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Oque é estrutura?

No caso das edificações, a


estrutura é também um conjunto
de elementos – lajes (1), vigas (2),
pilares (3) e fundações (4) – que
se inter-relacionam – laje
apoiando em viga, viga apoiando
em pilar – para desempenhar uma
função: criar um espaço em que
pessoas exercerão diversas
atividades.
Qual a função da estrutura?

No decorrer da evolução da tecnologia da construção, algo que tem


permanecido constante é a presença permanente de algum tipo de
sistema estrutural capaz de suportar as forças da gravidade, do vento e,
com frequência, dos terremotos.
Qual a função da estrutura?

Os sistemas estruturais podem ser


definidos como conjuntos estáveis
de elementos projetados e
construídos para agir como um
todo no suporte e na transmissão
seguros de cargas aplicadas ao
solo, sem exceder os esforços
permissíveis dos componentes.
Estrutura - caminho das forças

O caminho natural que as forças


gravitacionais, ou seja o peso dos
objetos e das pessoas, tendem a
tomar é o da vertical. Se for
oferecido um caminho mais longo,
as forças obrigatoriamente terão
que percorrê-lo provocando
esforços que solicitarão os
elementos presente nesse
caminho.
Estrutura - caminho das forças

Uma estrutura com muitos


caminhos tende a tê-los mais
estreitos.

Já as com poucos caminhos


sofrem um maior acúmulo de
forças em cada um, obrigando- os
a serem mais largos.
Estrutura - caminho das forças
Estrutura - caminho das forças
Estrutura - caminho das forças
Estrutura - caminho das forças
Estrutura - caminho das forças
Estrada 01?

Cidade A Cidade B
Estrada 02?

Bela paisagem
Qual a melhor solução estrutural? Melhor em relação a quê? A
mais fácil de construir? A mais bonita? A mais econômica?
Quemconcebe a estrutura?
Conceber uma estrutura é ter consciência
da possibilidade da sua existência.

É perceber a sua relação com o espaço


gerado.

Não se pode conceber uma forma sem se


conceber automaticamente uma
estrutura e vice-versa.
Quemconcebe a estrutura?
Conceber uma estrutura é ter consciência da possibilidade da sua
existência.
É perceber a sua relação com o espaço gerado.

Não se pode conceber uma forma sem se conceber automaticamente uma


estrutura e vice-versa.

A FORMA E A ESTRUTURA NASCEM JUNTAS.

O CÁLCULO EXISTE PARA COMPROVAR E CORRIGIR O QUE SE INTUIU.


Geometria dos elementos estruturais

Pode-se concluir que não é só a


resistência do material que
garante a um elemento estrutural
a capacidade de suportar cargas.

Sua forma é muitas vezes mais


determinante da sua resistência
do que a própria resistência do
material.
Geometria dos elementos estruturais
Geometria dos elementos estruturais

Quanto às suas relações geométricas, os elementos estruturais podem ser


classificados em três tipos básicos :

• Bloco As três
dimensões
apresentam
a mesma
ordem de
grandeza
Geometria dos elementos estruturais

• Barra Uma de suas


dimensões, o
comprimento,
predomina em
relação às outras
duas, largura e
altura da secção
transversal.
Geometria dos elementos estruturais

• Lâmina Duas de suas


dimensões, o
comprimento e a
largura, prevalecem
em relação à
terceira, a
espessura.
Forças que atuamnas estruturas

CONCEITO DE DIREÇÃO E SENTIDO

• Direção Ex. Rota de voo São Paulo – Rio de Janeiro

• Sentido De São Paulo para Rio de Janeiro


De Rio de Janeiro para São Paulo
Forças que atuamnas estruturas

CONCEITO FORÇA

Sempre que um corpo com uma


determinada massa, estiver em repouso
e iniciar um movimento ou ainda quando
já em movimento retilíneo, com
velocidade constante, tiver sua
velocidade e/ou sua direção alterada,
diz-se que foi aplicada uma força
Forças que atuamnas estruturas

As forças externas que atuam nas estruturas são denominadas


cargas.

Cargas permanente – Ocorrem ao longo de toda a vida útil.

Cargas acidentais – Ocorrem eventualmente.


CARGASPERMANENTES

As cargas permanentes são devidas exclusivamente a forças gravitacionais, ou


pesos.

Ex.: O peso da própria estrutura


O peso dos revestimentos de pisos
O peso das paredes
O peso de revestimentos especiais
CARGASACIDENTAIS

As cargas acidentais podem variar com o tipo de edificação. São definidas


pelas normas NBR 6120 e NBR 6125.

Ex. O peso das pessoas


O peso do mobiliário.
O peso de veículo
A força de frenagem (freio dos carros)
CARGASACIDENTAIS
Ex. A força dos ventos (é uma força horizontal, que depende da região, das
dimensões verticais da edificação. O peso de móveis especiais, como cofre.

Obs. O efeito da chuva como carregamento, apesar de acidental, é levado em


consideração em conta no peso das telhas e dos revestimentos, já que são
sempre considerados encharcados.
GEOMETRIADASCARGAS
A distribuição de cargas sobre uma estrutura pode ser diferente de um ponto
para outro.

As cargas podem atuar de maneira uniforme sobre a estrutura ou variar de


intensidade de ponto a ponto.

Cargas com mesma intensidade Cargas uniformes


ao longo do elemento estrutural

Cargas que variam Cargas variáveis


GEOMETRIADASCARGAS
Quanto a geometria, as cargas podem ser:

1. Distribuídas sobre uma área Cargas superficiais

Ex. peso próprio da laje


peso próprio de revestimento de piso
peso de um líquido sobre o fundo do seu recipiente

As cargas acidentais são definidas por norma.


Ex. cargas acidentais sobre pisos residenciais (pessoas, móveis,
etc) = 150 kgf/m²
sobre pisos de escritório = 200 kgf/m²
sobre pisos de lojas = 400 kgf/m²
GEOMETRIADASCARGAS
Quanto a geometria, as cargas podem ser:

2. Distribuídas sobre uma linha Cargas lineares

Ex. peso próprio de uma


viga
peso de uma parede
sobre uma viga ou uma
placa
cargas depositadas
por uma laje sobre as
vigas
GEOMETRIADASCARGAS
Quanto a geometria, as cargas podem ser:

3. Localizadas em um ponto Cargas pontuais ou concentradas

Ex. uma viga apoiada


sobre outra
peso próprio de um
pilar
um pilar que nasce
numa viga ou em uma
placa.
TENSÃO
O aço é um material mais resistente que o algodão. E um fio de aço é mais
resistente do que um fio de algodão?

A resistência de um elemento estrutural depende da relação entre a força


aplicada e a quantidade de um material sobre a qual a força age.

Tensão = quantidade de força que atua em uma unidade de área do


material
TENSÃO
1. Força aplicada perpendicularmente à superfície resistente
Tensão normal

2. Força aplicada paralela, ou melhor, tangente à superfície resistente


Tensão de cisalhamento
TENSÃO
É importante distinguir que tipo de tensão está ocorrendo em determinado
elemento estrutural, pois os materiais apresentam capacidades diferentes,
conforme sejam solicitados por um ou outro tipo de tensão.

Tensões admissíveis – é o regime de segurança, e as tensões estão abaixo do


limite da resistência. Nenhuma estrutura trabalha dentro dos seus limites de
resistência.
TENSÃO

Deformação – Todo material, quando submetido a tensão, apresenta um


deslocamento nas suas moléculas denominado deformação.

Quanto mais solicitado o material, mais ele se deforma.

A deformabilidade visível dos materiais estruturais é uma característica


desejável, pois podem avisar sobre problemas na estrutura.
TENSÃO
1. Enquanto as deformações forem proporcionais às forças aplicadas
Regime elástico

2. Se força aplicada atingir valores acima de um determinado limite, pode-


se notar que o material, não apresenta mais deformações proporcionais
ao aumento de força
Regime plástico

3. Ao final do regime elástico, com o aumento de força, temos a ruptura.

Alguns materiais apresentam, na passagem do regime elástico para o plástico,


um grande aumento na deformação sem aumento da intensidade da força
denominado escoamento do material
GRÁFICOSTENSÃOXDEFORMAÇÃO
EQUILÍBRIODASESTRUTURAS
Diz-se que um objeto está em equilíbrio quando não há alteração no estado
das forças que atuam sobre ele.

Equilíbrio dinâmico – o objeto desloca em velocidade constante e em trajeto


retilíneo.

Equilíbrio estático – não há movimento do objeto.

Equilíbrio estático da estrutura –


Externamente pelo equilíbrio nos seus vínculos (apoios ou ligações entre as
partes)
Internamente pelo equilíbrio das forças que ocorrem dentro das suas secções.
EQUILÍBRIOESTÁTICOEXTERNO
Uma maneira de evitar
que a barra desloque na
vertical é a criação de um
dispositivo que exerça
força contrária à força
peso, equilibrando-a.

Para evitar o movimento


horizontal, pode ser
colocado um suporte ou
uma trava.
EQUILÍBRIOESTÁTICOEXTERNO
Para um elemento estrutural estar
em equilíbrio estático no seu plano,
é condição necessária que ele não
desloque na vertical, horizonta nem
gire.

Ao acrescentar mais um suporte,


haverá um aumento nas condições
iniciais de equilíbrio. A barra estará
acima das condições mínimas
necessárias para que ele ocorra.
EQUILÍBRIOESTÁTICOEXTERNO
1. Uma estrutura que se encontra em condições mínimas necessária de
estabilidade Isostática

2. Quando as condições estão acima das mínimas


Hiperestática

3. Quando as condições estiverem abaixo das mínimas


Hipostática
EQUILÍBRIOESTÁTICOEXTERNO
Para identificar se uma estrutura é hipo, iso ou hiperestática de analisar suas
possibilidades de movimento quando submetida a quaisquer condições de
carregamento.

Verifica-se em direções os vínculos (que ligam os elementos da estrutura)


permitem movimentos.

Ex. de vínculos: a ligação de entre uma laje e uma viga


uma viga e um pilar
uma viga com outra viga
entre barras que formam uma malha estrutural
EQUILÍBRIOESTÁTICOEXTERNO
Os vínculos podem ou não permitir movimentos relativos entre os elementos
por eles unidos.

1. Vínculo que permite giro e deslocamento relativos


Vínculo articulado móvel

2. Vínculo que permite apenas o giro


Vínculo articulado fixo

3. Vínculo que impede o giro e os deslocamentos


Vínculo engastado
EQUILÍBRIOESTÁTICOEXTERNO
EQUILÍBRIOESTÁTICOEXTERNO
Articulação móvel da ponte ferroviária Zarate Brazo Largo I sobre o rio Paraná de las Palmas, na Argentina, 1978
EQUILÍBRIOESTÁTICOEXTERNO
Articulação móvel da ponte Millennium, sobre o rio Tâmisa, em Londres, inaugurada em 2000
EQUILÍBRIOESTÁTICOEXTERNO
Articulações fixas da ponte ferroviária Zarate Brazo Largo I sobre o rio Paraná de las Palmas, na Argentina, de 1978.
EQUILÍBRIOESTÁTICOEXTERNO
Articulação fixa da Estação Mapocho, hoje um centro cultural, em Santiago, Chile, 1912
EQUILÍBRIOESTÁTICOEXTERNO
Engastamento natural - Postes de iluminação da CN Tower (553m) – em Toronto, Canadá, de
Palmeira do jardim da Escola Escola Politécnica USP 1976
Politécnica USP
EQUILÍBRIOESTÁTICOEXTERNO
A opção por um ou outro tipo de vínculo depende do modelo físico
idealizado para o comportamento da estrutura.
Quando se quer que as
dilatações térmicas de uma
viga não influenciem os
pilares sobre os quais ela se
apoia, projeta-se um vínculo
articulado móvel em um dos
pilares de apoio da viga, de
maneira que ela possa
dilatar livremente sem
aplicar uma força horizontal
ao pilar
EQUILÍBRIOESTÁTICOEXTERNO
EQUILÍBRIOESTÁTICOEXTERNO
EQUILÍBRIOESTÁTICOEXTERNO

Uma estrutura hiperestática é sempre menos solicitada do que uma


estrutura isostática, resultando em estruturas com menor consumo de
material.
EQUILÍBRIOESTÁTICOEXTERNO
As estruturas hiperestáticas são estruturas com um grau de segurança
maior.

As estruturas isostáticas são estruturas mais fáceis de serem executadas,


uma solução bastante usada nas estruturas pré fabricadas.
A não continuidade das peças lhes permite que possam dilata-se ou retrair-
se livremente, sem afetar outras partes da estrutura.
EQUILÍBRIOESTÁTICOINTERNO
Mesmo uma estrutura com grande grau de estabilidade, pode perder sua
estabilidade se o material da qual é composta, não for capaz de reagir às
tensões internas, rompendo-se e perdendo o equilíbrio interno.

Semelhante ao equilíbrio externo, para que ocorra equilíbrio interno, é


necessário que as seções que compõem o elemento estrutural não se
desloquem na horizontal, na vertical e não girem.

A ruptura de um elemento estrutural da-se pela perda do equilíbrio interno.


TRAÇÃOSIMPLESOUAXIAL
Se uma barra, quando submetida a forças externas, sofre um aumento no
seu tamanho, na direção do seu eixo, e se esse aumento ocorre de forma
uniforme, pode-se concluir que internamente a barra está sujeita a uma
força atuando de dentro para fora. A esta força dá-se o nome de tração
simples ou axial.
COMPRESSÃOSIMPLESOUAXIAL
Se uma barra, quando submetida a forças externas, sofre uma diminuição
no seu tamanho, na direção do seu eixo, e se esse aumento ocorre de
forma uniforme, pode-se concluir que internamente a barra está sujeita a
uma força atuando de dentro para fora. A esta força dá-se o nome de
compressão simples ou axial.
COMPRESSÃOSIMPLESOUAXIAL
FLAMBAGEM
No caso da compressão axial, antes que seja atingida a tensão de ruptura à
compressão do material, pode ocorrer a perda de estabilidade da peça. A
este fenômeno dá-se o nome de flambagem.
FORÇACORTANTE
Suponha-se a viga apoiada em seus extremos e recebendo uma força aplicada
perpendicularmente ao seu eixo. Se fosse cortada em qualquer posição, as duas partes
cortadas perderiam o equilíbrio e girariam em relação aos apoios.

A força cortante ocorre paralela às seções da barra, assemelham-se por


aquelas provocadas por uma faca quando corta um objeto.
MOMENTOFLETOR
A figura mostra um disco fixado no seu centro, tendo, na extremidade de um dos seus
raios, uma carga pendurada por um cabo. Se esse disco for colocado em uma posição em
que o cabo que sustenta a carga não estiver alinhado com o centro, ele irá girar até que
ocorra o equilíbrio. A esse giro dá-se o nome de momento.
MOMENTOFLETOR
A figura mostra uma barra sobre dois suportes, no meio da qual é aplicada uma força
perpendicular ao seu eixo.
Assim que solicitada, a barra deforma-se e o seu eixo, que antes era reto, passa a ter a
forma de uma parábola. O modelo mostra-se que, ao sofrer a deformação, todas as
seções da barra, que inicialmente eram paralelas, giram em relação aos eixos
horizontais que passam pelos seus centros de gravidade.
MOMENTOFLETOR
As seções próximas ao centro giram mais que aquelas próximas aos apoios.

As deformações que ocorrem ao longo do eixo da barra, tornando-o curvo, são


denominadas flechas.
Portanto, o momento que ocorre na barra além de provocar giros nas suas seções,
também provoca flecha no seu eixo, tratando-se então de um momento fletor.
MOMENTOTORÇOR
Quando ocorre momento torçor numa barra ocorre giro das suas seções
mas, diferentemente do momento fletor, no caso do momento torçor as
seções giram, com o eixo da barra mantendo-se reto, não apresentando
flechas.
Tipos de fundações
Tipos de fundações
Tipos de fundações
Tipos de fundações
Tipos de fundações
Tipos de fundações
Tipos de fundações
Tipos de fundações
Tipos de fundações
Tipos de fundações
Tipos de fundações
Tipos de fundações
Tipos de fundações
Tipos de fundações
Tipos de fundações
Tipos de fundações
Tipos de fundações
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