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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS

DEPARTAMENTO DE QUÍMICA

Físico Química Experimental

Relatório nº 1
Determinação da massa específica de fases condensadas

Profº: Anderson M. Fuzer

Evelyn da Silva Pinheiro

Júlia Duarte Aguiar


Rominycke Muller

Vitória
Físico Química Experimental – QUI 02370

2019

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Físico Química Experimental – QUI 02370

1. Introdução

Fase de uma substância é uma forma da matéria que é homogênea no que se


refere a composição química e ao estado físico. Assim, temos as fases sólidas,
líquidas e gasosa de uma substância e suas diversas fases sólidas. [1]

A matéria condensada é o campo que relata as propriedades físicas da matéria.


Singularizando, é a que se ocupa com a fase "condensada" que aparece sempre que
o número de constituintes de um sistema. É extremamente grande e as interações
entre os constituintes são fortes. Os exemplos mais triviais de fases condensadas são
o sólidos e líquidos, que se originam da força elétrica entre os átomos. No que se
refere a fases condensadas mais exóticas incluem o superfluído e o condensado de
Bose-Einstein descobertos em certos sistemas atômicos sob temperaturas muito
baixas, a fase supercondutora caracterizada pela condução elétrica em certos
materiais, e as fases ferromagnéticas e antiferromagnéticas do spin em um sistema
cristalino.[2]
A massa específica é representada pela letra (𝜌), pode ser aplicada em líquidos
ou sólidos, é uma propriedade intensiva (isto é ela não depende da massa ou da
quantidade de matéria que constitui um sistema) de uma substância ou de um corpo
qualquer, que se define como a razão entre a massa da substância pelo volume que
a mesma ocupa, de acordo com a seguinte equação: [3]
𝑚
𝜌= (1)
𝑉

No SI as unidades de massa específica são kg/m 3. Para sólidos, líquidos e


gases continuamente usam-se respectivamente: g/cm3, g/mL e g/L.

Analogamente se o volume é proporcional a massa da amostra, a constante de


proporcionalidade que surge é denominada volume específico (𝑣), de acordo com a
𝑉
seguinte equação: [3] 𝑣 = 𝑚 (2)

O volume específico é o inverso da massa específica

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𝑣 = 𝜌 (3)

Para quantificar a massa especifica de um corpo, ou de uma substancia, é


necessário medir a massa e o volume ocupado por esse corpo ou por essa substancia,

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numa dada temperatura e pressão. Os métodos utilizados podem ser: método


picnométrico, método do empuxo ou método do volume exato. [3]
O método picnométrico se baseia na utilização de um picnômetro representado
na figura 1, que é um frasco de massa e volume determinados com exatidão, e
possuindo um gargalo capilar, no qual pode ser completamente cheio com um líquido
e, assim, sabendo-se a massa do picnômetro vazio, a massa dele cheio e o volume
ocupado a uma dada temperatura, é possível obter a massa específica. Vale ressaltar
que, esta é considerada alta precisão, tendo em vista que o cálculo do volume é feito
pela medida direta da massa de líquido que ocupa o frasco. [4]

Figura 1: Picnômetro
Para a quantificação da massa da massa específica de um líquido, preenche-
se o volume total do picnômetro, permutando com o líquido em estudo e o líquido
padrão. No qual o calculo do volume do picnômetroé baseado na seguinte equação:
[3]

𝑚𝑎𝑔𝑢𝑎
𝑉= (4)
𝜌𝑎𝑔𝑢𝑎

Na qual a massa da água (mágua) é obtida pela diferença da massa do


picnômetro cheio de água e do picnômetro vazio no qual denominamos de (𝑚𝑖 ) .
Para se calcular a massa específica das soluções deve-se considerar o
empuxo do ar, cuja equação está representada pela equação: Determinar a
massa específica de soluções líquidas utilizando o método do picnômetro . [3]

𝑚𝑖
𝜌=( ) × (𝜌á𝑔𝑢𝑎 − 𝜌𝑎𝑟 ) + 𝜌𝑎𝑟 (5)
𝑚𝑎𝑔𝑢𝑎

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A prática experimental teve como objetivo encontrar a massa específica de


soluções de acetona e cloreto de sódio utilizando o método do picnometro, e por
conseguinte calcular a fração em mol das mesmas.

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2. Procedimento experimental

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3. Resultados e Discussão

3.1 Determinação do volume do Picnometro

Primeiramente realizou-se a calibração do picnometro, no qual encheu-se o


mesmo com água e mediu-se sua massa. Posteriormente mediu-se a massa do
mesmo vazio e a massa contendo água destilada, com o intuito de encontrar a massa
de água destilada contida no picnomêtro, baseada na seguinte equação:

𝑚á𝑔𝑢𝑎 = 𝑚𝑃𝑖𝑐𝑛𝑜𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜𝐶ℎ𝑒𝑖𝑜 – 𝑚𝑃𝑖𝑐𝑛𝑜𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜𝑉𝑎𝑧𝑖𝑜 (6)

A massa encontrada do picnometro vazio foi:

𝑚𝑃𝑖𝑐𝑛𝑜𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜𝑉𝑎𝑧𝑖𝑜 1 = 13,34 𝑔

A partir da equação (6) é possível encontrar o volume real do picnômetro, pois


o volume de água ocupada representa o volume do picnômetro, portanto a equação
(2) fica:
𝑚á𝑔𝑢𝑎
𝜌á𝑔𝑢𝑎 = 𝑉 (7)
𝑝𝑖𝑐𝑛ô𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜

Reorganizando a equação, tem-se:


𝑚á𝑔𝑢𝑎
𝑉𝑝𝑖𝑐𝑛ô𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 = 𝜌á𝑔𝑢𝑎
(8)

Na literatura podemos encontrar o valor de ρ, uma vez que o mesmo


corresponde a massa específica da água a determinada temperatura literatura [3].

Como a temperatura do laboratório foi registrada em 23 °C, temos uma massa


específica no valor de 0,9975 g.cm-3. [5]
Na tabela abaixo pode se encontrar os valores para as massas de água de
ambos os instrumentos estão dispostos nas tabelas 1 e 2, assim como os valores
obtidos para os volumes dos mesmos, de acordo com as equações 6 e 8.

Tabela 1: Dados de massa obtidos e resultados para o picnômetro 1.

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mpicnômetrovazio /g mpicnômetrocheio /g mágua /g mágua /g Vpicnômetro /mL


(média)
13,336 25,660g 11,229
25,675g

25,623g

4. Conclusão

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5. Referências bibliográficas

[1] ATKINS, P.W. Físico-Química; vol. 1, 8ª ed. Rio de Janeiro, LTC Editora,
2008.

[2] P.M. Chaikin e T.C. Lubensky, Principles of condensed matter physics,


1995.

[3] MESQUITA, A. F; NASCIMENTO, K. S. Físico-Química Experimental.


Vitória: Universidade Federal do Espírito Santo, Núcleo de Educação Aberta e a
Distância, 2013.

[4] MIRANDA-PINTO, C. O. B; SOUZA, E. Manual de Trabalhos Práticos de


Físico-Química. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2006. p. 24,25, 37, 38 e 39.

[5] Handbook of Chemistry and Physics, CRC press, Ed 64)

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