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Quando alguém anda por uma rua reta e de repente entra numa de suas
travessas, o caminho que essa pessoa percorre muda bruscamente de direção.
Se por outro lado, a rua pela qual a pessoa caminha tiver uma curva, ao percorrer
esta curva, a partir do seu início e em cada ponto da curva a pessoa também
estará mudando de direção. No caso anterior quando se entra numa travessa à
mudança de direção, apesar de brusca, ocorre apenas uma vez, enquanto no
caso da curva ocorrem muitas mudanças de direções.
É sabido que para se garantir que um objeto esteja em movimento é
necessário que esse movimento seja relacionado a um referencial, por exemplo:
quando duas pessoas andam lado a lado, com mesmas velocidades, e uma delas
olha para a outra, ela a verá sempre ao seu lado, como se estivesse parada. O
mesmo não ocorre para uma terceira pessoa parada, que verá as duas primeiras
afastando-se e, portanto, em movimento. No entanto essa terceira pessoa
considerada parada não o estará para uma quarta que a visse do espaço sideral.
Essa pessoa dita parada estaria em movimento junto com o planeta terra. Logo a
terceira pessoa pode ser considerada parada ou não dependendo da referência
que se tome. Como aquelas duas pessoas que andam lado a lado podem ser
consideradas paradas uma em relação à outra, a terceira pessoa pode ser
considerada parada em relação à terra, mas em movimento para um observador
fora dela. Como no conceito de movimento, o conceito de direção também exige
um referencial. Se não for levado em conta um referencial qualquer, direção será
algo sem nexo. A direção de uma rua ou estrada tem que ser definida em relação
a alguma referência, como, por exemplo, a linha do equador, a agulha de uma
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bússola, ou outra qualquer. Pode-se escolher qualquer referencial para se definir
a direção, mas uma vez escolhido esse referencial deve ser fixo e conhecido para
que todos possam ter a mesma interpretação dos acontecimentos.
Define-se como direção de uma reta qualquer o ângulo que ela forma com
outra reta bem conhecida, denominada referencial. A reta que vai do ponto de
localização de uma pessoa ao pólo magnético da terra, dada pela agulha de uma
bússola, por exemplo, é um referencial bastante definido e que normalmente é
utilizado. A direção do vôo de um avião é definida pelo ângulo que sua rota forma
com a direção dada pela bússola.
Uma mesma direção ou rota, por exemplo, a rota entre São Paulo e Rio de
Janeiro pode ser ocupada por um avião que vai de São Paulo para o Rio e outro
que vai do Rio para São Paulo. Os dois aviões estão indo na mesma direção mas
em sentidos contrários. Portanto, definida uma direção, para se caracterizar
corretamente o movimento deve-se informar também o sentido.
É muito comum haver uma certa confusão nos conceitos de direção e
sentido. É comum ocorrer o engano de se dizer que determinado veículo está
indo na direção de São Paulo para o Rio de Janeiro e o outro que está na mesma
estrada mais em sentido contrário, dizer-se que ele esta na direção contrária, o
que é um erro grosseiro. A direção é a mesma São Paulo - Rio de Janeiro ou Rio
de Janeiro São Paulo, o que muda é o sentido.
TE 1a
Conceito de força
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da massa de um corpo pela aceleração que ele adquire numa determinada
direção e sentido.
F=M.
TE 2
FIG.1
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- distribuídas sobre uma linha, denominadas cargas lineares. São
exemplos de cargas lineares o peso próprio de uma viga, o peso de uma parede
sobre uma viga ou placa, as cargas depositadas por uma laje sobre as vigas, e
assim por diante. Essas cargas são representadas graficamente por um conjunto
de setas dispostas sobre uma linha. Ver figura 2.
FIG.2
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- distribuídas sobre uma superfície, denominadas cargas superficiais. São
exemplos de cargas superficiais o peso próprio de uma laje, peso próprio de
revestimentos de pisos, o peso de um líquido sobre o fundo do recipiente, o
empuxo de um líquido sobre as paredes do recipiente que o contém e as cargas
acidentais definidas pela Norma. Essas cargas são representadas graficamente
por um conjunto de setas dispostas sobre uma área. Ver figura 3.
FIG.3
. cargas acidentais sobre pisos residenciais (pessoas, móveis, etc.) = 150 kgf/m².
. cargas acidentais sobre pisos de escritórios = 200 kgf/m².
. cargas acidentais sobre pisos de lojas = 400 kgf/m² .
. cargas acidentais devidas ao vento = 50 a 100 kgf/m².
TE 3
TE4 / TE5
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Algumas cargas atuam na estrutura durante toda sua vida útil, enquanto outras ocorrem
de vez em quando. Denominam-se cargas permanentes àquelas que ocorrem ao longo
de toda vida útil da estrutura e cargas acidentais àquelas que ocorrem eventualmente.
a. Cargas permanentes
As cargas permanentes são cargas cuja intensidade, direção e sentido, podem ser
determinadas com grande precisão, pois as cargas permanentes são devidas
exclusivamente a forças gravitacionais, ou peso. São exemplos de cargas permanentes
as seguintes:
- O peso próprio da estrutura. Para determiná-lo basta o conhecimento das
dimensões do elemento estrutural e do peso específico (peso / m³) do material do qual o
elemento estrutural é feito.
- O peso dos revestimentos de pisos, como contrapisos, pisos cerâmicos, entre
outros.
- O peso das paredes. Para determiná-lo é necessário conhecer-se o peso
específico do material do qual é feito a parede e do seu revestimento (emboço, reboco,
azulejo e outros).
- O peso de revestimentos especiais, como placas de chumbo nas paredes de
salas de Raio X. Para determiná-lo é necessário o conhecimento das dimensões e peso
específico desses revestimentos.
b. Cargas acidentais.
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- A força de frenagem (freio) de veículos. Esta é uma força horizontal que
depende do tipo de veículo.
- A força de vento. Esta é uma força horizontal que depende da região, das
dimensões verticais e horizontais da edificação.
Obs. - O efeito da chuva como carregamento, apesar de acidental, é considerado
no peso das telhas e revestimentos, já considerados encharcados.
- O peso de móveis especiais, como cofre, não é determinado pela Norma e
deverá ser informado pelo fabricante do mobiliário.
TE 6
Equilíbrio
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TE 7
FIG. 4
P = M.g
P = M.g
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A ação da gravidade sobre sua massa provoca o aparecimento da força
peso. Sob a ação dessa força a barra tende a se deslocar na vertical em direção
ao centro da terra. Uma maneira de evitar que a barra se desloque na vertical é a
criação de um dispositivo que crie uma reação contrária à força peso,
equilibrando-a. Suponhamos que para isso se crie um suporte como mostrado na
figura 5.
FIG. 5
P =R
RA
RA + RB = P
RB
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Nestas condições a barra não irá movimentar-se na vertical e nem girar.
Ainda assim o equilíbrio estático da barra não está garantido, já que a aplicação
de uma força horizontal poderá deslocá-la nessa direção. Para evitar esse
movimento pode ser colocada, num dos suportes, uma trava, como mostrado na
figura 7.
FIG. 7
trava
trava
Dessa maneira qualquer que seja a força que atue sobre a barra, desde
que no seu plano, ela permanecerá indeslocável, ou seja, em equilíbrio estático.
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TE 8
FIG. 8
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Na prática, os vínculos podem ser executados de maneira que trabalhem
exatamente ou aproximadamente como pensados na teoria.
FIG. 9
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FIG. 10
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qualquer movimento, possa gradativamente perder suas restrições, permitindo
inicialmente o giro, depois o deslocamento horizontal e por fim o vertical.
Considere-se o modelo apresentado na figura 11.
FIG. 11
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faz com que a estrutura torne-se hipostática, já que uma força horizontal pode
provocar deslocamento horizontal da viga.
FIG. 12
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