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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ

Centro de Tecnologia - CTC


Departamento de Engenharia Química – UEM
Engenharia das Reações Químicas – 12334 – Turma 03

TERCEIRA AVALIAÇÃO

ACADÊMICOS: RA:
Gustavo Junqueira Valias Meira Filho 117480
Poliana Larissa de Souza Goes 119780

PROFESSORA: Isabela Dancini Pontes

Maringá, 12 de março de 2024


2. [5,0] Uma análise DTR foi realizada em um reator em fase líquida e sua vazão
volumétrica é de 10 m³/s. Analise os dados:

C x 103
t (s)
(g/m³)
0 0
150 0
175 1
200 3
225 7.4
240 9.4
250 9.7
275 8.2
300 5
325 2.5
350 1.2
375 0.5
400 0.2
450 0

(a) Faça um gráfico da curva E(t) para esses dados.


Primeiramente, vamos analisar a curva de C(t):
𝐶(𝑡)
Dessa forma, tem-se que DTR → 𝐸(𝑡) = ∞ para v = constante.
∫𝐶(𝑡)𝑑𝑡
0

Para converter a curva C(t) na curva E(t), usa-se a área sob a curva C(t). Como os
tempos não são igualmente espaçados, será necessário resolver a questão por meio da regra
dos trapézios, que será executada no programa RStudio.

𝐶(𝑡)
Feito isso, encontra-se que ∫ 𝐶(𝑡)𝑑𝑡 = 977,75 g.s/m³. Logo, 𝐸(𝑡) = 977,75
, assim, o
0
gráfico de E(t) pode ser executado, como mostrado abaixo.

(b) Faça um gráfico da curva F(t) para esses dados.


A distribuição de tempo de residência cumulativa F(t) representa a fração acumulada
da substância que permanece no sistema até o tempo t. Essa distribuição é calculada
integrando a distribuição de tempo de residência E(t) ao longo do tempo. O resultado final é
uma representação do quanto da substância permaneceu no sistema em um determinado
momento.
(c) Que fração do material permanece no reator entre 230 e 270 segundos?
Para encontrar a fração do material que permanece no reator entre 230 e 270 segundos
precisamos integrar a curva de E(t) entre esses tempos.
270
𝐹 = ∫ 𝐸(𝑡)𝑑𝑡
230

Essa integração será feita pelo RStudio, então, dividiremos a curva em 2 partes para
encontrar os polinômios que melhor se ajustam. Com isso, obtemos o seguinte gráfico:
Dessa forma, obtemos que a fração de material que permanece no reator entre
230-270 segundos é de 0,38 ou 38%

(d) Que fração do material permanece menos que 250 segundos no reator?
Já para a fração de material que permanece menos de 250 segundos, calculamos a
área sob a curva de E(t) no intervalo de tempo de 150 a 250 segundos. Logo, obtemos que a
fração foi de 0,41 ou 41% de material “retido”.

(e) Qual é o tempo de residência médio?


O tempo de residência médio pode ser encontrado através da equação:

𝑡𝑚 = ∫ 𝑡. 𝐸(𝑡)𝑑𝑡
0
Sabe-se que o tempo de residência médio é um parâmetro que define uma DTR, sendo
assim, o valor encontrado para o exercício em questão foi de 261,5 segundos, obtido pelo
RStudio.

(f) Qual é a variância σ2?


A variância é o outro parâmetro que define uma DTR, sendo obtida pela equação:

σ² = ∫(𝑡 − 𝑡𝑚)²𝐸(𝑡)𝑑𝑡
0
Dessa forma, o resultado obtido através do cálculo pelo RStudio foi de 1799,215 s².

(g) Qual o volume do reator?


𝑣
O volume do reator pode ser calculado por τ = 𝑣0
, então, temos que
𝑣
261, 5𝑠 = 10 𝑚³/𝑠
Logo, o volume do reator é de 2615 m³.

(h) Faça um gráfico de E(Θ) e de F(Θ) em função de Θ.


A grandeza Θ representa o número de volumes de fluido do reator, baseado nas
condições de entrada, que escoaram através do reator no tempo t. Sendo assim, E(Θ) pode ser
definido como:
−Θ
𝐸(Θ) = τ𝐸(𝑡) = 𝑒
Dessa forma, temos seu gráfico:
Agora, faremos o mesmo, porém para F(Θ):

(i) Que conversão seria atingida em um PFR ideal para uma reação de segunda
ordem com kCA0=0,01 min–1 e CA0=1 mol/dm3?
Fazendo o balanço de massa para o PFR em uma reação de 2° ordem, temos:
− 𝑟𝑎 = 𝑘𝐶𝑎²
− 𝑟𝑎 = 𝑘𝐶𝑎²(1 − 𝑥)²
𝐶𝑎 = 𝐶𝑎0(1 − 𝑥)
𝑑𝑥 𝑘𝐶𝑎²(1−𝑥)
𝑑𝑣
= 𝐹𝑎0
Cortando os termos semelhantes e substituindo τ obtemos:
𝑑𝑥
𝑑τ
= 𝑘𝐶𝑎0(1 − 𝑥)²
𝑘𝐶𝑎0τ
𝑋= 1+𝑘𝐶𝑎0τ
Portanto, obtemos uma conversão de aproximadamente 0,72.

(j) Qual seria a conversão para uma reação de segunda ordem com kCA0=0,01
min–1 e CA0=1 mol/dm3, usando o modelo de segregação?
Uma forma de prever X a partir da DTR, sem parâmetros ajustáveis, se dá pelo
modelo segregado. Então, temos a seguinte equação para uma reação de segunda ordem:
𝑑𝑋 𝑘𝐶𝑎0(1−𝑋)²
𝑑𝑡
= 𝑣0
Assim, a partir do ajuste polinomial de E(t), feito pelo RStudio, obtemos uma
conversão de 0,37 para o modelo segregado.

(k) Qual seria a conversão para uma reação de segunda ordem com kCA0=0,01
min–1 e CA0=1 mol/dm3, usando o modelo de mistura máxima?
No modelo de mistura máxima, a mistura ocorre no ponto mais antecipado possível. E
sua equação em termos de conversão é dada por:
𝑑𝑋 𝑟𝑎 𝐸(λ)
𝑑λ
= 𝐶𝑎0
+ 1−𝐹(λ)
𝑋
Dessa forma, após ajustar os dados no RStudio obtemos uma conversão de 0,23.

(l) Se o reator for modelado pelo modelo de dispersão, qual será o número de
Peclet?
O Número de Peclet é definido como a razão entre o tempo de difusão de um soluto
em um fluido e o tempo de transporte convectivo desse soluto. Através do modelo de
dispersão encontramos que seu valor é de aproximadamente 76,01.

(m) Prepare uma tabela comparando a conversão prevista por cada modelo
descrito anteriormente.
É possível notar uma diferença razoável entre as conversões obtidas por cada
modelo, com isso pode-se questionar o uso de modelos adicionais para o reator para melhorar
o poder de predição da conversão, ou seja, pode ser necessário a incorporação de modelos
adicionais para o reator visando aprimorar a precisão das previsões de conversão da reação
química.

PRF ideal 72%

Segregação 37%

Mistura Máxima 23%

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