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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIADO (UFERSA)

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA


DISCISPLINA: LABORATÓRIO DE ONDAS E TERMODINÂMICA
DOCENTE: FRANCISCO CÉSAR DE MEDEIROS FILHO
DISCENTES: CARLOS HENRIQUE DANTAS DA COSTA, JONATAN GOMES
RODRIGUES, MARCOS FELIPE LIMA DA SILVA E MICAEL DOS SANTOS
ALMEIDA

EXPERIMENTO 05: PRINCÍPIO DE ARQUIMEDES

CARAÚBAS / RN
22/03/2022
1. Objetivos

Embasado nos conceitos da Mecânica dos Fluídos por meio do experimento do


princípio de Arquimedes, verificou-se a força de empuxo – ação de um fluido à presença de
um corpo imerso nele - vista no experimento. Os dados utilizados ao longo deste relatório
foram obtidos através da análise do experimento feito pelos discentes do presente grupo. O
experimento tem como objetivo analisar as forças exercidas em um objeto que está submerso
em um fluido.

2. Introdução

O princípio de Arquimedes pode ser representado como uma resposta dada por um
fluido em razão da presença de um corpo submerso nele. Por meio deste princípio, pode-se
calcular a força de empuxo (força que torna um corpo mais leve quando mergulhado
totalmente ou parcialmente em um fluido). A força de empuxo (E) é vertical e ascendente,
conforme ilustrado na figura 1.

Figura 1

A força de empuxo irá ocorrer pois a pressão exercida sobre um líquido aumenta com
a profundidade. Dessa forma, a pressão exercida na parte inferior do corpo mergulhado e que
aponta para cima, será sempre maior que a força a ela contrária, conforme ilustrado na figura
abaixo.
Figura 2

Para verificar essa situação, considere-se o cilindro de altura “h” e de área “A”
ilustrado na figura 2. Considerando que o cilindro esteja submerso em um fluido de densidade
𝑟𝑓 , onde o fluido exerce uma pressão 𝑃1 = 𝑟𝑔ℎ1 sendo aplicada na parte superior do cilindro.
A força exercida por essa pressão na parte superior do cilindro é 𝐹1 = 𝑃1 𝐴 = 𝑟𝑓 𝑔ℎ1 𝐴 e
direcionada para baixo. De forma análoga, o fluido também exercerá uma força direcionada
para cima na base do cilindro dada por 𝐹2 = 𝑃2 𝐴 = 𝑟𝑓 𝑔ℎ2 𝐴, a famosa força de empuxo (E).
Diante disso, a força de empuxo será:

𝐸 = 𝐹2 − 𝐹1 = ρ𝑓 𝑔𝐴(ℎ2 − ℎ1 ) = ρ𝑓 𝐴𝑔ℎ = ρ𝑓 𝑔𝑉

Sendo 𝑉 = 𝐴ℎ correspondente ao volume do cilindro. Uma vez que 𝑟𝑓 é a densidade


do fluido, o produto 𝑟𝑓 𝑔𝑉 será igual a 𝑚𝑓 𝑔 que corresponde ao peso do fluido que ocupa um
volume igual ao volume do cilindro. Destarte, a força de empuxo exercida sobre o cilindro da
figura 2 será igual ao peso do fluido deslocado pelo cilindro e com isso, provamos o princípio
de Arquimedes.

3. Metodologia

3.1 Materiais dispostos na bancada:

Tripé angular com haste principal e suporte;


Dinamômetro;
Recipiente em formato cilíndrico com êmbolo;
Seringa sem agulha;
Becker contendo água.
Figura 3

A figura 3 ilustra o equipamento que foi utilizado durante a realização deste experimento.

3.2 Procedimento experimental

Antes de iniciarmos o experimento, houve uma breve explanação acerca do princípio


de Arquimedes e sobre os equipamentos que iríamos utilizar ao longo da aula para realização
do referido experimento. Após isso, realizamos o experimento cujo os resultados serão
discutidos a seguir.

4. Resultados e discussão

Dando início ao experimento, mediu-se a força peso no êmbolo utilizando o


dinamômetro, sendo 𝑃ê𝑚𝑏𝑜𝑙𝑜 = 0,62 𝑁 𝑜𝑢 0,62 𝑘𝑔. 𝑚/𝑠 2 . Tendo a força peso, encontrou-se a
massa do êmbolo utilizado.

𝑃ê𝑚𝑏𝑜𝑙𝑜 = 𝑚ê𝑚𝑏𝑜𝑙𝑜 ∗ 𝑔

𝑃ê𝑚𝑏𝑜𝑙𝑜 0,62 𝑘𝑔. 𝑚/𝑠 2


𝑚ê𝑚𝑏𝑜𝑙𝑜 = = = 0,063 𝑘𝑔
𝑔 9,81 𝑚/𝑠 2
Logo após isso, mediu-se o peso do sistema 1 (recipiente cilíndrico sem água +
êmbolo), cujo valor encontrado foi 𝑃𝐷 1 = 0,84 𝑁.

𝑃𝐷1 0,84 𝑘𝑔. 𝑚/𝑠 2


𝑚𝐷1 = = = 0,085 𝑘𝑔
𝑔 9,81 𝑚/𝑠 2

Em seguida mergulhou-se lentamente o êmbolo em um béquer com água e, à medida


que o objeto afundava, o peso lido anteriormente estava diminuindo. Isso ocorre graças a
força de empuxo (E) – contrária a força peso e atuante em um objeto mergulhado em um
fluido. Como a força de empuxo está ligada diretamente a pressão e esta aumenta de acordo
com a profundidade, à medida que o êmbolo afunda o empuxo presente nele é maior. De
acordo com o pressuposto, pode-se afirmar:

E>P O objeto tende a flutuar e/ou subir;


E<P O objeto tende a afundar;
E=P O objeto permanecerá em equilíbrio.

Tabela 1

Assim que o êmbolo se encontra totalmente submerso, efetua-se uma nova leitura e
verifica-se que o seu peso passou a ser 𝑃𝐷2 = 0,42𝑁. Essa situação ocorre em decorrência da
força de empuxo (E) supracitada. Em seguida, com o auxílio de uma seringa sem agulha,
encheu-se por completo o recipiente cilíndrico com água e notou-se que, em uma nova leitura,
o dinamômetro registrou uma força peso igual a 𝑃𝐷 3 = 0,84 𝑁. Ou seja, a força peso voltou a
ser a mesma calculada em um primeiro momento (𝑃𝐷 3 = 𝑃𝐷1 ).

Por fim, com todos esses dados calculados, pode-se encontrar alguns valores, como
por exemplo, o valor do empuxo quando o êmbolo esteve submerso por completo no fluido.
Dessa forma, tem-se:

𝑃𝐷2 = 𝑃𝐷1 + 𝐸

𝐸 = 𝑃𝐷1 − 𝑃𝐷2

𝐸 = 0,84 𝑁 − 0,42 𝑁 = + 0,42𝑁.


Pode-se notar que, nessa situação, a força de empuxo (E) foi positiva e, em interação
com a força peso (negativa), fez com que, em uma nova leitura realizada no dinamômetro, o
peso do êmbolo + recipiente cilíndrico diminuísse.

Agora, calcula-se o valor da força de empuxo (E) quando o recipiente cilíndrico esteve
cheio. Logo, tem-se:

𝑃𝐷3 = 𝑃𝐷2 + 𝐸

𝐸 = 𝑃𝐷2 − 𝑃𝐷3

𝐸 = 0,42 𝑁 − 0,84 𝑁 = −0,42 𝑁.

Nessa outra situação, pode-se notar que a força de empuxo (E) foi negativa e, em
interação com a força peso (negativa), fez com que, em uma nova leitura realizada no
dinamômetro, o peso do êmbolo + recipiente cilíndrico aumentasse e retornasse ao valor
obtido na primeira leitura (𝑃𝐷 3 = 𝑃𝐷1 ).

Pode-se calcular também o volume de água deslocado pelo êmbolo quando submerso
por completo (utilizando a densidade da água igual a 1 𝑔/𝑐𝑚3 ).

𝐸 = 𝜌𝑓 𝑔𝑉𝑓

Tendo 𝐸 = 𝑃 e 𝑃 = 𝑚 ∗ 𝑔, tem-se:

𝑚 ∗ 𝑔 = 𝜌𝑓 𝑔𝑉𝑓

𝑚∗𝑔
= 𝜌𝑓 𝑉𝑓
𝑔

𝑚ê𝑚𝑏𝑜𝑙𝑜 0,063 𝑘𝑔 0,063 𝑘𝑔


𝑉𝑓 = = 3
= = 0,000063 𝑚3 .
𝜌𝑓 1 𝑔/𝑐𝑚 1000 𝑘𝑔/𝑚3

5. Conclusão

Com a realização desta prática, conseguiu-se observar todas as ações que a força de
empuxo (E) exerce sobre um corpo mergulhado em um fluido e, além disso, foi possível de
calcular o valor dessa força em diversas situações e analisá-la matematicamente.
6. Referências Bibliográficas

Sears & Zemanski, Young & Freedman, Física II, Ondas e Termodinâmica, 12ª Edição,
Person, 2008.

David Halliday, Robert Resnick e Jearl Walker, Fundamentos de Física – vol. 2 (Gravitação,
Ondas e Termodinâmica), 9ª. Edição (2011) Editora LTC.

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