Mecânica dos Fluidos – Principio de Pascal

Thayza Lopes de Araújo

Bacharelado em Ciência e Tecnologia – Laboratório de Ondas e Termodinâmica – Turma IND

Universidade Federal Rural do Semi-Árido – Campus Caraúbas
Rio Grande do Norte – Brasil

Experimento realizado em 11 de MARÇO de 2022

Resumo. Baseado no que foi apresentado no estudo da Mecânica dos Fluidos com o experimento do
princípio de Pascal, fizemos a análise da pressão que ocorria em dois momentos do experimente. Os
dados apresentados foram obtidos pela a análise do experimento realizado em laboratório com a
orientação do professor Dr. Hudson Pinheiro. O objetivo desse experimento é avaliar períodos
obtidos e momento de inercia.

Palavras chave: Mecânica dos Fluidos, Principio de Pascal, Pressão, Experimento.

I. Introdução podendo reescrever a Equação 3 na Equação 4,

O fluido é conhecido por ser uma substancia
que pode escoar, e ele se adapta ao recipiente em
que são colocados. Sabe-se que os líquidos e
gases são
fluidos, mesmo em estados diferentes, pois os
átomos não estão organizados em uma ordem.
As grandezas físicas utilizadas para o estudo do
fluido são a massa especifica (𝜌) e pressão. E para
determinar a massa especifica do fluido, isola-se
um pequeno ponto do elemento para obter o
volume (∆𝑉) e medimos a massa (∆𝑚) deste
fluido. Sendo a Equação 1 a forma de obter essa
massa especifica.
∆𝑚
𝜌=
∆
𝑉 EQ. 1
A massa especifica do fluido é a mesma em
todos os elementos de volume do corpo
considerado. Sendo assim, é possível reescrever a
Equação 1 da seguinte forma, como mostra a
Equação 2, onde m e V são a massa e o volume do
corpo do fluido.
𝑚
𝜌=
𝑉 gravidade e a profundidade é h.
EQ. 2
A massa especifica é uma grandeza escalar, em
que no Sistema Internacional de Medida é
quilograma por metro cubico (Kg/m³).
Para se calcular a pressão é necessário
considerar um sensor que é formado por um
êmbolo de área (∆𝐴) que pode deslizar no interior
do recipiente fechado que repousa sobre uma mola.
O deslocamento sofrido pela mola ao ser
comprimida pelo fluido indica a força normal (∆𝐹)
que age sobre o embolo. Sendo essa pressão
definida, mostrado na Equação 3.
∆𝐹
𝜌=
∆𝐴
EQ. 3
Quando o centro de um determinado ponto na
área tende a zero, a pressão em qualquer ponto do
fluido é o limite da razão. Com isso, a força é
uniforme em uma superfície plana de área A,
onde o F é a força normal a que está sujeita a
superfície de área, ou seja, está uniformemente
distribuída por todos os pontos da superfície.
∆𝐹
𝜌=
∆𝐴
EQ. 4
A unidade de medida da pressão no Sistema
Internacional é newton por metro quadrado, mas é
conhecido por pascal (Pa). Na Equação 5 é
demonstrada a relação entre o pascal e outras
unidades de pressão usadas na prática.
1 𝑎𝑡𝑚 = 1,01𝑥105𝑃𝑎 = 760 𝑡𝑜𝑟𝑟 = 14,7 𝑙𝑏/𝑖𝑛²
EQ. 5
As pressões enfrentadas pelos alpinistas e
mergulhadores são conhecidas por pressões
hidrostáticas, que é quando o fluido estático,
encontra-se em repouso. Sendo assim, é possível
definir a expressão hidrostática em função da
altitude e da profundidade. A pressão hidrostática
𝜌(ℎ) da profundidade é dada pela a Equação 6,
onde 𝜌 é a pressão dentro da água, 𝜌𝑜 é a pressão
atmosférica, 𝜌 é a densidade do fluido, g é a
𝜌(ℎ) = 𝜌𝑜 + 𝜌𝑔ℎ
EQ. 6
Sendo a diferença entre 𝜌(ℎ) e 𝜌𝑜 a pressão
monométrica, como mostra a Equação 7.
𝜌𝑚𝑎𝑛 = 𝜌𝑔ℎ
EQ. 7
Estes conceitos serão abordados na pratica e
descritos ao longo deste relatório, por meio de
analises e resultados observados através do
experimento de princípio de Pascal realizado e
disponibilizado em vídeo pelo professor Dr.
Hudson Pacheco Pinheiro.
II. Procedimento Experimental
Materiais utilizados
 Água;
 Béquer;
 Escala de Imersão;
 Painel Hidrostático 1 e 2; 𝜌𝑚𝑎𝑛 3 = 1000 ∗ 9,8 ∗ 0,03
 Seringa. 𝜌𝑚𝑎𝑛 3 = 294 𝑁/𝑚²
O experimento iniciou-se a partir da
apresentação dos instrumentos utilizados, como 𝜌𝑚𝑎𝑛 4 = 1000 ∗ 9,8 ∗ 0,04
apresentados na Figura 1. 𝜌𝑚𝑎𝑛 4 = 392 𝑁/𝑚²

𝜌𝑚𝑎𝑛 5 = 1000 ∗ 9,8 ∗ 0,05

𝜌𝑚𝑎𝑛 5 = 490 𝑁/𝑚²

Com os palores obtidos para 𝑃𝑚𝑎𝑛 , pode-se

comparar com os valores Δ𝑦. Dessa forma
possibilitando a demonstração no Gráfico 1.

0,04
Figura 1 Painel Hidrostático e Béquer. 0,03
0,02
Após a apresentação do material utilizado no 0,01
experimento, foi realizado o mesmo. O painel 0
hidrostático composto por duas partes. Foi realizado
duas partes do experimento.
. 0 98196294392490
III. Resultados e Discussão Gráfico 1 Variação da coluna de água x Pressão do
fundo do recipiente.
1. Painel Hidrostático II
No primeiro momento do experimento, foi Através dos valores obtidos, tabela 1, para a
através do painel II, que inicialmente era profundidade (h), e os valores obtidos para a
demarcado pressão (𝑃𝑚𝑎𝑛 ) é possível chegar à média de cada.
o ponto 𝑦1 em 30 mm e 𝑦2 em 35mm e no Béquer 𝜌 𝜌 + 𝜌2 + 𝜌3 + + 𝜌5
foi colocado água até o ponto zero. Onde foi 𝜌𝒎é𝒅𝒊 = ∑
acrescentado 10 em 10 mm até 50mm, e visto a
1 5 𝜌4
𝒐 =
𝑛
variação do nível dos pontos.
98 + 196 + 294 + 392 + 490
𝜌𝒎é𝒅𝒊𝒐 =
Tabela 1 Experimento no Painel Hidrostático II 5
DADOS MANOMÉTRICOS 𝝆𝒎é𝒅𝒊𝒐 = 𝟐𝟗𝟒𝑲𝒈/𝒎²
ℎ 𝑃𝑚𝑎𝑛 𝑦1 𝑦2 Δ𝑦
(𝑚)
(𝑁/𝑚2 ) (𝑚 ) (𝑚) (𝑚) ℎ ℎ1 + ℎ2 + ℎ3 + ℎ4 + ℎ5
𝒉𝒎é𝒅𝒊𝒐 = ∑
ℎ0 = 0,00 - 0,030 0,035 0,005 5
=
𝑛
ℎ1 = 0,01 98 0,029 0,036 0,007
0,01 + 0,02 + 0,03 + 0,04 + 0,05
ℎ2 = 0,02 196 0,026 0,040 0,014 𝒉𝒎é𝒅𝒊𝒐 =
5
ℎ3 = 0,03 294 0,023 0,043 0,020
𝒉𝒎é𝒅𝒊𝒐 = 𝟎, 𝟎𝟑 𝒎
ℎ4 = 0,04 392 0,018 0,047 0,029
Em uma regressão linear, que é medida pela
ℎ5 = 0,05 490 0,015 0,050 0,035 Equação y=bx+a, “a” é o coeficiente linear e “b” o
coeficiente angular.

A pressão monométrica foi obtida através da
Equação 7. Com a g = 9,8 m/s² e 𝜌 = 1 g/cm³ → 𝜌
= 1000 Kg/m³.
𝜌𝑚𝑎𝑛 1 = 1000 ∗ 9,8 ∗ 0,01
𝜌𝑚𝑎𝑛 1 = 98 𝑁/𝑚²
𝜌𝑚𝑎𝑛 2 = 1000 ∗ 9,8 ∗ 0,02
𝜌𝑚𝑎𝑛 2 = 196 𝑁/𝑚²
2. Painel Hidrostático I
A segunda parte do experimento foi realizado
no painel I, no qual foi usado uma seringa. Onde o
nível, inicialmente do experimento, o da
mangueira estava em 10 mm, o do monômetro 1,
26 mm, e o monômetro 2, 25 mm. Após ser
acrescentado a água, os níveis alteraram
 Tabela 2 Experimento no Painel Hidrostático I
Mangueira principal Manômetro 1 Manômetro 2
(m) (m) (m)
Antes Depois Antes Depois Antes Depois

0,000 0,011 0,026 0,060 0,025 0,060

Variação = 0,035 Variação = 0,034 Variação = 0,035

É possível notar que a pressão presente neste

momento do experimento aumenta a partir da
variação dos níveis.

3. Questões e Problemas
3.1 Explique, utilizando a Equação 6, por que um
mergulhador ao nadar em uma linha paralela à
superfície não sofre mudança de pressão.
R. A Pressão é a mesma, pois não existe a
variação da profundidade, que é um dos
componentes desta formula.
3.2 Uma piscina de comprimento de 16,30 𝑚,
largura 15,25 𝑚 e profundidade de 4,7 𝑚 está
cheia de água. Calcule a pressão manométrica
no fundo da piscina.
R.𝝆𝒎𝒂𝒏 = 𝒑𝒈𝒉
𝝆𝒎𝒂𝒏 = 𝟏𝟎𝟎𝟎 ∗ 𝟗, 𝟖 ∗ 𝟒, 𝟕
𝝆𝒎𝒂𝒏 = 𝟒𝟔𝟎𝟔𝟎 𝑵/𝒎²

3.3 Calcule a pressão total sobre um cubo de lado

𝐿 = 10 𝑐𝑚 mergulhado em água.
R.
𝝆(𝒉) = 𝝆𝒐 + 𝝆𝒈𝒉
𝝆(𝒉) = 𝟏𝟎𝟓 + 𝟏𝟎𝟎𝟎 ∗ 𝟗, 𝟖 ∗ 𝟎, 𝟏
𝝆(𝒉) = 𝟏𝟎𝟎𝟗𝟖𝟎 𝑷𝒂

3.4 Mostre que os líquidos incompressíveis

transmitem integralmente as pressões que
suportam.
R. De acordo com o principio de Pascal a
transmissão de energia é baseada na pressão
sobre um determinado fluido. Sendo assim, a
variação de pressão em um fluido em repouso é
transmitida igualmente para todos os pontos
deste fluido.

IV. Conclusão
Com base no experimento, foi mostrar que a
pressão é a mesma para todos os pontos do fluido
no recipiente, e que ela varia de acordo com o
aumento do volume.
Foi possível analisar os resultados apresentados
no decorrer deste relatório.

V. Referencias
Figura 2 Suporte com a régua e fotossensor.
[1] HALLIDAY, David; RESNICK, Robert e;
Walker. Fundamentos de Física (Gravitação,
Ondas e Termodinâmica). Vol. 2. 9ª Ed. Editora
LTC, 2011.