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Aula 5 - Flexão Normal Simples Determinação do momento limite

Dimensionamento de Seção T
Conforme foi mostrado nas aulas anteriores, o
Geometria da seção transversal momento limite, entre as soluções com armadura
simples e com armadura dupla, é obtido considerando
Apesar de não serem tão usuais quanto às seções a profundidade da linha neutra xlim = ξlim d, onde
retangulares, as seções em forma de T são bastante
empregadas em pontes, em vigas pré-moldadas e = 0,45, ≤ 35
mesmo nas estruturas de edifícios compostas por lajes
maciças e vigas. = 0,35, > 35

Na fig. 5.1.1, representa-se uma seção T submetida ao Utilizando o diagrama retangular para o concreto, a
momento fletor de cálculo Md. seção estará comprimida desde a borda superior até
uma profundidade igual a . lim

Observa-se que, se hf ≥ . lim, apenas a mesa estará


comprimida e, neste caso, o dimensionamento é
idêntico ao de uma seção retangular com largura bf e
com altura h.

Apesar de se tratar de uma situação extrema (mesa


muito espessa), deve-se estar atento para esta
possibilidade.

Na fig. 5.2.1, indica-se a parte da seção que é


comprimida com o bloco retangular de tensões, no caso
em que hf < . lim.

Fig. 5.1.1 – Geometria da seção T.

De acordo com a fig. 5.1.1, são definidas as seguintes


variáveis:

bw = largura da nervura
bf = largura da mesa
h = altura total da seção
hf = espessura da mesa
d = altura útil da seção
As = área da armadura tracionada
A’s = área da armadura comprimida
d’ = distância do centroide de A's até a borda
comprimida.
Fig. 5.2.1 – Parte da seção comprimida com o bloco
Deve ser salientado que a seção da fig. 5.1.1 só retangular (quando x = xlim).
funcionará como uma seção T se o momento fletor
solicitante for positivo (comprimindo a mesa e
tracionando a nervura).

Se o momento for negativo a mesa estará tracionada e,


neste caso, o que se tem é uma seção retangular de
largura bw e altura h.

As hipóteses do dimensionamento das seções T são as


mesmas já discutidas.

Assim, dadas as dimensões da seção transversal, o


dimensionamento, isto é, o cálculo das áreas de aço,
será feito de maneira análoga ao apresentado para as
seções retangulares.

Logo, antes de tudo, é necessário determinar o


momento limite, Mdlim, entre as soluções com armadura
simples e com armadura dupla.

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Para a obtenção de equações adimensionais, é resulta
conveniente introduzir as relações:
=
ℎ =
Onde
=
= + −
onde βf e βw são adimensionais.
O momento fletor Md lim é dado por
De acordo com a fig. 5.1.2, tem-se:
= +
= ℎ
(área da mesa); Substituindo as expressões

= −ℎ =
(área da parte comprimida da nervura);
= −
= − 0,5ℎ
(distância do centroide de Af até a armadura = 1 − 0,5
tracionada);
= 1 − 0,5 +
= − 0,5 +ℎ
(distância do centroide de Awlim até a armadura Chega-se a
tracionada).
=
Introduzindo as relações denotadas nas equações
Onde
ℎ =
= 1 − 0,5 + − 1 − 0,5 +
=
Os adimensionais rcclim e µlim dependem do parâmetro
e lembrando que , o qual é função de fck, conforme foi visto nas uals
anteriores.
=
Nas tabelas 5.2.1 e 5.2.2 encontram-se os valores de
= rcclim e µlim, para diversos valores de βf e βw.

tem-se que Essas tabelas são válidas apenas para os concretos do


Grupo I.
= −ℎ
Para concretos do Grupo II, devem-se empregar as
equações.
= −
= + −
= − 0,5ℎ
= 1 − 0,5 + − 1 − 0,5 +
= 1 − 0,5
com o valor apropriado de .
A resultante de compressão nesta situação limite
Rcc lim, é dada por: As tabelas foram preparadas, considerando-se os
valores de lim dados na equação:
= +
= 0,45, ≤ 35
Onde
= 0,35, > 35
=
ou seja, sem levar em conta o recurso da redistribuição
de esforços.
Introduzindo as expressões de Af e de Aw lim dadas nas
equações

=
= −

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Tabela 5.2.1(a) - Valores de rcc lim para seção T Tabela 5.2.2(a) - Valores de µlim para seção T
(fck ≤ 35 MPa) (35 < fck ≤ 50 MPa).

Tabela 5.2.1(b) - Valores de rcc lim para seção T (35 Tabela 5.2.2(b) - Valores de µlim para seção T
< fck ≤ 50 MPa). (fck ≤ 35 MPa) .

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Assim, o dimensionamento da seção T é feito de acordo = ²
com a seguinte sequência:
onde
a) dado o momento fletor solicitante de cálculo Md,
calcula-se o momento reduzido: = 1 − 0,5

= Logo, se µ ≤ µf, significa que a mesa sozinha é capaz


² de absorver o momento fletor solicitante de cálculo.

b) com o emprego da equação: Se µ > µf, toma-se necessária a colaboração de parte


da nervura.
= 1 − 0,5 + − 1 − 0,5 +
A) Caso 1: µ ≤ µf
Calcula-se µlim, o qual depende da resistência à
compressão do concreto e dos parâmetros geométricos Neste caso, apenas uma parte da mesa estará
βf e βw. comprimida com o bloco retangular de tensões.

Para concretos do Grupo I, o valor de µlim pode ser lido A situação é idêntica ao de uma seção retangular com
diretamente das tabelas 5.2.2(a) e 5.2.2(b); largura bf e com altura útil d.

c) se resultar µ ≤ µlim,adota-se armadura simples (A's = Assim, podem-se empregar as mesmas expressões
0); deduzidas nas aulas anteriores para as seções
retangulares, substituindo b por bf.
d) se resultar µ > µlim, adota-se armadura dupla.
O adimensional = , que caracteriza a posição da
Dimensionamento com armadura simples linha neutra, é dado por:
O primeiro passo do dimensionamento com armadura
simples consiste em verificar se a mesa sozinha é 1− 1−2
=
capaz de absorver o momento fletor solicitante de
cálculo. Para isto, é necessário determinar o momento
fletor resistente de cálculo que corresponde a situação com µ calculado através da equação (21).
indicada na fig. 5.3.1.
=
²

A taxa mecânica de armadura, , é definida como

e vale

= =1− 1−2

Fig. 5.3.1 - Mesa comprimida com tensão cd. Encontrado o valor de , calcula-se a área de aço
através da expressão:
Conforme se observa na fig, 5.3.1, o momento resistido
pela mesa, Mdf, é dado por:
=
=
B) Caso 2: µ > µf
Substituindo as expressões de Af e Zf dadas nas
equações. Neste caso, uma parte da nervura também estará
comprimida com a tensão cd.
=
Na fig. 5.3.2, indica-se a parte da seção que é
e comprimida com o bloco retangular de tensões para
uma profundidade genérica da linha neutra igual a x.
= 1 − 0,5

Resulta

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=
²

= 1 − 0,5

resulta a equação do segundo grau


0,5 − + =0

Onde



= +
Fig. 5.3.2 – Parte da seção que é comprimida com o
bloco retangular.
é apenas uma variável auxiliar, sem significado físico.

Por semelhança com as equações A solução da equação:

= − 0,5 − + ∗
=0

= 1 − 0,5 + É dada por:

Tem-se: 1− 1−2 ∗
=
= −
//) Equilíbrio de forças:
= 1 − 0,5 +
Fazendo o equilíbrio de forças, tem-se:
As equações de equilíbrio são as seguintes:
=( + )
I) Equilíbrio de momentos:
Considerando as expressões
Observando a fig. 5:3.2, tem-se:
=
= +

Como indicado na equação


=

= = −
é o momento resistido pela mesa
Obtém-se a taxa mecânica de armadura:
Logo, a nervura deverá absorver a parcela do momento
solicitante Md – Mdf.
= (1 − )+

Substituindo as expressões E a área de aço é calculada com o emprego da


equação:
= −
=
= 1 − 0,5 +
Dimensionamento com armadura dupla
na equação
Nesse caso, a profundidade da linha neutra e fixada
= + como x = xlim.

obtém-se: Assim, o dimensionamento da seção T com armadura


dupla é feito com as mesmas equações deduzidas para
− = − 1 − 0,5 + ² a seção retangular, bastando adotar as expressões
corretas de Rcc e de Md lim.
Introduzindo as definições dos µ e µf.
Na fig. 5.4.1, indica-se a seção transversal com
armadura dupla e as resultantes das tensões.

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Aplicando a equação de equilíbrio de forças e
substituindo a expressão de Rcc dada em

Obtém-se a taxa mecânica da armadura tracionada

( − )
= +
(1 − )

E a área de aço é:
A força na armadura de compressão é:
=
=

Onde a ′sd é calculada exatamente como foi feito no Roteiro para o dimensionamento de seções T
capítulo 4. A força na armadura de tração é:
O dimensionamento de seções T pode ser feito de
= acordo com a seguinte seqüência de cálculos:

a) Parâmetros
Os valores de ′sd são novamente reproduzidos na
tabela 5.4.1, para os concretos do Grupo 1.
= 0,85, ≤ 50
Tabela 5.4.1 - Tensão ′sd (kN/cm2) na armadura de
compressão (sem redistribuição de esforços). ( − 50)
= 0,85 1 − , > 50
200

= , = 1,4

= , = 1,15


=

= 0,45, ≤ 35
Logo, aplicando a equação de equilíbrio de momentos,
resulta a taxa mecânica da armadura de compressão. = 0,35, > 35

( − ) = 0,8, ≤ 50
=
(1 − )
− 50
= 0,8 − , > 50
sendo que os momentos reduzidos µlim e µ, são 400
definidos nas equações. Se βf > λξlim → dimensionar uma seção retangular com
largura bf e altura útil d.
= 1 − 0,5 + − 1 − 0,5 +
b) Momento reduzido e momento limite
=
²
=
²
A área da armadura de compressão é dada por
= + −
=

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= 1 − 0,5 + − 1 − 0,5 +
onde Ac é a área da seção transversal, considerando-
Para os concretos do Grupo I (fck ≤ 50 MPa), os valores se a mesa e a nervura.
rcc lim e µlim devem ser lidos nas tabelas 5.2.1 e 5.2.2.
Nos casos em que a mesa está comprimida, podem-se
c) Dimensionamento com armadura simples (µ ≤ µlim): adotar os mesmos valores de min das seções
retangulares, fornecidos na tabela 4.11.1.
= 1 − 0,5
Tabela 4.11.1 - Taxas mínimas da armadura de flexão
Caso 1) μ ≤ μf min (%).

= =1− 1−2

Caso 2) μ > μf



= +

= (1 − )+ (1 − 1 − 2 ∗ ) Se a mesa estiver tracionada, o momento de fissuração


será maior que no caso de mesa comprimida. Assim,
A área da armadura de tração é: para seções T com a mesa tracionada, os valores de
min da tabela 4.11.1 devem ser multiplicados por 1,5.
=
Evidentemente, se a mesa estiver tracionada, a seção
deve ser dimensionada como uma seção retangular de
d) Dimensionamento com armadura dupla (µ > µlim): largura bw e altura h.

(‰) = 3,5, ≤ 50 Se As < As,min, adota-se As = As,min.

90 − Exemplos de dimensionamento
(‰) = 2,6 + 35 , > 50
100
Os exemplos apresentados a seguir referem-se à
seção indicada na fig. 5.6.1. Em todos os exemplos,
= considera-se o aço CA - 50.

Logo, fyd = 50/ 1,15 = 43,48 kN/cm2 .



=

= ≤

Onde Es = 20.000 kN/cm²

Para concretos do Grupo I, a tensão ′sd na armadura


de compressão pode ser lida na tabela 5.4.1 (pág. 6),
sem a necessidade de realização desses cálculos.

( − )
=
(1 − )

( − )
= +
(1 − )

=
e) Armadura mínima

, =

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Exemplo 2:

Como μ > μlim = 0,235, a solução será com armadura


dupla.
Exemplo 1:

Tabela 5.4.1 (pág. 6)

Para esse concreto, tem-se:

Entrando nas tabelas 5.2.1-a e 5.2.2-a (pág. 3 e 4) com


f = 0,25 e w = 0,20, e interpolando, obtém-se cc lim =
0,270 e µlim = 0,235.
Exemplo 3:

Como µ < µlim, o dimensionamento será feito com Para esse concreto tem-se:
armadura simples.

Como µ < µf, a mesa sozinha é capaz de resistir ao


momento fletor de cálculo.

Entrando nas tabelas 5.2.1-b e 5.2.2-b (pág. 3 e 4) com


f = 0,25 e w = 0,20, e interpolando, obtém-se cc lim =
0,255 e µlim = 0,225.
min (%) = 0,15% (tabela 4.11.1, pág.8).

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Como µ < µlim, o dimensionamento será feito com Substituindo os valores, resulta µlim = 0,22.
armadura simples.

Como µ < µf, a mesa sozinha é capaz de resistir ao Como µ < µlim, o dimensionamento será feito com
momento fletor de cálculo. armadura simples, não havendo necessidade de
calcular rcc lim.

Como µ < µf, a mesa sozinha é capaz de resistir ao


momento fletor de cálculo.

min (%) = 0,21% (tabela 4.11.1, pág.8)

min (%) = 0,27% (tabela 4.11.1, pág.8)


Exemplo 4:

Para esse concreto, tem-se:

Determinação da largura efetiva da mesa

Na fig. 5.7.1, indica-se uma seção transversal típica dos


pisos de edifícios constituídos por vigas e por lajes
maciças.

Fig. 5.7.1 - Seção transversal típica dos pisos de


edifícios.
Havendo uma ligação adequada entre a laje e a nervura
da viga, uma parte da laje colaborará para a resistência
e para a rigidez da viga.

Assim as vigas podem ser projetadas como vigas T com


uma mesa de largura bf.

A ligação entre a mesa e a nervura é conseguida


Como se trata de concreto do Grupo II, os através de uma armadura de costura formada por
adimensionais rcc lim e µlim não são tabelados, devendo- estribos horizontais, conforme é indicado na figura
se recorrer às equações para o seu cálculo. 5.7.1.

O momento limite é dado por: O cálculo da armadura de costura e dos estribos


verticais para cisalhamento é apresentado no capítulo
7.

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Conforme já foi salientado, a viga só funcionará como
uma viga T se a mesa estiver comprimida.

Assim, nos casos de mesa superior, como indicado na


fig. 5.7.1, tem-se uma seção T nos trechos de
momentos fletores positivos.

Nos trechos onde o momento fletor é negativo, a viga


funcionará como uma viga de seção retangular com
largura bw e altura h.

Evidentemente, se a mesa for inferior (caso de vigas


invertidas) tem-se uma seção T nos trechos de
momentos negativos e uma seção retangular nos
trechos de momentos positivos.
Fig. 5.7.3 – Variação das tensões de compressão na
Para haver o funcionamento como viga T, mesa.
independentemente do sinal do momento fletor
solicitante, é necessário executar o piso com laje dupla, Uma vez que o dimensionamento da seção é feito com
conforme indicado na fig. 5.7.2. a tensão máxima cd, torna-se necessário definir a
largura efetiva da mesa, bf, de tal forma que a resultante
A solução indicada na fig. 5.7.2, apesar de ser ideal do das tensões de compressão seja igual ao valor obtido
ponto de vista da capacidade resistente, tem o considerando as variações de x.
inconveniente da perda de formas, além de não permitir
uma única concretagem do piso. Para que isto ocorra, é necessário que:

/
1
=

onde b2 é a distância entre as faces de duas nervuras


sucessivas.

A integral dada é feita apenas até uma distância b2 / 2,


para que uma mesma parte da laje não seja
considerada para duas nervuras distintas.

De modo análogo, pode-se obter a dimensão b3 e a


largura efetiva da mesa será dada por:

= + +
Fig. 5.7.2 – Piso com laje dupla.
Considerando a flexão do conjunto formado pelas A largura efetiva da mesa depende de uma série de
nervuras e pela laje do piso, tem-se uma distribuição fatores, como o tipo de viga (isolada ou contínua), o tipo
variável das tensões de compressão na mesa, como é de carga aplicada (concentrada ou distribuída), a
indicado na fig. 5.7.3. existência de mísulas, etc.

Conforme se observa a tensão de compressão é Para o cálculo de bf de acordo com a NBR-6118, são
máxima na nervura, onde ela alcança o valor de cálculo definidas as seguintes variáveis:
cd.
bw = largura real da nervura;
Em seguida, a tensão sofre uma redução, valendo x
a uma distância “y“ da face da nervura. ba = largura da nervura fictícia, obtida aumentando-se
a largura real para cada lado de valor igual ao menor
cateto da mísula correspondente;

b2 = distância entre as faces das nervuras fictícias


sucessivas.

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Na fig. 5.7.5, indica-se a situação de uma nervura
lateral. Neste caso, a largura efetiva da mesa é

= +

E a seção é assimétrica.

Devido à falta de simetria, a flexão será obliqua.

Entretanto, se existirem vigas transversais de


amarração que impeçam o giro da seção, a mesma
pode ser dimensionada em flexão normal com os
procedimentos já apresentados.

Fig. 5.7.4 – Largura efetiva da mesa segundo a NBR-


6118.

Os trechos b1 e b3 indicados na fig. 5.7.4, medidos a


partir da face da nervura fictícia, são dados por:

0,1

0,5

0,1

em que “a” representa a distância entre os pontos de Fig. 5.7.5 – Nervura lateral.
momento fletor nulo.
Quando a laje apresentar aberturas ou interrupções na
A distância “a” pode ser estimada em função do região da mesa colaborante, a largura efetiva da mesa
comprimento “ l ” do tramo considerado, como: é calculada como anteriormente, respeitando-se as
limitações impostas pelas aberturas.
- viga simplesmente apoiada:
a=l Este caso é ilustrado na fig. 5.7.6, onde se observa que
a variação da largura efetiva é determinada
- tramo com momento em uma só extremidade: considerando-se mísulas de inclinação 1 para 2.
a = 0,75 l

- tramo com momentos nas duas extremidades:


a = 0,6 l

-tramo em balanço:
A=2l

Alternativamente, a distância “a” pode ser obtida


mediante o exame dos diagramas de momentos
fletores na estrutura.

Portanto, a largura efetiva da mesa é dada por:


Fig. 5.7.6 – Largura efetiva da mesa na presença de
= + + abertura na laje.

Evidentemente, para uma nervura central tem-se

= + +

onde e correspondem aos valores de b1 medidos


a partir das faces esquerda e direita da nervura fictícia,
respectivamente.

Para uma nervura isolada, a largura efetiva da mesa é:

= +2

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Exemplo 5:

Determinar a largura efetiva da mesa das vigas


indicadas na fig. 5.7.7. As vigas são simplesmente
apoiadas com vão l = 5 m.

Fig. 5.7.7 – Piso do exemplo (laje nervurada).

Para todas as vigas, tem-se:

a = l =500 cm (vigas simplesmente apoiadas);

hf = 5 cm (espessura da mesa);

b2 = 50 cm (distância entre nervuras);

ba = bw = 8 cm (largura da nervura fictícia, pois não há


mísulas).

Viga V1:

Vigas V2, V3, etc.:

Fig. 5.7.8 – Seções das vigas do piso (nervuras das


lajes)

EXERCÍCIO:

Refazer os cinco exemplos da aula em memória de


cálculo utilizando folha A4 branca a lápis.

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