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Faculdade de Tecnologia
Departamento de Engenharia Civil E Ambiental
Área de Estruturas
Grupo de Dinâmica e Fluido-Estrutura
JULHO - 2007
1
Prefácio
Agradecimentos
Agradecemos, primeiramente, ao Senhor Jesus Cristo, por nos conceder a graça
de fazermos este trabalho e a misericórdia necessária sobre toda a humanidade.
Agradecemos também o apoio do colega de monitoria da disciplina Cássio
Guilherme Rampinelli pelas valiosas sugestões e ajudas neste trabalho. Sem o qual, sua
realização seria impossível.
Agradecemos aos alunos da turma A de Teoria das Estruturas 1 do 1º semestre
de 2007 da Universidade de Brasília, pela paciência e sugestões na concreção de todo
este processo. Este trabalho é dedicado a vocês.
2
Exercício 1 – [7] pg. 19
Calcular as reações no apoio A da viga representada abaixo, pelo método dos
trabalhos virtuais.
3
Utilizando o princípio dos trabalhos virtuais, temos:
∑ Wvirt = 0
Que nos leva a escrever:
4
restantes permanecem paralelas entre si. Provém deste fato o motivo pelo qual o campo
de deslocamentos virtuais fica como na figura.
Então, pelo teorema dos trabalhos virtuais:
∑ Wvirt = 0
Pelo campo de deslocamentos virtuais imposto, temos então:
5
As Figuras (b),(c) e (d) mostram os diagramas dos esforços que entrarão no cálculo
da energia de deformação.
Calculando-se separadamente a energia de deformação tem-se:
a) Momento fletor
b) Força cortante
c) Força normal
Para facilitar a verificação supõe-se que tanto o pilar quanto a viga têm seção
quadrada de lado a, tal que a = 1/10 e que G = E/2.
Sendo a seção quadrada tem-se, ainda, que:
A a2
= ; c = 1,2
I 12
Comparando-se as parcelas da energia de deformação devidas à força cortante e à
força normal com a do momento fletor tem-se:
U M 667 U M 1600
= ; =
UV I UN I
mostrando que realmente, em pórticos, a parcela da energia de deformação relativa ao
momento fletor é predominante.
6
Valendo-se do princípio dos trabalhos virtuais, traça-se o diagrama de momento
fletor do estado de deformação acima mostrado, e posteriormente traça-se igualmente o
diagrama de momento fletor do estado de carregamento equivalente ao cálculo de
deformação requerido, ou seja, uma carga horizontal unitária aplicada em A. Vejamos
os diagramas:
7
δ = -10,2 mm.
O sinal negativo indica que o deslocamento do ponto ocorre contrariamente ao
sentido arbritado para o carregamento (ou seja, o deslocamento é da direita para a
esquerda).
Seja calcular a rotação no apoio esquerdo da viga da figura abaixo, ou seja, uma
viga biapoiada com 10 m de vão.
8
Como neste caso, queremos calcular rotação e não deslocamentos lineares, ao
invés de introduzirmos uma força unitária no ponto onde queremos calcular o
deslocamento, introduziremos um momento unitário.
Sendo assim, traçam-se os diagramas dos estados de deformação (à esquerda) e
de carregamento (à direita). Observe-os já traçados na figura acima.
Pelo princípio dos trabalhos virtuais, temos:
WFext = WF int
MM χ QQ NN TT
P⋅δ = ∫ EI
ds + ∫
GS
ds + ∫
ES
ds + ∫
GJ
ds
Porém, as parcelas de energia de deformação devido ao esforço cortante, normal
e torçor são desprezíveis se comparadas com a parcela do momento fletor. Logo,
ficamos com:
MM
P⋅δ = ∫ ds
EI
A integral à direita da igualdade na equação já está tabelada para os casos mais
comuns de tipos de diagramas e para barras retas (estas tabelas valem para o valor de
EJδ), e como P = 1 . Observe que para cálculo através de tabelas dividiu-se os
diagramas em duas regiões, logo combinando um triângulo com um trapézio, e um
triângulo com outro triângulo. Portanto, ficamos com:
1
6
( ) 1
EJδ = 1 + 2 M 1 M c l1 + l 2 M c M 1
3
1 1
EJδ = (1 + 2 ⋅ 0,7 ) ⋅ 12,6 ⋅ 3 + ⋅ 7 ⋅ 12,6 ⋅ 0,7 = 15,12 + 20,58 = 35,7tm²
6 3
Se assumirmos que a viga seja feita de um dado material com E = 210 t/cm² =
210*104 t/m² e seu momento de inércia J = 100 dm4 = 100*10-4 m4 = 0,01 m4. Teremos:
35,7 35,7
δ = −2
=
210 ⋅ 10 ⋅ 10
4
210 ⋅ 100
δ = 0,0017rad
Segue então cálculo da rotação absoluta à elástica no ponto do apoio à esquerda.
9
Para cálculo dos alongamentos em cada barra fazemos:
∆ Li = Li ⋅ α ⋅ ∆ t
Assim, teremos para cada barra:
∆ L1 = 6 2 + 2 2 ⋅ 10 − 5 ⋅ 20 = 6,32 ⋅ 10 − 5 ⋅ 20 = 0,001264 m
∆ L2 = 8 ⋅ 10 − 5 ⋅ 20 = 0,0016 m
∆ L3 = 6 ⋅ 10 − 5 ⋅ 20 = 0,0012 m
Para o estado de carregamento adotado com uma carga horizontal unitária P = 1
aplicada no ponto C com sentido da direita para esquerda, calculam-se os esforços
normais em cada barra.
Neste exercício não se calcula o diagrama de momento fletor, pois como as
deformações ocorrem por efeito uniforme de temperatura não há deformação das barras
devido à flexão. Porém, seus alongamentos axiais podem ser consideráveis, sendo
assim, calculam-se apenas os esforços axiais do estado de carregamento, sendo eles os
esforços normais em cada barra. Teremos então para cada barra, após calcular as
respectivas reações de apoio no estado de carregamento:
6 2
N 1 = − 0,6 ⋅ cos α − 1 ⋅ senα = − 0,6 ⋅ − 1⋅ = − 0,886 (compressão)
6,32 6,32
N2 = + 1− 1 = 0
N 3 = + 0,6 (tração)
Pelo princípio dos trabalhos virtuais, temos:
WFext = WF int
MM χ QQ NN TT
P⋅δ = ∫EI
ds + ∫
GS
ds + ∫
ES
ds + ∫
GJ
ds
Neste caso, poderemos desprezar a parte devida aos esforços cortante, torçor e
fletor (pelos motivos já expostos nos exercícios anteriores e no capítulo acima).
Portanto, teremos:
NN
P⋅δ = ∫ ds
ES
N ⋅ ds
P⋅δ = ∫ N
ES
N ⋅ ds
Porém, como já visto na resistência dos materiais, a parcela ∫ = ∆ Lbarra .
ES
Porém, como os deslocamentos são constantes e conhecidos poderemos substituir então
essa parcela na expressão, pelo valor dos respectivos deslocamentos de cada barra já
calculado.
10
P ⋅ δ = N 1 ⋅ ∆ L1 + N 2 ⋅ ∆ L2 + N 3 ⋅ ∆ L3
δ = (− 0,889 ⋅ − 0,001264) + (0,6 ⋅ − 0,0012)
δ = 0,000404m = 0,404mm
Atenção, para os sinais de negativo na parcela do deslocamento ∆ L1 e ∆ L3 , isto
ocorre, pois os mesmos ocorrem em sentido contrário ao dos esforços normais de
compressão e tração respectivamente.
Para uso do teorema de Castigliano, temos que antes de mais nada que calcular a
energia de deformação total da estrutura:
M2 χ Q2 N T2
U= ∫ ds + ∫ ds + ∫ ds + ∫ ds
2 EI 2GS 2 ES 2GJ
Porém, como já visto, as parcelas de energia de deformação devido esforço
cortante, normal e torçor são desprezíveis frente à contribuição do momento fletor.
Nesse caso, faz-se:
M2
U= ∫ ds
2 EI
E o teorema de Castigliano nos diz que:
∂U ∂ M2
∂ P ∂ P ∫ 2 EI
δ = = ds
M ∂M
δ = ∫ ⋅ ds
EI ∂ P
Se passarmos a derivada para dentro da integral, teremos a expressão logo acima
apresentada1 (devido a regra da cadeia, lembrem-se de Cálculo 1), para usufruirmos da
equação acima, calcula-se a equação do momento fletor para os dois trechos do seu
diagrama, um para x<a e outro para a<x<l, com base na isostática, sabemos que a
equação do momento fletor, torna-se:
Pb
M 1 ( x) = x
l
Pa
M 2 ( x' ) = x'
l
1
É importante salientar que a expressão obtida através de passagem da derivada para dentro da integral só
vale para integrais convergentes e absolutamente convergentes. Ou seja, para integrais de funções
analíticas.
11
Onde x’ é um eixo horizontal com origem em B e orientado da direita para
esquerda e x é um eixo horizontal com origem em A e orientado da esquerda para
direita. Derivando cada equação de momento:
∂ M1 b
= x
∂P l
∂ M2 a
= x'
∂P l
Com as derivadas em mãos substituímos nas integrais. Então, teremos:
Pb Pa
a x b x'
l b l a
δ = ∫ ⋅ x dx + ∫ ⋅ x ' dx '
0
EI l 0
EI l
Se considerarmos EI constante e integrarmos o polinômio resultante, teremos:
1 Pa 2 b 2
δC = ⋅
EI 3l 2
Em particular, se a = b = l/2, teremos:
Pl 3
δc =
48 EI
12
Com a aplicação desta carga, podemos agora escrevermos as equações de
momento fletor tanto de um lado como de outro da estrutura, teremos:
ql qx 2 P
M 1 ( x) = x− + x
2 2 2
2
ql qx' P
M 2 ( x' ) = x'− + x'
2 2 2
Como era de se esperar, as expressões do momento fletor a direita e à esquerda
do ponto C, já que a estrutura é simétrica nesse ponto. Derivando a expressão do
momento com relação a P, teremos:
∂ M1 1
= x
∂P 2
∂ M2 1
= x'
∂P 2
Por fim, substituindo nas integrais e calculando as mesmas, teremos:
1 ql qx 2 Px x
l/2
δC = 2∫
⋅ x− + ⋅ dx
0
EI 2 2 2 2
Note que devido a similitude das integrais podemos reduzi-la a uma só integral.
Por fim, temos:
5 ql 4 Pl 3
δC = +
384 EI 48EI
Contudo, P é uma carga fictícia e seu módulo é nulo, tendo sido adicionado para
efeito de cálculo via teorema. Portanto, fazendo-se P = 0, teremos:
5 ql 4
δC =
384 EI
13
MB ql qx 2
M ( x) = x+ x−
l 2 2
∂ M ( x) x
=
∂MB l
Conforme demonstrado nos diagramas abaixo mostrados.
14
O diagrama de momentos fletores é mostrado acima.
Pois bem, pegando tabela de qualquer livro de Resistência dos Materiais
veremos que para o estado 1, a rotação do nó A é:
1 Pl + P( l − a )
θA= a
EI 2
Pa a
θA= l−
EI 2
E para o estado 2, temos que a flecha no ponto C é dada por:
Ma a
δC = l−
EI 2
Pois bem, o teorema de Betti-Maxwell nos garante que para sistemas com
mesmas condições de contorno, o deslocamento de um ponto na direção de um esforço
unitário, provocado por um segundo esforço unitário, é igual ao deslocamento
produzido na direção deste segundo esforço pelo primeiro.
Ou seja, na prática:
θA= δC
Fazendo então, os esforços P e M serem unitários, teremos:
a a
θA= l−
EI 2
a a
δC = l−
EI 2
15
Exercício 13 – [1] pg. 56
para 0<x<1.
O sistema A é representado pela própria viga, Figura a, ao passo que o sistema B é
obtido retirando o vinculo hiperestático e as cargas externas e uma força unitária
substitui a reação incógnita hiperestática, como mostra a Figura b. Esse sistema é
fictício, mas deve ser compatível com o sistema A.
O sinal negativo indica que as deflexões v1 têm sentido oposto às ações 2P.
O trabalho realizado pelas ações do sistema B com os deslocamentos do sistema
A é dado por:
W B = (1).(0) = 0
Pelo teorema de Betti-Maxwell, há uma igualdade de trabalhos:
16
Logo, pela equação das deflexões fornecida obtém-se que os deslocamentos
vertical à distância l/2 e l do apoio são:
17
Seja Δ a rotação da viga no engastamento. Do teorema de Castigliano temos:
18
Como Δ na viga real é nulo, temos:
19
1
l
qx 3
0= ∫0 B
− dx
2
V x
EI 2
V l 3 ql 4
0= B −
3 8
3
V B = ql
8
Com o valor de VB, poderemos reescrever a equação de momento fletor já
calculada e assim traçar o diagrama:
3 qx 2
M ( x) = qlx − ,0 < x < l
8 2
M (0) = M B = 0
ql 2
M (l ) = M A = −
8
Bastando, então, o traçado gráfico da parábola correspondente ao diagrama de
momento fletor e a reta correspondente ao diagrama de esforço cortante, conforme
mostrado na figura abaixo:
20
wx 2
M 1 ( x) = R A x − ,0 < x < l
2
3 wx ' 2
M 2 ( x' ) = 2 R A − wl x'− ,0 < x' < l / 2
4 2
∂ M1
= x
∂ RA
∂M2
= 2 x'
∂ RA
Ou seja, uma equação para o trecho AB e outra para o trecho BC. Pelo teorema
de Castigliano:
∂U M ∂M
δA= = ∫ ds
∂ RA EI ∂ R A
Como δ A = 0 , prosseguindo a equação acima, encontraremos:
13
RA = wl
32
33
RB = wl
32
wl
RC =
16
Como sugestão ao leitor, pede-se que prossiga a partir do passo do Teorema de
Castigliano e encontre as reações.
21
Como se vê, já está traçado o diagrama de momentos fletores desta estrutura
correspondente. Agora, trata-se de resolver a estrutura do sistema principal, porém
agora que sob efeito unicamente do hiperestático com valor unitário (ou na verdade
qualquer valor, porém é preferível adotar valor unitário por questão de simplicidade).
Agora temos os diagramas de momentos fletores de ambos os estados, agora
trata-se de combina-los (similarmente ao que ocorria no princípio dos trabalhos virtuais)
para obter os coeficientes δij, e assim poder obter a matriz de rigidez do sistema.
Para cálculo do δ10, combinamos o diagrama do estado 1 com o do estado 0. Ou
seja:
M M
δ 10 = ∫ 0 1 ds
EI
Só que esta integral já está tabelada para os casos mais comuns de diagramas,
barras retas, e inércia constante, pela tabela, temos que combinar um diagrama
triangular com uma parábola simétrica, temos então:
1 1
EJδ 10 = M 1 M 0 l = 1 ⋅ 8,1 ⋅ 9 = 24,3
3 3
Para o caso do δ11, combinamos o diagrama do estado 1 com ele mesmo,
similarmente, temos um triângulo combinado com triângulo, assim, pela tabela teremos:
1 1
EJδ 11 = M 1 M 1l = 1 ⋅ 1 ⋅ 9 = 3
3 3
Finalmente, para o cálculo do hiperestático, o método das forças nos garante
que:
[ ]
{δ i 0 } + δ ij { X i } = 0
24,3 + 3 X 1 = 0
X 1 = − 8,1
Para cálculo do diagrama final, podemos usar a equação geral para cada
hiperestático:
E = E 0 + E1 X 1
Onde, E representa o esforço (qualquer esforço, inclusive reações e momento
fletor) em algum ponto na estrutura hiperestática, E0 representa o mesmo esforço no
mesmo ponto no estado 0, E1 representa ainda este mesmo esforço para o mesmo ponto
no estado 1. Sendo assim, o momento fletor no nó do engaste à esquerda é:
E = 0 + 1 ⋅ − 8,1 = − 8,1
Vê-se pelos diagramas que o momento fletor no engaste para o estado 0 é nulo e
para o estado 1 é +1. E para o apoio do 1° gênero à direita, o momento fletor é nulo,
pois assim o é tanto no estado 0 como no estado 1. Logo, sabendo o momento fletor
nestes dois nós e sabendo que o esforço cortante não é nulo no apoio à direita (o que faz
com que o momento fletor tenha tangente não-horizontal), obtemos o traçado deste
diagrama de momento fletor final abaixo mostrado.
22
Exercício 18 – [3] pg. 194
Seja a estrutura auto-equilibrada abaixo, determinar o diagrama de momento
fletor da mesma. Onde J1 = 2J0 e J2 = 1,5J0.
Logo se vê, que a estrutura tem 3 graus hiperestáticos internos, pois não é
possível traçar diagramas de esforços para esta estrutura visto ser um quadro fechado,
não podendo assim definir quais forças e/ou momentos entram pela esquerda e quais
entram pela direita. Em suma, não há aqui hiperestaticidade externa, tão somente
interna. E observe que são 3 graus hiperestáticos internos, pois se cortarmos a estrutura
surgirão três esforços diferentes (normal, cortante e momento fletor) cada um
constituindo um grau hiperestático.
23
Pois bem, será adotado o sistema principal abaixo indicado. Traçam-se assim os
diagramas de momento fletor resultante para cada estado. Veja:
Para o estado 0:
Para o estado 1:
Para o estado 2:
24
Para o estado 3:
25
Tendo esta equação em mãos, traçamos o diagrama abaixo mostrado:
26
Portanto, teremos os seguintes coeficientes, fazendo uso da tabela:
1 1
δ 11 = 2 4 ⋅ 4 ⋅ 4 + 4 ⋅ 4 ⋅ 10 + 2 4 ⋅ 4 ⋅ 400 = 245,333
3 3
Temos para a carga concentrada:
1
δ 10' = − 10 ⋅ 4 ⋅ 10 = − 200
2
E para a carga distribuída:
2
δ 10" = − 10 ⋅ 4 ⋅ 10 = − 266,667
3
δ 10 = − 200 − 266,667 = − 466,667
Resolvendo o hiperestático:
δ 11 X 1 + δ 10 = 0
δ 10 − 466,677
X1 = − = − = 1,902
δ 11 245,333
Usando a equação dos esforços:
E = E 0 + E 1 X 1 = E 0 + E11,902
27
Exercício 20 – [3] pg. 277
EI
Resolver a grelha abaixo ilustrada pelo método das forças, onde = 4.
GJ
28
Com os diagramas em mãos podemos calcular através das tabelas os coeficientes
δ. Conforme cálculo mostrado abaixo:
1 1
EJδ 10 = lM 1M 0 = 3 ⋅ − 3 ⋅ − 6 = 18
3 3
EJδ 20 = 0
1 1
EJδ 30 = lM 3 M 0 = 3 ⋅ − 1 ⋅ − 6 = 9
2 2
1 1 1 EI
EJδ 11 = 3 ⋅ − 3 ⋅ − 3 + ⋅ 4 ⋅ + 4 ⋅ + 4 + 3 ⋅ 3 ⋅ 3 + 3 ⋅ − 4 ⋅ − 4 = 231,33
3 3 3 GJ
EJδ 12 = EJδ 21 = 56
EJδ 31 = EJδ 31 = 9
EJδ 22 = 28
EJδ 32 = EJδ 23 = 0
EJδ 33 = 22
18 231,33 56 9 X1
0 + 56 28 0 ⋅ X2 = 0
9 9 0 22 X
3
X 1 − 0,123805
X 2 = 0,247610
X − 0,358443
3
29
Tendo os valores dos hiperestáticos calculados, podemos traçar os diagramas
finais abaixo ilustrados:
Seja a grelha abaixo descrita, resolve-la pelo método das forças para o
carregamento de seu peso próprio (ou seja, equivalente a um carregamento
uniformemente distribuído de 400 kg/m), duas cargas concentradas de 1,2 t aplicadas
em C e em C’, e ainda uma sobrecarga no trecho CC’ de 360 kg/m (ou seja,
EJ 4
carregamento uniformemente distribuído de 360 kg/m). Observe que = . Veja
GJ p 3
figura abaixo:
30
Bem, a grelha é geometricamente e elasticamente simétrica, de modo que dos 3
esforços que normalmente apareceriam numa grelha (cortante, fletor e torçor), dois
deles são nulos (no caso, os esforços anti-simétricos, cortante e torçor), sendo assim, o
problema que normalmente teria 3 hiperestáticos, fica simplificado a 1 hiperestático. O
momento fletor X1 na seção de simetria. Veja o sistema principal e uma representação
da grelha:
31
A partir desses, pode-se recorrer a tabela e calcular os coeficientes δ conforme
cálculo demonstrado abaixo.
2 1 EJ 2 1 4
EJδ 10 = lM 0 M 1 + lM 0 M 1 + lT0T1 = − 3,6 ⋅ 13,257 − 3 ⋅ 3,42 ⋅ 1 − 3,6 ⋅ 1,71 3 ⋅ 0,5 = − 31,464
3 3 GJ p 3 3 3
EJ 4
EJδ 11 = lMM + lMM + lTT = 3,6 ⋅ − 0,5 ⋅ − 0,5 + 3 ⋅ − 1 ⋅ − 1 + 3,6 ⋅ 0,5 ⋅ 0,5 = 5,1
GJ p 3
δ 10 + δ 11 X 1 = 0
X 1 = 6,169
Note que como se trata de uma grelha, a contribuição do momento torçor é
significativa e deve ser levada em conta.
Tendo o valor do hiperestático, pode-se novamente utilizar a equação dos
esforços:
E = E 0 + E 1 X 1 = E 0 + E1 6,169
Assim, obtendo os diagramas de momentos fletores e torçores final abaixo:
32
Sempre lembrando que pelo fato da estrutura ser simétrica, o diagrama de
momento fletor é simétrico, ou seja o diagrama do outro lado da estrutura é similar ao
mostrado na figura. Já o diagrama de torçor é anti-simétrico.
33
Traçando-se os diagramas de momentos fletores e torçores do estado 0 e do
estado 1, teremos:
Diagrama de momento fletor para o estado 0:
34
Exercício 23 – [7] pg. 113
Determinar o diagrama de momento fletor do quadro fechado abaixo auto-
equilibrado de dupla simetria representado na figura abaixo, em que todas as barras têm
o mesmo EI.
35
Sendo assim, podemos calcular os coeficientes de flexibilidade δi, conforme
equações abaixo:
36
O arranjo de cargas consiste em separar o carregamento em duas parcelas, uma
simétrica e outra anti-simétrica, interessante notar que qualquer estrutura elástica e
geometricamente simétrica pode ser objeto de arranjo de cargas conveniente.
Assim sendo, os sistemas principais de ambas as parcelas ficam como ilustrados abaixo,
e seus respectivos carregamentos ilustrados.
Interessante observar que como já foi dito, uma grelha simétrica sob
carregamento simétrico só possui momento fletor na sua seção de simetria. Já uma
grelha sob carregamento anti-simétrico, fica possuindo os dois esforços anti-simétricos
(cortante e torçor). Sendo assim, no sistema principal da parcela anti-simétrica temos 2
hiperestáticos.
Resolvendo a parcela simétrica, temos os seguintes diagramas:
37
Onde encontraremos os seguintes δ:
δ 10 = − 18
δ 20 = −9
358
δ 11 =
3
δ 21 = δ 12 = 9
δ 22 = 22
X 1 = 0,123804
X 2 = 0,358444
De posse do valor destes hiperestáticos, encontraremos o seguinte diagrama de
momento fletor:
38
Sendo, portanto, o mesmo diagrama encontrado no exercício 17.
39
Observe que δ10 = δt, e que para o cálculo do δ11, usamos a equação do princípio
dos trabalhos virtuais. E assim sendo, temos:
N N M α∆T
δ 11 = ∫ 0 1 ds e δ t = ∫ N iα Tdx + ∫ i dx
EA h
Como numa treliça não há momento fletor, desconsidera-se a segunda parcela
do δt. Assim sendo, podemos calcular X1:
40
Vejamos, como se trata de uma estrutura uma vez hiperestática, fazemos o
sistema principal como a figura a direita, onde rompemos o tirante CD e ali colocamos
como incógnita hiperestática a força normal do tirante X1.
Para o estado 0, o cálculo se procede pela fórmula de alongamento devido a
temperatura. Já para o estado 1, temos os seguintes diagramas:
41
Se considerarmos o pilar central engastado em sua fundação e na junção com a
viga, e ainda se considerarmos os apoios da viga nos respectivos taludes como sendo de
1° gênero, teremos a seguinte estrutura a resolver.
42
Podemos então, resolver o sistema de equações de compatibilidade e assim
calcular os valores dos hiperestáticos, chegando então a um diagrama de esforços finais.
Logo, usando a equação geral dos esforços, chegamos aos diagramas finais.
Vendo que trata-se de uma grelha uma vez hiperestática, podemos adotar o
sistema principal como abaixo.
Tendo esse sistema principal, podemos calcular os coeficientes δi. Segue então
cálculo:
43
δ 10 = δ 1r = R1 ρ = (1t ) ⋅ 0,02m = 0,02
1 1 1 1
δ 11 = ⋅ 1,5 ⋅ 1,5 ⋅ 1,5 + ⋅ 2 ⋅ 2 ⋅ 2 + (1,5 ⋅ 1,5 ⋅ 2) = 1,2002.10 − 2
8,0237.10² 3 3 6,1841.10²
δ 0,02
X 1 = − 10 = − = − 1,6664kN
δ 11 1,2002.10 − 2
Com este valor do hiperestático calculado, é possível então traçar os diagramas
de esforços finais abaixo esquematizados.
44
Calculando então os coeficientes de flexibilidade δi. Temos, portanto:
1 1 1
δ 11 = 4
⋅ 5 ⋅ 5 ⋅ 5 + ⋅ 5 ⋅ 5 ⋅ 4 = 9,2593 ⋅ 10 − 4
8,1.10 3 3
1 1 1
δ 12 = δ 21 = 4
− ⋅ 5 ⋅ 1 ⋅ 5 − ⋅ 5 ⋅ 1 ⋅ 4 = − 2,3663 ⋅ 10 − 4
8,1 ⋅ 10 2 3
1 1
δ 22 = 4
1 ⋅ 1 ⋅ 5 + ⋅ 1 ⋅ 1 ⋅ 4 = 7,8189 ⋅ 10 − 5
8,1.10 3
δ 10 = − 1 ⋅ 0,015m = − 0,015
δ 20 = 1 ⋅ 0 = 0
Resolvendo o sistema de equações de compatibilidade, encontraremos os
seguintes valores de hiperestáticos:
X 1 = − 71,497 kN
X 2 = − 216,38kN .m
Com esses valores e a equação geral dos esforços, podemos chegar aos seguintes
diagramas finais:
45
Calculando, então os coeficientes:
Observe que no cálculo dos δi0, temos que notar o adicionar da parcela devido ao
recalque. Em δ10, não há força no sentido do recalque, por isso, não há parcela a ser
adicionada. Já em δ20, há uma força de 1/8 no mesmo sentido ao do recalque. Por isso,
temos o cálculo de –(1/8)*0,015.
Então, podemos calcular os hiperestáticos.
X 1 = − 66,9267 kN
X 2 = 288,20kN .m
Com os hiperestáticos calculados, podemos traçar o seguinte diagrama final.
46
Exercício 31
*Obs: Em virtude da carência da literatura sobre exercícios de Pasternak, esse exercício foi criado pelo
autor.
Adotando a mesma resolução via método das forças do Exercício 13, obtemos o
diagrama de momento fletores conforme figura abaixo:
47
Então, teremos o seguinte diagrama de momentos fletores relativo ao estado de
carregamento acima ilustrado:
48
Utilizando-se do teorema de Pasternak, teremos, mediante cálculos via tabelas:
MM
P⋅δ = ∫ EI
ds
1 1 1 1
EJδ = ⋅ 2,5 ⋅ 1,875 ⋅ 17,5 − ⋅ 2,5 ⋅ 1,875 ⋅ 0,625 + ⋅ 7,5 ⋅ 1,875 ⋅ 17,5 − ⋅ 7,5 ⋅ 1,875 ⋅ 5,625
3 3 3 3
EJδ = 82,03125tm³
Supondo EJ = 10 5 tm ² , teremos:
δ = 82,03125.10 − 5 m = 0,82mm .
Exercício 32
*Obs: Em virtude da carência da literatura sobre exercícios de Pasternak, esse exercício foi
criado pelo autor.
49
Já para estado de carregamento, temos os seguintes diagramas de fletores e
torçores abaixo:
50
Observe figura abaixo:
2
Sussekind, J. C. Curso de Análise Estrutural vol. 3. 3ª edição. Ed. Globo. Porto Alegre, 1979.
51
6 EJρ 6 EJ
β 31 = β 13 = 2
= = 0,375EJ
l A− 1 16
6 EJρ 6 EJ
β 32 = β 23 = 2
= = 0,375EJ
l 2− B 16
M1 + M A M 2 + M B
β 33 = + = 0,375EJ
l A− 1 l 2− B
Com os valores desses coeficientes calculados, é possível calcular os
deslocamentos δ1, δ2 e δ3. Como abaixo mostrado:
β 10 β 11 β 12 β 13 δ 1 0
β + β β β
20 21 22 23 ⋅ δ 2 = 0
β 30 β 31 β 32 β 33 δ 3 0
−1
δ 1 1,5 0,25 0,375 28
EJ δ 2 = − 0,25 1,5 0,375 − 32
δ 3 0,375 0,375 0,375 − 10
δ 1 − 32
EJ δ 2 = 16
δ 3 42,667
De posse desses valores, é possível calcular os momentos fletores usando-se a
equação geral dos esforços, temos:
E = E 0 + E1δ 1 + E 2δ 2 + E3δ 3
E = E 0 − 32 E1 + 16 E 2 + 42,667 E 3
52
Achando-se então, o seguinte diagrama de momentos fletores final (o diagrama
está traçado com os valores dos momentos multiplicados por 10):
53
De posse dessas parcelas, vemos que na parcela simétrica temos duas
deslocabilidades internas e na parcela anti-simétrica, teremos igualmente duas
deslocabilidades, ambas internas.
Calculando então, cada um dos coeficientes β. Para a parcela simétrica teremos:
3E 2 J 3EJ 4 E 2 J
β 11 = + + = 2,25EJ
l A− 1 l B− 1 l1− 2
1 4E 2 J
β 12 = β 21 = ⋅ = 0,5EJ
2 l1− 2
4 E 2 J 4 E 2 J 3EJ
β 22 = + + = 3,6 EJ
l1− 2 l 2− 3 lC − 2
ql A2 − 1 ql B2 − 1 ql12− 2 1,5 ⋅ 8 2 0,5 ⋅ 3 2 2 ⋅ 8 2
EJβ 10 = + + = + + = 23,23
8 8 12 8 8 12
ql 2 ql 2 2 ⋅ 8 2 1 ⋅ 10 2
EJβ 20 = − 1− 2 + 2− 3 = − + = − 2,34
12 12 12 12
Resolvendo o sistema linear correspondente, teremos como valor dos
deslocamentos:
δ 1 1,06
δ = 1,72
2
54
Exercício 35 – [7] pg. 144
Determinar o diagrama dos esforços solicitantes, mediante método dos
deslocamentos, da viga representada na figura abaixo, em que E=2,1.107kN/m²
Para simplificação dos cálculos, a carga presente na barra em balanço pode ser
transferida para o apoio A como o carregamento indicado. E essa estrutura possui uma
deslocabilidade interna, então o sistema principal da estrutura fica como descrito à
direita.
55
E agora, novamente com o auxílio de tabelas, podemos calcular os coeficientes
de rigidez de cada barra e assim calcular o coeficiente β11, conforme expressões abaixo.
3EI 3EI 3.2,1.10 7 .0,01 3.2,1.10 7 .0,006
β 11 = k1 + k 2 = + = + = 14,175.10 4
l1 l2 8 6
Observe como fica o estado 1:
56
Para cálculo dos coeficientes β, faz-se primeiro em cada estado cálculo dos
momentos atuantes na chapa rígida introduzida no nó da deslocabilidade. Para tanto,
observe estas equações abaixo em que estão calculados esses momentos para o estado 0.
57
Logo, calculamos X1 conforme abaixo.
β 10 + β 11 X 1 = 0
X 1 = 9,6789.10 − 5 rad
Com o cálculo de X1 e a equação geral dos esforços, e ainda a realização do
equilíbrio final da estrutura, podemos traçar os diagramas finais abaixo:
58
Exercício 37 – [7] pg. 156
Obter os diagramas de esforços da grelha abaixo ilustrada, na qual todas as
barras têm EI=5,0.105 kN.m² e EI/GJ = 5/4.
Observe que temos na grelha 1 nó, e por se tratar de uma estrutura espacial
podemos ter em cada nó 2 deslocabilidades, uma relativa a flexão outra a torção da
respectiva barra. Sendo assim, temos na grelha 2 deslocabilidades internas, e nenhuma
externa, devido à presença do apoio de 1° gênero representado. Por isto é que o sistema
principal fica como na figura acima à direita.
Observe como fica o estado 0.
Observe que para a chapa 2, que é a chapa que resiste a torção na barra BC e
flexão na barra AB, não há carregamento atuando no sentido do momento desta chapa,
sendo assim, temos um carregamento nulo ali.
Logo,
β 10 = 37,5
β 20 = 0
59
Para o estado 1, que é gerado pela rotação unitária da chapa 1, temos:
Observe que para o cálculo de β11, temos os momentos que surgem na chapa 1
devido a rotação unitária da mesma, e observe que quando a chapa realiza uma rotação
unitária, temos rigidez à flexão na barra 1 e rigidez a torção na barra 2. Já para β 12,
observe que com o giro unitário da chapa 1 não surge nenhum momento na direção da
chapa 2, ou seja, β12=0. RESSALVA: Cuidado para não confundir, o fato do giro da
chapa 1 ter gerado torçor na barra 2 não significa que este torçor esteja na direção
da chapa 2, apenas, a direção de um momento torçor coincide com o eixo da barra
que no nosso caso trata-se de um momento na direção da chapa 1.
Logo, teremos:
β 11 = 4,3333 ⋅ 10 5
β 21= β 12 = 0
Para o estado 2, temos:
60
Com essas rigidezes calculadas, percebemos que com a rotação unitária da chapa
2, surge um esforço de flexão na barra 2, e um de torção na barra 1, ambos na direção
da chapa 2. Já na direção da chapa 1, temos que não surgem esforços na direção desta.
Portanto, calculamos:
β 22 = 5,666666 ⋅ 10 5
Com isso, podemos calcular o valor dos deslocamentos reais da estrutura nesse
nó.
De posse desse valor podemos calcular os momentos atuantes no nó, e com estes
momentos podermos calcular as reações de apoio, mediante equações de equilíbrio.
Encontrando então os seguintes diagramas finais.
61
Observe que agora a grelha possui 3 deslocabilidades, 2 internas e 1 externa. E o
carregamento também foi alterado. O sistema principal fica como indicado na direita.
Para o estado 0, teremos:
62
Observe que o cálculo da reação no vínculo de 1° gênero se faz por equilíbrio da
viga onde surge momentos fletores (nesse caso a barra 1). Isto ocorre porque o esforço
de torção não induz reações verticais no vínculo de 1° gênero. Sugestão: faça o
equilíbrio da barra 1.
Logo, teremos os coeficientes:
β 11 = 3,3333 ⋅ 10 5 + 10 5 = 4,33333 ⋅ 10 5
β 21 = β 12 = 0
β 31 = β 13 = 0,833333 ⋅ 10 5
Para o estado 2, temos:
63
Por fim, o estado 3:
X 1 11,032 ⋅ 10
−5
X = 22,584 ⋅ 10 − 5
2
−5
X 3 − 75,366 ⋅ 10
64
Com os deslocamentos calculados, usamos a equação geral dos esforços para
calcular os momentos fletores atuantes no nó da estrutura. Com isto, fazemos o
equilíbrio da grelha e assim, podemos traçar os seguintes diagramas finais.
65
Sendo assim, o que faz diferença para o método dos deslocamentos é o quanto se
desloca o nó C com este aumento de temperatura. Ou seja, estamos à procura do
deslocamento ortogonal recíproco de C. Para tanto, temos que traçar um gráfico,
denominado gráfico de Williot, onde fazemos uma combinação do alongamento das
respectivas barras.
Para traçar um gráfico de Williot, imaginamos a estrutura totalmente rotulada, e
nessa condição, impomos os respectivos deslocamentos de cada barra, nesses pontos
“finais” de cada barra, imagine a barra podendo girar livremente com esse novo
comprimento, no encontro desses dois “giros” é que estará o nó C’ final desejado.
Porém, para efeito de simplificação, como se trata de deslocamentos muito pequenos,
então aproximamos o arco de circunferência do “giro” da barra, por um deslocamento
ortogonal à barra. Por isso que se diz, deslocamento ortogonal recíproco. Veja exemplo
abaixo.
66
Agora a partir do ponto 0,a,b traçamos o deslocamento da barra 2, que é de
100.10-5, lembrando que esse deslocamento se dá na mesma direção da barra. Pois bem,
ao traçar esse deslocamento representamos em seu final o ponto final da barra 2. E a
partir deste ponto, traçamos um segmento perpendicular à barra 2.
No encontro destas duas perpendiculares (uma com relação ao deslocamento da
barra 1 e a outra com relação ao deslocamento da barra 2) é que temos o ponto final C
de encontro destas duas barras. O deslocamento que nos interessa é em relação ao nó
final de cada barra. Sendo assim, o deslocamento de C em relação à barra 2 é nulo. Por
sua vez, em relação à barra 1 é de 60.10-5 m. Com esses valores de deslocamentos
ortogonais recíprocos. Podemos, por fim, calcular os coeficientes do estado 0.
Vejamos como fica o estado 0.
Concluímos que:
β 10 = − 101,25kN.m
Já para o estado 1, temos a seguinte situação:
67
A equação de compatibilidade então fica:
− 101,25 + 8,1.10 5 X 1 = 0
X 1 = 12,5.10 − 5 rad
Com o deslocamento calculado e a equação geral dos esforços em mãos,
podemos, por fim, traçar os diagramas de esforços finais.
68
Ti − Te 12,5
β 10 = EIα = 4,5 ⋅ 10 5 ⋅ 10 − 5 ⋅ = − 112,5kN .m
h 0,5
O estado 1 permanece inalterado, pois trata-se do mesmo sistema principal, logo
a equação de compatibilidade se torna.
β 11 = 8,1 ⋅ 10 5
− 112,5 + 8,1.10 5 X 1 = 0
X 1 = 13,889.10 − 5 rad
Logo, teremos os seguintes diagramas finais:
69
Prosseguindo, temos o estado 0:
70
Exercício 42 – [7] pg. 195
1) Parte simétrica.
71
Observe que ∆1 terá o mesmo valor do processo de cálculo abaixo.
E onde β 10 = M A1 = 66,667kN .m .
Por sua vez, o estado 1 nos traz a seguinte situação:
72
Logo, a equação de compatibilidade se quedará como:
66,667 + 5,8333.10 X 1 = 0 . Resolvida esta, e com a equação dos esforços, podemos
5
2) Parte Anti-simétrica
73
Portanto, β 10 = 25kN.m e β 20 = 0.
74
Ou seja, β 22 = 0,27778.10 5 .
Mediante solução das equações de compatibilidade abaixo:
25 10,8333 0,83333 X 1 0
0 + 0,83333 0,27778 ⋅ 10 5 X = 0
2
X 1 − 3,0001 ⋅ 10 − 5
X = −5
2 9,0007 ⋅ 10
Traça-se então, o seguinte diagrama para a parcela anti-simétrica:
75
Exercício 43 – [7] pg. 184
O sistema principal neste caso, torna-se a figura da direita com duas chapas
rígidas produzindo momentos de engastamento perfeito nos nós D e E. Produzindo os
seguintes βi0:
76
Por sua vez, no estado 2, gira-se a chapa 2 unitariamente com os seguintes
momentos produzidos:
77
Tal recalque produz o seguinte diagrama de williot:
78
Como o sistema principal adotado é o mesmo, a matriz de flexibilidade do
sistema permanece a mesma, passando-se ao cálculo então dos deslocamentos como
abaixo. Novamente note que é a segunda coluna da matriz de baixo:
79
Para este caso, traça-se o diagrama de williot mostrado abaixo, com os seguintes
deslocamentos axiais de cada barra.
80
Por fim, como o sistema principal é o mesmo dos exercícios anteriores, a matriz
de flexibilidade permanece tal qual estava. E então é só resolver o sistema de
compatibilidade para o novo vetor: βiρ. Logo, resolvendo tal sistema, obtemos:
81
Para este caso, com este sistema principal, calculamos os momentos de
engastamento perfeito gerados por este gradiente de temperatura. Observe que como se
trata de um gradiente de temperatura não há deslocamentos axiais, sendo desnecessário
o traçado de um diagrama de williot.
Calculamos os momentos de engastamento perfeito como mostra a figura
abaixo. Usando a seguinte fórmula:
82
Exercício 47 – [7] pg. 187
Calcular os diagramas de momento fletor e esforço cortante para o caso da viga
abaixo com apoio elástico abaixo apresentada. Observe o sistema principal à direita.
Lembrando que e .
83
Já para o estado 2, no momento que introduzimos um giro unitário nesta chapa,
deformamos a mola que passa a produzir um momento sobre a chapa. Observe que este
momento não transmite para a chapa 1. Ele está apenas aplicado sobre a chapa 2.
84
Exercício 48 – [7] pg. 189
Seja determinar os diagramas de esforços solicitantes para o caso da viga do
exemplo anterior com outro tipo de apoio elástico como mostrado na figura abaixo e
.
Observe que o sistema principal fica como mostrado a direita na figura acima.
Isto ocorre porque o ponto de aplicação da mola torna-se um nó da estrutura com
rotação desconhecida. E em virtude da mola possuir deformações no seu sentido axial,
põe-se uma deslocabilidade externa restringindo a mesma.
O resto do processo de cálculo corre normalmente. O estado 0 é calculado como
mostrado abaixo. Observe que no cálculo dos momentos de engastamento perfeito
surgem forças verticais em B, entretanto estas são absorvidas pelo vínculo externo e não
pela mola.
O estado 1 como abaixo, novamente a mola não produz nenhum esforço como já
explicado.
85
Agora, no estado 2, como se deforma a mola, a mesma produz esforço que é
computado apenas para o vínculo de 1º gênero imposto, não entrando com nenhum
momento fletor adicional.
86
Calcula-se então, mediante equação de compatibilidade estática, o diagrama de
momentos fletores abaixo indicado.
87
Logo, o nó B está desequilibrado por um momento de 36,094 kN.m. Este
momento deverá ser equilibrado pelas seguintes reações de cada barra (observe que
como se trata de reações, troca-se o sinal do momento). M1 = -36,094 * 0,555 = -20,068
kN.m e M2 = -36,094*0,445 = -16,026 kN.m. O que equilibra o nó e fecha o equilíbrio
da estrutura, gerando um momento final no nó de 73,974 kN.m tracionando as fibras
superiores, observe o processo de cálculo.
88
Exercício 50 – [7] pg. 245
Resolver o pórtico da figura abaixo pelo processo de Cross. Em que todas as
barras tem inércia constante e igual entre si. Observe que é o mesmo pórtico do
exercício 43.
89
Com isto começa-se o processo de cálculo, relembrando que a transmissibilidade
de uma barra biengastada é 0,5M.
Pois bem, começa-se o cálculo pelo nó mais desequilibrado, neste caso, trata-se
do nó D, para ele, portanto, há um momento desequilibrante de -160+53,3 = -106,67.
Equilibra-se este momento com as seguintes reações: +106,67*0,2 = 21,33,
+106,67*0,4 = 42,67 e +106,67*0,4 = 42,67. Com estes momentos reequilibrando,
deve-se ver os demais, pois como temos barras biengastadas, estes momentos
transmitem para as demais barras pela metade, note que também se transmite momento
para os engastes externos da estrutura e nestes também se deve contabilizar os
momentos de engastamento perfeito, contudo, nestes engastes o momento é totalmente
absorvido, não transmitindo mais para nenhuma barra. Observe a figura.
90
Passa-se agora a fazer o equilíbrio do nó E, desequilibrado pelo momento de
-3,2/2 = -1,6 kN.m transmitido pela barra DE. E assim, continua-se o mesmo processo
até a precisão de cálculo requerida.
SEMPRE LEMBRANDO QUE A CADA DISTRIBUIÇÃO DE
MOMENTO TROCA-SE O SINAL DO MESMO, EM VIRTUDE DO FATO DE
ESTARMOS CALCULANDO REAÇÕES DAS BARRAS QUE
REEQUILIBRARÃO O NÓ. Não se esquecer ainda de contabilizar o momento de
engastamento perfeito inicial devido ao carregamento externo, nem se olvidar das
transmissões devidas. Por fim, termina-se o cálculo com a devida precisão.
Terminado o cálculo, basta somar todas as parcelas de cada nó, para encontrar o
momento atuante em cada nó, para daí traçar o diagrama, observe o diagrama final e
compare-o com o do exercício 43.
FIM
91
Bibliografia consultada
[1] – Assan A. E. 1996. Métodos Energéticos e Análise Estrutural. Editora da Unicamp,
Campinas, 124 pp.
[2] – Beer, F. P. & Johnston, E. R. Jr. 1996. Resistência dos Materiais. Makron Books
do Brasil, São Paulo, 1255 pp.
[3] – Kalmus, S. S. & Lunardi, E. Jr.1978. Estabilidade das construções. Nobel, São
Paulo, 310 pp.
[4] – Polillo, A. 1960. Exercícios de hiperestática. Científica, Rio de Janeiro, 377 pp.
[5] – Rocha, A. M. 1975. Hiperestática Plana Geral vol. 1. 4. ed. Científica, Rio de
Janeiro, 424 pp.
[6] - Rocha, A. M. 1957. Hiperestática Plana Geral vol. 2. 2. ed. Científica, Rio de
Janeiro, 408 pp.
[7] – Soriano, H. L. & Lima, S. S. 2004. Análise de Estruturas vol. 1. Ed. Ciência
Moderna, Rio de Janeiro, 310 pp.
92
Índice
Assunto Páginas
1. Exercícios de cálculos de deslocamentos e esforços em estruturas
isostáticas:
1.1. Cálculos via princípio dos trabalhos virtuais (energia de deformação)... 2 a 10
1.2. Cálculos via Teorema de Castigliano...................................................... 10 a 13
1.3. Cálculos via Teorema de Betti-Maxwell................................................. 14 a 16
2. Exercícios de cálculos de estruturas hiperestáticas via método das forças:
2.1. Cálculos via método geral em estruturas planas...................................... 16 a 26
2.2. Cálculos via método geral em grelhas..................................................... 26 a 37
2.3. Cálculos via considerações de simetria e anti-simetria........................... 27 a 46
3. Exercícios de cálculos de deslocamentos em estruturas hiperestáticas:
3.1. Cálculos via Teorema de Pasternak......................................................... 46 a 49
4. Exercícios de cálculos de estruturas hiperestáticas via método dos
deslocamentos:
4.1. Cálculos via método geral em estruturas planas...................................... 49 a 57
4.2. Cálculos via método geral em grelhas..................................................... 58 a 64
4.3. Cálculos via considerações de simetria e anti-simetria........................... 64 a 75
4.4. Exemplos diversos em estruturas para cargas com diagrama de williot. 75 a 82
4.5. Exemplos em estruturas com apoios elásticos......................................... 83 a 87
5. Exercícios do processo de Cross em estruturas planas indeslocáveis........... 88 a 91
93