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UnB - Universidade de Brasília

Faculdade de Tecnologia
Departamento de Engenharia Civil E Ambiental
Área de Estruturas
Grupo de Dinâmica e Fluido-Estrutura

PROJETO DE TEORIA DAS ESTRUTURAS 1

SÉRIE DE EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE TODO O CONTEÚDO


DA DISCIPLINA

Victor Hugo M. Ribeiro1 & Lineu José Pedroso2


(1) Aluno de graduação – ENC/UnB
(2) Prof. Orientador

JULHO - 2007

Grupo de Dinâmica e Fluido-Estrutura

1
Prefácio

Esta apostila tem por finalidade o auxílio na aprendizagem dos alunos do


conteúdo da disciplina Teoria das Estruturas I.
Disciplina fundamental no ciclo profissional de todo engenheiro civil. Formação
da maior importância para engenheiros civis confiantes profissionalmente.
Para tal auxílio fez-se uma reprodução e adaptação de 42 exercícios abordando
todo o conteúdo da disciplina, desde os métodos de energia de deformação até o
elegante método das deformações.
Esta reprodução provém de bibliografia geralmente não consultada ao longo da
disciplina. Sendo assim, os exercícios foram seqüenciados normalmente por números
cardinais comuns, e ao lado de cada número de exercício, há uma indicação da
bibliografia utilizada para retirar o exercício.
Os autores esperam com toda confiança que esta sirva para termos alunos mais
preparados, não apenas para as provas da disciplina, mas para todas as estruturas com
que venham a se deparar ao longo de sua vida profissional.
E, sobretudo, diz Davi: “Louvai ao SENHOR porque Ele é bom, porque a sua
misericórdia dura para sempre.” (Sl 106:1).

Agradecimentos
Agradecemos, primeiramente, ao Senhor Jesus Cristo, por nos conceder a graça
de fazermos este trabalho e a misericórdia necessária sobre toda a humanidade.
Agradecemos também o apoio do colega de monitoria da disciplina Cássio
Guilherme Rampinelli pelas valiosas sugestões e ajudas neste trabalho. Sem o qual, sua
realização seria impossível.
Agradecemos aos alunos da turma A de Teoria das Estruturas 1 do 1º semestre
de 2007 da Universidade de Brasília, pela paciência e sugestões na concreção de todo
este processo. Este trabalho é dedicado a vocês.

2
Exercício 1 – [7] pg. 19
Calcular as reações no apoio A da viga representada abaixo, pelo método dos
trabalhos virtuais.

Pelo princípio dos trabalhos virtuais, temos:


∑ Wvirt = 0
Que é escrito nesse caso como:

Observe que o ponto fundamental nessa solução, trata-se de relacionar os


respectivos deslocamentos virtuais, e isto é feito mediante relação de semelhança de
triângulos.

Exercício 2 – [7] pg. 21


Determinar, mediante princípio dos trabalhos virtuais, o momento fletor na
seção A indicada na viga da figura abaixo:

Para tanto, introduz-se uma rótula em A, e evidentemente, liberando os


momentos fletores M presentes em A que serão objeto de nossos cálculos. E nessa
rótula A, introduz-se um deslocamento virtual, conforme figura abaixo:

3
Utilizando o princípio dos trabalhos virtuais, temos:
∑ Wvirt = 0
Que nos leva a escrever:

Observe que o critério de cálculo utilizado no cálculo do deslocamento virtual


δP, se baseia no fato de que o ângulo θ/2 se repete no vértice da rótula, e assim podemos
θ  δP
escrever que tg   = . Mas como se trata de uma deslocamento virtual, temos que o
 2 b
θ  θ δP
ângulo θ é infinitesimal, e assim podemos escrever tg   ≈ = , que é a equação
 2 2 b
de compatibilidade cinemática escrita acima.
Pois bem, sabendo disso, basta portanto resolver a equação dos trabalhos
virtuais, pelo que teremos:

Exercício 3 – [7] pg. 22


Seja a mesma viga do Exercício 2, conforme figura abaixo, trata-se agora de
calcular, mediante trabalhos virtuais, o esforço cortante na seção A indicada. Vejamos a
viga novamente:

Para podermos utilizarmos o princípio dos trabalhos virtuais e calcularmos


esforço cortante, temos que impor um carrinho em A liberando assim os respectivos
esforços cortantes. Assim, impomos um campo de deslocamentos virtuais arbritário a
estrutura, conforme figura abaixo.

Observe que como se trata de um carrinho para esforço cortante, e não há


deslocamento devido a momentos fletores, temos que as duas partes hipostáticas

4
restantes permanecem paralelas entre si. Provém deste fato o motivo pelo qual o campo
de deslocamentos virtuais fica como na figura.
Então, pelo teorema dos trabalhos virtuais:
∑ Wvirt = 0
Pelo campo de deslocamentos virtuais imposto, temos então:

Fazendo compatibilidade dos deslocamentos, mediante semelhança de


triângulos, teremos:

Logo, voltando a equação dos trabalhos virtuais, calculamos V como:

Exercício 4 – [1] pg. 24


Para o pórtico plano da figura abaixo, comparar os valores da energia de
deformação devidos ao momento fletor, força cortante e força normal, supondo que a
viga e o pilar tenham o mesmo momento de inércia I, a mesma área A e o mesmo
módulo de Young E. São dados: P, l, I, A, E.

5
As Figuras (b),(c) e (d) mostram os diagramas dos esforços que entrarão no cálculo
da energia de deformação.
Calculando-se separadamente a energia de deformação tem-se:

a) Momento fletor

b) Força cortante

c) Força normal

Para facilitar a verificação supõe-se que tanto o pilar quanto a viga têm seção
quadrada de lado a, tal que a = 1/10 e que G = E/2.
Sendo a seção quadrada tem-se, ainda, que:
A a2
= ; c = 1,2
I 12
Comparando-se as parcelas da energia de deformação devidas à força cortante e à
força normal com a do momento fletor tem-se:
U M 667 U M 1600
= ; =
UV I UN I
mostrando que realmente, em pórticos, a parcela da energia de deformação relativa ao
momento fletor é predominante.

Exercício 5 - [4], pg. 14

Seja calcular a deformação horizontal da estrutura no ponto A, sujeito a


carregamento uniformemente distribuído de 2 t/m. Sendo E = 210 GPa = 210 t/cm² =
210*104 t/m². Onde os momentos de inércia indicados estão em dm4.

6
Valendo-se do princípio dos trabalhos virtuais, traça-se o diagrama de momento
fletor do estado de deformação acima mostrado, e posteriormente traça-se igualmente o
diagrama de momento fletor do estado de carregamento equivalente ao cálculo de
deformação requerido, ou seja, uma carga horizontal unitária aplicada em A. Vejamos
os diagramas:

Vê-se em (a) o diagrama do estado de deformação e em (b) o diagrama do estado


de carregamento. Para cálculo da deformação, o princípio dos trabalhos virtuais nos
informa que:
WFext = WF int
MM χ QQ NN TT
P⋅δ = ∫ EI
ds + ∫
GS
ds + ∫
ES
ds + ∫
GJ
ds
Porém, as parcelas de energia de deformação devido ao esforço cortante, normal
e torçor são desprezíveis se comparadas com a parcela do momento fletor. Logo,
ficamos com:
MM
P⋅δ = ∫ ds
EI
A integral à direita da igualdade na equação já está tabelada para os casos mais
comuns de tipos de diagramas e para barras retas (estas tabelas valem para o valor de
EJδ), e como P = 1 . Portanto, ficamos com:
1 2 
δ =  ⋅ M ⋅ M ⋅ l
EI 12  3 
Substituindo os valores das variáveis conhecidas, no caso, EI12 =
210*104*200*10-4 tm² = 42*10³ tm², M = − 5tm , M = +16 tm, l = 8 m, logo:
1 2 
δ = 3 
⋅ − 5 ⋅ 16 ⋅ 8  = − 0,01059m
42 ⋅ 10  3 

7
δ = -10,2 mm.
O sinal negativo indica que o deslocamento do ponto ocorre contrariamente ao
sentido arbritado para o carregamento (ou seja, o deslocamento é da direita para a
esquerda).

Exercício 6 – [7] pg. 14


Faz-se mediante segundo teorema de Castigliano, o cálculo do deslocamento do
ponto e na direção da força P aplicada à treliça representada na Figura abaixo.

Por equilíbrio da articulação A, obtém-se a força normal de tração em cada uma


das barras da treliça:
P 2
N=
2
A partir das equações de energia de deformação, temos a energia de deformação
em cada barra:
N 2l
Un =
2 EA
Logo, a energia de deformação da treliça se escreve:
2
 P 2 l P 2l dU Pl
U n = 2 
 = , logo: = .
 2  2 EA 2 EA dP EA
Que pelo teorema de Castigliano, trata-se do deslocamento da extremidade da
treliça.

Exercício 7 – [4], pg. 13.

Seja calcular a rotação no apoio esquerdo da viga da figura abaixo, ou seja, uma
viga biapoiada com 10 m de vão.

8
Como neste caso, queremos calcular rotação e não deslocamentos lineares, ao
invés de introduzirmos uma força unitária no ponto onde queremos calcular o
deslocamento, introduziremos um momento unitário.
Sendo assim, traçam-se os diagramas dos estados de deformação (à esquerda) e
de carregamento (à direita). Observe-os já traçados na figura acima.
Pelo princípio dos trabalhos virtuais, temos:
WFext = WF int
MM χ QQ NN TT
P⋅δ = ∫ EI
ds + ∫
GS
ds + ∫
ES
ds + ∫
GJ
ds
Porém, as parcelas de energia de deformação devido ao esforço cortante, normal
e torçor são desprezíveis se comparadas com a parcela do momento fletor. Logo,
ficamos com:
MM
P⋅δ = ∫ ds
EI
A integral à direita da igualdade na equação já está tabelada para os casos mais
comuns de tipos de diagramas e para barras retas (estas tabelas valem para o valor de
EJδ), e como P = 1 . Observe que para cálculo através de tabelas dividiu-se os
diagramas em duas regiões, logo combinando um triângulo com um trapézio, e um
triângulo com outro triângulo. Portanto, ficamos com:
1
6
( ) 1
EJδ = 1 + 2 M 1 M c l1 + l 2 M c M 1
3
1 1
EJδ = (1 + 2 ⋅ 0,7 ) ⋅ 12,6 ⋅ 3 + ⋅ 7 ⋅ 12,6 ⋅ 0,7 = 15,12 + 20,58 = 35,7tm²
6 3
Se assumirmos que a viga seja feita de um dado material com E = 210 t/cm² =
210*104 t/m² e seu momento de inércia J = 100 dm4 = 100*10-4 m4 = 0,01 m4. Teremos:
35,7 35,7
δ = −2
=
210 ⋅ 10 ⋅ 10
4
210 ⋅ 100
δ = 0,0017rad
Segue então cálculo da rotação absoluta à elástica no ponto do apoio à esquerda.

Exercício 8 – [5] pg. 153


Seja o quadro abaixo ilustrado, calcular o deslocamento horizontal do nó C
devido ao acréscimo de temperatura de 20° C. Onde α = 10-5 /ºC.

9
Para cálculo dos alongamentos em cada barra fazemos:
∆ Li = Li ⋅ α ⋅ ∆ t
Assim, teremos para cada barra:
∆ L1 = 6 2 + 2 2 ⋅ 10 − 5 ⋅ 20 = 6,32 ⋅ 10 − 5 ⋅ 20 = 0,001264 m
∆ L2 = 8 ⋅ 10 − 5 ⋅ 20 = 0,0016 m
∆ L3 = 6 ⋅ 10 − 5 ⋅ 20 = 0,0012 m
Para o estado de carregamento adotado com uma carga horizontal unitária P = 1
aplicada no ponto C com sentido da direita para esquerda, calculam-se os esforços
normais em cada barra.
Neste exercício não se calcula o diagrama de momento fletor, pois como as
deformações ocorrem por efeito uniforme de temperatura não há deformação das barras
devido à flexão. Porém, seus alongamentos axiais podem ser consideráveis, sendo
assim, calculam-se apenas os esforços axiais do estado de carregamento, sendo eles os
esforços normais em cada barra. Teremos então para cada barra, após calcular as
respectivas reações de apoio no estado de carregamento:
6 2
N 1 = − 0,6 ⋅ cos α − 1 ⋅ senα = − 0,6 ⋅ − 1⋅ = − 0,886 (compressão)
6,32 6,32
N2 = + 1− 1 = 0
N 3 = + 0,6 (tração)
Pelo princípio dos trabalhos virtuais, temos:
WFext = WF int
MM χ QQ NN TT
P⋅δ = ∫EI
ds + ∫
GS
ds + ∫
ES
ds + ∫
GJ
ds
Neste caso, poderemos desprezar a parte devida aos esforços cortante, torçor e
fletor (pelos motivos já expostos nos exercícios anteriores e no capítulo acima).
Portanto, teremos:
NN
P⋅δ = ∫ ds
ES
 N ⋅ ds 
P⋅δ = ∫  N
 ES 
 N ⋅ ds 
Porém, como já visto na resistência dos materiais, a parcela ∫   = ∆ Lbarra .
 ES 
Porém, como os deslocamentos são constantes e conhecidos poderemos substituir então
essa parcela na expressão, pelo valor dos respectivos deslocamentos de cada barra já
calculado.

10
P ⋅ δ = N 1 ⋅ ∆ L1 + N 2 ⋅ ∆ L2 + N 3 ⋅ ∆ L3
δ = (− 0,889 ⋅ − 0,001264) + (0,6 ⋅ − 0,0012)
δ = 0,000404m = 0,404mm
Atenção, para os sinais de negativo na parcela do deslocamento ∆ L1 e ∆ L3 , isto
ocorre, pois os mesmos ocorrem em sentido contrário ao dos esforços normais de
compressão e tração respectivamente.

Exercício 9 – [3] pg. 25

Pelo teorema de Castigliano, determinar para a viga isostática com carregamento


indicado representada na figura abaixo a flecha (deslocamento vertical) no ponto C.

Para uso do teorema de Castigliano, temos que antes de mais nada que calcular a
energia de deformação total da estrutura:
M2 χ Q2 N T2
U= ∫ ds + ∫ ds + ∫ ds + ∫ ds
2 EI 2GS 2 ES 2GJ
Porém, como já visto, as parcelas de energia de deformação devido esforço
cortante, normal e torçor são desprezíveis frente à contribuição do momento fletor.
Nesse caso, faz-se:
M2
U= ∫ ds
2 EI
E o teorema de Castigliano nos diz que:
∂U ∂ M2
∂ P ∂ P ∫ 2 EI
δ = = ds

M ∂M
δ = ∫ ⋅ ds
EI ∂ P
Se passarmos a derivada para dentro da integral, teremos a expressão logo acima
apresentada1 (devido a regra da cadeia, lembrem-se de Cálculo 1), para usufruirmos da
equação acima, calcula-se a equação do momento fletor para os dois trechos do seu
diagrama, um para x<a e outro para a<x<l, com base na isostática, sabemos que a
equação do momento fletor, torna-se:
Pb
M 1 ( x) = x
l
Pa
M 2 ( x' ) = x'
l

1
É importante salientar que a expressão obtida através de passagem da derivada para dentro da integral só
vale para integrais convergentes e absolutamente convergentes. Ou seja, para integrais de funções
analíticas.

11
Onde x’ é um eixo horizontal com origem em B e orientado da direita para
esquerda e x é um eixo horizontal com origem em A e orientado da esquerda para
direita. Derivando cada equação de momento:
∂ M1 b
= x
∂P l
∂ M2 a
= x'
∂P l
Com as derivadas em mãos substituímos nas integrais. Então, teremos:
 Pb   Pa 
a  x b  x' 
 l  b   l  a 
δ = ∫ ⋅  x  dx + ∫ ⋅  x '  dx '
0
EI  l  0
EI  l 
Se considerarmos EI constante e integrarmos o polinômio resultante, teremos:
1 Pa 2 b 2
δC = ⋅
EI 3l 2
Em particular, se a = b = l/2, teremos:
Pl 3
δc =
48 EI

Exercício 10 – [3] pg. 26


Determinar a flecha (deslocamento) no ponto médio de uma viga isostática
submetida à ação de uma carga uniformemente distribuída pelo teorema de Castigliano,
conforme ilustrado abaixo.

Para aplicarmos Castigliano neste caso consideramos a aplicação de uma carga P


fictícia no ponto C onde queremos calcular a flecha, tal procedimento é adotado pois é
necessário fazermos a equação do momento em função da carga P. Veja figura abaixo.

12
Com a aplicação desta carga, podemos agora escrevermos as equações de
momento fletor tanto de um lado como de outro da estrutura, teremos:
ql qx 2 P
M 1 ( x) = x− + x
2 2 2
2
ql qx' P
M 2 ( x' ) = x'− + x'
2 2 2
Como era de se esperar, as expressões do momento fletor a direita e à esquerda
do ponto C, já que a estrutura é simétrica nesse ponto. Derivando a expressão do
momento com relação a P, teremos:
∂ M1 1
= x
∂P 2
∂ M2 1
= x'
∂P 2
Por fim, substituindo nas integrais e calculando as mesmas, teremos:
1  ql qx 2 Px   x 
l/2
δC = 2∫ 
⋅ x− +  ⋅   dx
0
EI  2 2 2   2
Note que devido a similitude das integrais podemos reduzi-la a uma só integral.
Por fim, temos:
5 ql 4 Pl 3
δC = +
384 EI 48EI

Contudo, P é uma carga fictícia e seu módulo é nulo, tendo sido adicionado para
efeito de cálculo via teorema. Portanto, fazendo-se P = 0, teremos:
5 ql 4
δC =
384 EI

Exercício 11 – [3] pg. 27


Para estrutura semelhante a do exercício anterior, calcular rotação do apoio de 1°
gênero à direita mediante teorema de Castigliano.
O cálculo a ser efetuado é semelhante ao exercício anterior, só que ao invés de
adicionarmos uma carga vertical P fictícia no ponto a ser considerado, adicionamos um
momento M fictício no ponto B (apoio à esquerda).
Reescrevendo as equações de momento fletor para o caso com o carregamento
fictício, teremos:

13
MB ql qx 2
M ( x) = x+ x−
l 2 2
∂ M ( x) x
=
∂MB l
Conforme demonstrado nos diagramas abaixo mostrados.

Por fim, substituindo nas integrais e calculando seu valor. Teremos:


1  MB qx 2   x 
l
∂U ql
θ =
∂M
= ∫
0

EI  l
x+
2
x−    dx
2   l 
Calculando a integral, teremos:
1  M B l ql 3 
θ =  + 
EI  3 24 
B

Como MB é uma carga fictícia e seu valor é 0, finalmente, calculando a rotação


em B:
ql 3
θ B =
24 EI

Exercício 12 – [3] pg. 21


Determinar a flecha e a rotação das duas vigas dadas, submetidas aos
carregamentos das figuras:

14
O diagrama de momentos fletores é mostrado acima.
Pois bem, pegando tabela de qualquer livro de Resistência dos Materiais
veremos que para o estado 1, a rotação do nó A é:
1  Pl + P( l − a ) 
θA=  a
EI  2 
Pa  a
θA= l− 
EI  2
E para o estado 2, temos que a flecha no ponto C é dada por:
Ma  a
δC = l− 
EI  2
Pois bem, o teorema de Betti-Maxwell nos garante que para sistemas com
mesmas condições de contorno, o deslocamento de um ponto na direção de um esforço
unitário, provocado por um segundo esforço unitário, é igual ao deslocamento
produzido na direção deste segundo esforço pelo primeiro.
Ou seja, na prática:
θA= δC
Fazendo então, os esforços P e M serem unitários, teremos:
a  a
θA= l− 
EI  2
a  a
δC = l− 
EI  2

15
Exercício 13 – [1] pg. 56

Com o auxílio do teorema de Betti, calcular as reações de apoio da viga da Figura


acima, sabendo que a função que representa as deflexões da viga b é:

para 0<x<1.
O sistema A é representado pela própria viga, Figura a, ao passo que o sistema B é
obtido retirando o vinculo hiperestático e as cargas externas e uma força unitária
substitui a reação incógnita hiperestática, como mostra a Figura b. Esse sistema é
fictício, mas deve ser compatível com o sistema A.

O trabalho realizado pelas ações do sistema A com os deslocamentos do sistema B


vale:

O sinal negativo indica que as deflexões v1 têm sentido oposto às ações 2P.
O trabalho realizado pelas ações do sistema B com os deslocamentos do sistema
A é dado por:
W B = (1).(0) = 0
Pelo teorema de Betti-Maxwell, há uma igualdade de trabalhos:

16
Logo, pela equação das deflexões fornecida obtém-se que os deslocamentos
vertical à distância l/2 e l do apoio são:

Substituindo v1 e v2 na equação de R2 temos:

Pelo equilíbrio calculamos:

Exercício 14 – [1] pg. 44

Calculas as reações de apoio R1, R2 e M2 da viga dada na figura abaixo


utilizando o método da carga unitária. São dados o módulo de elasticidade E, o
momento de inércia I da seção, a força P e o comprimento l.
O método da carga unitária consiste em considerar dois sistemas: o sistema A
onde se substitui o vínculo hiperestático por uma ação correspondente mantendo as
cargas atuantes e o sistema B constituído pela viga sem as cargas mas com uma ação
unitária aplicada na posição do vínculo hiperestático retirado. Ambos os sistemas são
isostáticos.

Suponha-se que a incógnita hiperestática, para a viga da figura abaixo seja o


momento fletor que existe no engastamento e é denominado M2. Assim, os sistemas A
e B são os mostrados na figura.

17
Seja Δ a rotação da viga no engastamento. Do teorema de Castigliano temos:

Onde M1 é a função que representa a variação do momento fletor devido à carga


unitária e Mr a função que representa a variação do momento fletor para a viga na figura
a acima.
Para simplificar o cálculo, essa viga pode ser separada em duas onde atuam
separadamente as ações 2P e M2, como se mostra na figura abaixo. Nessa figura,
aparecem também os diagramas de momento fletor para cada caso.
Pela equação acima, a integral pode ser dividade em duas de modo a termos:

Onde a primeira integral corresponde à combinação dos diagramas de momentos


fletores da viga b e da viga de carregamento unitário, e a segunda com o momento
liberado pelo engaste com o carregamento unitário.

Utilizando as tabelas de produtos de diagramas, temos:

18
Como Δ na viga real é nulo, temos:

Do equilíbrio da viga, resulta-se:

Exercício 15 – [3] pg. 29


Seja a viga uma vez hiperestática mostrada abaixo, calcular mediante teorema de
Castigliano seu diagrama de momentos fletores.

Relaxando o vínculo em B, e transformando-o em sua reação equivalente VB,


transformamos a viga em isostática. Daí, procede-se a escrita da equação de momentos
fletores, conforme abaixo:
qx 2
M ( x) = V B x −
2
∂M
= x
∂ VB
1  qx 2 
l
∂U
∂ VB EI ∫0 
δ = =  V x −  ⋅ x ⋅ dx
2 
B B

Entretanto, por se tratar, de um vínculo, o deslocamento neste ponto é nulo.


Sendo assim, poderemos calcular VB. Integrando e isolando VB na equação.

19
1
l
 qx 3 
0= ∫0  B
 −  dx
2
V x
EI 2 
V l 3 ql 4
0= B −
3 8
3
V B = ql
8
Com o valor de VB, poderemos reescrever a equação de momento fletor já
calculada e assim traçar o diagrama:
3 qx 2
M ( x) = qlx − ,0 < x < l
8 2
M (0) = M B = 0
ql 2
M (l ) = M A = −
8
Bastando, então, o traçado gráfico da parábola correspondente ao diagrama de
momento fletor e a reta correspondente ao diagrama de esforço cortante, conforme
mostrado na figura abaixo:

Exercício 16 – [2] pg. 1057


Determinar as reações dos apoios da viga de seção uniforme com o
carregamento indicado, usando o Teorema de Castigliano.

Novamente relaxando um vínculo e substituindo pela sua reação ali presente, no


caso em questão optou-se por relaxar o vínculo A, e assim escrever as equações de
momento fletor resultante deste carregamento. Obtemos:

20
wx 2
M 1 ( x) = R A x − ,0 < x < l
2
 3  wx ' 2
M 2 ( x' ) =  2 R A − wl  x'− ,0 < x' < l / 2
 4  2
∂ M1
= x
∂ RA
∂M2
= 2 x'
∂ RA
Ou seja, uma equação para o trecho AB e outra para o trecho BC. Pelo teorema
de Castigliano:
∂U M ∂M
δA= = ∫ ds
∂ RA EI ∂ R A
Como δ A = 0 , prosseguindo a equação acima, encontraremos:
13
RA = wl
32
33
RB = wl
32
wl
RC =
16
Como sugestão ao leitor, pede-se que prossiga a partir do passo do Teorema de
Castigliano e encontre as reações.

Exercício 17 – [4] pg. 37

Seja a viga engastada apoiada mostrada abaixo, obter seu diagrama de


momentos fletores pelo método das forças.

Bem, como se vê trata-se de uma estrutura uma vez hiperestática, e o sistema


principal adotado é aquele mostrado na figura à direita. Pois bem, pelo método das
forças, consiste em considerar, primeiro, a viga sob efeito do carregamento externo e
sem efeito do hiperestático adotado no sistema principal. Portanto, precisamos resolver
a nova estrutura mostrada à esquerda. Veja os diagramas:

21
Como se vê, já está traçado o diagrama de momentos fletores desta estrutura
correspondente. Agora, trata-se de resolver a estrutura do sistema principal, porém
agora que sob efeito unicamente do hiperestático com valor unitário (ou na verdade
qualquer valor, porém é preferível adotar valor unitário por questão de simplicidade).
Agora temos os diagramas de momentos fletores de ambos os estados, agora
trata-se de combina-los (similarmente ao que ocorria no princípio dos trabalhos virtuais)
para obter os coeficientes δij, e assim poder obter a matriz de rigidez do sistema.
Para cálculo do δ10, combinamos o diagrama do estado 1 com o do estado 0. Ou
seja:
M M
δ 10 = ∫ 0 1 ds
EI
Só que esta integral já está tabelada para os casos mais comuns de diagramas,
barras retas, e inércia constante, pela tabela, temos que combinar um diagrama
triangular com uma parábola simétrica, temos então:
1 1
EJδ 10 = M 1 M 0 l = 1 ⋅ 8,1 ⋅ 9 = 24,3
3 3
Para o caso do δ11, combinamos o diagrama do estado 1 com ele mesmo,
similarmente, temos um triângulo combinado com triângulo, assim, pela tabela teremos:
1 1
EJδ 11 = M 1 M 1l = 1 ⋅ 1 ⋅ 9 = 3
3 3
Finalmente, para o cálculo do hiperestático, o método das forças nos garante
que:
[ ]
{δ i 0 } + δ ij { X i } = 0
24,3 + 3 X 1 = 0
X 1 = − 8,1
Para cálculo do diagrama final, podemos usar a equação geral para cada
hiperestático:
E = E 0 + E1 X 1
Onde, E representa o esforço (qualquer esforço, inclusive reações e momento
fletor) em algum ponto na estrutura hiperestática, E0 representa o mesmo esforço no
mesmo ponto no estado 0, E1 representa ainda este mesmo esforço para o mesmo ponto
no estado 1. Sendo assim, o momento fletor no nó do engaste à esquerda é:
E = 0 + 1 ⋅ − 8,1 = − 8,1
Vê-se pelos diagramas que o momento fletor no engaste para o estado 0 é nulo e
para o estado 1 é +1. E para o apoio do 1° gênero à direita, o momento fletor é nulo,
pois assim o é tanto no estado 0 como no estado 1. Logo, sabendo o momento fletor
nestes dois nós e sabendo que o esforço cortante não é nulo no apoio à direita (o que faz
com que o momento fletor tenha tangente não-horizontal), obtemos o traçado deste
diagrama de momento fletor final abaixo mostrado.

22
Exercício 18 – [3] pg. 194
Seja a estrutura auto-equilibrada abaixo, determinar o diagrama de momento
fletor da mesma. Onde J1 = 2J0 e J2 = 1,5J0.

Logo se vê, que a estrutura tem 3 graus hiperestáticos internos, pois não é
possível traçar diagramas de esforços para esta estrutura visto ser um quadro fechado,
não podendo assim definir quais forças e/ou momentos entram pela esquerda e quais
entram pela direita. Em suma, não há aqui hiperestaticidade externa, tão somente
interna. E observe que são 3 graus hiperestáticos internos, pois se cortarmos a estrutura
surgirão três esforços diferentes (normal, cortante e momento fletor) cada um
constituindo um grau hiperestático.

23
Pois bem, será adotado o sistema principal abaixo indicado. Traçam-se assim os
diagramas de momento fletor resultante para cada estado. Veja:

Para o estado 0:

Para o estado 1:

Para o estado 2:

24
Para o estado 3:

Tendo os diagramas de cada estado traçados, passemos então ao cálculo dos


hiperestáticos, calculando os coeficientes δij. Pela tabela:
Cálculo de δ10, teremos de combinar um retângulo com triângulo e um trapézio
com trapézio na barra AB e um triângulo com retângulo na barra BC, sempre lembrando
que a inércia da barra BC é maior, por isso o fator 1/2, daí teremos:
1 50 1 50 1 120
EJδ 10 = − 7000 ⋅ 50 ⋅ − [100( 2 ⋅ 12000 + 7000 ) + 50(12000 + 2 ⋅ 7000 ) ] − 12000 ⋅ 100 ⋅
2 1,5 6 1,5 2 2
EJδ 10 = − 66277778
Semelhantemente, para os demais coeficientes, encontramos:
EJδ 20 = − 55833333
EJδ 30 = − 1032500
EJδ 11 = 1194444
EJδ 12 = EJδ 21 = − 70834
EJδ 31 = EJδ 13 = 14166
EJδ 23 = EJδ 32 = − 14166
EJδ 22 = 1038333
EJδ = 283
33
Montando a matriz de rigidez do sistema e resolvendo o sistema matricial
abaixo:
 − 66277778  1194444 − 70834 14166   X 1 
     
 − 55833333 +  − 70834 1038333 − 14166 ⋅  X 2  = 0
 − 1032500   14166 − 14166 283   X 3 
  
−1
 X1   1194444 − 70834 14166   − 66277778
     
 X 2  = −  − 70834 1038333 − 14166 ⋅  − 55833333
X   14166 − 14166 283   − 1032500 
 3  
 X 1   2590 
   
 X 2  =  − 59 
 X   − 212000
 3  

Com isto, podemos escrever a equação dos esforços:


E = E 0 + E1 ⋅ 2590 + E 2 ⋅ − 59 + E 3 ⋅ − 212000

25
Tendo esta equação em mãos, traçamos o diagrama abaixo mostrado:

Exercício 19 – [4] pg. 40


Seja o pórtico abaixo ilustrado com inércia indicada na figura, submetido ao
carregamento externo mostrado, resolve-lo pelo método das Forças.

Como se vê o pórtico é 1 vez hiperestático. Escolhendo uma incógnita como


hiperestático, no caso, a reação horizontal no apoio A, obteremos o sistema principal
mostrado à direita.
Para tal sistema principal, traçam-se os diagramas do estado 0 e do estado 1, só
salientando que no caso do diagrama do estado 0, dividiu-se o diagrama em duas partes,
uma devida à carga concentrada, outra devida ao carregamento distribuído. Porém, pelo
princípio de superposição, basta somar ambas as parcelas no cálculo dos δ.

26
Portanto, teremos os seguintes coeficientes, fazendo uso da tabela:
1 1
δ 11 = 2 4 ⋅ 4 ⋅ 4 + 4 ⋅ 4 ⋅ 10 + 2 4 ⋅ 4 ⋅ 400 = 245,333
3 3
Temos para a carga concentrada:
1
δ 10' = − 10 ⋅ 4 ⋅ 10 = − 200
2
E para a carga distribuída:
2
δ 10" = − 10 ⋅ 4 ⋅ 10 = − 266,667
3
δ 10 = − 200 − 266,667 = − 466,667
Resolvendo o hiperestático:
δ 11 X 1 + δ 10 = 0
δ 10 − 466,677
X1 = − = − = 1,902
δ 11 245,333
Usando a equação dos esforços:
E = E 0 + E 1 X 1 = E 0 + E11,902

Traçamos este diagrama final:

27
Exercício 20 – [3] pg. 277
EI
Resolver a grelha abaixo ilustrada pelo método das forças, onde = 4.
GJ

Bem, trata-se de uma estrutura 3 vezes hiperestática. O sistema principal


escolhido foi um corte no ponto B, onde aparecerão então 3 esforços hiperestáticos
(cortante, momento fletor e momento torçor). Veja o sistema principal:

Feita a escolha do sistema principal, traçam-se os seus respectivos diagramas de


momento fletor e torçor. Observe que nas figuras abaixo, o diagrama de torçor está
traçado juntamente com o de fletores, porém desenhados em planos distintos.

28
Com os diagramas em mãos podemos calcular através das tabelas os coeficientes
δ. Conforme cálculo mostrado abaixo:
1 1
EJδ 10 = lM 1M 0 = 3 ⋅ − 3 ⋅ − 6 = 18
3 3
EJδ 20 = 0
1 1
EJδ 30 = lM 3 M 0 = 3 ⋅ − 1 ⋅ − 6 = 9
2 2
1 1 1 EI
EJδ 11 = 3 ⋅ − 3 ⋅ − 3 + ⋅ 4 ⋅ + 4 ⋅ + 4 + 3 ⋅ 3 ⋅ 3 + 3 ⋅ − 4 ⋅ − 4 = 231,33
3 3 3 GJ
EJδ 12 = EJδ 21 = 56
EJδ 31 = EJδ 31 = 9
EJδ 22 = 28
EJδ 32 = EJδ 23 = 0
EJδ 33 = 22
 18  231,33 56 9   X1 
    
 0  +  56 28 0  ⋅  X2 = 0
 9  9 0 22 X 
    3
 X 1   − 0,123805 
   
 X 2  =  0,247610 
 X   − 0,358443
 3  

29
Tendo os valores dos hiperestáticos calculados, podemos traçar os diagramas
finais abaixo ilustrados:

Exercício 21 – [3] pg. 261

Seja a grelha abaixo descrita, resolve-la pelo método das forças para o
carregamento de seu peso próprio (ou seja, equivalente a um carregamento
uniformemente distribuído de 400 kg/m), duas cargas concentradas de 1,2 t aplicadas
em C e em C’, e ainda uma sobrecarga no trecho CC’ de 360 kg/m (ou seja,
EJ 4
carregamento uniformemente distribuído de 360 kg/m). Observe que = . Veja
GJ p 3
figura abaixo:

30
Bem, a grelha é geometricamente e elasticamente simétrica, de modo que dos 3
esforços que normalmente apareceriam numa grelha (cortante, fletor e torçor), dois
deles são nulos (no caso, os esforços anti-simétricos, cortante e torçor), sendo assim, o
problema que normalmente teria 3 hiperestáticos, fica simplificado a 1 hiperestático. O
momento fletor X1 na seção de simetria. Veja o sistema principal e uma representação
da grelha:

A partir daqui o procedimento é análogo ao método das forças comum. Sendo


assim, traçam-se os diagramas do estado 0 e do estado 1. Veja:

31
A partir desses, pode-se recorrer a tabela e calcular os coeficientes δ conforme
cálculo demonstrado abaixo.
2 1 EJ 2 1 4
EJδ 10 = lM 0 M 1 + lM 0 M 1 + lT0T1 = − 3,6 ⋅ 13,257 − 3 ⋅ 3,42 ⋅ 1 − 3,6 ⋅ 1,71 3 ⋅ 0,5 = − 31,464
3 3 GJ p 3 3 3
EJ 4
EJδ 11 = lMM + lMM + lTT = 3,6 ⋅ − 0,5 ⋅ − 0,5 + 3 ⋅ − 1 ⋅ − 1 + 3,6 ⋅ 0,5 ⋅ 0,5 = 5,1
GJ p 3
δ 10 + δ 11 X 1 = 0
X 1 = 6,169
Note que como se trata de uma grelha, a contribuição do momento torçor é
significativa e deve ser levada em conta.
Tendo o valor do hiperestático, pode-se novamente utilizar a equação dos
esforços:
E = E 0 + E 1 X 1 = E 0 + E1 6,169
Assim, obtendo os diagramas de momentos fletores e torçores final abaixo:

32
Sempre lembrando que pelo fato da estrutura ser simétrica, o diagrama de
momento fletor é simétrico, ou seja o diagrama do outro lado da estrutura é similar ao
mostrado na figura. Já o diagrama de torçor é anti-simétrico.

Exercício 22 – [3] pg. 267


Observe agora o caso da grelha abaixo esquematizada, resolvendo-a pelo
EI
método das forças, onde = 1. :
GJ

Novamente trata-se de uma estrutura elástica e geometricamente simétrica,


submetida a carregamento simétrico, se cortarmos a mesma pelo eixo de simetria,
aparecerá apenas um hiperestático, o momento fletor.
Então o sistema principal ficará como abaixo ilustrado:

33
Traçando-se os diagramas de momentos fletores e torçores do estado 0 e do
estado 1, teremos:
Diagrama de momento fletor para o estado 0:

Diagrama de momento torçor para o estado 0:

Diagrama de fletores e torçores para o estado 1:

Novamente, valendo-se das tabelas para cálculo dos δ, teremos os seguintes δ:


δ 10 = − 28
δ 11 = 14
∴ X1 = 2
Por esse valor do hiperestático, obtém-se os diagramas abaixo ilustrados:

34
Exercício 23 – [7] pg. 113
Determinar o diagrama de momento fletor do quadro fechado abaixo auto-
equilibrado de dupla simetria representado na figura abaixo, em que todas as barras têm
o mesmo EI.

Se fizermos duplo corte em ambas as seções de simetria, teremos que em cada


seção de simetria, surgem apenas forças normais e momentos fletores em cada seção de
simetria. De modo que com o duplo corte surge a estrutura abaixo 1 vez hiperestática,
ainda podemos fazer o sistema principal indicado do lado direito da figura. Os
diagramas respectivos para cada estado estão indicados igualmente nesta figura.

35
Sendo assim, podemos calcular os coeficientes de flexibilidade δi, conforme
equações abaixo:

Por fim, temos então o seguinte diagrama de momentos fletores final:

Exercício 24 – [3] pg. 281


Seja a mesma grelha do exercício 17, conforme figura abaixo novamente
EJ 4
mostrada e = . Resolve-la utilizando o arranjo de cargas:
GJ p 3

36
O arranjo de cargas consiste em separar o carregamento em duas parcelas, uma
simétrica e outra anti-simétrica, interessante notar que qualquer estrutura elástica e
geometricamente simétrica pode ser objeto de arranjo de cargas conveniente.
Assim sendo, os sistemas principais de ambas as parcelas ficam como ilustrados abaixo,
e seus respectivos carregamentos ilustrados.

Interessante observar que como já foi dito, uma grelha simétrica sob
carregamento simétrico só possui momento fletor na sua seção de simetria. Já uma
grelha sob carregamento anti-simétrico, fica possuindo os dois esforços anti-simétricos
(cortante e torçor). Sendo assim, no sistema principal da parcela anti-simétrica temos 2
hiperestáticos.
Resolvendo a parcela simétrica, temos os seguintes diagramas:

Observe que não há qualquer combinação de diagramas nas mesmas barras,


assim sendo, temos:
δ 10 = 0
δ 11 = 0
X1 = 0
Agora, resolvendo a parcela anti-simétrica, teremos os seguintes diagramas:

37
Onde encontraremos os seguintes δ:
δ 10 = − 18
δ 20 = −9
358
δ 11 =
3
δ 21 = δ 12 = 9
δ 22 = 22
X 1 = 0,123804
X 2 = 0,358444
De posse do valor destes hiperestáticos, encontraremos o seguinte diagrama de
momento fletor:

38
Sendo, portanto, o mesmo diagrama encontrado no exercício 17.

Exercício 25 – [7] pg. 87


Seja a treliça abaixo descrita, calcular os esforços nela decorrentes de um
aumento uniforme de temperatura de 25°C na barra CD, sabendo-se que todas as barras
tem A = 0,0375 m², E = 2,05.108 KPa e α = 10-5 °C-1.

Como trata-se de uma treliça uma vez hiperestática e externamente, adota-se o


seguinte sistema principal.

Já tendo calculado os efeitos do efeito unitário de X1 à direita na figura acima.


Então, deve-se agora passar ao cálculo dos coeficientes δi, e teremos:

39
Observe que δ10 = δt, e que para o cálculo do δ11, usamos a equação do princípio
dos trabalhos virtuais. E assim sendo, temos:
N N M α∆T
δ 11 = ∫ 0 1 ds e δ t = ∫ N iα Tdx + ∫ i dx
EA h
Como numa treliça não há momento fletor, desconsidera-se a segunda parcela
do δt. Assim sendo, podemos calcular X1:

Portanto, com o valor de X1 em mãos e mediante a equação geral dos esforços.


Só lembrando que nesse caso:
E = E 0 + E1 X 1
Só que nesse caso E0=0, logo teremos como seguinte esforços finais:

Exercício 26 – [7] pg. 88


Determinar a força na barra CD da estrutura representada na figura abaixo,
devido a um acréscimo de uniforme de temperatura de 15°C na barra AB. As barras AC,
CB e CD têm A=66cm² e E1=205GPa, e a barra AB tem I = 2,16.105cm4, E2=21GPa e
α=10-5°C-1. Desconsidere as deformações devido à força normal e cortante na barra AB.

40
Vejamos, como se trata de uma estrutura uma vez hiperestática, fazemos o
sistema principal como a figura a direita, onde rompemos o tirante CD e ali colocamos
como incógnita hiperestática a força normal do tirante X1.
Para o estado 0, o cálculo se procede pela fórmula de alongamento devido a
temperatura. Já para o estado 1, temos os seguintes diagramas:

Então, calculamos os coeficientes δi, e teremos:

Observando que para o cálculo δ11, levou-se em consideração as parcelas devido


a esforço normal e cortante. Isto foi feito devido a contribuição destes esforços na
energia de deformação no caso dessa estrutura ser mais significativo, por se tratar de
uma estrutura atirantada.
Chegamos, então, ao seguinte valor final de força na barra CD:

Exercício 27 – [7] pg. 89


Observe a ponte de concreto abaixo em dois vãos. Pede-se determinar os
diagramas de esforços devido a um acréscimo de temperatura de 17°C na fibra superior
da viga e a um acréscimo de 5°C em sua fibra inferior. Observe que a seção transversal
da viga já é dado seu centróide. Tendo E=3,0.107 kN/m², α = 10-5°C-1. Sabendo também
que o momento de inércia do pilar é igual a 0,4202m 4 e o momento de inércia da viga é
igual a 2,354m4. Observemos então a ponte.

41
Se considerarmos o pilar central engastado em sua fundação e na junção com a
viga, e ainda se considerarmos os apoios da viga nos respectivos taludes como sendo de
1° gênero, teremos a seguinte estrutura a resolver.

Onde já descrevemos o sistema principal adotado e os respectivos diagramas


para cada um dos estados 1 e 2. Com isso, podemos passar ao cálculo dos coeficientes
δi. Teremos então:
 20 ⋅ 20 
10 − 5 ⋅ ( 5 − 17 ) ⋅  
α ∆ tAM  2 
δ 10 = δ 1t = = = − 1,33333.10 − 2 m
h 1,8
 25 ⋅ 25 
10 − 5 ( 5 − 17 )  
α ∆ tAM  2 
δ 20 = δ 2t = = = − 2,083333.10 − 2 m
h 1,8
Quanto aos demais coeficientes, temos:

42
Podemos então, resolver o sistema de equações de compatibilidade e assim
calcular os valores dos hiperestáticos, chegando então a um diagrama de esforços finais.

Logo, usando a equação geral dos esforços, chegamos aos diagramas finais.

Exercício 28 – [7] pg. 92


Obter o diagrama de esforços para a grelha abaixo, devido a um recalque de 2
cm no apoio A de cima para baixo, com EI=8,0237.102 kN.m² e GJ=6,1841.10²kN.m², e
desconsiderando deformação da força cortante.

Vendo que trata-se de uma grelha uma vez hiperestática, podemos adotar o
sistema principal como abaixo.

Tendo esse sistema principal, podemos calcular os coeficientes δi. Segue então
cálculo:

43
δ 10 = δ 1r = R1 ρ = (1t ) ⋅ 0,02m = 0,02
1 1 1  1
δ 11 =  ⋅ 1,5 ⋅ 1,5 ⋅ 1,5 + ⋅ 2 ⋅ 2 ⋅ 2  + (1,5 ⋅ 1,5 ⋅ 2) = 1,2002.10 − 2
8,0237.10²  3 3  6,1841.10²
δ 0,02
X 1 = − 10 = − = − 1,6664kN
δ 11 1,2002.10 − 2
Com este valor do hiperestático calculado, é possível então traçar os diagramas
de esforços finais abaixo esquematizados.

Exercício 29 – [7] pg. 94


Seja obter os diagramas de esforços para a viga abaixo, com EI=8,1.104kN.m²,
devido a um recalque do engaste de 1,5 cm de cima para baixo e excluindo-se os efeitos
do carregamento atuante. Vejamos, então, a viga:

Podemos então, adotar o sistema principal como esquematizado abaixo.

44
Calculando então os coeficientes de flexibilidade δi. Temos, portanto:
1 1 1 
δ 11 = 4 
⋅ 5 ⋅ 5 ⋅ 5 + ⋅ 5 ⋅ 5 ⋅ 4  = 9,2593 ⋅ 10 − 4
8,1.10  3 3 
1  1 1 
δ 12 = δ 21 = 4 
− ⋅ 5 ⋅ 1 ⋅ 5 − ⋅ 5 ⋅ 1 ⋅ 4  = − 2,3663 ⋅ 10 − 4
8,1 ⋅ 10  2 3 
1  1 
δ 22 = 4 
1 ⋅ 1 ⋅ 5 + ⋅ 1 ⋅ 1 ⋅ 4  = 7,8189 ⋅ 10 − 5
8,1.10  3 
δ 10 = − 1 ⋅ 0,015m = − 0,015
δ 20 = 1 ⋅ 0 = 0
Resolvendo o sistema de equações de compatibilidade, encontraremos os
seguintes valores de hiperestáticos:
X 1 = − 71,497 kN
X 2 = − 216,38kN .m
Com esses valores e a equação geral dos esforços, podemos chegar aos seguintes
diagramas finais:

Exercício 30 – [7] pg. 95


Determine o diagrama de momentos fletores do pórtico apresentado abaixo
devido ao carregamento indicado e a um recalque de apoio também indicado. Sendo o
momento de inércia das colunas igual a 1,53809.105 cm4, o momento de inércia da viga
igual a 2,332.105 cm4 e o módulo de elasticidade de todas as barras igual a 2,05.108
kN/m². Na parte direita da referida figura se encontra o sistema principal escolhido.

Então, para cada estado, traçamos os respectivos diagramas de momentos


fletores, a fim de que sejam calculados os respectivos coeficientes de flexibilidade e de
carregamento.

45
Calculando, então os coeficientes:

Observe que no cálculo dos δi0, temos que notar o adicionar da parcela devido ao
recalque. Em δ10, não há força no sentido do recalque, por isso, não há parcela a ser
adicionada. Já em δ20, há uma força de 1/8 no mesmo sentido ao do recalque. Por isso,
temos o cálculo de –(1/8)*0,015.
Então, podemos calcular os hiperestáticos.
X 1 = − 66,9267 kN
X 2 = 288,20kN .m
Com os hiperestáticos calculados, podemos traçar o seguinte diagrama final.

46
Exercício 31
*Obs: Em virtude da carência da literatura sobre exercícios de Pasternak, esse exercício foi criado pelo
autor.

Seja calcular a flecha no ponto de aplicação da carga concentrada de 5,333 t do


quadro hiperestático do Exercício 13, conforme figura abaixo:

Adotando a mesma resolução via método das forças do Exercício 13, obtemos o
diagrama de momento fletores conforme figura abaixo:

Pelo teorema de Pasternak, para calcularmos essa flecha basta aplicarmos o


princípio dos Trabalhos Virtuais, tomando como um dos estados (ou deformação
ou carregamento) a estrutura hiperestática, e o outro podendo ser tomado num
sistema principal isostático qualquer que dela se obtenha. Então, no nosso caso,
como já conhecemos a priori o diagrama final de momentos fletores da estrutura
hiperestática, é mais interessante toma-la como estado de deformação. E o estado de
carregamento, como a estrutura abaixo mostrada:

47
Então, teremos o seguinte diagrama de momentos fletores relativo ao estado de
carregamento acima ilustrado:

48
Utilizando-se do teorema de Pasternak, teremos, mediante cálculos via tabelas:

MM
P⋅δ = ∫ EI
ds

1 1 1 1
EJδ = ⋅ 2,5 ⋅ 1,875 ⋅ 17,5 − ⋅ 2,5 ⋅ 1,875 ⋅ 0,625 + ⋅ 7,5 ⋅ 1,875 ⋅ 17,5 − ⋅ 7,5 ⋅ 1,875 ⋅ 5,625
3 3 3 3
EJδ = 82,03125tm³
Supondo EJ = 10 5 tm ² , teremos:

δ = 82,03125.10 − 5 m = 0,82mm .

Exercício 32
*Obs: Em virtude da carência da literatura sobre exercícios de Pasternak, esse exercício foi
criado pelo autor.

Calcular a rotação na seção de simetria da grelha do exercício 18, conforme


figura abaixo:

De acordo com o teorema de Pasternak, para calcularmos essa rotação basta


aplicarmos o princípio dos Trabalhos Virtuais, tomando como um dos estados (ou
deformação ou carregamento) a estrutura hiperestática, e o outro podendo ser
tomado num sistema principal isostático qualquer que dela se obtenha. Então,
observe como já, a priori, conhecemos o diagrama da estrutura hiperestática, portanto
tomaremos a mesma como diagrama do estado de deformação. Para estado de
deformação, então, temos:

Para diagrama de torçor do estado de deformação:

49
Já para estado de carregamento, temos os seguintes diagramas de fletores e
torçores abaixo:

Então, se utilizando do teorema de Pasternak e da tabelas para combinação de


diagramas:
MM TT
M ⋅θ = ∫ ds + ∫ ds
EI GJ
EIθ = 0
O que confirma a hipótese de que a rotação na seção de simetria para um
carregamento simétrico é nula.

Exercício 33 – [5] pg. 207


Calcular o diagrama de momentos fletores da estrutura hiperestática abaixo pelo
método dos deslocamentos.

Como vemos, esta estrutura possui 3 deslocabilidades, 2 internas e 1 externa.


Sendo assim, colocamos duas chapas rígidas, uma em cada nó e um vínculo de 1°
gênero horizontal num dos nós 1 ou 2. Feito isto, com o auxílio das tabelas que nos
informam o valor dos momentos fletores de engastamento perfeito. Sendo assim
calculamos os momentos e forças devido a uma rotação unitária no nó 1, momentos
estes que surgem nas chapas rígidas nodais e forças surgem no vínculo de 1° gênero.
Semelhantemente, calculam-se os momentos e forças devido a uma rotação
unitária no nó 2. Feito isto, empreendemos um deslocamento unitário no vínculo de 1°
gênero imposto pela deslocabilidade externa e calculamos quais forças e momentos
fletores que aparecem nas chapas rígidas nodais e no vínculo de 1° gênero acrescentado.

50
Observe figura abaixo:

Sendo assim, calculam-se os coeficientes β referentes ao método dos


deslocamentos, valendo-se das tabelas I e III apresentadas, respectivamente, nas páginas
17 e 19 de Sussekind2:
q A1l A21 q1− 2 l12− 2 3 ⋅ 42 6 ⋅ 82
β 10 = − + = − + = 28
12 12 12 12
q l2 6 ⋅ 82
β 20 = − 1− 2 1− 2 = − = − 32
12 12
Para cálculo de β 30 , separam-se as barras A-1, 1-2 e 2-B. Onde apenas nos
interessarão as barras 1-2 e 2-B. Sendo que a barra 2-B se apresenta descarregada, assim
não possuindo nenhuma reação no vínculo de 1° gênero introduzido. Já a barra 1-2,
calculamos:
β 30 = − 4 − 6 = − 10
Continuando o cálculo dos β.
4 EJ 4 EJ 4 EJ 4 EJ
β 11 = + = + = 1,5 EJ
l A− 1 l1− 2 4 8
1 4 EJ
β 12 = β 21 = ⋅ = 0,25 EJ
2 l1− 2
4 EJ 4 EJ
β 22 + = = 0,5 EJ + EJ = 1,5EJ
l 2− B l1− 2
Já para o cálculo dos coeficientes relativos ao deslocamento unitário do vínculo
de 1° gênero, em tese, seria necessário fazer um diagrama de Williot e assim calcular os
deslocamentos ortogonais recíprocos de cada nó. Apresenta-se o Williot construído
abaixo:

Observa-se então que os deslocamentos dos nós 1 e 2 (no Williot, identificados


como B e C respectivamente) foram unitários, como era de se esperar. Logo,
calculamos o restante dos coeficientes.

2
Sussekind, J. C. Curso de Análise Estrutural vol. 3. 3ª edição. Ed. Globo. Porto Alegre, 1979.

51
6 EJρ 6 EJ
β 31 = β 13 = 2
= = 0,375EJ
l A− 1 16
6 EJρ 6 EJ
β 32 = β 23 = 2
= = 0,375EJ
l 2− B 16
M1 + M A M 2 + M B
β 33 = + = 0,375EJ
l A− 1 l 2− B
Com os valores desses coeficientes calculados, é possível calcular os
deslocamentos δ1, δ2 e δ3. Como abaixo mostrado:
 β 10   β 11 β 12 β 13   δ 1   0
β  + β β β
    
 20   21 22 23  ⋅  δ 2  =  0
 β 30   β 31 β 32 β 33   δ 3   0
−1
δ 1  1,5 0,25 0,375  28 
   
EJ  δ 2  = −  0,25 1,5 0,375  − 32
 δ 3   0,375 0,375 0,375  − 10 
   
 δ 1   − 32 
EJ  δ 2  =  16 
 δ 3   42,667
De posse desses valores, é possível calcular os momentos fletores usando-se a
equação geral dos esforços, temos:
E = E 0 + E1δ 1 + E 2δ 2 + E3δ 3
E = E 0 − 32 E1 + 16 E 2 + 42,667 E 3

52
Achando-se então, o seguinte diagrama de momentos fletores final (o diagrama
está traçado com os valores dos momentos multiplicados por 10):

Exercício 34 – [4] pg. 162

Resolver a estrutura abaixo ilustrada pelo método dos deslocamentos,


empregando o artifício do arranjo de cargas:

Como se trata de uma estrutura geométrica e elasticamente simétrica, fazemos


um arranjo de cargas conveniente de modo a obter uma parcela com carregamento
simétrico e outra com carregamento anti-simétrico, bastando para resolver a estrutura,
de acordo com o princípio da superposição, adicionar os diagramas de ambas as
parcelas. Veja então como ficam as duas parcelas:

53
De posse dessas parcelas, vemos que na parcela simétrica temos duas
deslocabilidades internas e na parcela anti-simétrica, teremos igualmente duas
deslocabilidades, ambas internas.
Calculando então, cada um dos coeficientes β. Para a parcela simétrica teremos:
3E 2 J 3EJ 4 E 2 J
β 11 = + + = 2,25EJ
l A− 1 l B− 1 l1− 2
1 4E 2 J
β 12 = β 21 = ⋅ = 0,5EJ
2 l1− 2
4 E 2 J 4 E 2 J 3EJ
β 22 = + + = 3,6 EJ
l1− 2 l 2− 3 lC − 2
ql A2 − 1 ql B2 − 1 ql12− 2 1,5 ⋅ 8 2 0,5 ⋅ 3 2 2 ⋅ 8 2
EJβ 10 = + + = + + = 23,23
8 8 12 8 8 12
ql 2 ql 2 2 ⋅ 8 2 1 ⋅ 10 2
EJβ 20 = − 1− 2 + 2− 3 = − + = − 2,34
12 12 12 12
Resolvendo o sistema linear correspondente, teremos como valor dos
deslocamentos:
 δ 1   1,06
 δ  =  1,72
 2  

Agora, para a parcela anti-simétrica, teremos semelhantemente:


β 11 = 1,375
β 12 = β 21 = 0,250
β 22 = 1,6
β 10 = − 4,56
β 20 = 0
δ 1 = 3,41
δ 2 = − 0,533
Pela equação dos esforços, podemos encontrar o momento fletor em cada nó, e
assim traçar o diagrama de momentos fletores tanto para a parcela simétrica quanto a
anti-simétrica. Somando-se esses diagramas, obtemos o seguinte diagrama final:

54
Exercício 35 – [7] pg. 144
Determinar o diagrama dos esforços solicitantes, mediante método dos
deslocamentos, da viga representada na figura abaixo, em que E=2,1.107kN/m²

Para simplificação dos cálculos, a carga presente na barra em balanço pode ser
transferida para o apoio A como o carregamento indicado. E essa estrutura possui uma
deslocabilidade interna, então o sistema principal da estrutura fica como descrito à
direita.

Com o auxílio de tabelas calculamos os momentos fletores atuantes na chapa


rígida, conforme equações abaixo:

Com esses momentos calculados, podemos calcular β10, conforme equações


abaixo.
β 10 = 90 − 53,906 = 36,094kN.m
Veja como fica o sistema principal no caso de estado 0.

55
E agora, novamente com o auxílio de tabelas, podemos calcular os coeficientes
de rigidez de cada barra e assim calcular o coeficiente β11, conforme expressões abaixo.
3EI 3EI 3.2,1.10 7 .0,01 3.2,1.10 7 .0,006
β 11 = k1 + k 2 = + = + = 14,175.10 4
l1 l2 8 6
Observe como fica o estado 1:

Resolvendo a equação de compatibilidade do método dos deslocamentos,


calculamos o hiperestático correspondente.
β 10 + β 11 X 1 = 0
X 1 = − 2,5463.10 − 4 rad
Com a equação geral dos esforços, temos:
E = E 0 + E1 X 1
Então, por fim, traçamos o diagrama abaixo descrito.

Exercício 36 – [7] pg. 147


Determinar, mediante método dos deslocamentos os diagramas de esforços da
pórtico abaixo ilustrado, em que as barras têm I=0,03m4 e E=2,0.107kN/m². Observe o
sistema principal desenhado à direita. Trata-se de uma estrutura com 1 grau de
deslocabilidade interna.

56
Para cálculo dos coeficientes β, faz-se primeiro em cada estado cálculo dos
momentos atuantes na chapa rígida introduzida no nó da deslocabilidade. Para tanto,
observe estas equações abaixo em que estão calculados esses momentos para o estado 0.

Então, β10 fica como abaixo:


β 10 = M B1 + M B 2 = − 66,667 − 26,25 = − 92,917kN .m
Observe na figura como fica o estado 0 detalhadamente.

Já para o estado 1, temos que calcular os momentos de engastamento perfeito


relativos a uma rotação unitária do nó. Observe como são calculados esses momentos.
4 EI 4.2.10 7.0,03
k1 = = = 6.10 5
l1 4
3EI 3.2.10 7 .0,03
k2 = = = 3,6.10 5
l2 5
Então, β11 fica como abaixo:
β 11 = k1 + k 2 = 6.10 5 + 3,6.10 5 = 9,6.10 5
Já para o estado 1, observe os detalhes.

57
Logo, calculamos X1 conforme abaixo.
β 10 + β 11 X 1 = 0
X 1 = 9,6789.10 − 5 rad
Com o cálculo de X1 e a equação geral dos esforços, e ainda a realização do
equilíbrio final da estrutura, podemos traçar os diagramas finais abaixo:

58
Exercício 37 – [7] pg. 156
Obter os diagramas de esforços da grelha abaixo ilustrada, na qual todas as
barras têm EI=5,0.105 kN.m² e EI/GJ = 5/4.

Observe que temos na grelha 1 nó, e por se tratar de uma estrutura espacial
podemos ter em cada nó 2 deslocabilidades, uma relativa a flexão outra a torção da
respectiva barra. Sendo assim, temos na grelha 2 deslocabilidades internas, e nenhuma
externa, devido à presença do apoio de 1° gênero representado. Por isto é que o sistema
principal fica como na figura acima à direita.
Observe como fica o estado 0.

Então para o estado 0 calculamos os momentos de engastamento perfeito nos


nós gerados pelo carregamento imposto à grelha.

Observe que para a chapa 2, que é a chapa que resiste a torção na barra BC e
flexão na barra AB, não há carregamento atuando no sentido do momento desta chapa,
sendo assim, temos um carregamento nulo ali.
Logo,
β 10 = 37,5
β 20 = 0

59
Para o estado 1, que é gerado pela rotação unitária da chapa 1, temos:

Para o cálculo dos coeficientes, temos as seguintes rigidezes das barras 1 e 2 à


flexão e à torção, respectivamente:

Observe que para o cálculo de β11, temos os momentos que surgem na chapa 1
devido a rotação unitária da mesma, e observe que quando a chapa realiza uma rotação
unitária, temos rigidez à flexão na barra 1 e rigidez a torção na barra 2. Já para β 12,
observe que com o giro unitário da chapa 1 não surge nenhum momento na direção da
chapa 2, ou seja, β12=0. RESSALVA: Cuidado para não confundir, o fato do giro da
chapa 1 ter gerado torçor na barra 2 não significa que este torçor esteja na direção
da chapa 2, apenas, a direção de um momento torçor coincide com o eixo da barra
que no nosso caso trata-se de um momento na direção da chapa 1.
Logo, teremos:
β 11 = 4,3333 ⋅ 10 5
β 21= β 12 = 0
Para o estado 2, temos:

Então no estado 2, já temos as seguintes rigidezes das barras 2 e 1 à flexão e à


torção, respectivamente.

60
Com essas rigidezes calculadas, percebemos que com a rotação unitária da chapa
2, surge um esforço de flexão na barra 2, e um de torção na barra 1, ambos na direção
da chapa 2. Já na direção da chapa 1, temos que não surgem esforços na direção desta.
Portanto, calculamos:
β 22 = 5,666666 ⋅ 10 5
Com isso, podemos calcular o valor dos deslocamentos reais da estrutura nesse
nó.

De posse desse valor podemos calcular os momentos atuantes no nó, e com estes
momentos podermos calcular as reações de apoio, mediante equações de equilíbrio.
Encontrando então os seguintes diagramas finais.

Exercício 38 - [7] pg. 158


Traçar diagramas de esforços solicitantes para a grelha abaixo representada. Em
que EI = 5,0.105 kN.m² e EI/GJ = 5/4.

61
Observe que agora a grelha possui 3 deslocabilidades, 2 internas e 1 externa. E o
carregamento também foi alterado. O sistema principal fica como indicado na direita.
Para o estado 0, teremos:

Calculando então, cada um dos momentos em ambas as barras da grelha. Temos:

Observe que este cálculo só serve para o caso de termos um carregamento


distribuído em toda a extensão da barra! Para outros casos, teremos outras formas de
cálculo. Assim, teremos os seguintes coeficientes:
β 10 = 15,0kN .m
β 20 = 13,333kN .m
β 30 = 15 + 20 = 35kN
Para o estado 1, teremos algo como abaixo:

Girando a chapa 1, teremos então essa situação. Calculando as respectivas


rigidezes à flexão e à torção nas barras 1 e 2, respectivamente, e ainda a reação no
vínculo de 1° gênero gerada pelo giro da chapa 1.

62
Observe que o cálculo da reação no vínculo de 1° gênero se faz por equilíbrio da
viga onde surge momentos fletores (nesse caso a barra 1). Isto ocorre porque o esforço
de torção não induz reações verticais no vínculo de 1° gênero. Sugestão: faça o
equilíbrio da barra 1.
Logo, teremos os coeficientes:
β 11 = 3,3333 ⋅ 10 5 + 10 5 = 4,33333 ⋅ 10 5
β 21 = β 12 = 0
β 31 = β 13 = 0,833333 ⋅ 10 5
Para o estado 2, temos:

As respectivas rigidezes e reações serão:

A mesma coisa se aplica no estado 2, a reação é calculada por equilíbrio da barra


submetida à flexão. Os coeficientes serão, portanto:
β 22 = 5,666666 ⋅ 10 5
β 32 = β 23 = 1,875 ⋅ 10 5

63
Por fim, o estado 3:

Em tese, para o estado 3, seria necessário fazer o diagrama de williot para


calcular o deslocamento dos nós da estrutura. Mas isso não será necessário nesse caso,
pois trata-se de 3 nós na estrutura, 2 indeslocáveis, e o terceiro é justamente o nó onde
está presente o deslocamento unitário do vínculo de 1° gênero.
Calculando as respectivas rigidezes de cada barra, teremos:

Sendo assim, teremos os seguintes coeficientes:


β 33 = ( 0,27778 + 0,9375 ) ⋅ 10 5 = 1,2153 ⋅ 10 5
Fazendo o sistema de equações de compatibilidade, teremos:
 15   4,3333 ⋅ 10 0,8333 ⋅ 10 5   X 1   0
5
0
 13,3333 +  0

5,6667 ⋅ 10 5 1,875 ⋅ 10 5   X 2  =  0
  
 35   0,8333 ⋅ 10 5 1,875 ⋅ 10 5 1,2153 ⋅ 10 5   X 3   0

 X 1   11,032 ⋅ 10 
−5

 X  =  22,584 ⋅ 10 − 5 
 2  
 −5
 X 3   − 75,366 ⋅ 10 

64
Com os deslocamentos calculados, usamos a equação geral dos esforços para
calcular os momentos fletores atuantes no nó da estrutura. Com isto, fazemos o
equilíbrio da grelha e assim, podemos traçar os seguintes diagramas finais.

Exercício 39 – [7] pg. 168


Determinar o diagrama de esforços do pórtico abaixo, devido a uma variação
uniforme de temperatura de 20°C em suas duas barras. EI=4,5.105 kN.m² e α=10-5/°C.

Como se vê, trata-se de uma estrutura com 1 deslocabilidade interna. Então


colocamos uma chapa no nó deslocável.
Temos um “carregamento” térmico. Antes de mais nada, calculemos o quanto
cada barra da estrutura se desloca.
δ 1 = L0 ⋅ α ⋅ ∆ T = 4 ⋅ 10 − 5 ⋅ 20 = 80 ⋅ 10 − 5 m
δ 2 = 100 ⋅ 10 − 5 m

65
Sendo assim, o que faz diferença para o método dos deslocamentos é o quanto se
desloca o nó C com este aumento de temperatura. Ou seja, estamos à procura do
deslocamento ortogonal recíproco de C. Para tanto, temos que traçar um gráfico,
denominado gráfico de Williot, onde fazemos uma combinação do alongamento das
respectivas barras.
Para traçar um gráfico de Williot, imaginamos a estrutura totalmente rotulada, e
nessa condição, impomos os respectivos deslocamentos de cada barra, nesses pontos
“finais” de cada barra, imagine a barra podendo girar livremente com esse novo
comprimento, no encontro desses dois “giros” é que estará o nó C’ final desejado.
Porém, para efeito de simplificação, como se trata de deslocamentos muito pequenos,
então aproximamos o arco de circunferência do “giro” da barra, por um deslocamento
ortogonal à barra. Por isso que se diz, deslocamento ortogonal recíproco. Veja exemplo
abaixo.

Observe os deslocamentos na direção de cada barra δ1 e δ2, e os ortogonais a eles


que se interceptam em C’. LEMBRANDO QUE A ILUSTRAÇÃO ACIMA ESTÁ
FORA DE ESCALA.
Pois bem, o gráfico de williot é um processo similar só que mais simplificado.
Observe o williot deste exercício.

Primeiramente, tomam-se os pontos fixos da estrutura que nesse caso são A e B,


e nele pomos um ponto (0,a,b). A partir deste ponto, marcamos o deslocamento da barra
1, já que essa barra tem um de seus pontos como fixo (é o ponto A), que é de 80.10 -5 m,
e o deslocamento se dá na direção da barra, como temos uma barra horizontal, o vetor
deslocamento também é horizontal. Então, do ponto 1 final do deslocamento da barra 1,
traçamos um segmento que seja perpendicular a barra 1 e ali o deixamos.

66
Agora a partir do ponto 0,a,b traçamos o deslocamento da barra 2, que é de
100.10-5, lembrando que esse deslocamento se dá na mesma direção da barra. Pois bem,
ao traçar esse deslocamento representamos em seu final o ponto final da barra 2. E a
partir deste ponto, traçamos um segmento perpendicular à barra 2.
No encontro destas duas perpendiculares (uma com relação ao deslocamento da
barra 1 e a outra com relação ao deslocamento da barra 2) é que temos o ponto final C
de encontro destas duas barras. O deslocamento que nos interessa é em relação ao nó
final de cada barra. Sendo assim, o deslocamento de C em relação à barra 2 é nulo. Por
sua vez, em relação à barra 1 é de 60.10-5 m. Com esses valores de deslocamentos
ortogonais recíprocos. Podemos, por fim, calcular os coeficientes do estado 0.
Vejamos como fica o estado 0.

Como só temos deslocamento na barra 1, apenas ela, produz momento. Assim,


calculamos a respectiva rigidez da barra para esse deslocamento.

Concluímos que:
β 10 = − 101,25kN.m
Já para o estado 1, temos a seguinte situação:

Calculamos as seguintes rigidezes das barras:

De posse desses valores de rigidez, concluímos que:


β 11 = 8,1 ⋅ 10 5

67
A equação de compatibilidade então fica:
− 101,25 + 8,1.10 5 X 1 = 0
X 1 = 12,5.10 − 5 rad
Com o deslocamento calculado e a equação geral dos esforços em mãos,
podemos, por fim, traçar os diagramas de esforços finais.

Exercício 40 – [7] pg. 177


Para o mesmo pórtico do exercício anterior, traçar diagramas de esforços para
uma variação de temperatura de 12,5°C entre as fibras inferiores e superiores, e sendo a
altura de cada barra da estrutura de 0,5 m. E ainda lembrando que a temperatura no
centróide da barra permanece inalterada
Como temos o mesmo pórtico, teremos então o mesmo sistema principal. Só que
como agora não se trata mais de variação térmica no centróide e sim entre as fibras da
barras. Não mais teremos o estado 0 feito no exercício anterior. Até mesmo porque não
se trata mais de deslocamento das barras mas de uma flexão térmica das mesmas.
O estado 0 agora será:

Logo, para cálculo dos coeficientes, teremos:

68
Ti − Te 12,5
β 10 = EIα = 4,5 ⋅ 10 5 ⋅ 10 − 5 ⋅ = − 112,5kN .m
h 0,5
O estado 1 permanece inalterado, pois trata-se do mesmo sistema principal, logo
a equação de compatibilidade se torna.
β 11 = 8,1 ⋅ 10 5
− 112,5 + 8,1.10 5 X 1 = 0
X 1 = 13,889.10 − 5 rad
Logo, teremos os seguintes diagramas finais:

Exercício 41 – [7] pg. 181


Determinar o diagrama de momento fletor do pórtico do exercício 39 para um
recalque de 1 cm no apoio B de cima para baixo, juntamente com a rotação de 1° deste
apoio no sentido anti-horário, EI=4,5.105 kN.m². Só para relembrar:

Novamente, para recalques de apoio, construímos um gráfico de williot, por


processo similar ao já descrito no exercício 39. Apenas com a diferença de que agora
teremos não mais que calcular os deslocamentos de cada barra. Mas o mesmo já e
conhecido, sendo de 1 cm para baixo em B. Similarmente, imagine a estrutura rotulada,
e aplique o deslocamento de 1 cm em B. E aplique todo o resto do processo já ali
descrito.
Daí o aluno pergunta, e para onde foi a rotação? A resposta virá na análise da
barra 2, pois esta rotação pouco vai influenciar no deslocamento do nó C.
Segue então williot:

69
Prosseguindo, temos o estado 0:

Observe que pelo williot, a única deformação por deslocamento se dá na barra 1.


Só que na barra 2, temos também a rotação do nó B. Assim, as rigidezes de cada barra
ficam como calculada abaixo:
6 EI 6 ⋅ 4,5 ⋅ 10 5
M A1 = M C1 = ρ 1 ⋅ 2 = 1 ⋅ 10 − 2 ⋅ = 1,6875 ⋅ 10 3 kN .m
l 42
4 EI 4 ⋅ 4,5 ⋅ 10 5
M B2 = θ ⋅ = 0,017453 ⋅ = 6,2831 ⋅ 10 3 kN .m
l 5
M B2
M C2 = = 3,1416 ⋅ 10 3 kN .m
2
β 10 = M C1 + M C 2 = 4,8291 ⋅ 10 3 kN .m
Como se trata do mesmo sistema principal, o estado 1 prossegue da mesma
forma. Logo teremos a seguinte equação de compatibilidade:
4,8291 ⋅ 10 3 + 8,1.10 5 X 1 = 0
X 1 = − 596,19 ⋅ 10 − 5 rad
Mediante equação geral dos esforços, chegamos, então, ao seguinte diagrama
final.

70
Exercício 42 – [7] pg. 195

Mediante arranjo de cargas conveniente, obter o diagrama de momento fletor do


pórtico abaixo representado em que EI = 5,0.105 kN.m², utilizando as parcelas simétrica
e anti-simétrica.

Portanto, a solução do exercício divide-se em duas etapas.

1) Parte simétrica.

Para a parte simétrica do carregamento, faremos um corte na seção de simetria.


E ali surgem esforços normais e de momento fletor. Sendo assim, teremos o seguinte
sistema principal.
OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: O LIVRO GERALMENTE ADOTADO
NA DISCIPLINA (SUSSEKIND) DESACONSELHA A ADOÇÃO DESTE
SISTEMA PRINCIPAL, ATÉ MESMO PORQUE NÃO HÁ TABELA PARA
CÁLCULO DE MOMENTOS DE ENGASTAMENTO PERFEITO PARA O
CASO DE UM ENGASTE E UM CARRINHO. Para este autor, o ideal nas
estruturas simétricas é resolver apenas a metade da estrutura sem cortá-la,
aproveitando-se da estrutura no estado 1, usando, ao invés da rigidez da barra
biengastada, o coeficiente de simetria Ks. Ou seja para o estado 0, o momento de
engastamento perfeito seria:

71
Observe que ∆1 terá o mesmo valor do processo de cálculo abaixo.

Lembrando que estruturas planas simétricas com carregamento simétrico não


possuirão deslocabilidades externas.
Logo, teremos uma estrutura com 1 deslocabilidade interna. Para o estado 0,
teremos:

E onde β 10 = M A1 = 66,667kN .m .
Por sua vez, o estado 1 nos traz a seguinte situação:

E onde β 11 = 2,5.10 5 + 3,3333.10 5 = 5,8333.10 5 .

72
Logo, a equação de compatibilidade se quedará como:
66,667 + 5,8333.10 X 1 = 0 . Resolvida esta, e com a equação dos esforços, podemos
5

traçar o seguinte diagrama para a parcela simétrica:

2) Parte Anti-simétrica

Para a parte anti-simétrica do carregamento, faremos um corte na seção de anti-


simetria. E ali surgem esforços cortante e de momento torçor, só que como se trata de
uma estrutura plana, não há que se falar em momento torçor, restando apenas o esforço
cortante. Sendo assim, teremos o seguinte sistema principal.

Trata-se de uma estrutura com 2 deslocabilidades, 1 interna e outra externa.


Sendo assim, a resolução se procede para os estados 0, 1 e 2 como se trata abaixo.
Para o estado 0:

73
Portanto, β 10 = 25kN.m e β 20 = 0.

Porém, observe que temos uma estrutura com carregamento anti-simétrico, ou


seja, do outro lado da seção de simetria, os valores dos coeficientes serão os mesmos em
módulo, porém com sinal oposto. Para o estado 1:

Logo, β 11 = 10,83333 e β 21 = β 12 = 0,83333 .


Por fim, o estado 2 que nos diz:

74
Ou seja, β 22 = 0,27778.10 5 .
Mediante solução das equações de compatibilidade abaixo:
 25  10,8333 0,83333   X 1   0
 0  +  0,83333 0,27778 ⋅ 10 5   X  =  0
     2  
 X 1   − 3,0001 ⋅ 10 − 5 
X  =  −5 
 2   9,0007 ⋅ 10 
Traça-se então, o seguinte diagrama para a parcela anti-simétrica:

Pela “soma” dos dois diagramas, encontramos o diagrama final. (Observe, no


entanto, que tal soma é realizada mediante as duas equações gerais de esforços
encontradas, como se tratasse de uma estrutura 3 vezes deslocável).

75
Exercício 43 – [7] pg. 184

Considerando o pórtico abaixo, calcular sua equação de compatibilidade estática


mediante método dos deslocamentos, para o carregamento abaixo indicado. Lembrando
que todas as barras desta estrutura possuem: e .

O sistema principal neste caso, torna-se a figura da direita com duas chapas
rígidas produzindo momentos de engastamento perfeito nos nós D e E. Produzindo os
seguintes βi0:

Em seguida calcula-se para os demais estados. No estado 1, introduzimos um


giro unitário na chapa 1, e assim se produzem os seguintes momentos nas chapas 1 e 2:

76
Por sua vez, no estado 2, gira-se a chapa 2 unitariamente com os seguintes
momentos produzidos:

Com o cálculo destes momentos, calculam-se os seguintes coeficientes βij.

Por fim, calcula-se o sistema linear de compatibilidade estática, encontrando os


seguintes valores para as deslocabilidades, e por sua vez, a equação de compatibilidade
estática está iminente. Observe que o valor das deslocabilidades é a primeira coluna na
2ª matriz.

Exercício 44 – [7] pg. 184


Para a estrutura do exercício anterior calcular a equação de compatibilidade
estática para o caso de um recalque vertical em B de 2 cm de cima para baixo, como
mostra a figura abaixo. O sistema principal é mostrado na direita.

77
Tal recalque produz o seguinte diagrama de williot:

Olhando a cadeia cinemática da estrutura:

Observe que com o apoio B descendo 2 cm os nós fixos ficam sendo A e C, e B


já está determinado devido a seu deslocamento conhecido. As barras AD e BD se
encontram no nó D, para tanto traçam-se os ortogonais recíprocos a estas barras, onde
os mesmos se cruzarem estará o nó D (lembrando que o método de williot é justamente
este, quando duas barras se encontram no mesmo nó, seus ortogonais recíprocos se
cruzarão justamente naquele nó). A partir do nó D, as barras DE e CE se encontram no
nó E e traçam-se os ortogonais recíprocos a estas barras, se encontrando no nó E. Este
foi o processo utilizado para obtenção deste diagrama de williot.
Com o diagrama de williot traçado, obtemos os deslocamentos ortogonais a cada
barra, pois os deslocamentos axiais são desprezados, assumindo trabalho desprezível a
esforço normal. Os deslocamentos ortogonais de cada barra está demonstrado no quadro
ao lado na figura. (LEMBRANDO QUE SÃO OS DESLOCAMENTOS
ORTOGONAIS A CADA BARRA!). Por exemplo, o deslocamento da barra 4 (barra
AD) tem que ser vertical, pois a barra é horizontal, e como o nó D da barra desloca 2 cm
para baixo, há um deslocamento na barra 4 de 2 cm.
Já, por exemplo, a barra 2 (barra BD) necessitaria de um deslocamento
horizontal relativo entre seus nós. Como não existe já que os nós B e D estão na mesma
vertical, esta barra não produz esforços. E assim sucessivamente.
Com os deslocamento calculados, passa-se ao cálculo dos momentos de
engastamento perfeito gerados por estes deslocamentos. Como está demonstrado
abaixo:

78
Como o sistema principal adotado é o mesmo, a matriz de flexibilidade do
sistema permanece a mesma, passando-se ao cálculo então dos deslocamentos como
abaixo. Novamente note que é a segunda coluna da matriz de baixo:

Com estes deslocamentos, chegamos à equação de compatibilidade estática.

Exercício 45 – [7] pg. 184


Para a estrutura do exercício 43 calcular a equação de compatibilidade estática
para o caso de um aumento de temperatura uniforme de 20ºC em todas as barras, como
mostra a figura abaixo. O sistema principal é mostrado na direita. Lembrando que
.

79
Para este caso, traça-se o diagrama de williot mostrado abaixo, com os seguintes
deslocamentos axiais de cada barra.

O diagrama de williot é obtido como já explanado no exercício anterior.


Começa-se pelos pontos conhecidos. Neste caso os engastes A, B e C que são fixos. A
partir deles, traçam-se os deslocamentos conhecidos das barras a partir deles. Neste
caso, as barras 1, 2 e 4 partem de A, B ou C, então a partir do ponto 0,a,b,c traça-se o
deslocamento 1, 2 e 4. Sendo este deslocamento axial e paralelo a barra (pois trata-se de
um aumento uniforme de temperatura).
Então, passa-se a ver quais barras coincidem em nós comuns. Neste exemplo, as
barras 2 e 4 coincidem em D. Portanto, se traçarmos os ortogonais recíprocos as estas
barras conseguiremos obter a localização do nó D. Observe que a barra 4 é horizontal,
logo seu ortogonal recíproco passando pelo final de seu deslocamento axial é vertical. E
observe ainda que a barra 2 é vertical, seu ortogonal recíproco é horizontal. Se
encontrando ambos em D.
Agora, recomeça-se todo o processo a partir de D. Ou seja, traçam-se todos os
deslocamentos conhecidos a partir de D. Neste caso, trata-se do deslocamento da barra
3. A barra 3 e a barra 1 coincidem no nó E. Logo, seguindo a mesma linha de
raciocínio, seus ortogonais recíprocos se encontrarão no nó E. Traçando os mesmos,
encontramos o nó E.
A partir do diagrama de williot, obtemos todos os deslocamentos ortogonais as
barras (já que estamos desprezando o efeito do esforço normal, os deslocamentos axiais
não interessam). Portanto, por exemplo, para a barra CE, mede-se o deslocamento
perpendicular a mesma. Que nada mais é a distância entre o nó E e o final do
deslocamento axial que é o ponto 1. Pela notação, fazemos então 1e, que nada mais
representa do que esta distância entre o nó E e o ponto 1. Observe que a distância 1c é o
deslocamento axial da barra que como já explicamos é desprezado.
Para os demais casos, faz-se o mesmo processo de medição. Para a barra BD, se
vai de 2 até d, 2d, portanto. Para a barra DE, se vai de 3 até E perpendicularmente, tal
distância é nula. E por fim para a barra AD, se vai de 4 até D.
Com estes deslocamentos ortogonais, calcula-se o momentos de engastamento
perfeito gerados por estes deslocamentos. Com estes momentos, calcula-se os
coeficientes βiρ.

80
Por fim, como o sistema principal é o mesmo dos exercícios anteriores, a matriz
de flexibilidade permanece tal qual estava. E então é só resolver o sistema de
compatibilidade para o novo vetor: βiρ. Logo, resolvendo tal sistema, obtemos:

Logo, a equação de compatibilidade estática fica:

Exercício 46 – [7] pg. 184


Para a estrutura do exercício 43 calcular a equação de compatibilidade estática
mediante método dos deslocamentos para o caso em que e
em relação ao dia de montagem da estrutura apenas na barra 1.
Lembrando que e

81
Para este caso, com este sistema principal, calculamos os momentos de
engastamento perfeito gerados por este gradiente de temperatura. Observe que como se
trata de um gradiente de temperatura não há deslocamentos axiais, sendo desnecessário
o traçado de um diagrama de williot.
Calculamos os momentos de engastamento perfeito como mostra a figura
abaixo. Usando a seguinte fórmula:

Logo, os coeficientes βit’ ficam como mostrados abaixo:

Como o sistema principal é o mesmo dos exercícios anteriores, a matriz de


flexibilidade permanece como antes. Resolvendo o sistema linear, obtemos os seguintes
valores de deslocabilidades.

Agora, basta escrever a equação de compatibilidade estática como já visto.

82
Exercício 47 – [7] pg. 187
Calcular os diagramas de momento fletor e esforço cortante para o caso da viga
abaixo com apoio elástico abaixo apresentada. Observe o sistema principal à direita.
Lembrando que e .

Como o ponto onde a mola se encontra torna-se um nó da estrutura, observamos


que ali se tem uma rotação não-nula devido ao fato da mola estar presente. E como tal, o
método dos deslocamentos impõe que zeremos os deslocamentos dos nós da estrutura,
logo colocamos uma chapa rígida também nesse nó.
O cálculo para os demais estados é apresentado abaixo:
Para o estado 0, calculam-se os momentos de engastamento perfeito como já é
feito normalmente, ou seja, se considera que apenas a chapa absorve momentos
desprezando contribuições da mola (até mesmo porque a mola está conectada na chapa
que é rígida e não gira, sem giro, a mola não produz nenhuma reação) e a partir deles se
calculam os coeficientes do vetor βi0.

Feito isto, introduz-se um giro unitário na chapa 1 para o estado 1. Novamente


se calcula os momentos de engastamento perfeito desconsiderando a mola, como já foi
exposto acima.

83
Já para o estado 2, no momento que introduzimos um giro unitário nesta chapa,
deformamos a mola que passa a produzir um momento sobre a chapa. Observe que este
momento não transmite para a chapa 1. Ele está apenas aplicado sobre a chapa 2.

Tendo os coeficientes calculados, passamos ao cálculo do sistema linear que se


calcula como abaixo, gerando os seguintes valores de deslocabilidades.

Por fim, traça-se o diagrama de momento fletores, utilizando a equação de


compatibilidade estática, diagrama este que está mostrado abaixo.

84
Exercício 48 – [7] pg. 189
Seja determinar os diagramas de esforços solicitantes para o caso da viga do
exemplo anterior com outro tipo de apoio elástico como mostrado na figura abaixo e
.

Observe que o sistema principal fica como mostrado a direita na figura acima.
Isto ocorre porque o ponto de aplicação da mola torna-se um nó da estrutura com
rotação desconhecida. E em virtude da mola possuir deformações no seu sentido axial,
põe-se uma deslocabilidade externa restringindo a mesma.
O resto do processo de cálculo corre normalmente. O estado 0 é calculado como
mostrado abaixo. Observe que no cálculo dos momentos de engastamento perfeito
surgem forças verticais em B, entretanto estas são absorvidas pelo vínculo externo e não
pela mola.

O estado 1 como abaixo, novamente a mola não produz nenhum esforço como já
explicado.

85
Agora, no estado 2, como se deforma a mola, a mesma produz esforço que é
computado apenas para o vínculo de 1º gênero imposto, não entrando com nenhum
momento fletor adicional.

Escrevendo então o sistema de equações de equilíbrio.

86
Calcula-se então, mediante equação de compatibilidade estática, o diagrama de
momentos fletores abaixo indicado.

Exercício 49 – [7] pg. 241


Calcular o diagrama de momentos fletores da viga abaixo mediante processo de
Cross.

Primeiro, determina-se o sistema principal da viga caso a mesma fosse resolvida


pelo método dos deslocamentos. Neste caso, temos apenas uma deslocabilidade. Então,
para este nó, calculamos o coeficiente de distribuição. Que se calcula como abaixo está
mostrado.
Passo 1: Calcula-se a rigidez de cada barra. Se por exemplo, calcularmos como
rigidez relativa, observe que ambas as barras são engastadas e apoiadas, teremos:

O coeficiente de distribuição então fica:

Logo para a barra BC temos d = 0,445.


Para o processo de Cross, então calculamos os momentos de engastamento
perfeito atuantes nas chapas do sistema principal. Temos para a barra AB:

87
Logo, o nó B está desequilibrado por um momento de 36,094 kN.m. Este
momento deverá ser equilibrado pelas seguintes reações de cada barra (observe que
como se trata de reações, troca-se o sinal do momento). M1 = -36,094 * 0,555 = -20,068
kN.m e M2 = -36,094*0,445 = -16,026 kN.m. O que equilibra o nó e fecha o equilíbrio
da estrutura, gerando um momento final no nó de 73,974 kN.m tracionando as fibras
superiores, observe o processo de cálculo.

Observe também que ao final do cálculo temos, o nó equilibrado por dois


momentos de módulo igual e sinais opostos.

88
Exercício 50 – [7] pg. 245
Resolver o pórtico da figura abaixo pelo processo de Cross. Em que todas as
barras tem inércia constante e igual entre si. Observe que é o mesmo pórtico do
exercício 43.

Calculando as respectivas rigidezes relativas de cada barra, adotando por


exemplo J = 24 (observe que neste caso para carregamento externo podemos adotar
qualquer J, pois o mesmo é indiferente no cálculo final), observando que todas as barras
são bi-engastadas, temos:

Os coeficientes de distribuição ficam como:

Sendo assim, calculam-se os momentos de engastamento perfeito para o


carregamento dado.

89
Com isto começa-se o processo de cálculo, relembrando que a transmissibilidade
de uma barra biengastada é 0,5M.
Pois bem, começa-se o cálculo pelo nó mais desequilibrado, neste caso, trata-se
do nó D, para ele, portanto, há um momento desequilibrante de -160+53,3 = -106,67.
Equilibra-se este momento com as seguintes reações: +106,67*0,2 = 21,33,
+106,67*0,4 = 42,67 e +106,67*0,4 = 42,67. Com estes momentos reequilibrando,
deve-se ver os demais, pois como temos barras biengastadas, estes momentos
transmitem para as demais barras pela metade, note que também se transmite momento
para os engastes externos da estrutura e nestes também se deve contabilizar os
momentos de engastamento perfeito, contudo, nestes engastes o momento é totalmente
absorvido, não transmitindo mais para nenhuma barra. Observe a figura.

Agora, olhamos o segundo nó mais desequilibrado, reequilibramos ele contando


os momentos de engastamento perfeito do carregamento e o momento transmitido
através da barra DE. Ou seja, o desequilíbrio do nó E é de -53,33+21,33 = -32,0,
reequilibramos o nó com as reações +32*0,5 = 16 e +32*0,5 = 16. Observe o mesmo
processo de transmissão para os engastes externos já comentados anteriormente.

Observe que com o momento transmitido do equilíbrio do nó E, o nó D se


desequilibrou novamente. Porém, o desequilíbrio é apenas devido a parcela da
transmissão, não se contando mais os momentos anteriormente já equilibrados. Temos
então que equilibrar o momento de +8 kN.m que chega ao nó D. As barras reagem a ele
com -8*0,2 = -1,6 kN.m, -8*0,4 = -3,2 kN.m e -8*0,4 = -3,2 kN.m. Faz-se todas as
transmissões possíveis e termina-se este passo de cálculo.

90
Passa-se agora a fazer o equilíbrio do nó E, desequilibrado pelo momento de
-3,2/2 = -1,6 kN.m transmitido pela barra DE. E assim, continua-se o mesmo processo
até a precisão de cálculo requerida.
SEMPRE LEMBRANDO QUE A CADA DISTRIBUIÇÃO DE
MOMENTO TROCA-SE O SINAL DO MESMO, EM VIRTUDE DO FATO DE
ESTARMOS CALCULANDO REAÇÕES DAS BARRAS QUE
REEQUILIBRARÃO O NÓ. Não se esquecer ainda de contabilizar o momento de
engastamento perfeito inicial devido ao carregamento externo, nem se olvidar das
transmissões devidas. Por fim, termina-se o cálculo com a devida precisão.

Terminado o cálculo, basta somar todas as parcelas de cada nó, para encontrar o
momento atuante em cada nó, para daí traçar o diagrama, observe o diagrama final e
compare-o com o do exercício 43.

FIM

91
Bibliografia consultada
[1] – Assan A. E. 1996. Métodos Energéticos e Análise Estrutural. Editora da Unicamp,
Campinas, 124 pp.

[2] – Beer, F. P. & Johnston, E. R. Jr. 1996. Resistência dos Materiais. Makron Books
do Brasil, São Paulo, 1255 pp.

[3] – Kalmus, S. S. & Lunardi, E. Jr.1978. Estabilidade das construções. Nobel, São
Paulo, 310 pp.

[4] – Polillo, A. 1960. Exercícios de hiperestática. Científica, Rio de Janeiro, 377 pp.

[5] – Rocha, A. M. 1975. Hiperestática Plana Geral vol. 1. 4. ed. Científica, Rio de
Janeiro, 424 pp.

[6] - Rocha, A. M. 1957. Hiperestática Plana Geral vol. 2. 2. ed. Científica, Rio de
Janeiro, 408 pp.

[7] – Soriano, H. L. & Lima, S. S. 2004. Análise de Estruturas vol. 1. Ed. Ciência
Moderna, Rio de Janeiro, 310 pp.

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Índice

Assunto Páginas
1. Exercícios de cálculos de deslocamentos e esforços em estruturas
isostáticas:
1.1. Cálculos via princípio dos trabalhos virtuais (energia de deformação)... 2 a 10
1.2. Cálculos via Teorema de Castigliano...................................................... 10 a 13
1.3. Cálculos via Teorema de Betti-Maxwell................................................. 14 a 16
2. Exercícios de cálculos de estruturas hiperestáticas via método das forças:
2.1. Cálculos via método geral em estruturas planas...................................... 16 a 26
2.2. Cálculos via método geral em grelhas..................................................... 26 a 37
2.3. Cálculos via considerações de simetria e anti-simetria........................... 27 a 46
3. Exercícios de cálculos de deslocamentos em estruturas hiperestáticas:
3.1. Cálculos via Teorema de Pasternak......................................................... 46 a 49
4. Exercícios de cálculos de estruturas hiperestáticas via método dos
deslocamentos:
4.1. Cálculos via método geral em estruturas planas...................................... 49 a 57
4.2. Cálculos via método geral em grelhas..................................................... 58 a 64
4.3. Cálculos via considerações de simetria e anti-simetria........................... 64 a 75
4.4. Exemplos diversos em estruturas para cargas com diagrama de williot. 75 a 82
4.5. Exemplos em estruturas com apoios elásticos......................................... 83 a 87
5. Exercícios do processo de Cross em estruturas planas indeslocáveis........... 88 a 91

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