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RESUMO: A fluidização tem como finalidade a mistura intensa entre a fase fluida e a
fase particulada, o que resulta em elevadas taxas de transferência de calor e de massa. O
objetivo do estudo é um maior entendimento do funcionamento de um leito poroso, bem
como suas características de escoamento. Utilizando um leito com 4650g de partículas
(pedras), foi anotado a perda de carga para cada vazão (partindo de 1 L/min) no leito
pelo desnível no manômetro MU1 (Δh) com intervalo de 0,5 L/min. Quando atingiu a
vazão máxima, anotou-se o limite e iniciou-se o processo de diminuição da vazão nos
mesmos intervalos até zerar a vazão. A partir dos resultados conclui-se que quanto
maior a vazão, maior será a queda de pressão experimental. Para baixas vazões a
permeabilidade empírica e teórica nos gerou um erro de aproximadamente 87%, e para
as altas vazões um erro de aproximadamente de 162%, isso pode ser explicado por
conta dos valores obtidos serem extremamente baixos, sendo assim, qualquer variação
poderá ter um erro significativo.
1. INTRODUÇÃO
Quando se trata de fluidização com fluido líquido geralmente apresenta uma fluidização
homogênea, já a que o fluido é um gás temos um regime heterogêneo. De maneira geral pode-se
diferenciá-las quanto a uniformidade da matriz porosa, a fluidização homogênea apresenta
distribuição uniforme de concentração de partículas no leito, já na fluidização heterogênea a matriz
porosa é caracterizada pela não uniformidade (CREMASCO, 2018).
Devido a larga aplicação na indústria, o escoamento em leitos porosos tem grande
visibilidade no âmbito da engenharia. Dentro da engenharia química são conhecidas as operações
unitárias que se baseiam no princípio de escoamento de fluidos em meios porosos, podendo citar a
filtração, adsorção, membranas, secagem, aglomeração de pós, revestimento de partículas,
aquecimento e resfriamento de sólidos, além de processos como a síntese e reações catalíticas,
regeneração catalítica, combustão e gaseificação de carvão entre outros (MAIA, 2018).
As vantagens desta aplicação são devido ao transporte do fluido através do meio, onde, de
forma geral, com a movimentação do fluido no meio a área superficial do sólido poroso fica
disponível para interações com o fluido facilitando a transferência de calor e massa, proporcionando
um aumento nos coeficientes térmicos e de difusão. Além disso, a agitação entre a partícula e o
fluido do meio provoca uma mistura mais efetiva. Como consequência disso, estes equipamentos
aumentam o desempenho nos processos e proporcionam uma maior eficiência através do contato
íntimo das fases. Em relação às desvantagens podemos citar as dificuldades associadas aos
problemas de: abrasão, decorrente da interação do material sólido com os internos do leito; arraste,
e eventual perda de material mais fino do processo, necessitando de equipamentos para retenção do
particulado como ciclones, filtros e outros; e a perda de carga, ocasionando elevado consumo de
energia para transporte do fluido (MAIA, 2018).
O presente estudo tem como objetivo um maior entendimento do funcionamento de uma
leito poroso bem como suas características de escoamento, a partir da observação do experimento
gravado no laboratório de operações unitárias da UDESC com o intuito de determinar a
permeabilidade do meio porosos através da relação existente entre a perda de carga e a velocidade
de um fluido escoando por uma coluna de leito fixo.
2. METODOLOGIA
Para o experimento foi utilizado um leito com 4650g de partículas (pedras) com diâmetro
entre 3,34 e 4,75 mm. A porosidade inicial do leito é de 0,407. A densidade do sólido é 2,4 g/cm³. A
altura do leito é 74 cm. Os valores obtidos para os cálculos foram analisados visualmente através de
um vídeo online do experimento.
Iniciou-se o experimento ligando a bomba e abrindo as válvulas VB1 e VB3.
Posteriormente com o auxílio da válvula VR, aumentou-se lentamente a vazão em intervalos de 0,5
L/min controlando a vazão do fluido. Foi anotado a perda de carga para cada vazão (partindo de 1
L/min) no leito pelo desnível no manômetro MU1 (Δh), sendo MU1 uma solução em clorofórmio.
Quando foi atingido a vazão máxima, anotou-se o limite da perda de carga e iniciou-se o
processo de diminuição da vazão, também em intervalos de 0,5 L/min fazendo a leitura e
registrando a perda de carga do manômetro até zerar a vazão (VR fechada). Após, foi fechado as
válvulas VB1 e VB3 e foi desligada a bomba.
𝑄
𝑞= 𝐴
(1)
Onde a área de seção transversal (A) foi calculada pela seguinte fórmula:
𝐴 = π × 𝑟² (2)
Com esses valores plotou-se um gráfico da queda de pressão experimental (ΔP/L) versus a
velocidade superficial de escoamento (q).
A partir da análise dos gráficos calculou-se a permeabilidade (K) para as baixas vazões e
as altas vazões.
Encontradas as baixas vazões foi utilizado a Lei de Darcy para o cálculo do valor empírico,
e a correlação de Carman-Kozeny para o cálculo do valor teórico, ambas equações (4,5) descritas
abaixo.
ε³×(𝐷𝑝×ϕ)²
𝐾𝑒𝑚𝑝𝑖𝑟𝑖𝑐𝑜 =
µ
α
(4) ; 𝐾𝑡𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑜 = 36×β×(1−ε)²
(5)
O erro foi calculado pela equação 6 subscrita abaixo assumindo valor empírico (Equação
4) como verdadeiro.
(𝐾𝑡𝑒𝑜𝑟𝑖𝑐𝑜 − 𝐾𝑒𝑚𝑝𝑖𝑟𝑖𝑐𝑜)
𝐸𝑟𝑟𝑜 = 𝐾𝑒𝑚𝑝𝑖𝑟𝑖𝑐𝑜
× 100% (6)
Após observados os pontos de alta vazão, com o auxílio da Equação de Forchheimer (7,8)
para cálculo do valor empírico, e a Equação de Ergun (9,10) para cálculo do valor teórico, foi
encontrado valores para a permeabilidade (K) e o parâmetro C.
µ 𝑏× 𝐾
𝐾𝑒𝑚𝑝𝑖𝑟𝑖𝑐𝑜 = 𝑎
(7) ; 𝐶𝑒𝑚𝑝𝑖𝑟𝑖𝑐𝑜 = ρ
(8)
𝐷𝑝²×ε³ 1,75×(1−ε)
𝐾𝑡𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑜 = 150(1−ε)²
(9) ; 𝐶𝑡𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑜 = 𝐷𝑝×ε³
(10)
O erro de ambos (K,C) foi calculado pela equação 6 já subscrita assumindo o valor
empírico sempre como verdadeiro.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
4. CONCLUSÃO
Para a situação de histerese no gráfico conclui-se que não há. Muitos autores que estudam
este mesmo mecanismo de fluidização consideram que não há histerese se a diferença entre as
curvas ficou muito pequena. Podemos observar na figura um que em certo ponto ocorre o
distanciamento das retas, por este motivo considera-se que há presença de histerese.
Por fim conclui-se que o objetivo do estudo foi atingido pois foi possível determinar a
permeabilidade do leito bem como a observação da diferença do escoamento com a variação da
vazão.
5. REFERÊNCIAS
6. APÊNDICES
6.1 Simbologia
Q= Vazão;
A= Área;
q= Velocidade Superficial;
r= Raio;
Δ𝑃= Perda de carga;
ρ𝑐𝑙𝑜𝑟𝑜𝑓ó𝑟𝑚𝑖𝑜= densidade clorofórmio;
ρá𝑔𝑢𝑎= densidade água;
g= gravidade;
Δℎ= Desnível no manômetro;
µ= Viscosidade;
α= Coeficiente Angular;
ε= Porosidade;
𝐷𝑝= Diâmetro de Partícula;
ϕ= esfericidade;
L= Altura do Leito;
b=efeitos cinéticos;
BAIXA VAZÃO
Darcy K 5,52696E-09
Carman-Kozeny K 1,03328E-08
Erro K 87%
ALTA VAZÃO
C 0,536459328
C 0,550301638
Erro K 162%
C 3%
Darcy K 5,52696E-09
Carman-Kozeny K 7,04491E-09
Erro K 27%
ALTA VAZÃO
C 0,536459328
C 0,45438998
Erro K 78%
C -15%
BAIXA VAZÃO
Darcy K 5,52696E-09
Carman-Kozeny K 1,03328E-08
Erro K 87%
ALTA VAZÃO
C 0,536459328
C 0,550301638
Erro K 162%
C 3%
BAIXA VAZÃO
Darcy K 5,52696E-09
Carman-Kozeny K 1,42485E-08
Erro K 158%
ALTA VAZÃO
C 0,536459328
C 0,646213295
Erro K 261%
C 20%