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MÉTODOS CROMATOGRÁFICOS
RESUMO EXPANDIDO
ACADÊMICOS: RA:
Poliana Larissa de Souza Goes 119780
1.2. Eficiência
A cromatografia gasosa é medida em termos de número de pratos teóricos, os quais são
influenciados por fatores como comprimento, diâmetro interno, temperatura e vazão da fase
móvel. A eficiência é expressa pela equação N = 16(Dr/Wb)^2, onde Dr representa a
largura dos picos. A equação de Van Deemter relaciona a altura equivalente a um prato
teórico, velocidade linear do gás de arraste e fatores que causam alargamento de picos,
incluindo A (caminhos diferentes das moléculas), B (difusão molecular na fase móvel) e C
(espessura do filme na fase estacionária).
Para otimizar a eficiência, sugere-se o uso de colunas com diâmetros internos pequenos,
partículas uniformes, gases de arraste com maiores massas moleculares e fase líquida de
baixa viscosidade. A equação de Van Deemter também destaca a importância da escolha
do gás de arraste de acordo com o tipo de detector usado. Fatores extra-coluna, como
volumes excessivos nas conexões coluna-injetor e coluna-detector, podem causar
alargamento de picos e devem ser evitados para obter uma separação mais eficiente. O
conhecimento desses fatores pode ser aplicado para melhorar a eficiência na separação de
substâncias em cromatografia gasosa.
A eficiência deste detector também depende da proporção das vazões dos gases que
alimentam a chama. Em geral, uma boa sensibilidade e estabilidade são alcançadas quando
se utiliza a proporção de 1:1:10 para o gás de arraste, hidrogênio e ar comprimido,
respectivamente. Este detector é amplamente empregado em bioquímica, como na análise
de esteroides. A presença de oxigênio ou enxofre nas moléculas pode reduzir a resposta,
mas ainda assim, é útil na análise de compostos como ácidos orgânicos e ésteres de ácidos
graxos e dicarboxílicos.
1.15. Registrador
O sinal gerado pelo detector, quando a amostra é detectada após passar pela coluna, é
registrado de maneira gráfica. Os registradores utilizados em cromatografia gasosa são
predominantemente do tipo potenciométrico, operando na escala de 1 mV, com um tempo
de resposta geralmente inferior a um segundo.
Outra abordagem para o registro dos sinais envolve o processamento em integradores
ou microcomputadores que estão conectados ao detector. Além de apresentarem os
cromatogramas de forma visual, esses sistemas registram informações cruciais, como os
tempos de retenção e as áreas de cada pico cromatográfico. Os microcomputadores, quando
devidamente programados, podem fornecer uma gama mais ampla de dados calculados a
partir do cromatograma.
3. As técnicas da CLAE
Existem cinco tipos diferentes de fases estacionárias na cromatografia líquida de alta
eficiência (CLAE), cada uma correspondendo a um mecanismo distinto. A simples troca de
coluna e fase móvel permite a utilização de cada um desses mecanismos. Vários problemas em
separação cromatográfica podem ser abordados por mais de um método, enquanto outros
podem requerer um método específico. A seguir, serão apresentadas algumas noções gerais
sobre os mecanismos da CLAE e as classes de compostos em que são mais empregados; para
problemas mais específicos, é recomendada a consulta à literatura especializada.
7. Aplicações da CLAE
A Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE) inicialmente concebida como uma
técnica de separação, evoluiu para uma posição proeminente como uma técnica analítica tanto
qualitativa quanto quantitativa. Os procedimentos aplicados na CLAE para análises qualitativas
e quantitativas seguem princípios semelhantes aos discutidos no Capítulo VIII. Apesar de ser
uma técnica relativamente recente, a CLAE já possui uma vasta quantidade de publicações em
química e bioquímica, descrevendo diversas aplicações. Alguns exemplos destacados a seguir
fornecem uma visão da versatilidade e potencial analítico dessa técnica.
A potencialidade da técnica analítica da Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE)
é ilustrada por alguns exemplos. A Figura IX-17 apresenta um cromatograma dos componentes
de um comprimido de analgésico, destacando o interesse na análise qualitativa e quantitativa
desses componentes para controlar a estabilidade pós-fabricação. Já a Figura IX-18 mostra um
cromatograma de anticonvulsivantes em soro sanguíneo, relevante para monitorar níveis e
períodos de permanência em pacientes neurológicos. A Figura IX-19 destaca a determinação
de esteroides à base de cortisona, utilizados em diversas aplicações médicas, cuja análise é
desafiadora devido à sua termossensibilidade, tornando a CLAE uma escolha vantajosa em
relação à cromatografia gasosa.
A Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE) destaca-se na análise química de
alimentos, como o mel, visando à caracterização e controle de qualidade. Na Figura IX-20, é
mostrada uma rápida análise dos açúcares do mel. A CLAE também facilita a análise de
vitaminas, como evidenciado na Figura IX-21, proporcionando resultados eficientes em curtos
períodos. Além disso, a CLAE desempenha um papel significativo na resolução de problemas
relacionados à contaminação ambiental, sendo uma ferramenta eficaz para a determinação de
pesticidas, como ilustrado na Figura IX-22, onde cinco inseticidas são analisados com sucesso.
A Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE) é uma ferramenta eficaz na
determinação de contaminantes atmosféricos, como os policíclicos aromáticos, conforme
mostrado na Figura IX-23. Essa abordagem é mais acessível do que a cromatografia gasosa,
que exige condições de alta temperatura. Na Figura IX-24, ao analisar HMX e RDX
(substâncias explosivas), observa-se que o RDX tem uma resposta ligeiramente superior a 254
nm, indicando absorvência semelhante ao HMX nesse comprimento de onda. No entanto, a
230 nm, a absorvência do RDX diminui em relação ao HMX.
A crescente produção de açúcar, álcool e derivados a partir da cana-de-açúcar destaca a
importância da análise do caldo de cana. O cromatograma da Figura IX-25 permite determinar
rapidamente a porcentagem relativa dos principais componentes do caldo de cana. Para
compostos de alta massa molecular, a CLAE por exclusão é um método apropriado. Em casos
mais complexos, a combinação de diferentes técnicas cromatográficas pode ser empregada,
como a separação inicial por massa molecular seguida de adsorção ou partição para obter
compostos puros em cada fração. Para amostras extremamente complexas, é possível utilizar
várias colunas em série.
A Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE) por exclusão é altamente
recomendada na determinação da distribuição de massas moleculares de polímeros e na análise
de produtos naturais baseada na massa molecular. A Figura IX-26 exemplifica a determinação
das massas moleculares em polímeros. A CLAE por troca iônica é amplamente utilizada para
análises bioquímicas de misturas de moléculas pequenas. A rápida determinação de
aminoácidos é um destaque, como mostrado na Figura IX-27, onde a CLAE por troca catiônica,
acoplada a um reator pós-coluna e um detector por absorvância no visível, permite a separação
dos aminoácidos em um hidrolisado proteico.
Enquanto a CLAE é valiosa para análises qualitativas e quantitativas, seu aspecto
preparativo também é destacado. Na Figura IX-28, o cromatograma a representa uma separação
analítica de intermediários na síntese de vitamina B-12, enquanto o cromatograma b ilustra
uma separação preparativa em uma coluna de sílica porosa. Essas capacidades tornam a CLAE
uma técnica eficaz para isolar quantidades significativas de componentes para uso em padrões,
intermediários de síntese ou materiais extraídos de produtos naturais para ensaios biológicos.
A eficiência da separação pode ser aumentada com o uso de partículas menores em colunas,
proporcionando resolução equivalente em um tempo de separação mais curto.
8. Referência
Carol H. Collins, Gilberto L. Braga, Pierina S. Bonato - Introdução a Métodos
Cromatográficos-Editora da UNICAMP (1997) [Todas as tabelas e imagens citadas no resumo
podem ser encontradas no livro texto original.]