Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
ORGÂNICA E
EXPERIMENTAL
UNIDADE III
Técnicas de
Identificação de
Compostos Orgânicos
Renato de Marchi Vieira dos Santos
Técnicas de Identificação
de Compostos Orgânicos
Introdução
Nesta unidade, estudaremos duas técnicas de identificação de compostos orgânicos:
a cromatografia e a espectrofotometria, componentes básicos que movem o mundo
em muitos ciclos. Por exemplo, o ciclo do carbono, que envolve a troca de carbono na
fotossíntese e na respiração celular entre plantas e animais.
Para cada tipo de análise, há uma técnica em particular que deve ser empregada para
o desenvolvimento de resultados que definem a espécie orgânica em estudo.
Objetivos da Aprendizagem
Ao final da unidade, esperamos que você seja capaz de:
3
Identificação de Compostos Orgânicos
Um material é orgânico se contém carbono ligado a outros átomos por covalência.
Alguns compostos de carbono, incluindo óxidos simples (por exemplo, CO2) e
cianetos (por exemplo, KCN), são arbitrariamente inseridos na estrutura de compostos
orgânicos conforme o tipo de substância. Há várias técnicas de identificação, as quais
conheceremos a seguir.
4
químicos de origem biológica. Já na indústria do petróleo, a técnica é empregada para
analisar misturas complexas de hidrocarbonetos.
Tipos de Cromatografia
5
Critérios de classificação de tipos cromatográficos
GEOMETRIA MODO DE
DO SISTEMA OPERAÇÃO
MECANISMO FASES
DE RETENÇÃO ENVOLVIDAS
6
Atenção
Na cromatografia em papel, uma folha ou tira estreita de papel
serve como fase estacionária. Na cromatografia em camada
fina, um filme fino de uma fase estacionária de partículas sólidas
unidas entre si para resistência mecânica com um aglutinante,
como sulfato de cálcio, é revestido em uma placa de vidro ou folha
de plástico.
Vogel (1987) afirma que, em termos de operação, o fluxo da fase móvel é interrompido
antes que os solutos cheguem ao final do leito da fase estacionária na cromatografia
de revelação. A fase móvel é chamada de revelador, e o movimento do líquido ao
longo do leito é chamado de desenvolvimento. Com colunas de vidro com diâmetro
na faixa de centímetros e amostras grandes (faixa de centímetros cúbicos), o leito é
extrudado da coluna, as zonas de soluto são escavadas e os solutos são recuperados
por extração com solvente.
Vogel (1987) afirma que a retenção de solutos está mais frequentemente relacionada
ao comportamento de hidrocarbonetos de cadeia linear na cromatografia gasosa;
isso é, são usados volumes de retenção relativos. Em escala logarítmica, este se
7
torna o índice de retenção (IR), dado pelo farmacêutico suíço Ervin Kováts. Os valores
IR das sondas de solvente são a base do método de classificação introduzido por
Rohrschneider. Esquemas semelhantes foram propostos para sistemas líquidos.
Atenção
As interações entre moléculas ocorrem na fase gasosa e são
estudadas em cromatografia de fluido supercrítico. Exemplos
de gases reativos de alta pressão são dióxido de carbono, óxido
nitroso, amônia, hidrocarbonetos, hexafluoreto de enxofre e
metanos halogenados.
8
Segundo Vogel (1987), no entanto, solutos altamente voláteis passam agora a maior
parte do tempo na fase gasosa móvel e migram rapidamente através da coluna,
aparecendo como picos não dissolvidos. Os seguintes solutos são suficientemente
liberados. Isso é chamado de problema de eluição geral. Uma solução simples é
aumentar a temperatura da coluna durante a separação. Solutos altamente voláteis
e altamente separados são removidos da coluna em temperaturas mais baixas antes
que solutos menos voláteis deixem a entrada da coluna. Essa técnica é chamada de
cromatografia gasosa com temperatura programada.
Análises Espectrométricas
A espectrofotometria é um método para medir a quantidade de luz que uma substância
química absorve, medindo a intensidade da luz quando um feixe de luz passa através
de uma solução de amostra. O princípio básico é que cada composto absorve ou emite
luz em um comprimento de onda específico. Essa medição também pode ser usada
para medir a quantidade de uma substância química conhecida.
Espectrofotômetro
9
Cada composto absorve, transmite ou reflete luz (radiação eletromagnética) em uma
faixa específica de comprimento de onda. A espectrofotometria mede quão bem um
produto químico é absorvido ou transmitido. Essa técnica pode ser usada em qualquer
aplicação que envolva produtos químicos ou materiais. Por exemplo, em bioquímica,
é usada para determinar reações catalisadas por enzimas. Em aplicações clínicas,
é usada para examinar sangue ou tecido para diagnóstico clínico. Existem também
muitas variações de espectrofotometria, como espectrofotometria de absorção
atômica e espectrofotometria de emissão atômica.
Espectrofotômetro UV-visível
Utiliza luz nas faixas ultravioleta (185-400 nm) e visível (400-700 nm) do espectro
de radiação eletromagnética.
Espectrofotômetro IR
10
Técnicas Espectroscópicas Atômicas e Técnicas Espectroscópicas
Moleculares
Para que a absorção ocorra, deve haver diferenças de energia idênticas entre
os níveis de energia mais baixos e mais altos. O princípio da espectroscopia
de absorção atômica utiliza o fato de que os elétrons livres gerados em um
atomizador podem absorver radiação em uma frequência específica. Ele
quantifica a absorção de átomos do estado fundamental no estado gasoso.
11
com os elétrons, fenômenos que não existem em átomos individuais. Para analisar
espectros moleculares, é necessário considerar simultaneamente os efeitos de todas
as contribuições dos diferentes tipos de movimentos e energias moleculares. Contudo,
para desenvolver uma compreensão básica, é melhor considerar primeiro os vários
fatores separadamente.
Segundo Soares et al. (1988), a análise espectral pode fornecer uma ampla gama de
testes qualitativos e bioanalíticos. Essa informação garante que a molécula adequada
do composto orgânico seja liberada no corpo exatamente na taxa certa.
Análise espectral
12
As aplicações da análise quantitativa por meio da espectroscopia permitem que os
pesquisadores farmacêuticos identifiquem e comparem claramente os compostos
orgânicos para garantir que as moléculas do medicamento sejam devidamente
absorvidas pelo corpo e distribuídas nos locais certos. A partir da identificação de
princípios ativos ou análise de proteínas, cada componente da pesquisa farmacêutica
depende de espectrofotômetros para fornecer análises qualitativas e formulações
exatas de medicamentos.
Saiba mais
Para saber mais sobre o tema, acesse o link e leia o artigo A
espectrometria atômica e a determinação de elementos metálicos
em material polimérico.
13
Conclusão
Nesta unidade, estudamos os fundamentos de análises de compostos orgânicos
envolvendo duas técnicas: a cromatografia e a espectrofotometria. Essas técnicas
são largamente empregadas em laboratórios químicos e clínicos.
14
Referências
CADORE, S.; MATOSO, É.; SANTOS, M. C. A espectrometria atômica e a
determinação de elementos metálicos em material polimérico. Química Nova,
São Paulo, v. 31, n. 6, 2008. Disponível em: https://www.scielo.br/j/qn/a/
mPQHBNFmYt8FJ4sqQK4n7kq/?lang=pt#. Acesso em: 13 out. 2023.
PAVIA, D. L. et al. Organic laboratory techniques: small scale approach. New York:
Saunders College Publishing, 1998.
VOGEL, A. Vogel’s textbook of practical organic chemistry. 4. ed. New York: Longman
Scientific & Technical, 1987.