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Aula 8 - Lajes - Introdução, Armadas em uma Na fig. 1.1.

2, representa-se um corte em um piso de


direção, Cargas nas Lajes Maciças, Marquises e concreto armado constituído por laje maciça apoiada
Sacadas em vigas.

Tipos usuais de lajes dos edifícios

As lajes são os elementos estruturais que têm a função


básica de receber as cargas de utilização das
edificações, aplicadas nos pisos, e transmiti-las às
vigas.

As vigas transmitem as cargas aos pilares e, a partir


destes, o carregamento é transferido para as
fundações.
As lajes nervuradas são empregadas para vencer
Apesar de haver outras possibilidades de concepção, grandes vãos, geralmente superiores a 8 m, sendo
este é o modelo estrutural básico das edificações. constituídas por nervuras, onde são colocadas as
armaduras longitudinais de tração.
As lajes também servem para distribuir as ações
horizontais entre os elementos estruturais de Dessa maneira, consegue-se uma redução do peso
contraventamento, além de funcionarem como mesas próprio da laje, já que se elimina uma parte do concreto
de compressão das vigas T. que ficaria na zona tracionada, caso fosse adotada a
solução em laje maciça.
As lajes são elementos bidimensionais planos, cuja
espessura ℎ é bem inferior às outras duas dimensões Neste caso, as nervuras ficam aparentes, a menos que
( , ), e que são solicitadas, predominantemente, por a face inferior da laje seja revestida com um forro.
cargas perpendiculares ao seu plano médio, conforme
indicado na fig. 1.1.1. Alternativamente, o espaço entre as nervuras pode ser
preenchido com algum material inerte de baixo peso
específico, para tornar plana a superfície inferior da
laje.

As duas soluções são representadas na fig. 1.1.3.

Lajes cogumelo são lajes apoiadas diretamente em


Os pisos das edificações podem ser executados com
pilares, resultando um piso sem vigas.
diferentes tipos de lajes, como as lajes maciças, as
lajes nervuradas, as lajes cogumelo, além de diversos
Nessas lajes, o topo do pilar possui um aumento de
tipos de lajes pré-moldadas.
seção, denominado capitel, para aumentar a
resistência à punção da laje.
A definição do tipo de laje a ser utilizado depende de
considerações econômicas e de segurança, sendo uma
Quando o capitel não está presente, a laje é
função do projeto arquitetônico em análise.
denominada de laje lisa.
As lajes maciças são placas de espessura uniforme,
Essas duas situações são indicadas na fig. 1.1.4.
apoiadas ao longo do seu contorno.

Os apoios podem ser constituídos por vigas ou por


alvenarias, sendo este o tipo de laje predominante nos
edifícios residenciais onde os vãos são relativamente
pequenos.

Nota-se que o termo "laje" é empregado para designar


as "placas" de concreto armado.

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Vãos teóricos das lajes

Vão teórico ou vão de cálculo, , é a distância entre os


centros dos apoios.

Nas lajes em balanço, o comprimento teórico é o


comprimento da extremidade livre até o centro do
apoio.

Entretanto, de acordo com a NBR-6118, não é


necessário adotar valores maiores que:

a) em laje isolada: o vão livre acrescido de 60% da


espessura da laje;

b) em laje contínua: o vão livre acrescido de 60% da


espessura da laje no painel considerado.

O vão livre, , é a distância entre as faces internas dos Admite-se que o contorno seja indeformável, isto é, que
apoios. a laje esteja apoiada em paredes ou em vigas de
grande rigidez, de modo que se pode considerar que a
As duas situações são indicadas na fig. 1.2.1. flecha da laje seja nula no contorno.

Na mesma figura, estão indicadas duas faixas de


largura unitária, tomadas nas direções e , as quais
se cruzam no centro da laje.

Uma vez que a flecha no centro da laje tem um valor


único, as flechas nos centros das duas faixas são
iguais, conforme está indicado na fig. 1.3.1.

Em vista disto, as curvaturas nas duas direções são


diferentes, pois os vãos e diferem entre si.

Conforme se observa, a curvatura na direção é maior


que a curvatura na direção , já que < .

Quando a largura das vigas de apoio não é muito Como o momento fletor é diretamente proporcional à
grande, as diferenças entre a distância entre os centros curvatura, significa que o momento na direção (em
dos apoios e os limites indicados anteriormente são torno de ) também será maior que o momento na
pequenas. direção (em torno de ).
Assim, nos casos correntes dos edifícios, é usual Convencionalmente, a expressão “direção do
adotar como vão teórico a distância entre os centros momento” é empregada para identificar a direção da
dos apoios, como indicado na fig. 1.2.2. armadura de flexão.

Da teoria de flexão de placas, tem-se que os momentos


fletores e nas direções e , respectivamente,
são dados por:

=− +

=− +
Classificação das lajes quanto à armação
Onde:
Considere-se a laje retangular indicada na fig. 1.3.1,
simplesmente apoiada em todo o contorno e submetida é a rigidez à flexão da placa de espessura ℎ
a uma carga , uniformemente distribuída por unidade
de área. ℎ
=
12(1 − )

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e representam o módulo de elasticidade longitudinal Nesses casos, o momento fletor na direção do vão
e o coeficiente de Poisson do material. maior é pequeno e não necessita ser calculado,
bastando adotar uma armadura de distribuição
= ( , ) é a deformada do plano médio da placa. segundo essa direção.

Observa-se que, mesmo neste caso, a laje será armada


e representam as curvaturas segundo as nas duas direções.

direções e , respectivamente. A diferença é que uma das armaduras é calculada e a


outra (na direção do vão maior) é arbitrada.
Quando o vão é muito maior que o vão , a
curvatura, Assim, a rigor, o que se tem é uma laje calculada em
uma direção.
torna-se desprezível e, das equações dos Na fig. 1.3.3, indica-se uma laje armada em uma
momentos obtém-se direção, juntamente com a disposição das armaduras.

Considerando = 0,2 para o concreto, verifica-se que

= /5

Conclui-se, portanto, que o momento fletor solicitante é


maior na direção do menor vão da laje.

Assim, quando um vão é muito maior que o outro, um


dos momentos (aquele na direção do vão maior) torna-
se relativamente pequeno.
A rigor, essas considerações somente são verdadeiras
Dessa forma, as lajes são classificadas em lajes para lajes apoiadas em apoios rígidos.
armadas em cruz e lajes armadas em uma direção,
conforme a relação entre os seus vãos. Se a laje estiver apoiada em vigas flexíveis, como
ocorre usualmente nos edifícios residenciais e de
Lajes armadas em cruz (ou armadas em duas escritórios, a distribuição dos momentos fletores na laje
direções) depende da rigidez das vigas de apoio.

As lajes armadas em cruz são aquelas em que a Em alguns casos, o maior momento fletor na laje pode
relação entre o vão maior e o vão menor não é superior ocorrer segundo a direção do vão maior.
a 2.
Em outros, os dois momentos fletores podem ser da
Nesses casos, os momentos fletores nas duas direções mesma ordem de grandeza, apesar de os vãos da laje
são importantes e devem ser calculados. serem muito diferentes.

Para cada um deles, deve-se realizar o Logo, deve-se ter em mente que essa classificação das
dimensionamento e dispor as armaduras nas direções lajes pressupõe que as mesmas estejam apoiadas em
correspondentes, conforme indicado na fig. 1.3.2. apoios rígidos ou quase rígidos.

Procedimento tradicional para cálculo das lajes dos


edifícios

A correta determinação dos esforços solicitantes nas


lajes é uma das tarefas mais difíceis dentro da análise
estrutural dos edifícios.

Isto se deve ao fato de que os esforços no pavimento


de um edifício dependem da interação entre as vigas e
as lajes que o compõem.

O pavimento é uma estrutura única, contínua, formada


por lajes e vigas, que se apoiam em alguns pontos
Lajes armadas em uma direção sobre os pilares.

As lajes armadas em uma direção são aquelas em que O cálculo dessa estrutura única requer o emprego de
a relação entre os vãos é superior a 2. métodos numéricos refinados, como o Método dos

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Elementos Finitos, e o uso de computadores de grande
velocidade e capacidade de armazenamento.

Cargas nas lajes maciças

As cargas atuantes nas lajes das edificações podem


ser classificadas como cargas permanentes e cargas
acidentais.

As cargas permanentes são aquelas que ocorrem com


valores constantes ou de pequena variabilidade
durante praticamente toda a vida útil da construção.

As cargas acidentais sofrem variações significativas


durante a vida da construção.

As cargas permanentes são constituídas pelo peso


próprio da estrutura e pelas sobrecargas fixas, como o
peso dos revestimentos, alvenarias e enchimentos.

As cargas acidentais atuam nas lajes em função da


finalidade da edificação e incluem o peso de pessoas,
móveis, materiais diversos, veículos, etc.

Os valores característicos das cargas permanentes


podem ser obtidos a partir dos pesos específicos dos
materiais de construção empregados.

Os pesos específicos dos materiais de construção mais


frequentes são fornecidos na NBR-6120.

Essa mesma norma fornece os valores característicos


das cargas acidentais a serem consideradas no projeto.

A) Cargas permanentes O volume de concreto em 1 m² de laje é h m³, onde h é


a espessura da laje em metros.
Na tabela A1.1 do Apêndice 1 indicam-se os pesos
específicos dos materiais de construção usuais. Da tabela A1.1, tem-se que o peso específico do
concreto armado é 25kN/m³.
A partir desses pesos específicos, podem-se
determinar os valores característicos das cargas Logo, o peso próprio da laje é dado por:
permanentes que atuam nas lajes, como apresentado
a seguir. ó = 25ℎ / ²,

A.1) Peso próprio da laje

O peso próprio da laje é calculado para um elemento Por exemplo, para uma laje com 8 cm de espessura,
de área unitária, conforme indicado na fig. 1.7.1. tem-se:

Peso próprio = 25 x 0,08 = 2,0 kN/m²

Α.2) Revestimentos

O peso do revestimento inclui a pavimentação e o


revestimento da face inferior da laje. O seu valor
depende basicamente dos materiais usados como piso.
Considere-se, por exemplo, o piso de mármore
indicado na fig. 1.7.2:

Fig. 1.7.1 - Elemento de laje com área unitária.

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- Alvenaria de tijolos cerâmucos furados: 13 kN/m³
- Alvenaria de tijolos cerâmicos maciços: 18 kN/m³

O peso total da parede (em kN) é obtido multiplicando-


se o peso específico da alvenaria por seu volume.
Entretanto, o modo como essa carga é considerada no
cálculo dos esforços depende se a laje é armada em
cruz ou é armada em uma direção.

Lajes armadas em cruz:

Quando a parede estiver afastada da região central, ou


Fig. 1.7.2 - Piso e revestimento inferior da laje. quando existirem várias paredes distribuídas sobre
toda a extensão da laje, o peso total das paredes pode
Da tabela A1.1, tem-se o peso específico dos materiais: ser distribuído uniformemente pela área da laje. A
mármore: 28 kN/m³ ; argamassa de cimento e areia: 21 situação é indicada na fig. 1.7.4.
kN/m³.

Supondo as espessuras indicadas na fig. 1.7.2, o peso


do revestimento, por unidade de área da laje, é dado
por:

Nas situações usuais, com pisos cerâmicos ou tacos


de madeira, pode-se adotar: Fig. 1.7.4 - Alvenaria sobre laje armada em cruz.

= 0,8 / 1,0 / ² Quando houver apenas uma parede passando pelo


centro da laje, esse procedimento pode ficar contrário à
A.3) Enchimentos segurança.

Os enchimentos são empregados em lajes rebaixadas, A carga uniformemente distribuída decorrente da


conforme indicado na fig. 1.7.3. Para o cálculo da carga alvenaria, Pa , é dada por:
correspondente ao enchimento, basta conhecer a altura
do rebaixo, hr, e o peso específico do material utilizado.
= , / ²

onde

b: espessura da parede
H: altura da parede
Lp: comprimento total da parede sobre a laje
γa: peso específico da alvenaria
lx, ly: vãos de cálculo da laje.
Fig. 1.7.3 - Enchimento em laje rebaixada.
Lajes armadas em uma direção:
Às vezes, o enchimento da laje é feito com entulho da
própria obra e, na falta de uma determinação mais Para essas lajes, devem-se considerar os dois casos
precisa do peso específico do material, pode-se adotar. seguintes.

ℎ = 12ℎ / ², Caso 1) Parede paralela ao vão maior



Neste caso, a parede é considerada como uma carga
Α.4) Peso de alvenarias concentrada, conforme está indicado na fig. 1.7.5.

O peso específico das alvenarias de tijolos cerâmicos


depende das dimensões e do tipo de tijolo utilizado
(tijolo maciço ou tijolo furado) e das espessuras de
reboco e da argamassa de assentamento.

No projeto, podem-se adotar os seguintes pesos


específicos:

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Além disso, deve-se prever uma armadura transversal
adicional para o momento transversal My , o qual, em lx
/2, é aproximadamente igual a Mx .

Essa armadura deve ser disposta em todo o vão,


podendo ter um comprimento de 0,6 lx .

Assim, na região da parede deve ser disposta uma


armadura adicional, em malha, para o momento dado
na equação:

= 0,11

Fig. 1.7.5 - Carga concentrada decorrente da parede. Na fig. 1.7.6, indica-se a faixa de reforço e a distribuição
da armadura.
A carga Pa , correspondendo a uma parede de 1 m de
comprimento, é dada por: B) Cargas acidentais

= , / As cargas acidentais são aquelas que atuam nas


estruturas das edificações em função do seu uso.
onde , b, H representam o peso específico, a
espessura e a altura da parede, respectivamente. As cargas verticais que se consideram atuando nos
pisos das edificações referem-se ao peso de pessoas,
O momento fletor devido à parede, na direção do vão móveis, utensílios e veículos, além daquelas que se
de cálculo, é: aplicam em caráter especial, sendo supostas
uniformemente distribuídas.

= ( ) Os valores mínimos dessas cargas são fornecidos na


4 NBR-6120 e constam na tabela A1.2 do Apêndice 1.
Esse momento deve ser adicionado ao momento
devido às outras cargas.

Caso 2) Parede paralela ao vão menor

Neste caso, há necessidade de reforçar uma faixa nas


proximidades da parede, conforme indicado na fig.
1.7.6.

Fig. 1.7.6 - Distribuição da armadura de reforço.

Se os dois bordos na direção do vão de cálculo lx são


apoios simples, a armadura principal deve ser
reforçada para o momento adicional.

= 0,11
onde Pa é o peso de 1 m de parede, dado na equação

= , /

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γ é o peso específico aparente em kN/m³;

ϕ é o ângulo de atrito interno em graus.

Cálculo de marquises e sacadas

A) Exemplo de cálculo de uma marquise

As marquises são lajes em balanço, geralmente


engastadas em uma viga de borda, sendo calculadas
como as lajes armadas em uma direção. Por sua vez, a
viga de sustentação da marquise está submetida à
torção com flexão.

Considere-se a marquise indicada na fig. 1.8.1. Para


reduzir o peso próprio, e evitar o acúmulo de água da
chuva, a espessura da laje é variável, como indicado
na figura.
Por exemplo, no caso dos edifícios residenciais,
devem-se considerar os seguintes valores para as
cargas acidentais:

No caso de armazenagem em depósitos e na falta de


valores experimentais, o peso dos materiais
armazenados pode ser obtido a partir dos pesos
específicos aparentes indicados na tabela A1.3 do
Apêndice 1. Para a determinação do carregamento na marquise,
são feitas as seguintes considerações:

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- o peso próprio é obtido com a espessura média da
laje;

- o peso do revestimento é igual a 1,0 kN/m² ;

- a carga acidental é igual à carga de forros sem acesso


a pessoas;

- na extremidade livre atua uma carga linear de 1,0 Fig. 1.8.3 - Seção transversal para o
kN/m (carga acidental concentrada). dimensionamento.

1) Cargas De acordo com a NBR-6118, para lajes em balanço


com espessura h < 19 cm, deve-se considerar o
coeficiente adicional

= 1,95 − 0,05ℎ ≥ 1

onde h ≥ 10 é a espessura da laje em cm.

Nesse exemplo, tem-se:

2) Modelo de cálculo e esforços


Logo, os esforços solicitantes de cálculo são:
A marquise será calculada como uma viga em balanço
de um metro de largura. O modelo de cálculo e os
diagramas de esforços solicitantes são indicados na fig.
1.8.2.

A armadura longitudinal de tração calculada tem uma


área As. Para explicitar que essa armadura deve ser
distribuída em uma faixa de 1 m de largura, empregam-
se as unidades cm²/m. Considerando um concreto com
Fck = 25 MPa e o aço CA-50 obtém-se As = 4,6 cm²/m.

Essa armadura é colocada na face superior da


marquise no sentido do balanço (já que o momento
fletor é negativo). No sentido longitudinal, adota-se uma
armadura de distribuição.

Com o esforço cortante máximo, deve-se verificar se a


espessura adotada é suficiente para dispensar o uso de
armadura transversal.

Fig. 1.8.2 - Cargas e esforços em uma faixa de 1 Além disso, é necessário calcular a flecha na
metro. extremidade do balanço.
Os esforços solicitantes característicos (ou de serviço), B) Cálculo de sacadas
necessários para o dimensionamento da marquise, são
dados a seguir. O cálculo das sacadas em balanço é análogo ao cálculo
das marquises. A diferença básica está no
- Momento fletor: carregamento.

No caso das sacadas, a carga acidental uniformemente


distribuída pode ser considerada igual à carga acidental
da peça contígua. Além disso, devem-se considerar as
- Esforço cortante: cargas decorrentes dos parapeitos.

Na fig. 1.8.4, indica-se uma sacada em balanço


contígua a uma sala de um apartamento residencial.
Esses esforços correspondem a uma faixa de largura
igual a um metro. Logo, a seção transversal para o
dimensionamento da armadura é a seção retangular
indicada na fig. 1.8.3.
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EXERCÍCIO 1:

Calcular uma laje com 1,5 m x 5,0 m que servirá de


corredor para uma residência. A laje está simplesmente
apoiada em vigas com seção transversal de 20x30cm.
Após o cálculo dimensione a laje encontrando as
armaduras AS/m nas duas direções. Utilize ferros
abaixo de 10mm. Arbitre todos os dados que não
foram fornecidos no problema, indicando-os na
memória de cálculo. Após os dimensionamentos faça
Fig. 1.8.4 - Sacada em balanço. um croqui mostrando a armadura AS/m nas duas
direções.
A carga uniformemente distribuída p é formada pelo
peso próprio da laje, pelo revestimento e pela carga EXERCÍCIO 2:
acidental distribuída.
Calcular e dimensionar separadamente uma marquise
A carga Q, aplicada na extremidade livre, é composta e uma sacada com 1,5m (largura) x 5,0m(comprimento)
pelo peso próprio do parapeito e por uma carga que estão em balanço apoiadas em uma viga com
acidental de 2 kN/m, de acordo com exigências da seção transversal de 30x40cm. Arbitre todos os
NBR-6120. dados que não foram fornecidos no problema,
indicando-os na memória de cálculo. Após os
Essa nonria exige, também, a consideração de uma dimensionamentos faça um croqui mostrando a
carga acidental horizontal de 0,8 kN/m atuando no topo armadura AS/m nas duas direções.
do parapeito.

Essa carga deve ser considerada na verificação do


parapeito, podendo ser desprezada para o cálculo da
laje, já que ela não deve atuar simultaneamente com a
carga vertical de 2 kN/m.

As cargas atuantes na sacada são as seguintes:

onde a é o peso específico do material (concreto ou


alvenaria).

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