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Fevereiro
SUMÁRIO
5 EXCENTRICIDADES ....................................................................................... 23
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6.2 Método do Pilar Padrão com Rigidez k Aproximada ..................................... 23
7 SITUAÇÕES DE PROJETO............................................................................. 23
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1 LAJES ARMADAS EM DUAS DIREÇÕES
Os apoios das lajes são em geral constituídos pelas vigas do piso. Nestes casos, o cálculo
das lajes pode ser feito de maneira simplificada como se elas fossem isoladas das vigas,
com apoios (charneiras) livres à rotação e indeslocáveis à translação, considerando-se,
contudo, a continuidade de lajes contíguas. Em geral, podem ser desprezados os efeitos
da interação com as vigas. De fato, normalmente as flechas apresentadas pelas vigas de
apoio são desprezíveis quando comparadas às das lajes, justificando a consideração dos
apoios como irrecalcáveis. Além disso, também a rigidez à torção das vigas é
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relativamente pequena face à rigidez à flexão da laje, permitindo-se, em geral, desprezar-
se a solicitação resultante desta interação. É obrigatória, entretanto, a consideração de
esforços de torção inseridos nas vigas por lajes em balanço, aonde a compatibilidade entre
a flexão na laje e a torção na viga é responsável pelo equilíbrio da laje [ISHITANI-1].
As cargas das lajes são constituídas pelo seu peso próprio, pela carga das alvenarias e
dos revestimentos que nela se encontrarem e pelas ações acidentais.
As lajes podem ser armadas em uma ou duas direções. As lajes armadas em uma única
direção podem ser calculadas como vigas de largura unitária (maiores detalhes podem ser
encontrados em [ABNT-1], item 3.3.2.6). Já as lajes armadas em duas direções, podem ser
analisadas utilizando o modelo elástico-linear, com elementos de placa, utilizando o
coeficiente de Poisson ٧ = 0,2 para o material elástico linear. Dentro desta sistemática,
inicialmente as lajes são calculadas isoladamente, observando-se as condições de apoio
de bordo engastado ou de charneira, conforme haja continuidade ou não entre as lajes.
Posteriormente é feita a compatibilização entre os momentos de bordo de lajes contíguas.
Os valores dos momentos fletores máximos no vão e de engastamento para as formas e
condições de apoio mais comuns encontram-se tabelados, existindo tabelas publicadas por
diversos autores (Kalmanock, Barès, Czèrny, Timoshenko).
A diferenciação entre as lajes armadas em uma e duas direções é realizada comparando
se a relação entre os vãos (dimensões) da laje. Desta forma, temos:
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Figura 1.4 – Laje Armada em uma só direção
Lembramos que nas “lajes armadas em uma direção” sempre existe uma armadura
perpendicular à principal, de distribuição.
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1.2 Equação Fundamental
(Equa. 1)
Em que:
w- deslocamento vertical:
x,y- coodernadas de um ponto generico da placa:
P-intensidade da carga atuante:
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Fig. 1.5
As cargas verticais que atuam sobre as lajes são consideradas geralmente uniformes,
algumas o são de fato, outras, como o caso de paredes apoiadas em lajes armadas em
cruz, são transformadas em cargas uniformes utilizando hipóteses simplificadoras.
Referimo-nos sempre às lajes de edifícios residenciais ou comerciais; no caso de lajes de
pontes, por exemplo, o cálculo deve ser mais preciso.
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Quando os apoios puderem ser considerados suficientemente rígidos quanto à translação vertical,
o vão efetivo deve ser calculado pela seguinte expressão:
lef = l0 + a1 + a2
com a1 igual ao menor valor entre (t1/2 e 0,3h) e a2 igual ao menor valor entre (t2/2 e 0,3h),
conforme a figura abaixo.
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Nas lajes em balanço, o vão efetivo é o comprimento da extremidade até o centro do apoio, não
sendo necessário considerar valores superiores ao comprimento livre acrescido de trinta por
cento da espessura da laje junto ao apoio.
O processo de calculo de placas por series e bastante adequado para a confecçao de quadros,
os quais facilmente possibilitam determinar momentos fletores maximos e deslocamentos
maximos (flechas) a partir da geometria e das condicoes de vinculacao da placa. Para isso, o
pavimento deve ser discretizado,ou seja, cada laje deve ser tratada individualmente, de acordo
com sua vinculacao as demais (so são possiveis bordas-contorno- simplesmente apoiadas ou
engastadas). De maneira geral, considera-se que as lajes menores e menos rigidas são
engastadas nas maiores e mais rigidas.
Os quadros apresentados a seguir são fundamentados nas solucoes em series
desenvolvidas por Bares(1972) e devidamente adaptados para o coeficiente de Poisson ٧ igual
a 0,20. As diversas condicoes de vinculacao possiveis estao esquematizadas na figura 1.8. O
contorno representado por linha simples indica borda engastada. No Anexo 3 são comparados
resultados obtidos com os quadros e com o metodo de analogia de grellas para algumas
situacoes de lajes e pavimento.
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Figura 1.8 - Lajes Bidirecionais com diversas condições de contorno
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1.4.1 Determinação de flechas
A flecha (deslocamento transversal máximo de uma barra reta ou placa) para lajes com
carregamento uniforme e com as condições de contorno de acordo com a figura 7.5 e calculada
por meio da equação 7.16 e pelos coeficiente do Tabela 1. A flecha encontrada e elástica, ou
seja, não são considerados os efeitos de fissuração e fluência.
Em que:
Para encontrar o coeficiente correto neste e nos demais quadros, é preciso calcular o parâmetro
λ, que reflete a geometria da laje, expresso por
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Tabela. 1 - Coeficientes a para o cálculo de flechas elásticas em lajes retangulares submetidas a
carregamento uniforme distribuído.
Os momentos fletores máximos , sendo os positivos designados pela letra m e os negativos, pela
letra x, são determinados pelas Equacoes 7.18 a 7.21, que:
Lx- menor lado da placa: e
µx ,µy ,µ’x , e µ’y – coeficientes fornecidos nos Tabela 2 , 3 e 4.
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b) Momentos máximos negativos, por unidade de comprimentonas direções X e Y.
Tabela 2. Coeficientes µ x ,µ y ,µ’x , e µ’y para o calculo dos momentos maximos em lajes retangulares uniformemente
carregadas
(Casos 1, 2 e 3).
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Tabela 2 continuacao...
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Observação:
Normalmente, quando se inicia o cálculo das lajes, não são conhecidas as espessuras; deve-se,
então, considerar inicialmente engastados todos os lados que são adjacentes a outras lajes não
rebaixadas. Somente após a primeira hipótese de vinculação é que será possível determinar as
espessuras das lajes e refazer a vinculação, quando a espessura for maior que 2 cm.
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Critério pela análise dos momentos de engaste entre as lajes
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1.5 Avaliação de conhecimentos do capítulo
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1.6 Aberturas que atravessam lajes na direção de sua espessura
a) as dimensões da abertura devem corresponder no máximo a 1/10 do vão menor (Lx) (ver
figura 13.1);
b) a distância entre a face de uma abertura e uma borda livre da laje deve ser igual ou menor que
1/4 do vão, na direção considerada; e
c) a distância entre faces de aberturas adjacentes deve ser maior que a metade do menor vão.
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