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Transporte I
FT I – 06
Introdução aos Fluidos em
Movimento (Cinemática dos fluidos)
Atenção: Estas notas destinam-se exclusivamente a servir como roteiro de estudo. Figuras e
tabelas de outras fontes foram reproduzidas estritamente com fins didáticos.
Objetivos
2
Introdução
3
Figura 1 – Possível classificação do escoamento
4
Regimes ou movimentos transiente e permanente
V p
0 0 0
t t t
V p
0 0 0
t t t
5
Um exemplo prático é o escoamento
em um reservatório, conforme
apresentado na Figura 2:
(a)
(b)
Figura 3(a, b) – Reservatório de grande dimensão
7
Já, a Figura 4(a, b) mostra um reservatório em que a seção transversal
é relativamente pequena devido à descarga do fluido. Isso faz com
que o nível varie sensivelmente com o passar do tempo, havendo uma
variação significativa da configuração do sistema, caracterizando um
regime transiente ou variado.
(a)
(b)
a) Laminar;
b) Turbulento
c) Visualização da condição (b) com faísca elétrica
9
Após investigações experimentais e teóricas, Reynolds concluiu que o critério
mais apropriado para classificar o tipo de escoamento de um fluido líquido se
resume à expressão (1):
V D VD sendo:
Re (1) V = velocidade média do fluido
D = diâmetro interno do tubo
μ = viscosidade dinâmica do fluido
ρ = massa específica do fluido
ʋ = viscosidade cinemática do fluido
Re Movimento
< 2.300 Laminar
2.300 < Re < 4.000 Transição
Laminar
> 4.000 Turbulento
Transição
Turbulento
11
Trajetória
Figura 9 – Trajetória
Uma visualização da trajetória será obtida por meio de uma fotografia, com
tempo de exposição, de um flutuante colorido colocado num fluido em
movimento.
12
Linha de corrente
LC
Instante t
Descrição Lagrangiana
15
Descrição Euleriana
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Velocidade e aceleração no escoamento dos fluidos
O vetor velocidade pode ser escrito em termos dos seus três componentes
escalares. Denotando os componentes nas direções x, y e z por Vx, Vy e Vz ,
segue-se que:
17
Para regime permanente, a velocidade e suas componentes escalares não
serão função do tempo, sendo somente funções do ponto.
(4)
Aceleração
A aceleração de uma partícula de um
fluido é encontrada considerando-se
uma partícula específica (Figura 12).
18
19
mas:
(6)
20
As equações em coordenadas cartesianas ficarão, segundo suas
componentes em regime permanente:
21
No caso de fluido em regime transiente, deve-se considerar, em
relação às equações anteriores, a variação do tempo:
v x v x v x v x
ax vx vy vz
x y z t
v y v y v y v y
ay vx vy vz
x y z t (8)
v z v z v z v z
az vx vy vz
x y z t
22
Exemplo 01:
Num escoamento no plano Oxy, o campo de velocidades é dado por Vx = 2xt
e Vy = y2t. Determinar a aceleração no ponto P = (1,2), no instante t = 5s
(medidas em cm).
O movimento é transiente, pois Vx e Vy são funções do tempo.
Solução:
Vx 2 xt e Vy y 2 t
ax 2t(2xt)
0( y 2 t) 0 2 x
a x 2x 4 xt 2 23
Vy Vy Vy Vy
ay Vx Vy Vz
x y z t
a y (0)2xt 2 yt y 2 t y 2
a y 2 y3 t 2 y 2
No instante t 5s e P (1,2)
a x 2 x 4 xt 2
a x 21 41(5) 2 102
a y 2 y3t 2 y 2
a y 22 5 2 404
3 2 2
24
Proposto:
Num escoamento no plano Oxy, o campo de velocidades é dado por Vx = 3x2t e
Vy = 2y2t. Determinar a aceleração no ponto P = (1,2), no instante t = 5s
(medidas em cm).
O movimento é variado (transiente), pois Vx e Vy são funções do tempo.
Vazão em volume, Q
Suponha uma torneira aberta e seja colocado um recipiente embaixo dela e
simultaneamente seja disparado o cronômetro (Figura 13). Admita-se que o
recipiente encha em 10s. Pode-se então dizer que a torneira enche 20 L em
10s ou que a vazão em volume da torneira é 20L/10s = 2 L/s.
V
Q (9)
t
m3 L m3 L
; ; ;
s s h min
Figura 13 – Esquema para medição de vazão
26
Vazão em massa, ṁ
É a massa do fluido que escoa num determinado intervalo de tempo.
kg g kg g
(10) s ; s ; h ; min
Vazão em peso, G
É a vazão em massa multiplicada pela aceleração da gravidade.
N dina N dina
(11)
s ; s ; h ; min
27
Velocidade média na seção
28
Existe uma relação importante entre a vazão em volume e a velocidade do
fluido, a qual é apresentada na expressão (15).
V s.A (12)
Q = = = V.A
t t
29
Adotando um dA qualquer no entorno de um ponto em que a velocidade
genérica é V, como mostra a Figura (15), tem-se:
dQ VdA
Q VdA
A
(13)
30
Define-se velocidade média na seção como uma velocidade uniforme que,
substituída no lugar da velocidade real, reproduz a mesma vazão na seção.
Logo:
Q VdA Vm A
A
(14)
1
Vm
AA VdA (18)
r2
V Vmáx 1 2
R
1 Q Vm A
Vm
AA VdA
A R 2 ; dA 2π rdr
32
1
R
r2 R2 R4
2 máx
Vm V 1 2 2π rdr Vm 2Vmáx 2
π R 0 4
R 2R 4R
2Vmáx r2
R
Vm 2
R 0 1 2 rdr
R
Vmáx
R Vm
2Vmáx r2
r 4
2
Vm 2
R 2 4R 2 0
2Vmáx R 2 R4 Q Vm A
Vm 2
R 2 4R 2
Vmáx π R 2
Q
2
33
Exemplo 03:
Para escoamento turbulento em tubos a velocidade é dada pela
seguinte expressão:
1/7
r
V Vmáx 1
R
Solução:
Equações básicas:
1
Vm
AA VdA A R 2 ; dA 2π rdr
Q Vm A 34
1/7
r
R
1
2 máx
Vm V 1 2π rdr
π R 0 R
1/7
2Vmáx r
R
Vm
R 0
2 1 rdr
R
r para r 0 ; u 1 r R 1 u
u 1 ;
R para r R ; u 0 dr Rdu
0
u R 1 u Rdu
2Vmáx 1/7
Vm 2
R 1
2Vmáx R 2 1/7
0 0
Vm u 1 u du 2Vmáx u 1/7
u 8/7
du
R 2
1 1
35
0 1/7 0
Vm 2Vmáx u du 1 u du
8/7
1
7 8/7 0 7 15/7
0
Vm 2Vmáx u u
8 1 15 1
7 7
Vm 2Vmáx
8 15
105 56 49
Vm 2Vmáx 2Vmáx
120 120
49 49π R 2
Vm
60
Vmáx Q Vm A Q Vmáx
60
36
Proposto 01:
Determinar a velocidade média e a vazão em volume de um fluido escoando
em um canal de largura b e altura h.
Resposta: Vm = 2/3Vmáx e Q = 2/3Vmáx bh
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Proposto 02:
Determinar a velocidade média e a vazão em volume de um fluido
escoando em um duto circular de raio R, com perfil cônico de
velocidades.
Resposta: Vm = 1/3Vmáx e Q = 1/3Vmáx R2
r
v vmáx 1
R
38
Proposto 03:
Determinar a velocidade média e a vazão em volume de um fluido
escoando entre placas planas e paralelas distanciadas de 2h.
Resposta: Vm = 2/3Vmáx e Q = 4/3Vmáx bh
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