de nova cartilagem, seguida
por conversão em osso novo, aumentando a parte longa. Isso so é
possível até o momento que ocorre a fusão das epifases em cada uma
de suas extremidades.
3- Os osteoblastos, no periósteo ósseo e algumas cavidades osseas
depositam osso novo nas superfícies do osso mais antigo. Ao
mesmo tempo, os osteoclastos, presente no osso, removem o
osso antigo. Quando a taxa de deposição é maior que a de
reabsorção, a espessura do osso aumento. O GH atua como um
forte estimulador dos osteoblastos.

O hormônio de crescimento levo o fígado (e outros tecidos) a formar


diversas proteínas pequenas, chamadas de somatomedinas, que
apresentam potente efeito de aumentar todos os aspectos do
crescimento ósseo. Muito dos efeitos da somatomedinas também
são chamads de fatores de crescimento semelhante a insulina (IGFs)
Existem varias, mas a mais importante é a somatomedina C (também
chamada de fator de crescimento semelhante a insulina I ou IGF-1).
Tem se postulado que a maioria, não todos, os efeitos do hormônio
de crescimento resulta da somatomedina C e das outras
somatomedinas, em vez dos efeitos diretos do hormônio de
crescimento nos ossos e outros tecidos periféricos.

• SECREÇÃO DO HORMONIO DE CRESCIMENTO


Sabe-se que tal secreção é controlada por dois fatores secretados no
hipotálamo e, em seguida, transportados para a hipófise anterior pelos
vasos portais hipotalâmico-hipofisarios. Trata-se do hormônio liberador do
hormônio de crescimento (GHRH) e do hormônio inibidor do hormônio de
crescimento (também chamado de somatostatina). Ambos são
polipeptideos.
A região do hipotálamo onde ocorre a origem da secreção do GHRH é o
núcleo ventromedial, essa é a mesma área sensível a concentração de
glicose no sangue, levando a saciedade, nos estados hiperglicêmicos e a
sensação de fome nos estados hipoglicemicos.
A maior parte do controle da secreção de hormônio do crescimento é,
provavelmente, mediada pelo GHRH. Ele estimula a secreção do hormônio
de crescimento ao se ligar a receptores específicos de membrana celular,
nas superfícies externas das células do hormônio de crescimento, na
hipofise

• GIGANTISMO E ACROMEGALIA

Gigantismo e acromegalia são síndromes de excesso de secreção


de GH. Antes do fechamento das epífises, o resultado é o gigantismo.
Mais tarde, o resultado é a acromegalia, que produz características
faciais e outras distintas.

GIGANTISMO- as células produtoras do hormônio do crescimento da


hipófise ficam excessivamente ativas e como consequencia são
produzidas grandes quantidades de hormônio de crescimento. Todos
os tecidos crescem rapidamente, inclusive os ossos. Se a condição
ocorrer antes da fusão das epifases, o tamanho da pessoa aumenta
de modo que se torne excessivamente alta.

Em geral, essa pessoa apresenta hiperglicemia, e as células beta das


ilhotas de largerhans no pâncreas costumam degenerar porque se
tornam hiperativadas devido a hiperglicemia. Consequentemente,
em cerca de 10% dos gigantes desenvolve-se diabetes melito franco.

ACROMEGALIA – se o excesso de GH ocorrer depois da fusão das


epifases dos ossos, o paciente não pode crescer mais, mas os ossos
ficam mais espessos e os tecidos moles continuam a crescer. O
aumento é acentuado nos ossos da mãos e dos pes e nos ossos
membranoso, incluindo crânio, nariz, bossas na testa e sulco
supraorbitario, a maxila inferior. Ocorre então protrusao da
mandíbula inferior, a esta se inclina para a frente devido ao
desenvolvimento excessivo dos sulcos supraorbitarios, o nariz cresce
e os pes aumentam. Além desses efeitos, as mudanças nas
vertebras, em geral, levam a curvatura das costas, que é conhecida
clinicamente como cifose. Os órgãos de tecido mole, como língua,
fígado e rins apresentam-se muito aumentados.

Gigantismo e acromegalia são condições diferentes. O que os diferencia é o momento da


hipersecreção do GH. Quando ocorre o gigantismo é o período de crescimento (quando
não ocorre o fechamento das epifases), já na acromegalia ocorre após a fase de
crescimento, quando não se tinha mais para onde se crescer.

GH – RITMO BIOLOGICO E SECREÇÃO


- O GH não age por meio de glândula-alvo especifica, mas exerce seus
efeitos, diretamente, sobre todos ou quase todos os tecidos do organismo.
- A secreção de GH é controlada por dois fatores secretados no hipotálamo
(GHRH é o principal estimulante e a somatostatina é o principal inibidor) e
em seguida, transportados para a hipófise anterior pelos vasos portais
hipotalâmico-hipofisários.
O hormônio do crescimento estimula o crescimento dos ossos, dos
músculos e de muitos órgãos internos.

GH- EFEITOS BIOLOGICOS

- controla a síntese de fator de crescimento semelhante a insulina 1 (IGF-1,


também chamado de somatomedina-C), que em grande medida controla o
crescimento. Embora o IGF-1 seja produzido em muitos tecidos, o fígado é
a principal fonte.
ADH – VASOPRESSINA
HIPOFISE POSTERIOR E SUA RELAÇÃO COM O HIPOTALAMO: a hipófise
posterior, chamada de neuro-hipofise, é composta por células semelhantes
as células gliais, chamadas pituicitos. Os pituicitos agem como estrutura de
suporte para grande numero de fibras nervosas terminais e terminações
nervosas de tratos nervosos que se originam nos núcleos no núcleo
supraoptico e paraventricular do hipotálamo. As terminações nervosas são
botões bulbosos que contem diversos grânulos secretores. Tais
terminações localizam-se na superfície dos capilares, onde secretam dois
hormônios hipofisários posteriores: 1- hormônio antidiurético
(vasopressina) 2- ocitocina. Os hormônios são inicialmente sintetizados nos
corpos celulares dos núcleos supraoptico e paraventricular e depois
transportados em associação as proteínas transportadoras, chamadas
neurofisinas, para as terminações nervosas da hipófise posterior.
O ADH É FORMADO PRIMEIRAMENTE NOS NUCLEOS SUPRAOTICOS.

Funções biológicas:

Na ausência de ADH, os túbulos e ductos coletores ficam quase impermeáveis


a agua, o que impede sua reabsorção significativa e, consequentemente, permite
perda extrema de água na urina, causando também diluição extrema da urina.
Por outro lado, na presença de ADH, a permeabilidade dos ductos e túbulos
coletores aumenta consideravelmente e permite que a maior parte da água seja
reabsorvida, a medida que o liquido tubular passa por esses ductos,
consequentemente conservando água no corpo e produzindo urina muito
concentrada.

Sem ADH, as membranas luminais das células epiteliais tubulares dos ductos
coletores são quase impermeáveis a água. Quando o ADH age na célula, em
primeiro lugar, ele se associa aos receptores de membrana que ativam a Adenil
ciclase, levando a formação do cAMP no citoplasma das células tubulares. Essa
formação leva a formação de vesículas fornecendo muitas áreas de alta
permeabilidade a agua.

Os líquidos corporais concentrados estimulam os núcleos supraoptico e os


líquidos diluídos os inibem. Isso é feito pelos receptores neuronais modificados
chamados osmorreceptores.
• Efeitos vasoconstritores do ADH: ao mesmo tempo que concentrações
minúsculas de ADH provocam aumento da conservação da agua pelos
rins, concentrações mais elevadas de ADH apresentam potente efeito de
vasoconstrição sobre as arteríolas do corpo e, portanto, de aumentar a
pressão arterial. Por isso, a baixa pressão sanguínea estimula a secreção
de ADH, assim como o baixo volume sanguíneo também.

Os artrios contem receptores de distensão, que são excitados pelo


enchimento excessivo. Quando esses receptores são excitados, eles
enviam sinais para o cérebro a fim de inibir a secreção do ADH. Por
outro lado, quando os receptores não são estimulados, como resultado
de um enchimento insuficiente, ocorre o oposto, com aumento
acentuado de secreção de ADH

A diminuição ds distensibilidade dos barorreceptores das regiões das


carótidas, aórtica e pulmonar também estimula a secreção de ADH.

• Rins: aumenta a permeabilidade das células dos túbulos renais à agua


(aquaporinas) = Antidiurético;

• Sistema Vascular: promove vasoconstrição arteriolar, aumentando a


resistência periférica e assim, a pressão arterial = Vasopressina.

• IMPORTANCIA DA SEDE NO CONTROLE DA


OSMOLARIDADE E DA CONCENTRAÇÃO DE SODIO NO
LIQUIDO EXTRACELULAR

Os rins minimizam a perda de liquido durante os déficits hídricos, por meio do


sistema feedback osmorreceptor-ADH. A ingestão adequada de líquidos é
necessária para contrabalançar qualquer perda de liquido pela sudorese da
respiraçao e do trato gastrointestinal. O consumo de liquido é controlado pelo
mecanismo de sede que, juntamente com o mecanismo osmorreceptor-ADH
mantem o controle preciso da osmoralidade e da concentração de sódio no
liquido extracelular.
O lobo posterior da hipófise é o principal local de armazenamento e
liberação da vasopressina, mas a vasopressina é sintetizada no hipotálamo.
• Diabetes Insipidus (síndrome que surge pela deficiência de
vasopressina ou quando o órgão-alvo – rim – não responde ao
hormônio)
O inicio da diabetes insípidos pode ser insidioso ou súbito, ocorrendo
em qualquer idade
Os sintomas da diabetes insipido mais frequentes são a polidipsia e a
poliuria.

AÇÃO HORMONAL: ETAPAS SEQUENCIAIS


MECANISMO DE TRANSPORTE

REGULAÇÃO DA SECREÇÃO HORMONAL

Mecanismos gerais que orientam a secreção hormonal:

- Controle por Feedback: hormônio-hormônio (negativo e positivo)


- Controle neural: resposta a estímulos internos e externos
(adrenérgicos, colinérgicos)
- Controle cronotrópico (ritmo diurno, ciclo sono-vigília, ritmo
sazonal)

REGULAÇÃO DA SECREÇÃO HORMONAL

Feedback negativo:
- Mecanismos mais característicos
- Traduz um controle da secreção pelos próprios efeitos que esta
produz
- Limita excessos
- Resultado final: manutenção dos níveis (homeostase).
Efeito final tem por objetivo negar o efeito inicial, ou seja, tenta-se
corrigir a percepção inicial

NEGATIVO -> conjunto de respostas produzido pelos sistemas


orgânicos frente a um desequilíbrio, cujas manifestações (resposta)
são no sentido de suprimir (diminuir) os efeitos que geraram o
desequilíbrio
CONTROLE CRONOTRÓPICO

Tanto o cortisol quanto o hormônio do crescimento exibem variações


consideráveis dos seus níveis sanguíneos durante o dia. Esses níveis também
podem ser afetados por sono prejudicado, luz, estresse e presença de doença, e
dependem de sua taxa de secreção, metabolismo e excreção, taxa de depuração
metabólica, dentre outros.
HORMONIO DA TIREOIDE

A tireoide secreta dois hormônios principais, a tiroxina e tri-iodotironina (T4 e T3).


Ambos aumentam intensamente o metabolismo do organismo. A ausência completa
dessas secreções faz com que o metabolismo caia de 40 a 50% do normal, e o excesso
extremo da secreção pode aumenta-lo de 60 a 100%. A secreção tireoidiana é controlada,
principalmente pelo hormônio tireoestimulante (TSH), secretado pela hipófise
anterior.
A tireoide também secreta calcitonina, hormônio importante para o metabolismo do
cálcio.

• SINTESE E SECREÇÃO DOS HORMONIOS METABOLICOS


TIREOIDEANOS

90% dos hormônios secretados pela tireoide é o T4 e 7% o T3. Entretanto, quase todo o
T4 é convertido em T3 nos tecidos. As funções desses hormônios são qualitativamente
iguais, mas diferem na velocidade e na intensidade de ação. O T3 é 4x mais potente e
persiste por um tempo muito curto.

• ANATOMIA E FIOSOLIA DA TIREOIDE

A tireoide é composta por grande numero de folículos fechados, que estão cheios de uma
substancia secretora, chamada de coloide, revestidos por células epiteliais cuboides, que
secretam seus produtos para o interior dos folículos.
O coloide é constituído em sua grande parte, pela TIREOGLOBULINA, cuja molécula
contem os hormônios tireoidianos.
A tireoide contem também células C, que secretam calcitonina, um hormônio que
contribui para a regulação da concentração plasmática de ions de cálcio.

• IODO É NECESSARIO PARA A FORMAÇÃO DE TIROXINA

Para formar quantidades normais de tiroxina, é necessário a ingestão de cerca de 50


miligramas de iodo na forma de iodeto a cada ano

• BOMBA DE IODETO – O SIMPORTE DE SODIO-IODETO

O primeiro estagio de formação dos hormônios tireoidianos é o transporte de iodeto do


sangue para as células e folículos glandulares da tireoide. A membrana basal das células
tireoidianas tem a capacidade especifica de bombear, ativamente, iodeto para o interior
da célula. Esse bombeamento é realizado pela ação de simporte de sódio-iodeto, que
cotransporta um ion iodeto, junto com dois ions sódio, através da membrana basolateral
para a célula.
• FORMAÇÃO E SECREÇÃO DE TIREOGLUBULINA PELAS CELULAS
DA TIREOIDE
As células da tireoide são típicas células glandulares secretoras de proteínas. O reticulo
endoplasmático e o aparelho de golgi sintetizam e secretam para os folículos a
TIREOGLOBULINA. Os hormônios T3 e T4 são formados a partir dos aminoácidos
tirosina e formam parte da molécula de tireoglubulina durante a síntese dos hormônios
tireoidianos, ate mesmo enquanto estão armazenados no coloide folicular.

O primeiro estagio essencial a formação dos hormônios tireoidianos é a conversão do


iodeto para a forma oxidada de iodo, que é capaz de se conectar diretamente ao
aminoácido tirosina. Essa oxidação é promovida pela peroxidase.
A peroxidase localiza-se na membrana apical da célula ou ligada a ela, produzindo assim
o iodo oxidado, exatamente no ponto da célula em que a molécula de tireoglobulina surge.

A ligação do iodo com a molécula de tiroglobulina é chamada de organificação da


tireoglubulina. O iodo oxidado, até mesmo na forma molecular, liga-se diretamente,
embora de forma lenta, ao aminoácido tirosina. Nas células da tireoide, entretanto, o iodo
esta associado a enzima peroxidase, que reduz a duração desse processo.
Tirosina -> monoiodotirosina -> di-iodotirosina
T3 -> monoiodotirosina + di-iodotirosina
T4 -> di-iodotirosina + di-iodotirosina

• ARMAZENAMENTO DA TIREOGLOBULINA

A tireoide tem a capacidade incomum entre as glândulas endócrinas de armazenas grande


quantidade de hormônios. Após o final da síntese dos hormônios tireoidianos, cada
molécula de tireoglobulina contem cerca de 30 moleculas de tiroxina (T4). Nessa forma,
os hormônios tireoidianos são armazenados nos folículos em quantidades suficientes para
suprir as necessidades normais do organismo por 2 a 3 meses. Portanto, se a síntese do
hormônio é interrompida, os efeitos fisiológicos de sua deficiência so são observados
vários meses depois.

• LIBERAÇÃO DE T3 e T4

A maior parte da tireoglubulina não é liberada para circulação, sendo necessários clivar a
tiroxina e tri-iodotironina da molécula de tireoglobulina. Em seguida, ambos hormônios
são liberados.

Esse processo ocorre: a superfície da célula de tireoide emite pseudopodos, que cercam
pequenas porcoes de coloide, formando vesículas pinociticas que penetram pelo ápice da
célula. Então, lisossomos no citoplasma celular imediatamente se fundem com as
vesículas para formar vesículas digestivas que contem enzimas digestivas misturada com
coloide. Múltiplas proteases entre as enzimas digerem as moléculas de tireoglubulina e
liberam T3 e T4 que se difundem pela base da célula para os capilares adjacentes.
• TRANSPORTE DE T3 e T4

O T4 e T3 estao ligadas a proteínas plasmáticas. Ao serem liberadas no sangue, mais de


99% desses hormônios se combinam imediatamente as diversas proteínas plasmáticas.
Elas se combinam principalmente com a globulina de ligação de tiroxina e muito menos
com a pre-albumina de ligação de tiroxina e albumina.

O T3 e T4 são liberados lentamente para as células teciduais: devido a alta afinidade das
proteínas plasmáticas de ligação dos hormônios tireoidianos, essas substancias são
liberadas de forma lenta para as células teciduais.

Ao penetrar as células, eles se ligam novamente a proteínas intracelulares. Portanto, são


novamente armazenados, mas dessa vez nas células-alvo e são usadas lentamente, ao
longo de dias ou semanas.

- A ação dos hormônios tireoidianos tem inicio lento e longa duração: após a injeção de
grandes quantidades de T4 no ser humano praticamente so se detecta efeitos no
metabolismo depois de 2 a 3 dias (ou seja, longo período de latência, antes do inicio da
atividade).

- A maior parte da latência e o prolongado período de ação desses hormônios devem-se a


suas ligações com proteínas, tanto no plasma quanto nas células, seguida por sua lenta
liberação.
• FUNÇÕES FISIOLOGICAS DOS HORMONIOS TIREOIDIANOS

1- AUMENTAM A TRANSCRIÇÃO DE UM GRANDE NUMERO DE GENES: o


efeito geral dos hormônios tireoidianos consiste em ativas a transcrição nuclear
de grande numero de genes. No entanto, em praticamente todas as células do
organismo é sintetizado grande numero de enzimas, proteínas estruturais,
transporte de proteínas e outras substancias. O resultado final é o aumento
generalizado da atividade funcional de todo o organismo.

- A MAIOR PARTE DA TIROXINA (T4) SECRETADA É CONVERTIDA EM TRI-


IODOTIRONINA (T3): antes de agir no genes, aumentando sua transcrição, um átomo
de iodo é removido de quase todas as moléculas de T4.

2- OS HORMONIOS TIREOIDIANOS ATIVAM RECEPTORES NUCLEARES:


os receptores de hormônio tireoidiano estão ligados a fitas genéticas de DNA ou
se localizam perto delas. Após se ligarem aos hormônios tireoidianos, os
receptores são ativados e iniciam o processo de transcrição. Então, é formado um
grande numero de diferentes tipos de RNA mensageiro que, após minutos ou
horas, são traduzidos nos ribossomos citoplasmáticos, formando centenas de
novas proteínas intracelulares.
Os hormônios tireoidianos também tem efeitos celulares não genomicos, que são
independentes dos seus efeitos de transcrição genica. Ações não genômicas incluem
a regulação de canais iônicos e fosforilação oxidativa e parecem envolver a ativação
de mensageiros secundários intracelulares, tais como o AMPc ou as cascatas de
sinalização das proteinocinases.

3- AUMENTAM A ATIVIDADE METABOLICA CELULAS: os hormônios T3 e


T4 aumentam a atividade metabólica de quase todos os tecidos corporais. O
metabolismo basal pode aumentar de 60 a 100% acima do normal. Embora a
síntese de proteína seja aumentada, a velocidade de seu catabolismo também se
eleva. A velocidade de crescimento aumenta, em pessoas jovens e os processos
mentais são estimulados

4- AUMENTAM O NUMERO A ATIVIDADE DE MITOCONDRIAS: as


mitocôndrias aumentam em tamanho e em numero. Além disso aumenta-se a sua
atividade proporcional ao aumento do metabolismo.

5- AUMENTAM O TRANSPORTE ATIVO DE IONS ATRAVES DAS


MEMBRANAS: uma das enzimas cuja atividade aumenta em resposta ao
hormônio é a NaK-ATPase. Por sua vez, esse aumento potencializa o transporte
de ions de sódio e potássio através das membranas celulares de alguns tecidos.

6- EFEITO DO HORMONIO TIREOIDIANO NO CRESCIMENTO: as crianças


que apresentam hipotireoidismo, frequentemente ocorre um retardo no
crescimento, já as com hipertireoidismo ocorre um aumento excessivo.
Entretanto, os ossos também maturam com mais velocidade e as epifases se
fecham precocemente.

Esses hormônios também promove o crescimento e desenvolvimento do cérebro


durante a vida fetal e nos primeiros anos de vida pos-natal,
è EFEITOS NAS GORDURAS PLASMATICAS E HEPATICAS: aumento desses
hormônios reduz a concentração de colesterol, fosfolipídios e triglicerídeos no
plasma, embora aumenta a de ácidos graxos livre.
è EFEITO NAS FUNÇÕES DO MUSCULO: quando a quantidade de hormônio
fica excessiva, os músculos são enfraquecidos, devido ao excesso de catabolismo
proteico. Ao contrario, a falta de hormônio tireoidiano torna os músculos
vagarosos, relaxando-se lentamente após uma contração.
- Tremor muscular: um dos sinais mais característicos do hipertireoidismo é o tremor
muscular leve. Acredita-se que seja devido ao aumento das sinapses neuronais nas
áreas da medula espinal que controlam o tônus muscular.

è EFEITO NO SONO: devido ao efeito exaustivo do hormônio tireoidiano na


musculatura e no sistema nervoso central, a pessoa com hipertireoidismo
frequentemente se queixa de cansaço constante, entretanto, devido ao efeito
excitatório desses hormônios nas sinapses, o sono é dificultado. Ao contrario, a
sonolência extrema é característica do hipotireoidismo.

REGULAÇÃO DA SECREÇÃO DO HORMONIO TIREOIDIANO

Para manter níveis normais de atividade metabólica no organismo, uma quantidade exata
de hormônio tireoidiano deve ser secretada a cada momento. Isso é feito por mecanismos
específicos de feedback que operam por meio do hipotálamo e da hipófise anterior
(adeno-hipofise).

• TSH (tireotropina): é um hormônio da hipófise anterior, esse hormônio aumenta


a secreção de T3 e T4 pela tireoide. Seus efeitos específicos são:
- aumento da proteólise da tireoglubulina já armazenadas nos folículos, com
resultante aumento da liberação dos hormônios tireoidianos para sangue
circulante
- aumento da atividade de bomba de iodeto que aumenta a captação de iodeto
pelas células granulares
- aumento da iodização da tirosina para formar esses hormônios
- aumento do numero de células tireoidianas

O efeito precoce mais importante após a administração de TSH é o inicio da


proteólise da tireoglobulina, que provoca a liberação desses hormônios.

O AMPc medeia o efeito estimulador do TSH: a maior parte dos efeitos dos TSH
nas células tireoidianas resulta da ativação do sistema celular de segundo
mensageiro, o AMPc
A ligação o TSH com o receptor ativa a adenilil ciclase que aumenta a formação
do AMPc no interior da célula. Então o AMPc ativa proteinocinases que provoca
fosforilação em toda célula. O resultado é o aumento de secreção de hormônios
tireoidianos.

- A SECREÇÃO DE TSH PELA HIPOFISE ANTERIOR É REGULADA PELO


HORMONIO LIBERADOR DE TIREOTROPINA NO HIPOTALAMO: a
secreção do TSH pela adeno hipófise é controlada pelo TRH, secretado por
terminações nervosas na eminencia mediana do hipotálamo. O TRH é
transportado para a hipófise anterior pelo sangue portal hipotalâmico-hipofisario.

O TRH se liga a receptores próprios na membrana das células hipofisárias. Isso


ativa segundo mensageiros da fosfolipase no seu interior, produzindo grande
quantidade de fosfolipase C, que provocam cascatas e por fim a liberação de TSH.

- EFEITOS DO FEEDBACK DO HORMONIO TIREOIDIANO PARA


REDUZIR A SECREÇAO DE TSH PELA HIPOFISE ANTERIOR
A elevação do hormônio tireoidiano nos líquidos corporais reduz a secreção de
TSH pela hipófise anterior.
DEPOSIÇÃO E REABSORÇÃO OSSEA (CALCIO E FOSFATO):
PARATORMONIO, CALCITONINA, VITAMINA D

A fisiologia do metabolismo de cálcio e da formação dos ossos, bem como a regulação


da vitamina D, do paratormônio (PTH) e da calcitonina estão intimamente ligadas. A
concentração do cálcio iônico no meio extracelular é determinada pela interação entre a
absorção intestinal, a excreção renal e a captação e liberação óssea desse elemento.

Hipercalcemia – cálcio acima do normal -> depressão progressiva do sistema nervoso


Hipocalcemia – cálcio abaixo do normal-> excitação do sistema nervoso

Os ossos são amplos reservatórios de armazenamento de cálcio (98% do cálcio encontra-


se armazenado nos ossos).

Fosfato – 85% encontra-se armazenado nos ossos

- EFEITOS FISIOLOGICOS NÃO OSSEOS DAS ALTERAÇÕES DAS


CONCENTRAÇÕES DE CALCIO E FOSFATO NO LIQUIDO CORPORAL

A variação de níveis de fosfato não provoca efeitos imediatos importantes no organismo.


Entretanto, até leves aumento ou queda de cálcio no liquido extracelular podem causar
efeitos fisiológicos extremos e imediatos. Além disso a hipocalcemia ou a hipofosfatemia
crônica reduzem intensamente a mineralização óssea.

• HIPOCALCEMIA CAUSA EXCITAÇÃO DO SISTEMA NERVOSO E


TETANIA: quando as concentrações caem abaixo do normal, o sistema nervoso
fica progressivamente mais excitável, pois leva ao aumento da permeabilidade da
membrana neuronal dos ions de sódio, permitindo o desencadeamento natural dos
potenciais de acao.
Consequentemente, a hipocalcemia causa a tetania e ocasionalmente crises epilépticas
devido a sua ação de aumento da excitabilidade do cérebro.

• HIPERCALCEMIA DEPRIME O SISTEMA NERVOSO E A ATIVIDADE


MUSCULAR: o sistema nervoso fica deprimido, e as atividades reflexas do
sistema nervoso central ficam lentificadas. Além disso, o amento da concentração
de cálcio reduz o intervalo de QT do coração e provoca falta de apetite e
constipação

OSSOS E SUA RELAÇAO COM CALCIO E FOSFATO


- O osso é composto por uma matriz orgânica resistente, fortalecida por depósitos de sais
de cálcio.

SAIS OSSEOS: os sais cristalinos depositados na matriz orgânica do osso são basicamente
compostos por cálcio e fosfato. A formula do sal cristalino predominante, conhecido
como hidroxiapatita.

DEPOSIÇÃO E REABSORÇÃO OSSEA


O osso passa por deposição continua de osteoblastos e ininterrupta absorção nos locais
onde os osteoclastos estão ativos. Os osteoblastos são encontrados na superfície externas
dos ossos e nas cavidades osseas. Ocorre, continuamente, discreta atividade osteoblastica
em todos os ossos vivos

O osso também passa por continua absorção na presença de osteoclastos, que


correspondem a grande célula fagocitaria multinucleadas. Os osteoclastos emitem suas
projeções semelhantes a vilos em direção ao osso, formando uma borda pregueada
adjacente ao osso. Esses vilos secretam dois tipos de substancia: 1- enzimas proteolíticas,
liberadas de lisossomos dos osteoclastos 2- diversos ácidos, incluindo cítrico e lático,
liberados da mitocôndria e vesículas secretoras. As enzimas digerem ou dissolvem a
matriz orgânica do osso, enquanto que os ácidos provocam a dissolução dos sais osseos.

O PTH estimula a atividade de osteoclastos e a reabsorção óssea, mas isso ocorre por
mecanismos indiretos. As células osteoclasticas são apresentam receptores de PTH. Pelo
contrario, os osteoblastos é que contem receptor para o PTH, e então o osteoblastos que
sinalizam ao osteoclastos.
Duas proteínas dos osteoblastos responsáveis por essa sinalização são o ativador de
receptor para o ligante B do fator nuclear k (RANKL) e o fator estimulante de colônias
de macrófagos.
O PTH se liga aos receptores nos osteoblastos adjacentes, que estimulam a síntese de
RANKL (ligante de osteoprotegerina OPGL). O RANKL se liga aos seus receptores
RANK nas células pre-oteoclastos, fazendo com que eles se diferenciem em osteoclastos
multinucleados maduro

Os osteoblastos também produzem osteoprotegerina (OPG), por vezes, denominado de


fatos de inibição da osteoclatogeneses, citocina que inibe a ressorção óssea. O OPG liga-
se ao RANKL e impede-o de interagir com esse receptor
O OPG se opõe a atividade de ressorção óssea do PTH

A Vitamina D e o PTH parecem estimular a produção de osteoclastos maduros através de


uma dupla ação: inibe a produção de OPG. E estimula a formação de RANKL.

OBS: a deposição e absorção óssea normalmente estão em equilíbrio, exceito em ossos


em crescimento.

VITAMINA D

A vitamina D tem o potente efeito de aumentar a absorção de cálcio no trato intestinal.


Convem lembrar que a vitamina D é a forma inativa, a sua forma ativada é a 1,25-di-
hidroxicolecalciferol.
O colecalciferol (vitamina D3) é formado na pele. É formada na pele em consequência da
irradiação pelos raios ultravioletas provenientes do sol. Por isso, a exposição ao sol evita
a deficiência de vitamina D.

OBS:
A transformação da vitamina em sua forma ativa o calcitriol requer a presença do PTH
- A forma ativa da vitamina D apresenta diversos efeitos no intestino, rins e ossos, como
aumento da absorção de cálcio e fosfato para o liquido extracelular e auxilio da regulação
dessas substancias por feedback

- Os receptores de vitamina D estão presentes na maioria das células do corpo e


localizados, principalmente, no núcleo da célula alvo. Similar aos esteroides e ao
hormônio da tireioide, o receptor de vitamina D forma um complexo com outro receptor
intracelular, o receptor retinoide X, e esse complexo se liga ao DNA e ativa a transcrição
na maioria dos casos. Em alguns casos, a vitamina D pode suprimir a transcrição.

- A vitamina D em sua forma ativa atua como um hormônio para promover a absorção
intestinal de cálcio. Isso se da em grande parte pelo aumento de formação de calbindina,
uma proteína ligante do cálcio, nas células epiteliais intestinais.

- A vitamina D promove a absorção de fosfato pelos intestinos.

- A vitamina D diminui a excreção renal de cálcio e fosfato: aumenta a absorção de cálcio


e fosfato pelas células epiteliais dos túbulos renais, e dessa forma, tende a diminuir a
excreção de tais substancias na urina.

- EFEITO DA VITAMINA D NO OSSO E SUA RELAÇÃO COM O PTH: A


administração de quantidades extremas de vitamina D provoca a absorção do osso. Na
ausência dessa vitamina, o efeito do PTH na indução da absorção óssea é bastante
reduzido ou impedido. Isso porque a vitamina D aumenta o transporte de cálcio através
das membranas celulares. A vitamina D em quantidades menores promove a calcificação
óssea.

PARATORMONIO

É um potente mecanismo de controla das concentrações extracelulares de cálcio e de


fosfato, mediante redução da reabsorção intestinal, da excreção renal e do intercambio
desses ions entre o liquido extracelular e o osso. A atividade excessiva a glândula
paratireoide provoca rápida liberação de sais de cálcio nos ossos, com a consequente
hipercalcemia

O paratormônio provoca o aumento da concentração de cálcio, devido a dois efeitos


1- Aumenta a absorção de cálcio e de fosfato a partir dos ossos
2- Diminui com rapidez a excreção de cálcio nos rins

OBS: a concentração de fosfato é provocada pelo intenso efeito do PTH em elevar a


excreção renal desse elemento

- O PARATORMONIO MOBILIZA O CALCIO E O FOSFATO DO OSSO:


Um dos efeitos, o mais rápido deles, é a ativação de celular osseas já existentes (
principalmente osteócitos) para promover a liberação de cálcio e fosfato
O segundo efeito, mais demorado, é a proliferação de osteoclastos, seguida pela
reabsorção osteoclastica muito acentuada do próprio osso.
O osso também passa por continua absorção na presença de osteoclastos, que
correspondem a grande célula fagocitaria multinucleadas. Os osteoclastos emitem suas
projeções semelhantes a vilos em direção ao osso, formando uma borda pregueada
adjacente ao osso. Esses vilos secretam dois tipos de substancia: 1- enzimas proteolíticas,
liberadas de lisossomos dos osteoclastos 2- diversos ácidos, incluindo cítrico e lático,
liberados da mitocôndria e vesículas secretoras. As enzimas digerem ou dissolvem a
matriz orgânica do osso, enquanto que os ácidos provocam a dissolução dos sais osseos.

O PTH estimula a atividade de osteoclastos e a reabsorção óssea, mas isso ocorre por
mecanismos indiretos. As células osteoclasticas são apresentam receptores de PTH. Pelo
contrario, os osteoblastos é que contem receptor para o PTH, e então o osteoblastos que
sinalizam ao osteoclastos.
Duas proteínas dos osteoblastos responsáveis por essa sinalização são o ativador de
receptor para o ligante B do fator nuclear k (RANKL) e o fator estimulante de colônias
de macrófagos.
O PTH se liga aos receptores nos osteoblastos adjacentes, que estimulam a síntese de
RANKL (ligante de osteoprotegerina OPGL). O RANKL se liga aos seus receptores
RANK nas células pre-oteoclastos, fazendo com que eles se diferenciem em osteoclastos
multinucleados maduro

Os osteoblastos também produzem osteoprotegerina (OPG), por vezes, denominado de


fatos de inibição da osteoclatogeneses, citocina que inibe a ressorção óssea. O OPG liga-
se ao RANKL e impede-o de interagir com esse receptor
O OPG se opõe a atividade de ressorção óssea do PTH

- O PARATORMONIO DIMINUI A EXCREÇÃO DE CALCIO E AUMENTA A


EXCREÇAO DE FOSFATO PELOS RINS
A administração de pTH causa a rápida perda de fosfato na urina, devido ao efeito do
hormônio em reduzir a reabsorção tubular renal do fosfato. O PTH também aumenta a
reabsorção tubular renal do cálcio, ao mesmo tempo que diminui a reabsorção de fosfato.

- O PARATORMONIO AUMENTA A ABSORÇÃO INTESTINAL DE CALCIO E


FOSFATO
O PTH aumenta a absorção de cálcio e fosfato presentes no intestino, pelo aumento da
vitamina D da formação renal do 1,25-di-hidroxicolecalciferol.

- O AMPc medeia os efeitos do paratormônio: grande parte do efeito do PTH em seus


órgãos-alvos pe mediada pelo mecanismo de segundo mensageiro do monofosfato de
adenosina cíclico (AMPc). Dentro de alguns minutos, após administração do PTH, a
concentração de AMPc aumenta nos osteócitos, osteclastos e em outras células-alvos. O
AMPc é provavelmente responsável pela suas funções.

- O CONTROLE DA SECREÇÃO PARATIREOIDE PELA CONCENTRAÇÃO DE


CALCIO IONICO: ate mesmo insignificantes redução da concentração de cálcio iônico
no liquido extracelular faz com que as glândulas paratireoides aumentem sua secreção
dentro de minutos. Em casos de persistências do declineo de cálcio, as glândulas passarão
por hipertrofia, atingindo ate 5x o seu tamanho. Por exemplo, as glândulas paratireoides
ficam bastante aumentadas em pessoas com raquitismo. Essa glândula também se destaca
durante a gestação e durante a lactação.
De modo inverso, as condições indutoras de aumento da concentração de cálcio iônico
acima do normal provocam a diminuição da atividade e do volume das glândulas
paratireoides. Tais condições são: 1- quantidade excessiva de cálcio na dieta; 2- teor
elevado de vitamina D na dieta; 3- absorção óssea causada por outros fatores.

A alteração da concentração de ions de cálcio no liquido extracelular são detectadas por


um receptor sensível ao cálcio nas membranas das células da paratireoide. O receptor
sensível ao cálcio é um receptor acoplado a proteína C, que, quando estimulado por ions
de cálcio, ativa a fosfolipase C e ativam outras substancias, que por sua vez diminuem a
secreção do PTH. Inversamente, a diminuição da concentração de ions de cálcio no
liquido extracelular inibe essas vias e estimula a secreção de PTH.

CALCITONINA

É um hormônio peptídico secretado pela glândula tireoide, tende a diminuir a


concentração plasmática do cálcio e, em geral, tem efeitos opostos aos do PTH. No
entanto, o papel quantitativo da calcitonina nos humanos é bem menor que o PTH na
regulação da concentração de cálcio iônico.

A secreção da calcitonina ocorre nas células parafoliculares, ou células C, situadas no


liquido intersticial entre os folículos da glândula tireoide.

- O AUMENTO DA CONCENTRAÇÃO PLASMATICA DE CALCIO ESTIMULA A


SECREÇÃO DA CALCITONINA: o principal estimulo para a secreção de calcitonina é
a elevação da concentração de cálcio iônico no liquido extracelular. Em contraste, a
secreção do PTH é estimulada pela queda da concentração de cálcio.[
- A CALCITONINA DIMINUI A CONCENTRAÇÃO PLASMATICA DO CALCIO: o
efeito imediato é a redução da atividade absortivas do osteoclastos, desviando o equilíbrio
em favor da deposição de cálcio.
O efeito mais prolongado é a diminuição da formação de novos osteoclastos. Como a
ressorção osteoclastica do osso leva, secundariamente, a atividade osteoblastica, o
declínio da quantidade de osteoclastos é seguida pela queda do numero de osteoblastos.
Por essa razão, o efeito é a redução da atividade osteoclastica e osteoblastica.

- A CALCITONINA TEM UM FRACO EFEITO NA CONCENTRAÇÃO


PLASMATICA DO CALCIO NOS HUMANOS ADULTOS: 1- qualquer redução inicial
de concentração do cálcio iônico, causado pela calcitonina, leva a potente secreção de
PTH, o que acaba superando o efeito da calcitonina. Quando a glândula tireoide é
removida e a calcitonina deixa de ser secretada, a concentração sanguínea do cálcio iônico
não tem alteração mensurável em longo prazo.
2- a intensidade diária de absorção e deposição do cálcio no adulto é pequena e mesmo
após o retardo da velocidade de absorção pela calcitonina, isso se reflete como efeito
muito leve na concentração plasmática do cálcio iônico. O efeito da calcitonina em
crianças e muito maior, já que a remodelagem óssea ocorre mais rapidamente nessa faixa
etária.
RESUMO DO CONTROLE DA CONCENTRAÇÃO DE CALCIO IONICO

Em caso de deficiência ou excesso prolongado de cálcio, apenas o mecanismo do PTH


parece ser realmente importante na manutenção da concentração plasmática normal de
ions de cálcio. Quando a pessoa apresenta deficiência continua de cálcio na dieta, o PTH
pode, muitas vezes estimular a absorção óssea desse elemento, o suficiente para manter a
concentração plasmática normal do cálcio iônico por um ano ou mais, no entanto, até
mesmo os ossos acabam tendo esgotamento do cálcio. Dessa forma, os ossos constituem
grandes reservatórios de cálcio que podem ser controlados pelo PTH. Contudo, o controle
de concentração do cálcio iônico no meio extracelular em longo prazo conta quase
exclu;.sivamente com as participações do PTH e da vitamina D.

INSULINA E GLUCAGON
O pâncreas, além da função digestiva, secreta dois hormônios importantes: insulina e
glucagon, crucial para a regulação normal do metabolismo da glicose, dos lipídeos e da
proteína. Apesar do pâncreas secretar outros hormônios, como a amilina, somatostina e
polipeptideo pancreático, suas funções não são bem fundamentadas.

ANATOMIA
O pâncreas é formado por dois tipos de principais tecidos: 1- os acinos, que secretam o
suco digestivo no duodeno 2- as ilhotas de largerhans, que secretam insulina e glucagon
diretamente no sangue.
As ilhotas contem três tipos de células principais: as alfa, beta e delta.
As betas -> constituem aproximadamente 60% de todas as células da ilhota, são
encontradas sobretudo no centro da ilhota e secretam insulina e amilina.
As alfas -> aproximadamente 25%, secretam o glucagon.
As deltas -> aproximadamente 10% secretam somatostatina.
Existe também a célula PP, que esta presente em quantidade pequena e secreta o
polipeptideo pancreático, com função incerta.

INSULINA

A insulina desempenha um papel importante no armazenamento do excesso de energia.


No caso de excesso de carboidrato, a insulina faz com que sejam armazenados sob a forma
de glicogênio, principalmente no musculo e no fígado. Além disso, todo excesso de
carboidrato que não pode ser armazenado na forma de glicogênio é convertido sob
estimulo da insulina em gordura e armazenado no tecido adiposo. No caso das proteínas,
a insulina exerce efeito direto na promoção da captação de aminoácidos pelas células e
na conversão em proteína. Além disso, ela inibe o catabolismo das proteínas que já se
encontram na célula

QUIMICA E SINTESE DA INSULINA

É sintetizada nas células betas pelo modo usual que as proteínas são sintetizadas,
começando com a tradução do RNAm da insulina por meio de ribossomos ligados ao
reticulo endoplasmático para formar pre-proinsulina inicial. Essa pre-proinsulina é
clivada no reticulo endoplasmático para formar a proinsulina. A maior parte da
proinsulina é clivada novamente no aparelho de golgi para formar insulina composta pela
cadeia A e B e o peptídeo C.
Quando a insulina é secretada na corrente sanguínea, ela circula quase inteiramente em
sua forma livre. Uma vez que sua meia vida plasmática é de aproximadamente 6 minutos,
assim, ela é na sua maior parte, eliminada da circulação dentro de 10 a 15 minutos. Com
exceção da porção da insulina que se liga aos receptores na célula-alvo, o restante é
degradado pela enzima insulinase.

ATIVAÇÃO DOS RECEPTORES DAS CELULAS-ALVO PELA INSULINA E OS


EFEITOS CELULARES RESULTANTES

Para começar a exercer seus efeitos nas células-alvo, a insulina, em primeiro lugar liga-
se e ativa um receptor proteico de membrana. É o receptor ativado que causa os efeitos
subsequentes.
O receptor da insulina é composto por quatro subunidades que se mantem unidas, duas
do lado externo e duas do lado interno da membrana celular. As porções de dentro são
autofosforiladas após o acoplamento da insulina ao seu receptor. Assim o receptor da
enzima insulina é um receptor acoplado a uma enzima.
A autofosforilação das unidades beta ativa uma tirosina cinase local que, por sua vez,
fosforila varias enzimas intracelulares, inclusive um grupo chamado o substrato do
receptor de insulina (IRS). Dessa forma, a insulina dirige um maquinário intracelular
metabólico. Os principais efeitos dessa estimulação são:

- em segundos após a insulina se acoplar aos receptores, as membranas de cerca de 80%


das células aumentam acentuadamente sua captação de glicose. Isso ocorre de modo
especial nas células musculares e adiposas, mas não na maioria dos neurônios.
- a membrana células fica mais permeável a muitos aminoácidos, a ions de potássio e
fosforo, levando ao aumento de transporte dessas substancias para a célula

-efeitos mais lentos (horas e dias) consiste na variação de velocidade de tradução de RNA
mensageiros para os ribossomos, para formar novas proteínas e de efeitos mais longo
ainda é a variação de transcrição do DNA no núcleo celular.

EFEITO DA INSULINA NO METABOLISMO DOS CARBOIDRATOS

Imediatamente após uma refeição rica em carboidrato, a glicose absorvida no sangue


causa a secreção rápida de insulina. A insulina, então, faz a pronta captação,
armazenamento e utilização da glicose por quase todos os tecidos do organismo, mas em
especial pelo musculo, tecido adiposo e fígado.

Durante grande parte do dia, o tecido muscular depende não somente da glicose como
fonte de energia, mas também dos ácidos graxos. O principal motivo é que a membrana
muscular so é ligeiramente permeável a glicose, exceto quando a fibra muscular é
excitada com insulina,
Entretanto, somente em duas condições o muscula utiliza grande quantidade de glicose:
uma dela é durante a realização de exercícios físicos moderados ou intensos. Essa
utilização de glicose não precisa de grande quantidade de insulina, porque a contração
muscular aumenta a translocação da molécula transportadora de glicose 4 (GLUT 4) dos
depósitos intracelulares para a membrana celular, o que facilita a difusão da glicose.
A segunda condição para a utilização de grande quantidade de glicose pelo musculo é nas
poucas horas depois da refeição. Nesse período, a quantidade de glicose no sangue fica
bastante elevada, e o pâncreas esta secretando grande quantidade de insulina. Essa
insulina adiciona provoca transporte rápido da glicose para as células musculares. Por
isso, nesses períodos o musculo utiliza a glicose em preferencia aos ácidos graxos.

ARMAZENAMENTO DE GLICOGENIO NO MUSCULO


Se os músculos não estiverem se exercitando após a refeição, ainda assim a glicose é
transportada em abundancia para os músculos, então a maior parte da glicose é
armazenada sob a forma de glicogênio muscular, em vez de ser utilizada como energia.
O glicogênio pode ser utilizado depois como energia para o musculo.
O glicogênio é especialmente utilizado durante períodos curtos de uso energético extremo
pelo musculo e ate mesmo fornecer picos de energia anaeróbica durante alguns minutos.

A GLICOSE PROMOVE A CAPTAÇÃO ARMAZENAMENTO E UTILIZAÇÃO DE


GLICOSE PELO FIGADO
Um dos mais importantes efeitos da insulina é fazer a maioria da glicose absorvida após
a refeição ser armazenada rapidamente no fígado sob a forma de glicogênio. Então,
quando não tem alimento disponível e a concentração de glicose diminui, a secreção de
insulina também diminui, e o glicogênio hepático é novamente convertido a glicose, que
é liberado de volta no sangue.
O mecanismo pelo qual a insulina provoca a captação e o armazenamento da glicose no
fígado envolve:
1- A insulina inativa a fosforilase hepática, a principal enzima que leva a quebra do
glicogênio hepático em glicose. Essa inativação impede a clivagem do glicogênio
armazenados nas células hepáticas
2- A insulina causa aumento da captação de glicose do sangue pelas células hepatcas
mediante aumento da atividade da enzima glicocinase, uma das enzimas que
provoca a fosforilação inicial da glicose, depois que ela se difunde pelas células
hepáticas. Depois de fosforilada, a glicose é temporariamente retida nas células
hepáticas porque a glicose fosforilada não pode se difundir de volta através da
membrana plasmática.
3- A insulina também aumenta a atividade das enzimas que provocam a síntese de
glicogênio, de modo especial a glicogenio sintase, responsável pela polimerização
das unidades de monossacarídeos, para formar as moléculas de glicogênio

O efeito global é aumentar a quantidade de glicogênio no fígado.

A GLICOSE É LIBERADA DO FIGADO ENTRE AS REFEIÇÕES:


Quando o nível de glicose no sangue começa a baixar entre as refeições, ocorrem vários
eventos que fazem com que a glicose volte para o sangue circulante

1- Redução da insulina faz com que o pâncreas reduza sua secreção de insulina
2- A ausência de insulina então reverte todos os efeitos relacionados acima sobre o
armazenamento de glicogeno, interrompendo essencialmente, a continuação da
síntese do glicogênio no fígado e impedindo a captação adicional da glicose do
sangue pelo fígado
3- A ausência da insulina (com o aumento do glucagon) ativa a enzima fosforilase,
que causa a clivagem do glicogênio em glicose fosfato.
4- A enzima glicose fosfatase, inibida pela insulina, é então ativada pela ausência de
insulina e faz com que o radical fosfato seja retivado da glicose, isso possibilita a
difusão livre da glicose de volta para o sangue.

Assim o fígado remove a glicose do sangue, quando ela esta presente em quantidade
excessiva e a devolve para o sangue quando a concentração de glicose diminui.

A INSULINA PROMOVE A CONVERSAO DO EXCESSO DE GLICOSE EM


ACIDOS GRAXOS E INIBE A GLICONEOGENESE NO FIGADO
Quando a quantidade de glicose, que penetra as células hepáticas é maiordo que a que
pode ser armazenada sob a forma de glicogênio ou do que pode ser utilizada pelo
metabolismo local dos hepatócitos, a insulina promove a conversão de todo esse
excesso de glicose em ácidos graxos. Esses ácidos graxos são empacotados sob a
forma de triglicerídeos em lipoproteínas de densidade muito baixa e dessa forma
transportados pelo sangue para o tecido adiposo, onde são depositados como gordura.

A insulina também promove a inibição da gliconeogênese. Isso ocorre por meio da


redução das quantidades e atividades que as enzimas hepáticas precisam para a
gliconeogênese. Contudo, esse efeito é em parte causado por ação da insulina, que
reduz a liberação de aminoácidos dos músculos e de outros tecidos extrahepaticos e,
por sua vez, disponibilidade desses percursores necessários para gliconeogênese.

FALTA DO EFEITO DA INSULINA NA CAPTAÇÃO E UTILIZAÇÃO DA


GLICOSE PELO CEREBRO
O cérebro é bastante diferente da maioria dos outros tecidos do organismo, em que a
insulina apresenta pouco efeito na captação ou utilização da glicose. Ao contrario, a
maioria das células neurais é permeável a glicose e pode utiliza-la sem a
intermediação da insulina.
O cérebro também é diferente porque eles apenas utilizam a glicose como fonte de
energia e so podem empregar outros substratos como a gordura com muita
dificuldade. Consequentemente, é essencial que o nível de glicose se mantenha
sempre acima do nível critico, o que é um das funções mais importantes do sistema
de controle da glicose serica.
Quando a glicose cai muito pode se ter um choque hipoglicemico, caracterizado pela
irritabilidade nervosa progressiva que leva a perda de consciência, convulsões ou ate
mesmo coma.

EFEITO DA INSULINA NO METABOLISMO DOS CARBOIDRATOS EM


OUTRAS CELULAS
A insulina aumenta o transporte e a utilização da glicose pela maioria das outras
células do organismo, do mesmo modo como afeta o transporte e a utilização da
glicose nas células musculares.
O transporte da glicose para as células adiposas fornece, principalmente, substrato
para a porção glicerol da molécula de gordura. Desse modo, a insulina promove a
deposição de gordura nessas células.

EFEITOS DA INSULINA NO METABOLISMO DA GODURA


A falta de insulina a longo prazo pode causar aterosclerose extrema, muitas vezes
levando a ataques cardíacos, AVC e outros acidentes vasculares.

- A INSULINA PROMOVE A SINTESE E O ARMAZENAMENTO DAS


GORDURAS
a insulina promove diversos efeitos que leva ao armazenamento das gorduras no
tecido adiposo
A insulina promove o aumento da utilização de glicose pela maioria dos tecidos
do corpo, o que automaticamente reduz a utilização da gordura, funcionando
como poupador de gordura. Entretanto, a insulina também promove a síntese de
ácidos graxos. Isso ocorre quando se consome mais carboidratos do que é possível
usar como energia de imediato, fornecendo assim o substrato necessários para a
síntese de gordura.
Aumento da síntese de ácidos graxos:
- a insulina promove o aumento do transporte da glicose para as células hepáticas,
depois que a concentração de glicogênio atinge um limiar, esse nível por si so
inive a síntese posterior de glicogênio. A partir dai toda a glicose adicional que
penetra a célula hepática fica disponível sob forma de gordura
A glicose é primeiro transformada a piruvato e subsequentemente convertido em
acetilcoenzima A, que é substrato a partir do qual ácidos graxos são sintetizados.

- o ciclo de acido cítrico produz excesso de ions citrato e de ions isocitrato, quando
quantidades excessivas de glicose estão sendo utilizadas como fonte de energia.
Esses ions apresentam efeitos diretos na ativação de acetil-CoA carboxilase, a
enzima necessária para formar o malonil-CoA o primeiro estagio de síntese de
ácidos graxos
- A maior parte dos ácidos graxos são sintetizados no interior do fígado e utilizado
sob a forma de triglicerídeos, que é a forma usual de armazenamento de gordura.
Eles são liberados da célula hepática para o sangue nas lipoproteínas. E a insulina
ativa a lipoproteína lipase as paredes dos capilares do tecido adiposo, que quebra
os triglicerídeos, formando outra vez ácidos graxos, requisito para que possam ser
absorvidos pelas células adiposas, onde voltam a ser convertidos em triglicerídeos
e armazenados.

EFEITOS DA INSULINA PARA ARMAZENAMENTO DE GORDURA NAS


CELULAS ADIPOSAS

- a insulina inibe a ação da lipase hormônio-sensível. A lipase é enzima que


provoca a hidrolise dos triglicerídeos previamente armazenados nas células
adiposas. Consequentemente a liberação de ácidos graxos do tecido adiposo para
o sangue é inibida

- a insulina promove o transporte da glicose através da membrana célular para o


interior das células adiposas, do mesmo modo que promove para as células
musculares. Parte dessa glicose é usada para sintetizar ácidos graxos e parte
importante para glicrol fosfato. Essa substancia produz o glicerol que se associa
aos ácidos graxos para formar triglicerídeos, que são a forma de armazenamento
da gordura nas células adiposas. Quando a insulina não esta presente, isso é
praticamente bloqueado.

A DEFICIENCIA DE INSULINA AUMENTA O USO DE GORDURA COMO


FONTE DE ENERGIA
A deficiência da insulina causa lipólise das gorduras armazenadas e liberação de
ácidos graxos. O efeito mais importante é na lipase hormônio-sensível nas células
adiposas que fica intensamente ativada. Isso leva a hidrolise dos triglicerídeos
armazenados, liberando grande quantidade de ácidos graxos e glicerol no sangue.
Esses ácidos graxos passam a se o principal substrato energético utilizado, com
exceção do cérebro

A DEFICIENCIA DE INSULINA AUMENTA AS CONCENTRAÇÕES DE


COLESTEROL E FOSFOLIPIDEOS PLASMATICO
A deficiência de insulina também promove a conversão hepática de alguns ácidos
graxos em fosfolipideos e colesterol, dois dos principais produtos do metabolismo
da gordura.
Essa elevada concentração de lipídeo pode promover o desenvolvimento de
ateroesclerose nas pessoas portadoras de diabetes grave.

A UTILIZAÇÃO DE GORDURA DURANTE A FALTA DE INSULINA


CAUSA CETOSE E ACIDOSE
A ausência de insulina também forma quantidades excessivas de acido
acetoacetico nas células hepáticas: na ausência de insulina, mas na presença de
grandes quantidades de ácidos graxos nas células hepáticas, o mecanismo de
transporte da carnitina, para levar os ácidos graxos para a mitocôndria fica cada
vez mais ativo. Nas mitocôndrias, a betaoxidação dos ácidos graxos ocorre
rapidamente, liberando quantidades extremas de acetilCoA. Grande parte desse
excesso é condensado, de modo a formar o acido acetoacetivo que é liberado no
sangue circulante,
A maior parte dos tecidos periféricos converte o acido acetoacetico em acetilCoA
novamente e utilizado como energia.
Ao mesmo tempo, a ausência de insulina também deprime a utilização do acido
acetoacetico nos tecidos periféricos, isso porque o acido acetoacetico é liberado
pelo fígado e fica impossibilitado de ser metabolizado nos tecidos. Assim a
concentração de acido aumenta.
Assim, coma. Formação de corpos cetonicos em grandes quantidades nos líquidos
do corpo, é chamada de cetose

EFEITOS DA INSULINA NO METABOLISMO DAS PROTEINAS E NO


CRESCIMENTO

- A insulina promove a síntese e o armazenamento de proteínas: durante as poucas


horas depois da refeição, quando existem quantidades excessivas de nutrientes no
sangue, proteínas, carboidratos e gorduras são armazenadas nos tecidos, há
necessidade de insulina para que esse armazenamento ocorra.

-a insulina estiula o transporte de muitos aminoácidos para as células


- a insulina aumenta os processos de tradução de RNA mensageiro, formando
novas proteínas.
- a insulina, em maior intervalo de tempo, aumenta a transcrição de sequencias
genéticas selecionadas do DNA no núcleo da célula, formando quantidades
aumentadas de RNA e de síntese proteica
- A insulina inibe o carabolismo das proteínas, reduzindo a liberação de
aminoácidos das células, em especial das musculares.
- no fígado, a insulina deprime a gliconeogênese, conservando os aminoácidos nas
reservas de proteína do corpo

Forma proteínas e impede sua degradação

- A deficiência de insulina causa depleção de proteínas e aumento dos


aminoácidos plasmáticos: cessa toda a reserva de proteína quando não há
disponibilidade de proteínas. Catabolismo das proteínas aumenta, a síntese de
proteína cessa e uma grande quantidade de aminoácidos é lançada no plasma.
Essa degradação dos aminoácidos também leva ao aumento da excreção da ureia
na urina. O resultante consumo das proteínas é um dos efeitos mais graves do
diabetes melitos, podendo levar a fraqueza extrema

- a insulina e o GH interagem de modo sinérgico para promover o crescimento:


como a insulina é necessária para a síntese proteica, ela também é necessária para
o crescimento do animal, como o GH.
A combinação desses dois hormônios causa drástico crescimento.

MECANISMO DA SECREÇÃO DE INSULINA


As células beta das ilhotas do pâncreas contem um grande numero de
transportadores de glicose, que permitem o influxo de glicose proporcional a
concentração plasmática na faixa fisiolofica.
Uma vez nas células a glicose é fosforilada pela glicocinase em glicose-6-fosfato.
Essa fosforilação parece ser a etapa limitante para o metavolismo da glicose nas
células beta e é considerada como o principal mecanismo sensor da glicose e de
ajuste da quantidade de insulina secretada em relação aos níveis plasmáticos.

A glicose-6-fosfato é oxidada de modo a formar ATP que inibe os canais de


potássio sensível ao ATP da célula. O fechamento desses canais despolariza a
membrana celular, abrindo os canais de cálcio dependentes de voltagem. Isso
produz influxo de cálcio que estimula a fusão das vesículas que contem insulina,
com a membrana celular e a secreção de insulina, no liquido extracelular por meio
da exocitose.
Alguns hormônios como a somatostatina e a norepinefrina inibem a exocitose da
insulina.

CONTROLE DA SECREÇÃO DE INSULINA


- aumento da glicose sanguínea estimula a secreção de insulina

• Inter-relação de Feedback entre a concentração de glicose sanguínea e a taxa de


secreção de insulina: o aumento da secreção da insulina pelo estimulo da glicose
é dramático, tanto na velocidade como no nível elevado de secreção atingido. De
mesmo modo, a interrupção da secreção de insulina é igualmente veloz, com sua
redução ocorrendo entre 3 -5 minutos, após a diminuição da glicose plasmática
para o nível de jejum.
essa resposta é feita pelo mecanismo de feedback extremamente importante:
qualquer elevação na glicose sanguínea eleva a secreção de insulina, e a insulina
por sua vez aumenta o transporte de insulina para o fígado, musculo e outras
células, consequentemente a concentração plasmática da glicose de volta até seu
valor normal.

- aminoácidos estimulam a secreção de insulina: alguns aminoácidos apresentam


efeitos similar ao excesso de glicose sanguínea na estimulação da secreção de
insulina. Os mais potentes são argininas e lisina. Os aminoácidos, administrados
na ausência de elevação de glicose no sangue, causam apenas pequeno aumento
da secreção. No entanto, quando administrados ao mesmo tempo, a secreção
chega a duplicar.
- uma mistura de diversos hormônios gastrointestinais importantes = gastrina,
secretina, colecitocinina, peptídeo semelhante ao glucagon etc podem provocar
aumentos moderados na secreção de insulina. As incretinas, potencializam a
liberação de insulina pelas células betapancreativas. Esses hormônios são
liberados no trato gastrointestinal após a refeição.

- As ilhotas pancreáticas são ricamente inervadas por nervos simpáticos e


parassimpáticos. A estimulação de nervos simpáticos podem elevar a secreção do
glucagon e diminui a secreção de insulina enquanto que a estimulação de nervos
parassimpáticos põem aumentar a secreção de insulina.
Outra coisa que potencializa é o cortisol elevando a exaustão das células beta e
levando a uma diabetes melitos.

GLUCAGON
É um hormônio secretado pelas células alfa das ilhotas de largerhans quando a
concentração de glicose sanguínea cai, tendo diversas funções opostas as da
insulina
É um hormônio peptídico, tratando-se de um hormônio hiperglicêmico (eleva os níveis
de glicose no sangue).

- EFEITOS NO METABOLISMO DA GLICOSE


Os principais efeitos são
I- Quebra do glicogênio hepático (glicogenólise)
II- Aumento da gliconeogênese no fígado.
Esses dois efeitos elevam enormemente a disponibilidade da glicose para outros órgãos
do organismo.

- O GLICAGON PROVOCA A GLICOGENOLISE E AUMENTO DA


CONCENTRAÇAO DA GLICOSE SANGUINEA.
O efeito mais dramático do glucagon é sua capacidade de provocar a glicogenólise no
fígado, o que, por sua vez, aumenta a concentração da glicose sanguínea em período de
minutos.

1- O glucagon ativa a adenilil cilase na membrana hepática


2- Essa ativação leva a formação de AMPc
3- Que ativa a proteína reguladora da proteína cinase
4- Que ativa a proteína cinase
5- Que ativa a fosforilase cinase b
6- Que converte a fosforilase b em fosforilase a
7- Que promove a degradação do glicogênio em glicose-1-fosfato
8- Que, então, é desfosforilada, e a glicose liberada das células hepáticas

Cada produto sucessivo é produzido em quantidade superior ao produto precedente.


Portanto, trata-se de um mecanismo potente de amplificação. Esse mecanismo explica
como apenas uns poucos microgramas de glucagon podem fazer com que o nível de
glicose sanguínea duplique ou aumente cada vez mais.

- O GLUCAGON AUMENTA A GLICONEOGENESE


Mesmo depois do consumo de todo glicogênio hepático sob a influencia do glucagon, a
continuação da infusão desse hormônio ainda causa hiperglicemia continuada. Essa
hiperglicemia resulta do efeito do glucagon para aumentar a captação de aminoácidos
pelas células hepáticas e, então, converter muito dos aminoácidos em glicose por
gliconeogênese. Esse efeito é produzido por meio de ativação de múltiplas enzimas,
necessárias para o transporte de aminoácidos e gliconeogênese, em especial para a
ativação do sistema enzimático para conversão de piruvato em fosfoenolpiruvato, etapa
que limita a gliconeogênese.
- OUTROS EFEITOS DO GLUCAGON
A maioria dos efeitos do glucagon so ocorre quando sua concentração sobe acima do nível
máximo, encontrado normalmente no sangue. Talvez seu efeito mais importante é ativar
a lipase nas células adiposas, disponibilizando quantidades aumentadas de ácidos graxos
para os sistemas de energia do organismo. O glucagon ainda inibe o armazenamento de
triglicerídeos no fígado, o que impede esse órgão de remover os ácidos graxos do sangue,
isso também ajuda na disponibilização de quantidades adicionais de ácidos graxos para
outros tecidos do organismo

O glucagon em quantidades elevadas pode


- aumentar a força do coração
- aumento do fluxo sanguíneo para alguns tecidos, especialmente rins
- aumento da secreção da bile
- inibe a secreção de acido gástrico

REGULAÇÃO DA SECREÇÃO DE GLUCAGON

A glicose sanguínea aumentada inibe a secreção do glucagon: a concentração de glicose


é o fator mais importante no controla da secreção do glucagon.

- O AUMENTO DE AMINOACIDOS NO SANGUE ESTIMULA A SECREÇÃO DE


GLUCAGON: concentrações elevadas de aminoácidos, como ocorre no sangue após uma
refeição proteica (especialmente alanina e arginina) estimulam a secreção de glucagon. A
importância do estimulo da secreção de glucagon pelos aminoácidos é que ele promove
a conversão rápida dos aminoácidos em glicose, disponibilizando ainda mais glicose para
os tecidos.

- O EXERCICIO ESTIMULA A SECREÇAO DO GLUCAGON: em exercícios


exaustivos, a concentração de glucagon aumenta. Efeito benéfico é que ele impede a
redução da glicose sanguínea.
Um dos efeitos que pode resultar neste aumento de secreção nos exercícios é a maior
presença de aminoácidos circulantes

IMPORTANCIA DA REGULAÇÃO DA GLICOSE NO SANGUE: a glicose é o único


nutriente que pode ser utilizado normalmente pelo encéfalo, pela retina, e pelo epitélio
germinativo das gônadas. Consequentemente, para manter a nutrição destes tecidos deve-
se disponibilizar a glicose.
A maior parte da glicose formada pela gliconeogênese durante o período interdigestivo é
empregada no metabolismo neural.

Por outro lado, a glicose não pode aumentar demais por:


- a glicose contribui de forma importante para pressão osmótica no liquido extracelular e,
se a concentrar de glucose aumentar para valores excessivas isso pode provocar
desidratação celular
- níveis excessivamente elevado da concentração de glicose sanguínea provoca a perda
da glicose na urina
- a perda da glicose na urina também provoca diurese osmótica pelo rim, que pode
depletar o organismo de seus líquidos e eletrólitos
- aumentos duradouros da glicose sanguínea podem causar lesões em diversos tecidos
especialmente vasos sanguíneos. A lesão vascular associada ao diabetes descontrolado
leva ao maior risco de ataques cardíacos, derrame, doença renal no estagio terminal e
cegueira.

DIABETES MELITOS
A diabetes melitos pode ser causa tanto pela ausência de secreção de insulina como pela
diminuição da sensibilidade dos tecidos a insulina. Existem dois tipos gerais de diabetes
melitos:
- DIABETES TIPO 1: chama de dependente de insulina, é ocasionado pela ausência de
secreção de insulina
- DIABETE TIPO 2: não dependente de insulina, é inicialmente provocada pela
diminuição da sensibilidade dos tecidos alvos ao efeito metabólico da insulina. Essa
sensibilidade é chamada de resistência insulínica.
Em ambos os casos, a concentração de glicose sanguínea aumenta, a utilização celular da
glicose cai ainda mais e a utilização dos lipídeos e das proteínas aumenta

Glicose sanguínea em jejum; 80-110 são considerados dentro da normalidade.

DIABETES TIPO 1 – deficiência de produção da insulina pelas células beta do pâncreas


Lesões das células betas ou doenças que prejudiquem a produção de insulina podem levar
ao diabetes tipo 1. As infecções virais ou distúrbios autoimunes podem estar envolvidos
na destruição das células beta em diversos pacientes de diabetes tipo 1, embora a
hereditariedade desempenha papel importante.
Pode ocorrer em qualquer idade
- a concentração da glicose sanguínea atinge níveis elevados no diabetes melitos. A
ausência de insulina reduz a utilização periférica da glicose e aumenta a produção de
glicose, elevando a glicose para cerca de 300 a 1.200 mg a cada 100 ml.

- a glicose aumentada provoca a perda de glicose na urina: a glicose aumentada faz com
que ela chegue aos túbulos renais em quantidade maior do que pode ser absorvida, e o
excesso de glicose é eliminado na urina.

- a glicose aumentada causa desidratação: níveis sanguíneos de glicose muito elevado


podem causar desidratação celular em todo organismo. Esse efeito ocorre, em parte,
porque a glicose não se difunde facilmente pelos poros da membrana celular e o aumento
da pressão osmótica nos líquidos extracelular causa transferência osmótica de agua para
fora da célula.
Além da desidratação celular devido ao excesso de glicose, a perda da glicose na urina
causa diurese osmótica, o que significa que o efeito osmótico da glicose nos túbulos renais
reduz muito a reabsorção tubular de líquidos. O efeito é a perda maciça de liquido na
urina, ocasionando a desidratação do liquido extracelular, que por sua vez causa a
desidratação compensatória do liquido intracelular. Assim, a poliuria, as desidratações e
o aumento da sede são sintomas clássico da diabetes.

- a concentração da glicose elevada crônica causa injuria tecidual:com a glicose


descompensada, os vasos sanguíneos em diversos tecidos começam a funcionar
anormalmente e passam por alterações estruturais que resultam em aporte inadequado de
sangue para os tecidos. Por sua vez, essa situação leva a aumento do risco de ataque
cardíaco, derrame, doença renal, retinopatia, cegueira, isquemia e gangrena nos membros.
A concentração elevada de glicose também pode levar a lesão tecidual.
- a diabetes melitos causa aumento da utilização de lipídeos e acidose metabólica: a
alteração do metabolismo de carboidratos para lipídeos no diabetes aumenta a liberação
de cetoacidos, tais como acido acetoacetico e acido b-hidroxibutirico, no plasma mais
rapidamente do que as células teciduais são capazes de capta-los e realizar a oxidação.
Como consequencia, desenvolve-se acidose metabólica grave, devido ao excesso de
cetoacidos, que, por sua vez, em associação com a desidratação pode levar acidose grave.
Esse cenário pode levar ao coma diabético e a morte, a menos que o paciente receba
tratamento imediato com grande quantidade de insulina.
Todas as compensasoes fisiológicas que ocorrem na acidose metabólica ocorrem na
acidose diabética.
Respiração rápida e produnda: aumenta da expiração de dióxido de carbono. Esse
mecanismo age como tampão para a acidose, mas também depleta o liquido extracelular
de suas reservas de bicarbonato. Os rins compensam por meio da redução da excreção de
bicarbonato, gerando novo bicarbonato, que é devoldido ao liquido extracelular.

A utilização excessiva de lipídeos no fígado durante um longo período, provoca a


presença de grande quantidade de colesterol no sangue e aumento da deposição de
colesterol nas paredes arteriais. Isso leva a arteriosclerose grave e lesões vasculares.

- a diabetes causa a depleção das proteínas do organismo: a incapacidade de utilizar a


glicose como fonte de energia leva ao aumento da utilização e diminuição do
armazenamento das proteínas, assim como lipídeos. Por isso a pessoa com diabtes
apresenta perda de peso e astenia (ausência de energia), apesar de ingerir grande
quantidade de alimento (polifagia).

TRATAMENTO DA DIABETES DO TIPO 1

O tratamento envolve a administração de insulina suficiente, de modo que o paciente


possa ter metabolismo de carboidratos, lipídeos e proteínas.

HIPERINSULINISMO
Apesar de mais raro, pode-se encontrar a produção excessiva de insulina, provocada por
adenoma de uma ilhota.
Como o sistema nervoso obter essencialmente toda a sua energia do metabolismo da
glicose não há necessidade de insulina para sua utilização. No entanto, níveis elevados de
insulina fazem com que a glicose sanguínea caia então o metabolismo do sistema nervoso
central fica prejudicado. Consequentemente a administração excessiva de insulina pode
levar a um choque insulínico
Quando a glicose cai para níveis de 50-70 o SNC fica em geral excitável podendo ocorrer
alucinações ou nervosismos extremo, com tremores no corpo e sudorese profunda.
Quando a glicose cai para 20-50 por 100 ml, existe a probabilidade de ocorrer convulsões
e perda de consciência. A partir do momento que a glicose cai mais as convulsões cessa
e a pessoa entra em coma.
É difícil distinguir o coma pela acidose do pela ingestão extrema de insulina. Mas o hálito
cetonico e a respiração profunda não estão presentes no coma hipoglicemico.
O tratamento para choque insulínico ou hipoglicemico é a ingestão de grande quantidade
de glicose ou ate mesmo a ingestão de glucagon para causar a glicogenólise hepática.

DIABETES TIPO 2
É mais comum do que o tipo 1.
Obesidade, resistência a insulina e síndrome metabólica geralmente precedem o
desenvolvimento do diabetes tipo 2: esta relacionada ao aumento da insulina plasmática
(hiperinsulinemia). Isso ocorre devido a uma resposta compensatória das células
betapancreaticas a resistência a insulina, uma sensibilidade diminuída dos tecidos-alvos
aos efeitos metabólicos da insulina.
A redução da sensibilidade a insulina prejudica a utilização e o armazenamento dos
carboidratos, elevando o nível da glicose sanguínea e estimulando o aumento
compensatório da secreção de insulina.
O desenvolvimento da resistência a insulina e do metabolismo alterado da glicose é
geralmente um processo gradual, começando com excesso de ganho de peso e obesidade.
Alguns estudos sugerem que pode haver menos receptores de insulina, especialmente no
musculo esquelético, no fígado e no tecido adiposo, nos indivíduos obesos. Entretanto, a
maior parte da resistência a insulina parece ser provocada por anormalidades nas vias de
sinalização que ligam a ativação do receptor a diversos efeitos celulares. Alterações da
sinalização parece esta relacionada ao efeito toxico do acumulo de lipídeos no tecidos,
como musculo e fígado.
Síndrome metabólica – obesidade, especialmente abdominal, - resistencia a insulina, -
hiperglicemia em jejum, - anormalidades lipídicas, tais como aumento de triglicerídeos
no sangue e redução da lipoproteína de alta densidade, - hipertensão.
A principal consequencia negatica da síndrome metabólica é a doença cardiovascular,
incluindo asteroclerose e lesões em diversos órgãos.

A diabetes tipo 2 tambem pode estar ligada a condições genéticas ou adquiridas que
prejudiquem a sinalização da insulina nos tecidos periféricos.
A síndrome do ovário policístico por exemplo esta associada aos aumentos acentuados
da produção de androgênios ovarianos e resistência a insulina.
A formação excessiva de glicocorticoides (síndrome de Cushing) ou de hormônio do
crescimento (acromegalia) também diminui a sensibilidade de diversos tecidos aos efeitos
metabólicos da insulina e pode levar ao desenvolvimento de diabetes melitos.

Algumas causas
- obesidade
- excesso de glicocorticoides (síndrome de Cushing ou terapia com esteroides)
- excesso de GH
- gestação
- doença do ovário policístico
- Lipodistrofia (adquirida ou genética)
- autoanticorpos ao receptor da insulina
- mutações no receptor da insulina
- mutações do recetor g ativador do proliferador de perixossomo
- mutações que causa obsesidade genética
- hemocromatose

Nos casos de resistência insulínica prolongada e grave, ate mesmo níveis aumentados de
insulina não são suficientes para manter a regulação normal de glicose. Como
consequencia, vamos encontrar hiperglicemia moderadas após ingestão de carboidratos.
Nos estágios mais avançados, as células beta tornam-se exauridas ou lesadas e são
incapazes de produzir insulina suficiente para impedir a hiperglicemia;
HORMONIOS ADRENOCORTICAIS
As duas glândulas adrenais, pesando 4 gramas, localizam-se nos polos superiores dos rins.
Cada glândula é composta por duas partes distintas, a medula adrenal e o cortex adrenal.

ANATOMIA

As glândulas suprarrenais são estruturas bilaterais localizadas imediatamente acima


dos rins. A glândula adrenal é similar a glândula pituitária por ambas serem derivadas
tanto do tecido neural quanto do tecido epitelial ( ou semelhante ao epitelial). A
porção externa da glândula adrenal, conhecida como CORTEX SUPRARRENAL,
desenvolve-se das células mesodérmicas. Essas células formam cordoes de células
endócrinas epiteliais que se desenvolveram em células esteroidogenicas.
O cortex adrenal é composto por três zonas – zona glomerular, zona fascicular e zona
reticular.

Logo após a formação do cortex, as células derivadas da crista neural associadas aos
gânglios simpáticos, denominadas células cromafins, migram para dentro do cortex e
são encapsuladas pelas células corticais. Assim, essas células cromafins estabelecem
a porção interna da glândula adrenal, chamade de medula. As células cromafins da
medula adrenal tem o potencial de se desenvolver em neurônios simpáticos pos
ganglionares, são inervadas por neurônios simpáticos colinérgicos pre- simpático e
podem sintetizar o neurotransmissor da classe das catecolaminas norepinefrina, da
tirosina e também a epinefrina.

- a medula, que consiste nos 20% é funcionalmente relacionada ao sistema nervoso


simpático, ela secreta os hormônios epinefrina e norepinefrina (as catecolaminas) , em
resposta aos estímulos simpáticos. Por sua vez, esses hormônios causam praticamente os
mesmos efeitos que a estimulação direta dos nervos simpáticos em todas as partes do
corpo.
- o cortex adrenal secreta um grupo diferente de hormônios, chamados corticoesteroides;
esses hormônios são sintetizados a partir do colesterol esteroide e apresentam estruturas
químicas semelhantes.

CORTICOESTEROIDES: MINERALOCORTICOIDES, GLICOCORTICOIDES E


ANDROGENIOS.
Os dois principais tipos de hormônios adrenocorticais, os mineralocorticoides e os
glicocorticoides, são secretados pelo cortex adrenal. Além desses, são secretados
pequenas quantidades de hormônios sexuais, em especial os hormônios androgênicos,
que apresentam efeitos orgânicos iguais ao hormônio sexual masculino testosterona.

Os mineralocorticoides recebem esse nome por afetar especialmente os eletrólitos


(minerais) dos líquidos extracelulares, sobretudo sódio e potássio. Enquanto que os
glicocorticoides tem esse nome por importantes efeitos que aumentam a concentração
sanguínea de glicose.

• O CORTEX ADRENAL TEM TRES CAMADAS DISTINTAS


1- ZONA GLOMERULOSA: uma fina camada de células. São as únicas capazes de
secretar ALDOSTERONA, porque contem a enzima aldosterona sintase, que é
necessário para a sua síntese. A secreção dessa célula é controlada pelas
concentrações no liquido extracelular de angiotensina II e de potássio, os quais
estimulam a secreção de aldosterona.

2- ZONA FASCICULADA: camada do meio, constitui cerca de 75% do cortex


adrenal e secreta os glicocorticoides cortisol e corticosterona. A secreção destas
células é controlada pelo eixo hipotalâmico-hiposifasio por meio do hormônio
adrenocorticotropico (ACTH)
3- ZONA RETICULAR: camada mais profunda do cortex, secreta androgênios
adrenais desidroepiandrosterona (DHEA) e androstenediona, bem como pequenas
quantidades de estrogênio e alguns glicocorticoides. O ACTH controla a secreção
desta célula, embora outros fatores, como o hormônio estimulante do androgênio
cortical, liberado pela hipófise também possa estar envolvido.

As secreções de aldosterona e cortisol são regulados por mecanismos diferentes. Fatores


como angiotensina II, que aumenta a liberação de aldosterona não exerce influencia em
outras áreas. De mesmo modo, fatores como ACTH que aumentam o cortisol e
androgênios não exercem efeito na zona glomerulosa.

• OS HORMONIOS ADRENOCORTICAIS SÃO ESTEROIDES DERIVADOS


DO COLESTEROL: todos os hormônios esteroides, incluindo os do cortex da
adrenal, são derivados de colesterol. Embora as células do cortex adrenal possam
apresentar síntese, de novo, de pequenas quantidades de colesterol a partir do
acetato, aproximadamente 80% do colesterol é fornecido por lipoproteínas de
baixa densidade (LDL) no plasma circulante. As LDLs com altas concentrações
de colesterol. Difundem-se do plasma para o liquido intersticial e ligam-se a
receptores específicos, contidas em estruturas chamadas de depressões revestidas
nas membranas das células adrenocorticais. As depressões revestidas são
internalizadas por endocitose, formando vesículas, que se fundem aos lisossomos
celulares e liberam o colesterol que pode ser usado para sintetizar hormônios
esteroides.
O transporte do colesterol para a adrenal é regulado por mecanismos de feedback que
podem alterar a quantidade disponível para síntese de esteroides. Por exemplo, o ACTH
que estimula a síntese de esteroides adrenais, aumenta o numero de receptores de LDL
nas células adrenocorticais, bem como a atividade de enzimas que liberam o colesterol da
LDL.
Uma vez que o colesterol entra na célula, é transportado para as mitocôndrias, onde é
clivado pela enzima colesterol desmolase, formando pregnenolona, essa é a etapa
limitante para a formação de esteroides adrenais. Nas três zonas do cortex, esse estagio
inicial dasintese de esteroide é estimulado pelos diferentes fatores que controlam a
secreção dos principais produtos hormonais, aldosterona e cortisol. Por exemplo, tanto o
ACTH, que estimula a secreção do cortisol quando a angiotensina II que estimula a
secreção de aldosterona, aumentam a conversão do colesterol para pregnenolona.
Uma so alteração da enzima pode causar a formação de tipos e proporções diferentes de
hormônios.

• OS HORMONIOS ADRENOCORTICAIS LIGAM-SE A PROTEINAS


PLASMATICAS:
• OS HORMONIOS ADRENOCORTICAIS SÃO METABOLIZADOS NO
FIGADO: os esteroides adrenais são degradados, principalmente pelo fígado e
conjugados, formando especialmente acido glicuronico e em menor quantidade
sulfatos. Sãos substancias inativas e cerca de 25% são excretados na bile e em
seguida nas fezes. Os conjugados restantes formados pelo fígado entram na
circulação , mas não são ligados a proteínas, sendo rapidamente filtrados pelos
rins e excretados na urina.

• MEDULA SUPRARRENAL
As catecolaminas adrenomedulares são secretadas no sangue e atuam como hormônios.
Elas secretam a epinefrina e a norepinefrina. Apesar da epinefrina circulante ser
totalmente derivadas da medula adrenal, somente cerca de 30% da norepinefrina vem da
medula. Os 70% restantes são liberados pelos terminais nervosos pos-ganglionares
simpáticos e se difundem no sistema vascular.

SINTESE DE EPINEFRINA -> a síntese começa com a tirosina para dentro do


citoplasma da cromafim e a subsequente hidroxilação da tirosina pela tirosina hidroxilase,
a enzima limitante para a produção de di-hidroxifenilalanina (DOPA). O composto
DOPA é convertida em DOPAMINA por uma enzima citoplasmática, a aminoácido
aromático descarboxilase. E é então transportada para dentro de uma vesícula de secreção
chamada de granulo da cromafim. Dentro desse granulo a dopamina é convertida em
norepinefrina pela enzima dopamina hidroxilase. Assim. Após se difundirem do granulo
de forma facilitada é então metilada e transformada em epinefrina. E, por fim, é
transportada novamente pro granulo.

A secreção das catecolaminas adrenais é controlada pela sinalização simpática


descendente, em resposta a varias formas de estresse, como exercícios, hipoglicemia,
hipovolemia hemorrágica.

MECANISMO DE AÇÃO DE CATECOLAMINAS


Os receptores adrenegicos são geralmente classificados em receptor alfa e beta
adrenérgicos, com os receptores alfa sendo dividido em alfa 1 e alfa 2 e os beta em beta1,
beta2 e beta 3.

AÇÕES FISIOLOGICAS DA CATECOLAMINAS


Em muitos casos, a resposta adrenomedular, que pe primariamente de epinefrina, é
coordenada com a atividade simpática.
O objetivo geral do sistema simpático-adrenalé responder a demandas energéticas
aumentadas dos músculos cardíacos e esqueléticos, enquanto é mantido um suprimento
suficiente de oxigênio e glicose para o cérebro.
-- fluxo sanguíneo aumentado para os músculos é obtido pela acao integrada da
norepinefrina e epinefrina sobre o coração, veias e linfáticos e nas arteríolas não
musculares e musculares.
-- a epinefrina promove a glicogenólise no musculo. O musculo em exercício pode,
também, utilizar os ácidos graxos livres e a epinefrina e norepinefrina promovem a
lipólise do tecido adiposo. As ações descritas acima aumentam os níveis circulantes de
lactato e glicerol que podem ser usados pelo fígado como substrato gliconeogenico para
aumentar a glicose. A epinefrina aumenta a glicose no sangue pelo aumento de
glicogenólise e gliconeogênese hepática.
-- as catecolaminas aumentam a secreção de glucagon e inibem a secreção de insulina

METABOLISMO DAS CATECOLAMINAS: As enzimas que degradam as


catecolaminas são a MAO e COMT

(CONTINUAR)

• CORTEX SUPRARRENAL

1- ZONA GLOMERULOSA

Fina zona mais externa, localizada, constitui cerca de 15% do cortex. São as únicas
capazes de secretar ALDOSTERONA, porque contem a enzima aldosterona sintase, que
é necessário para a sua síntese. A secreção dessa célula é controlada pelas concentrações
no liquido extracelular de angiotensina II e de potássio, os quais estimulam a secreção de
aldosterona.
Uma particularidade importante, é que a zona glomerulosa é que não há expressão de
CYP17. Portanto, as células dessa zona nunca produzem cortisol, nem qualquer forma de
androgênios adrenais. A pregnenolona é convertida em progesterona e DOC PELA
3BETA-HSD e CYP21.
Uma característica totalmente única é sua expressão de CYP11B2, que é regulada por
diferentes vias de sinalização. A enzima codificada por CYP11B2, denominada
aldosterona sintase, catalisa as três ultimas reações de DOC para aldosterona.
São: 11-hidroxilação da DOC para formar corticosterona, 18-hidroxilação para formar
18-hidroxicorticosterona e a 18-oxidação para formar a aldosterona.

Sem os minerocorticoides, a concentração de ions de potássio, no liquido extracelular,


eleva-se acentuadamente, sódio e cloreto são rapidamente eliminados do organismos, e o
volume do sangue do liquido extracelular são reduzidos. Rapidamente se desenvolve
redução do debito cardíaco que evolui para um estado semelhante ao choque.

OBS: o cortisol também pode se ligar aos receptores de mineralocorticoides, porem as


células do epitélio renal expressa a enzima 11b-hidroxiesteroide desidrogenase tipo 2
(11b-HSD2) que tem ações que evitam que o cortisol ativem os receptores
mineralocorticoides. Uma ação da 11b-HSD2 é de converter cortisol em cortisona, que
não se liga tao avidamente aos receptores mineralocorticoides.
Em pacientes com deficiência genética da atividade da 11b-HSD2 o cortisol pode ter
efeitos mineralocorticoides substanciais. Essa condição é chamada de sinrome do excesso
aparente de mineralocorticoides (AME), porque o paciente tem a mesmas alterações de
um paciente com excesso de aldosterona, exceto pelos níveis baixos de aldosterona no
doente com AME.

• A ALDOSTERONA AUMENTA A REABSORÇÃO TUBULAR RENAL DE


SODIO E A SECREÇÃO DE POTASSIO: a aldosterona faz com que o sódio seja
conservado no liquido extracelular enquanto o potássio seja excretado na urina;
• O excesso de aldosterona pode aumentar o volume do liquido extracelular e a
pressão arterial, mas apresenta apenas pequeno efeito na concentração plasmática
de sódio: embora a aldosterona provoque um potente efeito na redução da
excreção renal do ion de sódio, a concentração desse elemento no liquido
extracelular eleva-se pouco. Isso porque quando o sódio é reabsorvido no túbulo,
ocorre a absorção osmótica de agua também. De igual modo, pequenos aumentos
da concentração de sódio no liquido extracelular estimula a sede e a ingestão
hídrica. Portanto, o volume do liquido extracelular aumenta, sem grandes
alterações na concentração deste ion.
• O aumento do volume do liquido extracelular mediado pela aldosterona, leva ao
aumento da pressão arterial. Ao contrario, quando a secreção de aldosterona é
completamente interrompida, perde-se grande quantidade de sódio na urina, o que
não apenas diminui a quantidade de cloreto de sódio no liquido extracelular, mas
reduz o volume. O resultado é desidratação grave e baixo volume sanguíneo,
levando ao choque circulatório. Sem tratamento pode haver morte rápida.
• A aldosterona também estimula intensamente a absorção intestinal de sódio, o que
impede a perda de sódio nas fezes.

- TRANSPORTE E METABOLISMO DA ALDOSTERONA

No sangue, a aldosterona liga-se a albumina e a proteína ligadora de corticoesteroides


com baixa afinidade, portanto, tem uma meia vida curta de 20 minutos. Quase toda
aldosterona é inativada pelo fígado.

- MECANISMO DE AÇÃO
A aldosterona atua de modo semelhar aos outros hormônios esteroides.
Seu mecanismo primário é mediado pela ligação a um receptor intracelular especifico
(receptor mineralocorticoide MR). Após a dissociação das proteínas chaperonas,
translocação nuclear, dimerização e ligação ao elemento de resposta mineralocorticoide
(MRE), o complexo aldosterona-MR regula a expressão de genes específicos.
Após isso proteínas são formadas, que agem como 1- enzimas 2- proteínas de transporte
de membrana, que agindo em conjunto são necessárias para o transporte de sódio, potássio
e hidrogênio através da membrana celular.
A aldosterona não apresenta efeitos imediatos importantes no transporte de sódio, esse
efeito somente ocorre após a sequencia de eventos que leva a formção de substancias
intracelulares especificas necessárias para o transporte. Cerca de 45 minutos são
necessários para a transporte de sódio comece a atuar.

- REGULAÇÃO DA SECREÇÃO DE ALDOSTERONA:


A regulação da secreção de aldosterona esta profundamente ligada a regulação das
concentrações de eletrólitos no liquido extracelular, volume do liquido extracelular,
volume sanguíneo, pressão e alguns aspectos especiais da função renal.
OBS: A regulação da secreção da aldosterona é independente da regulação de cortisol e
dos androgênios.
São conhecido os seguintes fatores (4 fatores) que desempenham papeis essenciais na
regulação da aldosterona
-- a elevação da concentração de ions de potássio no liquido extracelular, aumentando a
secreção de aldosterona
-- a elevação da concentração de angiotensiona II no liquido extracelular aumenta a
secreção de aldosterona
-- a elevação da concentração de sódio no liquido extracelular reduz muito pouco a
secreção
-- O ACTH formado pela hipófise anterior é necessário para a secreção de aldosterona,
mas tem pouco efeito no controle da secreção.
Desses fatores, a concentração de ions de potássio e o sistema renina-angiotensina são
evidentemente os mais importantes da regulação da secreção de aldosterona. A ativação
do sistema renina-angiotensina geralmente em resposta ao menor fluxo sanguíneo renal
o a perda de sódio pode aumentar a secreção em muitas vezes, assim como o aumento
dos ions de potássio.

Por sua vez, a aldosterona age nos rions para 1- aumentar a excreção de ions de potássio,
20 para aumentar o volume sanguíneo e a pressão arterial, normalizando os níveis de
atividade da renina-angiotensiva.

No caso da ACTH, uma pequena quantidade é suficiente para estimular a secreção de


aldosterona, mas a sua ausência (do ACTH) provoca uma redução essencial na secreção.

- AÇÕES FISIOLOGICAS
SISTEMA RENINA-ANGIOTENSIVA-ALDOSTERONA: as células das arteríolas
aferentes são o local de síntese, armazenamento e liberação da enzima proteolítica renina.
Três fatores são importantes para estimular a secreção de renina:
Ø Pressão de perfusão: a arteríola aferente se comporta como barorreceptor de alta
pressão. Quando a pressão de perfusão para os rins é reduzida, a secreção de
renina é estimulada. Inversamente, o aumento da pressão de perfusão inibe a
liberação de renina.
Ø Atividade dos nervos simpáticos aumenta a secreção de renina
A renina isolada não tem função fisiológica, ela funciona como enzima proteolítica. Seu
substrato é uma proteína circulante, o angiotensinogenio, produzido pelo fígado. O
angiotensinogenio é clivado pela renina em um peptídeo de 10 aminoacidos, a
angiotensina I, e depois clivada em angiotensina II, pela enzima conversadora de
angiotensina (ECA), encontrada na superfície de células endoteliais vasculares. A
angiotensina II tem como função:
- estimular a secreção de aldosterona pelo cortex suprarrenal
- vasoconstrição arteriolar, que aumenta a pressão arterial
- estimulação da secreção de aADH e da sede
- aumento da reabsorção de NaCl pelos túbulos proximais.

A angiotensina II é um importante secretagogo para a aldosterona. O aumento de K é


outro estimulo importante para a secreção de aldosterona. Com relação a regulação do
volume do LEC, a aldosterona reduz a excreção de NaCl pela estimulação de sua
reabsorção nos rins. (túbulo distal e ducto coletor)
Essa ação aumenta a entrada de Na nas células através da membrana

- DOENÇA DE ADDISON: insuficiência adrenal primaria, geralmente com deficiência


em mineralocorticoide e glicocorticoide. A causa mais comum é a destruição autoimune
do cortex adrenal. Devido a deficiência de cortisol, a secreção de ACTH aumenta. Níveis
elevados de ACTH podem competir pelo MC1R em melanócitos e causar a
hiperpigmentação da pele, particularmente em rugas, cicatrizes e gengivas. A perda de
mineralocorticoides resulta na contração do volume extracelular, que resulta em
hipovolemia e, portanto, a queda da pressão sanguínea. Como a perda do cortisol reduz a
resposta vasopressoria as catecolaminas, a resistência vascular periférica diminui,
facilitando o desenvolvimento de hipotensão arterial.
Como o cortisol é importante na função muscular, também ocorre fraqueza.
- SINDROME DE CUSHING: excesso de hormônios adrenocortical. O uso
farmacológico de corticoesteroides é a causa mais comum. A segunda são tumores
secretores de ACTH (doença de Cushing)
Se a secreção de ACTH é suprimida, o aumento da pigmentação da pele não ocorre,
entretanto se a secreção aumenta, as vezes o elevado nível de ACTH podem aumentar a
pigmentação da pele.
O possível aumento de aldosterona produzem retenção salina, e consequentemente de
água, causando hipertensão.

2- ZONA FASCICULADA
A zona fasciculada produz o hormônio glicocorticoide cortisol. Esta zona é um tecido
ativamente esteroidogenico compostos de cordoes retos de células grandes. Essas células
tem um citoplasma espumosos porque são cheio de gotículas de lipídios que representam
esteres de colesterol armazenados.
Essas células produzem alguns colesterol de novo, mas, também importam o colesterol
do sangue na forma de LDL lipoproteína de baixa densidade e lipoproteína de alta
densidade HDL. O colesterol livre é esterificado e armazenado nas gotículas de lipídeos.
Na zona fasciulada o colesterol é transformado em pregnenolona, progesterona, 17-
hidroprogesterona, 11-desoxicortisol e cortisol. Uma rota paralela nessa zona converte a
progesterona em 11-desoxicorticosona (DOC) e então em corticosterona. ( essa rota é
menos importante)

O efeito metabólico mais conhecido do cortisol é sua capacidade de estimular a


gliconeogênese (formação de glicose a partir de proteína e outras substancias) pelo
fígado: 1- aumento da enzimas necessárias para a gliconeogênese, 2- mobilização de
aminoácidos , principalmente dos músculos. Assim mais aminoácidos são
disponibilizados para entrar no processo de gliconeogênese.
O cortisol reduz a utilização de glicose: um dos efeitos importantes é a diminuição da
translocação de GLUT4 para a membrana celular, conduzindo a uma resistência a
insulina.

-- ELEVADA CONCENTRAÇÃO SANGUINEA DE GLICOSE E DIABETES


ADRENAL: tanto o aumento da gliconeogênese quanto a redução da velocidade de
utilização de glicose pelas células provocam a elevação da concentração sanguínea de
glicose. Essa elevação, por sua vez, estimula a secreção de insulina. Os maiores níveis de
insulina não são tao efetivos como em condições normais, pois o elevado nível de
glicocorticoides resulta em resistência a insulina.
A concentração de glicose pode ser tao grande que pode ser reconhecida como uma
diabetes adrenal.

- CORTISOL E A REDUÇÃO DAS PROTEINAS CELULARES E AUMENTO DAS


CONCENTRAÇÕES PLASMATICAS E HEPATICAS DE PROTEINAS: um dos
principais efeitos do cortisol é a redução dos depósitos de proteínas em praticamente todas
as células, exceto no fígado. Essa redução é causada pela diminuição da síntese de
proteínas como aumento do catabolismo de proteínas. O cortisol reduz também o
transporte de aminoácidos e também reduz a formação de RNA e a síntese de proteínas.
Ao mesmo tempo que se reduz as proteínas nas demais parte do corpo, as proteínas
hepáticas são aumentadas. Além disso, as proteínas plasmáticas (produzidas pelo fígado
e então liberadas na circulação) também se elevam, por conta da depleção a proteínas que
ocorre em toda parte do corpo.

- TRANSPORTE E METABOLISMO DO CORTISOL:


O cortisol é transportado através de ligação com globulina ligadora de corticoesteroides
(conhecida como transcortina) que liga cerca de 90% do hormônio e também ligado a
albumina, que liga cerca de 7%.
O fígado é o responsável pela inativação do hormônio. A meia vida do cortisol circulante
é de 70 minutos.

O fígado inativa o cortisol e conjunga esteroides ativos e inativos com glicuronida ou


sulfato, para que possam ser secretados mais rapidamente pelos rins.
O cortisol é reversivelmente inativado pela transformação em cortisona. Essa ação é
catalisada pela 11beta-hidroxiesteroide desidrogenase tipo 2 (11beta-HSD2). A
inativação do cortisol em cortisona é reversível pela 11beta-hidroxiesteroide
desidrogenase tipo 1 (11beta-HSD1). Isso ocorre em tecidos que expressam o receptor
glicocorticoide (GR) incluindo fígado, tecido adiposo, SNC e pele (por isso cremes de
cortisona podem ser aplicados na pele para parar a inflamação).

- MECANISMOS DE AÇÃO DO CORTISOL


O cortisol atua por meio de receptores glicocorticoides, que regula a transcrição genica.
Na ausência do hormônio, o GR encontra no citoplasma, em um complexo estável com
varias chaperonas moleculares, incluindo proteínas choque térmicos e ciclofilinas. A
ligação cortisol-GR promove a dissociação das proteínas chaperonas seguidas por:
-- translocação do complexo cortisol-GR para o núcleo
-- dimerização e ligação aos elementos de resposta glicocorticoides (GREs) próximo aos
promotores basais de genes regulados pelo cortisol
-- recrutamento de proteínas coativadoras e associação de fatores gerais de transcrição
levando ao aumento da transcrição dos genes-alvos.

Os glicocorticoides podem também reprimir a transcrição genica.

- AÇÕES FISIOLOGICAS DO CORTISOL


O cortisol tem uma ampla faixa de atuação e é frequentemente caracterizado como
hormônio do estresse. Em geral, o cortisol mantem os níveis de glicose sanguínea, as
funções do SNC e as funções cardiovasculares durante o jejum, aumenta também os
níveis de glicose no sangue durante momentos de estresse as expensas de proteína
muscular.
O cortisol protege o corpo contra efeitos de auto lesões de respostas inflamatórias e
imunes descontroladas. O cortisol também reparte a energia para enfrentar estresse
inibindo as funções reprodutoras.

- AÇÕES METABOLICAS
Ele regula a glicose sanguínea. Ele aumenta a glicose sanguínea por estimular a
gliconeogênese. O cortisol aumenta a expressão genica das enzimas gliconeogenicas
hepáticas fosfoenolpiruvato carboxicinase (PEPCK), frutose 1,6-bifosfatase e glicose-6-
fosfatase (G6Pase).
O cortisol também diminui a captação de glicose, mediada por Glut4, no musculo
esquelético e tecido adiposo. Durante o período de jejum, o cortisol promove a poupança
de glicose potencializando os efeitos das catecolaminas sobre a lipólise.
O cortisol inibe a sintise de proteína e promove a proteólise, especialmente do musculo

-EXCESSO DE CORTISOL CAUSA OBESIDADE: apesar do cortisol poder provocar


um grau moderado de mobilização de ácidos graxos do tecido adiposo, em muitas
pessoas com excesso de secreção de cortisol se desenvolve um tipo peculiar de obesidade,
com deposição excessiva de gordura no tórax e na cabeça. Isso provavelmente resulta do
estimulo excessivo a ingestão alimentar, de modo que a gordura é gerada mais rápido do
que é mobilizada.

- AÇÕES CARDIOVASCULARES
O cortisol reforça seus efeitos sobre a glicose sanguínea pelo seus efeitos positivos sobre
o sistema cardiovascular. O cortisol tem ações permissivas para as catecolaminas e assim
contribui para o debito cardíaco e a pressão sanguínea. O cortisol estimula a eritropoietina
e assim aumenta a produção de células vermelhas.

- AÇÕES ANTI-INFLAMATORIAS E IMUNOSSUPRESSORAS


As repostas inflamatória e imune são, frequentemente parte das respostas ao estresse.
Entretanto, as respostas inflamatória e imune tem o potencial de causas dano significativo
e podem causar a morte, caso não sejam mantidas em equilíbrio.
O cortisol desempenha um importante papel na homeostase imune. O cortisol juntamente
com as catecolaminas reprime a produção de citocinas pro-inflamatorias e estimulam as
citocinas anti-inflamatorias.
A resposta inflamatória a lesões consiste na dilatação local de capilares e aumento da
permeabilidade capilar, tendo como resultado o edema local e acumulo de células brancas
sanguíneas. Essa etapa é mediada pelas prostaglandinas, tromboxanos e leucotrienos.
O cortisol inibe a fosfolipase A, uma enzima chave para a síntese de prostaglandinas,
leucotrienos e tromboxanos. Estabiliza também as membranas lisosomais, diminuindo a
liberação de enzimas proteolíticas que aumentam a formação local de edema. Em resposta
a lesão, os leucócitos migram para o local da lesão e deixam o sistema vascular. Esses
efeitos são inibidos pelo cortisol.
O cortisol inibe a resposta imune e, por esta razão, análogos de glicocorticoides tem sido
usado como imunossupressores em transplante de órgãos. Alto níveis de cortisol
diminuem o numero de linfócitos T circulantes.

Praticamente qualquer tipo de estresse físico ou neurogênico provoca aumento imediato


e acentuado da secreção de ACTH pela hipófise, seguindo de aumento na secreção de
cortisol. Ex: trauma, infecção, calor ou frio, cirurgia, injeção de fármacos
simpatomiméticos, restrição dos movimentos.
O cortisol impede o desenvolvimento de inflamação por estabilizar os lidossomos e por
outros efeitos
-- estabiliza as membranas do lisossomos: a mais importante, isso torna muito mais
difícil a ruptura das membranas dos lisossomos intracelulares. Portanto, a maior parte das
enzimas proteolíticas liberadas por células lesadas que provocam inflamação,
principalmente armazenadas no lisossomos, é liberada em menor quantidade.
--- reduz a permeabilidade dos capilares: impede a perda de plasma pelo tecido
-- reduz a migração de leucócitos para a área de inflamação e a fagocitose das células
lesadas. Isso porque o cortisol diminui a formação de prostaglandina e leucotrienos que
aumentaria a vasodilatação.
-- o cortisol suprime o sistema imunológico, reduzindo a reprodução de linfócitos.

- EFEITOS NO SISTEMA REPRODUTOR:


O comportamento e a função reprodutora são diminuídos em resposta ao estresse. Então,
o cortisol diminui as funções do eixo reprodutor

- AÇÕES DO CORTISOL SOBRE A PELE:


O cortisol inibe a proliferação fibroblastica e a formação de colágeno. Na presença de
quantidades altos de cortisol, a pele afina e é mais facilmente danificada.

- AÇÕES DO CORTISOL NO RIM


O cortisol inibe a secreção de ADH (hormônio anti diurético), sendo um antagonista do
ADH.

- CORTISOL NO MUSCULO
Quando o cortisol esta alta, a fraqueza muscular e dor são sintomas frequentes. Em geral
é devido a proteólise excessiva que o cortisol induz.
- CORTISOL NAS CELULAS SANGUINEAS: o cortisol reduz o numero de eosinófilos
e linfócitos no sangue, reduzindo a produção de células T e anticorpos. Podendo levar a
infecções graves e morte por doenças que não seriam letais. Porem, a capacidade do
cortisol suprimir a imunidade torna os agentes uteis na prevenção da rejeição imunológica
de órgãos transplantados
- O CORTISOL BLOQUEIA A RESPOSTA INFLAMATORIA A REAÇÕES
ALERGICAS: o cortisol inibe alguns efeitos secundários a reação alérgica, prevenindo
conra choque ou a morte.

REGULAÇÃO DA PRODUÇÃO DE CORTISOL


A produção de cortisol pela zona fasciculada é controlado pelo eixo hipotalâmico-
hipofisario envolvendo a liberação de CRH (CORTICOTROPINA), ACTH e
CORTISOL.
O hipotálamo e a hipófise estimula a secreção de cortisol e o cortisol atua negativamente
( feedback negativo) sobre o hipotálamo e a hipófise para manter seu ponto de equilíbrio.
A forma neurogênica do estresse (ex: medo) tanto a forma sistêmica (hipoglicemia,
hemorragias) estimulam a liberação de CRH.
O CRH esta também sujeito a uma forte regulação rítmica diária, fazendo com que o nível
de cortisol aumente durante o final da madrugada e as primeiras horas da manha e va
declinando ao longo do dia.
O CRH estimula a liberação de ACTH, que aumenta a expressão do gene da
proopiomelanocortina (POMC) e a proliferação dos corticotrofos.
O ACTH liga-se aos receptor melanocortina 2 (MC2R) localizado nas células da zona
fasciculada, fazendo:
-- o colesterol é mobilizado das gotículas de lipídeos. Assim, aumenta os níveis de
pregnenolona.
-- aumento da transcrição de genes codificantes das enzimas esteroidogenicas e de suas
coenzimas.
- EFEITO CRONICO: atrofia da zona fasciculadas em pacientes com uso de
glicocorticoides em período de no minimo 3 semanas com doses terapêuticas. Nessas
condições os corticoesteroides exógenos suprimem a produção de ACTH E CRH,
resultando a atrofia da zona fasciculada.

SINTESE E SECREÇÃO DE ACTH EM ASSOCIAÇÃO AO HORMONIO


MALANOCITOS-ESTIMULANTE, LIPOTROPINA E ENDORFINA

Quando o ACTH é secretado pela hipófise anterior, diversos outros hormônios, com
estruturas químicas semelhantes são secretados simultaneamente. Isso ocorre porque o
gene transcrito para formar a molécula de RNA que provoca a síntese de ACTH causa,
inicialmente, a formação de um pre-pro-hormonio chamado de pro-opiomelanocortina
(POMC) que é percursor do ACTH e de vários outros peptídeos, incluindo o hormônio
melanócito-estimulante (MSH), b-lipotropina e b-endofirna. Sob condições normais, a
maioria desses hormônios não são secretados em quantidades significativas para exercer
efeitos metabólicos relevantes, mas quando a secreção de ACTH esta elevada, a formação
de alguns dos demais hormônios derivados da POMC podem aumentar.
Nos melanócitos localizados em abundancia entre a derme e epiderme, o MSH estimula
a formação de pigmento negro melanina e o dispersa pela epiderme.

3- ZONA RETICULAR

Zona mais interna, começa a aparecer após o nascimento, aos 5 anos de idade
aproximadamente. Os androgênios adrenais, principalmente o DHEAS, começa a ser
detectado na circulação a partir dos 6 anos de idade. Este inicio é chamado de adrenarca
e contribui para o aparecimento de pelos axilares e púbicos na idade de 8 anos. O nível
de DHEA continua aumentando ate atingir seu ápice aos 20-30 anos e depois declinam.

Normalmente os adrogenios adrenais tem um efeito fraco em humanos. É possível


que parte do desenvolvimento precoce dos órgãos sexuais masculinos resulte na
secreção, na infância, dos androgênios adrenais.

SINTESE DE ANDROGENIO PELA ZONA RETICULAR

Pregnenolona à 17 (OH) pregnenolona à DHEA à DHEAS


A zona reticular expressa cofatores e condições que melhoram a função 17,20-liase da
CYP17, dando origem ao Deidropiandrosterona (DHEA). Além disso, a zona reticular
expressa a DHEA sulfatransferase (SULT2A1), que converte DHEA em DHEAS.
Uma quantidade pequena de androstenediona é produzida também

METABOLISMO E DESTINO DO DHEAS E DHEA


DHEAS podem ser convertidos de volta em DHEA pela sulfatase periférica e o DHEA e
androstenediona podem ser convertida em androgênios ativos (testosterona, di-
hidrotestosterona).
No sangue, o DHEA liga-se a albumina e a outras globulinas com baixa afinidade, assim
é excretado eficientemente pelo rim.
A meia vida do DHEA é de 15 a 30 mintos. Por sua vez, a DHEAS ligam-se com alta
afinidade a albumina e tem meia vida de 7 a 10 horas.
AÇÕES FISIOLOGICAS DOS ANDROGENIOS ADRENAIS
Nos homens a contribuição é negligenciável. Em mulheres, entretanto, a adrenal contribui
com cerca de 50% dos androgênios ativos circulantes, que são necessários para
crescimento dos pelos púbicos e axilares e para a libido.

REGULAÇÃO DA FUNÇÃO DA ZONA RETICULAR


O ACTH é o principal regulador da zona reticular. Ambos, o DHEA e Androstenediona
ciclam no mesmo ritmo diurno do cortisol (O DHEAS não faz devido sua meia vida ser
maior)

-- OBS: quando há excesso de adrogenio adrenal, a virilização da mulher pode ocorrer,


isto envolve o aumento de clitoris, pelos excessivos da face e corpo e acne.

FUNÇÕES REPRODUTIVAS E HORMONAIS


MASCULINAS
As funções reprodutoras masculinas podem ser divididas em três subdivisões: 1-
espermatogênese (formação de espermatozoide); 2- desempenho do ato sexual; 3-
regulação das funções reprodutoras masculinas por vários hormônios.

ANATOMIA FISIOLOGICA
O testículo é formado por ate 900 tubulos seminíferos convolutos, onde é formado o
esperma. O esperma é lançado no epidídimo, que é outro tubo. O epidídimo conduz
ao canal deferente,que se alarga na ampola do canal deferente. Imediatamente antes
de o canal entrar no corpo da glândula prostática.
Duas vesículas seminais, uma de cada lado da prostada, desembocam na terminação
prostática da ampola, e os conteúdos da ampola e das vesículas semnais passam para
o ducto ejaculatório e são conduzidos através do corpo da glândula prostática, então
desaguando na uretra interna. Os ductos prostáticos recebem o conteúdo da glândula
prostática e o conduzem para o ducto ejaculatório e dai para a uretra prostática.
Finalmente, a uretra é o ultimo elo dos testículos com o exterior. A uretra contem
muco proveniente de grande numero de pequenas glândulas uretrais, localizadas em
toda a sua extensão e, em maior quantidade, das glândulas bulbouretrais (glândulas
de cowper), localizadas próximo a origem da uretra.
ESPERMATOGENESE

Durante a formação do embrião, as células germinativas primordiais migram para os


testículos e tornam-se células germinativas imaturas, chamadas espermatogonias, que
se situam em duas ou três camadas da superfície interna dos túbulos seminíferos. Na
puberdade, as espermatogonias passam por dividoes mitorias, proliferando e se
diferenciando continuadamente através de estágios de desenvolvimento para formar
o esperma.
ESTAGIOS DA ESPERMATOGENESE

A espermatogênese ocorro nos túbulos seminíferos, durante a vida sexual ativa, como
resultado da estimulação pelos hormônios gonadotrópicos da glândula hipofisária,
começando, aproximadamente, aos 13 anos e continuando pela maior parte da sua
vida, mas reduzindo na velhice.
No primeiro estagioo, as espermatogonias migram entre as células de sertoli em
direção ao lumem central dos túbulos seminíferos. As células de sertoli são grandes,
são células de sustentação.

Meiose à a espermatogomia que cruza a barreia ate a camada das células de sertoli,
é progressivamente, modificada e alargada, para formar os grandes espermatocitos
primários. Cada um deles, por sua vez, passa por divisão meiótica para formar dois
espermatocitos secundários. Poucos dias depois, estes também se dividem para
dormar espermátides, que são finalmente modificadas e transformadas em
espermatozoides (esperma).
Durante as transformações do estagio de espermatocitos para o de espermátides, os
46 cromossomos ( 23 pares) dos espermatocito se dividem e então vai metade para
uma espermátide e a outra metade para outra espermátide.
FISIOLOGIA FEMININA E HORMONIOS FEMININOS

OOGENESE E DESENVOLVIMENTO FOLICULAR NOS OVARIOS

Um ovo em desenvolvimento (oocito) diferencia-se em um ovulo maduro através de


uma serie de etapas, chamada de oogenese.
Durante o desenvolvimento embrionário inicial, as células germinativas primordiais
migram, ao longo do mesentério do instetino posterio, para a superfície externa do
ovário, que é revestida de um epitélio germinal. Durante essa migração, as células
germinativas se dividem repetidamente.
Quando as células germinativas primordiais atingem o epitélio germinativo, elas
migram para o interior da substancia do cortex ovariano, convertendo-se em
ovogonias ou oocitos primordiais.

Em seguida, cada ovulo primordial reúne em torno de si uma camada de células


fusiformes do estroma ovariano, fazendo com que adquiram características
epitelioides: são então, as chamadas células da granulosa.

O ovulo circundado por uma camada única de células da granulosa é denominado


folículo primordial. Nesse estagio, o ovulo ainda é imaturo, e é preciso que ocorra
mais duas divisões celulares, antes que ele possa ser fertilizado por um
espermatozoide. Nesse ponto, o ovulo é denominado oocito primário.
As oogonias no ovário embrionário completam a replicação mitótica e a primeira
fase da meiosa no quinto mês de desenvolvimento fetal. Em seguida, a mitose da
célula germinativa cessa, e não se formam oocitos adicionais. No nascimento, o
ovário contem cerca de 1-2 milhoes de oocitos adicionais.
A primeira divisão meiótica do oocito ocorre na puberdade. Cada oocito é dividido
em duas células, um ovulo grande (oocito secundário) e um primeiro corpo polar de
pequenas dimensões. Cada uma dessas células contem 23 cromossosmos
duplicados.
O ovulo é submetido a uma segunda divisão meiótica, e após a separação das
cromátides irmãs, ocorre uma pausa na meiosa. Se o ovulo for fertilizado ocorre o
estagio final da meiose, e as cromátides irmãs do ovulo convertem-se em células
separadas.

Quando o ovário libera um ovulo (ovulação) e, se este for fecundado, ocorre a


meiose final. A metade das cromátides irmãs permanece no ovulo fertilizado e a
outra metade é liberada em um segundo corpo polar, que em seguida se decompõe.

Na puberdade, permanecem 300 mil oocitos no ovário e so uma pequena


porcentagem deles atinge a maturidade. Os milhares de oocitos que não amaduram
degeneram. Os que se degeneram tornam-se ASTRESICO.
SISTEMA HORMONAL FEMININO

São três hierarquia, assim como o masculino.

1- Hormônio de liberação hipotalâmica: hormônio liberador de gonotropia (GnRH)


2- Os hormônios sexuais hipofisários anteriores: o FSH e LH, ambos secretados em
resposta a liberação de GnRH do hipotálamo.
3- Hormonios ovarianos: ESTROGENO e PROGESTERONA, que são secretados pelos
ovários, em reposta aos hormônios FSH e LH.

Esses hormônios são secretados com intensidade drasticamente diferente a


depende do ciclo sexual feminino.
O GnRH liberado pelo hipotálamo aumenta e diminui de modo bem menos drástico
durante o ciclo (secretado em pulsos curtos a cada 90 minutos)

CICLO OVARIANO MENSAL

O ciclo dura em media 28 dias.


Deve-se ressaltar que apenas um ovulo costuma ser liberado dos ovários a cada mês,
de maneira que apenas um feto por vez começará a crescer.
Outra observação é que o endométrio uterino é preparado, com antecedência, para
a implementação do ovulo fertilizado.

• HORMONIOS GONADROTOPICOS E SEUS EFEITOS NOS OVARIOS


As mudanças ovarianas que ocorrem durante o ciclo sexual dependem inteiramente dos
hormônios gonadotrópicos FSH e LH, que são secretados pela hipófise anterior.
O FSH e o LH são glicoproteínas, que na ausência o ovário permanece inativo, como
ocrre durante toda a infância, quando quase nenhum hormônio gonadotrópico é
secretado. Entre os 9 a 12 anos de idade, a hipófise começa a secretar progressivamente
mais FSH e LH, levando aos inicio de ciclos sexuais mensais normais, que ocorre entre
11 e 15 anos. Esse período de mudança é denominado puberdade, e o primeiro ciclo é
denominado menarca.

O FSH e LH estimulam suas células alvo ovarianas ao se combinarem aos receptores


muito específicos de FSH e LH na membrana das células alvos ovarianas. Os receptores
ativados, por sua vez, aumentam a secreção das células e, em geral, também o
crescimento e a proliferação das células. Quase todos esses efeitos resultam da ativação
de sistema de segundo mensageiro do AMPc, no citoplasma celular, levando a formação
de proteína cinase e múltiplas fosforilações de enzimas-chaves que estimulam a síntese
dos hormônios sexuais.

1- FASE FOLICULAR
Crescimento do folículo ovariano.
Quando uma criança do sexo feminino nasce, cada ovulo é circundado poruma camada
única de células da granulosa: o ovulo com esse revestimento é chamado de folículo
primordial. Durante toda a infância, acredita-se que o ovulo secrete um fator inibidor da
maturação do oocito que mantem o ovulo parado em seu estado primordial.
Em seguida, depois da puberdade, quando FSH e LH começam a ser secretado em
quantidades significativas, os ovários, em conjunto com alguns folículos começam a
crescer.

O primeiro estagio do crescimento folicular é o aumento moderado do próprio ovulo,


cujo diâmetro aumenta de duas a três vezes. Em seguida, ocorre em alguns folículos o
desenvolvimento de outras camadas das células da granulosa. Esses folículos são
chamados de folículos primários.

- DESENVOLVIMENTO DE FOLICULOS ANTRAIS E VESICULARES


Durante os primeiros dias de cada ciclo sexual mensal, as concentrações de FSH e LH
aumentam de leve a moderada, sendo o de FSH ligeiramente maior. Esses hormônios,
especialmente FSH causam o crescimento acelerado de 6-12 foliculos primários por mês.
O efeito inicial é a rápida proliferação de células da granulosa, levando ao aparecimento
de muitas outras camadas. Além disso, as células fusiformes, leva ao aparecimento de
uma segunda massa de células denominada teca, que se divide em duas camadas.
A teca interna: células adquirem características parecidas com as células da granulosa e
desenvolvem a capacidade de secretar mais hormônios esteroides (progesterona e
estrógeno).
Teca externa: forma uma capsula de tecido conjuntivo muito vascular, que passa a ser a
capsula do folículo em desenvolvimento.
Depois da fase proliferativa inicial, que dura alguns dias, a massa de células da granulosa
secreta liquido folicular que contem elevada concentração de estrógeno. O acumulo
desse liquido ocasiona o aparecimento do ANTRO, dentro da massa de células da
granulosa.

O crescimento inicial do folículo primário ate o estagio antral so é estimulado,


principalmente pelo FSH.
Então há um crescimento acelerado levando aos folículos ainda maiores, denominados
folículos vesiculares. Esse crescimento acelerado é devido
-- estrogênio secretado no folículo formando receptores de FSH cada vez maiores na
célula da granulosa, formando um efeito de feedback positivo para FSH
-- FSH e o estrogênio se combinam para promover receptores de LH, permitindo a
estimulação pelo LH

APENAS UM FOLICULO AMADURECE COMPLETAMENTE POR MÊS E OS RESTANTES


SOFREM ATRESIA – após uma semana ou mais de crescimento – antes de ocorrer a
ovulação – um dos folículos começa a crescer mais que os outros, e os outros 5-11
involuem (atresia), ficando atresicos.

A causa da atresia é um feedback negativo – as grandes quantidades de estrogênio nos


folículos em crescimento mais rápido agem no hipotálamo, deprimindo a secreção de
FSH pela hipófise anterior, bloqueando o crescimento dos folículos menos
desenvolvidos.
Sendo assim, o folículo maior continua a crescer por causa de seus efeitos de feedback
positivo intrínseco.

2- OVULAÇÃO
A ovulação da mulher que tem o ciclo sexual de 28 dias se da 14 duas depois do inicio
da menstruação.
Um pouco antes de ovular, a parede externa protuberante incha rapidamente. Em
alguns minutos o liquido começa a vazar através do estigma e em cerca de 2 minutos o
estigma rompe inteiramente, permitindo que um liquido mias viscoço que ocupava a
porção central do folículo seja lançado para fora. O liquido viscoço carrega o ovulo
cercado por milhares de pequenas células da granulosa, denominada COROA RADIADA.

- UM PICO DE HORMONIO LUTEINIZANTE É NECESSARIO PARA A OVULAÇÃO: O LH é


necessário para o crescimento folicular final e para a ovulação. Sem esse hormônio,
mesmo com grandes quantidades de FSH o folículo não progrediria ao estagio da
ovulação.
Cerca de dois dias antes da ovulação, a secreção de LH aumenta, atingindo o pico 16 hrs
antes da ovulação.
O FSH e o LH atuam conjuntamente para a rápida dilatação do folículo, durante os
últimos dias antes da ovulação. O LH tem efeito mais especifico nas células da granulosa
e tecais, convertendo-as em células secretoras de progesterona. Portanto, a secreção
de estrógeno começa a cair cerca de um dia antes da ovulação, enquanto a progesterona
aumenta.

--- crescimento rápido do folículo


---- menor secreção de estrógeno
---- inicio da secreção de progesterona que ocorre a ovulação
Sem o pico pre-ovulatorio de LH a ovulação não ocorreria.

3- FASE LUTEA – CORPO LUTEO


Durante as primeiras horas depois da expulsão do ovulo do folículo, as células da
granulosa e tecais internas remanescente se transformam em células leuteinicas. Elas
aumentam em diâmetro e ficam repletas de inclusões lipídicas que lhe dao aparência
amarelada. Esse processo é chamado de luteinização e a massa é chamada de corpo
luteo. Esse corpo luteo secreta os hormônios androstenediona e testosterona, que são
convertido em estrogênios pela enzima aromatase.

O corpo luteo cresce e após 7-8 dias da ovulação ele começa a involuir e, efetivamente
perde sua função secretora, bem como sua característica lipídica amarelada, cerca de
12 dias após a ovulação ele passa a ser o corpus albicans, que forma um tecido
conjuntivo e após meses é absorvido.

O corpo luteo é um órgão altamente secretor, produzindo grandes quantidades de


estrogênio e progesterona. Uma vez que o LH tenha agido nas células da granulosa e
tecais, causando a luteinização, as células luteinicas recém formadas parecem
programadas para; - proliferação, - aumento, - secreção, - degeneração. Tudo isso em
aproximadamente 12 dias.

- INVOLUÇÃO DO CORPO LUTEO E INICIO DO PROXIMO CICLO OVARIANO


O estrogênio e a progesterona secretados pelo corpo luteo durante a fase luteinica tem
potentes efeitos de feedback na hipófise anterior, mantendo intensidades secretadas
reduzida de FSH e LH.

Além disso, as células luteinicas secretam pequenas quantidades do hormônio inibina, a


mesma inibina secretada pelas células de sertoli nos testículos masculinos. Esse hormônio
inibe a secreção de FSH pela hipófise. O resultado são concentrações reduzidas de FSH
e LH e a perda desses hormônios faz com que o corpo luteo se degenere.
Nessa época, a parada subida de secreção de estrogênio, progesterona e inibina pelo corpo
luteo remove a inibição por feedback da hipófise, permitindo que ela comece a secretar
novamente cada vez mais FSH e LH. O FSH e LH dao inicio ao crescimento de novos
folículos, começando um novo ciclo ovariano.
A escassez de progesterona e estrogênio, nesse momento, também leva a menstrução
uterina.

FUNÇÕES DOS HORMONIOS OVARIANOS – ESTRADIOL E PROGESTERONA


- estrogênios: proliferação e crescimento de células especificas no corpo, responsável pelo
desenvolvimento da maioria das características sexuais secundarias da mulher.
- progesterona: atua basicamente preparando o útero para a gravidez e as mamas para
lactação.

• ESTROGENIO: na mulher não gravida, os estrogênios são secretados em


quantidades significativas apenas pelo ovário, embora as adrenais tenha uma
secreção mínima. Durante a gravidez, uma enorme quantidade é secretada pela
placenta.
b-estradial é o mais potente

• PROGESTERONA: na mulher não gravid, a progesterona é secretada em


quantidades significativas apenas durante a segunda metade de cada ciclo, pelo
corpo luteo.
A placenta também secreta progesterona, especialmente depois do quatro mês de
gestação

SINTESE DE ESTROGENIO E PROGESTERONA


Derivado principalmente do colesterol do sangue, mas também, de certa forma, da acetil
coenzima.
Durante a síntese, basicamente progesterona e androgênios (testosterona e
androstenediona) são sintetizados primeiro, em seguida, na fase folicular, quase todos os
androgênios e uma parte da progesterona é convertida em estrogênio pela enzima
aromatase.
OBS: as células da teca não possuem aromatase, então é as células da granulosa que
converte.

TRANSPORTADA POR MEIO DE PROTEINAS – albumina e globulinas de ligação


especifica pelo sangue. São ligações fracas.

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