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Concreto Armado
A taxa de armadura longitudinal ρ deve ser maior que
Considerações gerais a taxa mínima.
=
Nesta aula são apresentadas as disposições
construtivas da NBR-6118 relativas aos pilares de
concreto armado.
= 0,15 ≥ 0,40%
Essas disposições referem-se às dimensões externas
da peça e as armaduras nela contidas.
=
De um modo geral, entende-se que um projeto
consistente não se limita a um cálculo preciso das
solicitações e das dimensões dos elementos Essa taxa deve, também, ser inferior ao valor máximo
estruturais. de 8%, inclusive nos trechos de emenda por traspasse,
como indicado na fig.8.3.1.
Além disso, devem ser tomadas algumas medidas que
facilitem a execução, possibilitando uma maior
uniformidade na concretagem da estrutura.
Em qualquer caso, não se permite pilar com seção O espaçamento máximo entre eixos das barras
transversal de área inferior a 360 cm². longitudinais, junto ao contorno da peça, é igual a 40
cm ou duas vezes a menor dimensão da seção
Quando a maior dimensão da seção transversal do pilar transversal.
é superior a cinco vezes a menor dimensão, o elemento
estrutural recebe a denominação de parede estrutural O espaço livre entre duas barras, fora da região de
ou de pilar-parede. emendas, deve ser maior ou igual a:
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Na fig. 8.3.2, estão representadas as exigências quanto A força máxima Nds que pode atuar em uma barra
ao espaçamento das barras longitudinais. longitudinal de diâmetro Φ é dada por
=
4
onde foi empregada a tensão de escoamento
característica do aço, fyk, a favor da segurança.
=
64
Os estribos dos pilares devem amarrar as barras Impondo a condição Nds ≤ Pcr para que não haja
longitudinais, possibilitando sua concretagem na flambagem da barra longitudinal, resulta
posição vertical, além de protegê-las contra a
flambagem.
≤
Os estribos também servem para absorver os esforços 4
transversais de tração que surgem na região das
emendas por traspasse das barras longitudinais. Adotando Es = 20000 KN/cm², =60kN/cm2 (Aço CA-
Para isto, devem ser obedecidas as exigências 60) e = 1,4, chega-se a s ≤ 12Φ, conforme exigido na
seguintes. NBR-6118.
O diâmetro dos estribos, Φt, não deve ser inferior a 5 De um modo geral, os estribos devem ser colocados
mm nem a Φ/4, onde Φ é o diâmetro das barras da em toda a extensão do pilar, inclusive na região de
armadura longitudinal. cruzamento das vigas.
Se a armadura longitudinal for constituída por feixe, Φ Nos pilares intermediária, quando as vigas possuírem a
representa o diâmetro equivalente do feixe. mesma largura do pilar e forem capazes de proteger as
barras longitudinais situadas em todas as faces,
Em toda a extensão da peça, inclusive na região de podem-se eliminar os estribos nessa região de
cruzamento com vigas e lajes, devem ser colocados cruzamento.
estribos, cujo espaçamento s não deve ser maior que
os seguintes valores: As duas situações são apresentadas na fig. 8.4.2.
a) 20cm;
b) menor dimensão externa da seção da peça;
c) 12 Φ
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melhorar o confinamento dos nós dos pórticos de
contraventamento.
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Deve-se observar que para manter o cobrimento Para as barras comprimidas, o comprimento do trecho
nominal, cnom, é necessário reduzir os lados do estribo de transpasse é loc = lb,nec, onde lb,nec é o comprimento de
poligonal de 2Φt, segundo a direção dos ganchos. ancoragem necessária.
Essa solução foi excluída da NBR-6118, talvez por Para as barras tracionadas, o comprimento do
precaução, devido as dificuldades de controle do traspasse é
processo construtivo.
= ,
O CEB/90 e o EC2 permitem essa solução, mas
consideram que o gancho proteja apenas uma barra
adicional para cada lado, até uma distância de 15 cm. onde αot > 1é dado na tabela a seguir, em função da
porcentagem das barras emendas na mesma seção.
As características geométricas dos estribos poligonais
são dadas na tabela A3.7.
=
4
= 0,42( ) , ≤ 50
As dimensões das barras adicionais com ganchos são Dependendo da combinação dos esforços solicitantes
indicadas na fig. 8.6.3. do pilar, esforço normal e momentos fletores, podem-
se ter os seguintes casos: todas as barras estão
comprimidas; algumas barras estão tracionadas.
=2
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Quando a seção do pilar sofre uma redução, como na
figura 8.7.3-b, tolera-se o encurvamento das barras até
uma inclinação máxima dada por 1 na horizontal para 4
na vertical.
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Para uma inclinação máxima de 1 na horizontal por
a = 4 na vertical, resulta:
= 0,97
= 0,24
Cabe salientar que só é permitido o engarrafamento Se a viga for suficientemente alta para que a dobra da
das barras até uma inclinação máxima de 1 na barra longitudinal fique situada a pelo menos 4Φ ≥ 5 cm
horizontal para a = 6 vertical. acima da sua face inferior, podem-se dispensar esses
estribos adicionais, pois a própria viga de piso absorve
O engarrafamento também não é permitido quando as a força horizontal Hd, como indicado na fig.8.7.7.
faces dos pilares ficarem desalinhadas mais do que 7,5
cm. O mesmo se dá quando ocorre redução do número de
barras do pilar superior.
Nesses casos, devem-se usar chumbadores adicionais.
No projeto, deve-se especificar a posição da dobra para
Essa força horizontal deve ser resistida por estribos ou garantir que a mesma fique totalmente dentro da viga.
barras horizontais terminadas em gancho, abraçando a
barra longitudinal do pilar. Além disso, se o pilar for mais largo que a viga, deve-
se observar que haverá barras para as quais essa regra
A área Asw dessa armadura horizontal é dada por não se aplica, exigindo-se o emprego dos estribos
adicionais.
=
Do exposto, verifica-se que a solução mais simples e
eficiente para transferir as forças para as barras
onde fyde é a tensão de escoamento dos estribos. longitudinais do pilar inferior quando há variações de
seção, é o emprego de chumbadores adicionais.
A armadura horizontal deve ser distribuída a uma
distância máxima de 15 cm do ponto de dobramento A tradicional solução com “engarrafamento” das barras
das barras verticais, como indicado na fig. 8.7.5. do pilar pode exigir um grande número de estribos
adicionais, além de estribos variáveis dentro da viga, o
Deve-se observar que, quando várias barras são que dificulta a execução.
curvadas, a força horizontal Hd será a soma da
contribuição de cada barra, como na fig. 8.7.6. Entretanto, essa solução pode ser interessante nos
casos da fig. 8.7.7.
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Desenho de armação dos pilares
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