Você está na página 1de 16

QUÍMICA

ORGÂNICA E
EXPERIMENTAL
UNIDADE III
Técnicas de
Identificação de
Compostos Orgânicos
Renato de Marchi Vieira dos Santos
Técnicas de Identificação
de Compostos Orgânicos

Introdução
Nesta unidade, estudaremos duas técnicas de identificação de compostos orgânicos:
a cromatografia e a espectrofotometria, componentes básicos que movem o mundo
em muitos ciclos. Por exemplo, o ciclo do carbono, que envolve a troca de carbono na
fotossíntese e na respiração celular entre plantas e animais.

Para cada tipo de análise, há uma técnica em particular que deve ser empregada para
o desenvolvimento de resultados que definem a espécie orgânica em estudo.

Objetivos da Aprendizagem
Ao final da unidade, esperamos que você seja capaz de:

• Conhecer os princípios e fundamentos teóricos da técnica de cromatografia,


possibilitando a utilização dessa técnica para determinação dos compostos
orgânicos.
• Entender a técnica, abordando os aspectos técnico-científicos envolvidos
para a identificação dos compostos orgânicos.

3
Identificação de Compostos Orgânicos
Um material é orgânico se contém carbono ligado a outros átomos por covalência.
Alguns compostos de carbono, incluindo óxidos simples (por exemplo, CO2) e
cianetos (por exemplo, KCN), são arbitrariamente inseridos na estrutura de compostos
orgânicos conforme o tipo de substância. Há várias técnicas de identificação, as quais
conheceremos a seguir.

Técnica de Análises Cromatográficas: Definição

Segundo Pavia et al. (1998), a cromatografia é uma técnica de separação dos


componentes, ou solutos, de uma mistura com base nas quantidades relativas de
cada soluto distribuídas entre uma corrente de fluido em movimento, chamada de
fase móvel, e uma fase contígua, a fase estacionária. A fase móvel pode ser líquida ou
gasosa, enquanto a fase estacionária pode ser sólida ou líquida.

O movimento molecular cinético troca continuamente moléculas de soluto entre as


duas fases. Se a distribuição favorecer o fluido em movimento para um determinado
soluto, as moléculas passarão a maior parte do tempo migrando com a corrente e
serão transportadas para longe de outras espécies cujas moléculas são retidas por
mais tempo pela fase estacionária. Para uma determinada espécie, a razão entre o
tempo gasto nas regiões em movimento e estacionária é igual à razão entre suas
concentrações nessas regiões, conhecidas como coeficiente de partição.

Uma mistura de solutos é introduzida no sistema em uma região confinada ou zona


estreita (a origem), após a qual as diferentes espécies são transportadas em taxas
diferentes na direção do fluxo de fluido. A força motriz do soluto à migração é o fluido
em movimento e a força resistiva é a afinidade do soluto pela fase estacionária; a
combinação dessas forças, manipuladas pelo analista, produz a separação.

Para Pavia et al. (1998), a cromatografia é um dos vários métodos de separação


definidos como migração diferencial de uma zona inicial estreita. A eletroforese
é outro membro desse grupo. Nesse caso, a força motriz é um campo elétrico que
exerce diferentes forças sobre solutos com diferentes cargas iônicas. A força de
tração é a viscosidade do solvente não líquido. A combinação dessas forças produz a
mobilidade iônica característica de cada soluto.

A cromatografia tem inúmeras aplicações nas áreas biológica e química. É amplamente


utilizado em pesquisa bioquímica para separação e identificação de compostos

4
químicos de origem biológica. Já na indústria do petróleo, a técnica é empregada para
analisar misturas complexas de hidrocarbonetos.

Cromatografia é uma separação de cores

Fonte: © Sketchepedia, Freepik (2023).


#pratodosverem: ilustração de quatro listras horizontais coloridas.

Como método de separação, a cromatografia tem uma série de vantagens sobre as


técnicas mais antigas – cristalização, extração com solvente e destilação, por exemplo.
É capaz de separar todos os componentes de uma mistura química multicomponente
sem exigir um amplo conhecimento prévio da identidade, do número ou das
quantidades relativas das substâncias presentes. É versátil porque pode lidar com
espécies moleculares que variam em tamanho, desde vírus compostos de milhões
de átomos até a menor de todas as moléculas – o hidrogênio – que contém apenas
dois átomos; além disso, pode ser utilizado com grandes ou pequenas quantidades
de material.

Tipos de Cromatografia

Segundo Pavia et al. (1998), os tipos cromatográficos são classificados de acordo


com os seguintes critérios:

5
Critérios de classificação de tipos cromatográficos

GEOMETRIA MODO DE
DO SISTEMA OPERAÇÃO

MECANISMO FASES
DE RETENÇÃO ENVOLVIDAS

Fonte: elaborada pelo autor (2023).


#pratodosverem: ilustração de quatro quadros com escritos: geometria do
sistema, modo de operação, mecanismo de retenção e fases envolvidas.

As fases móvel e estacionária dos sistemas cromatográficos são organizadas de


tal forma que a migração ocorre ao longo de uma coordenada muito maior que sua
largura. Existem duas geometrias básicas: colunar e plana.

Na cromatografia em coluna, a fase estacionária está contida em um tubo denominado


coluna. A coluna empacotada contém partículas que constituem ou sustentam a
fase estacionária, e a fase móvel flui através dos canais dos espaços intersticiais. A
teoria mostrou que o desempenho é melhorado se forem utilizadas partículas muito
pequenas, o que simultaneamente garante a característica adicional desejada de que
esses canais sejam muito estreitos. O efeito da fase móvel na transferência de massa
no alargamento da banda (pico) será então reduzido. Uma segunda geometria de
coluna envolve o revestimento da fase estacionária na parede interna de um tubo de
aço inoxidável de pequeno diâmetro ou de sílica fundida. As colunas são tubulares
abertas. O revestimento pode ser líquido ou sólido. Para fases móveis gasosas, o
desempenho superior é devido ao comprimento e ao filme fino da fase estacionária. As
colunas são altamente permeáveis a gases e não requerem pressões de acionamento
excessivas. As colunas nas quais é utilizada uma fase móvel líquida são muito mais
curtas e requerem grandes pressões de acionamento.

Na cromatografia plana, a fase estacionária é configurada como uma fina folha


bidimensional.

6
Atenção
Na cromatografia em papel, uma folha ou tira estreita de papel
serve como fase estacionária. Na cromatografia em camada
fina, um filme fino de uma fase estacionária de partículas sólidas
unidas entre si para resistência mecânica com um aglutinante,
como sulfato de cálcio, é revestido em uma placa de vidro ou folha
de plástico.

Vogel (1987) afirma que, em termos de operação, o fluxo da fase móvel é interrompido
antes que os solutos cheguem ao final do leito da fase estacionária na cromatografia
de revelação. A fase móvel é chamada de revelador, e o movimento do líquido ao
longo do leito é chamado de desenvolvimento. Com colunas de vidro com diâmetro
na faixa de centímetros e amostras grandes (faixa de centímetros cúbicos), o leito é
extrudado da coluna, as zonas de soluto são escavadas e os solutos são recuperados
por extração com solvente.

Ainda para Vogel (1987), na cromatografia de eluição é utilizado com colunas,


envolvendo a passagem do soluto por todo o sistema e a detecção do soluto ao
sair da coluna. O detector monitora continuamente a quantidade de soluto no fluxo
ascendente da fase móvel – o eluato – e converte um sinal, geralmente uma tensão,
registrado como um pico em um dispositivo de registro de gráfico de tira.

Identificação das Substâncias Orgânicas Atravé da Técnica de


Cromatografia

Uma regra fundamental da química orgânica é que “semelhante dissolve semelhante”.


Assim, o solvente polar água dissolve o soluto polar etanol, mas não o hidrocarboneto
octano. O solvente apolar benzeno dissolve octano, mas não o etanol. As fases sólidas
polares retêm solutos polares e passam por aqueles que não são polares. Para fases
estacionárias apolares, a sequência de crise é invertida. O alemão Lutz Rohrschneider
iniciou pesquisas que levaram a um conjunto de espécies de solutos padrão, que são
sondas de solventes que ajudaram a organizar as fases estacionárias de acordo com
a polaridade e as interações intermoleculares.

Vogel (1987) afirma que a retenção de solutos está mais frequentemente relacionada
ao comportamento de hidrocarbonetos de cadeia linear na cromatografia gasosa;
isso é, são usados volumes de retenção relativos. Em escala logarítmica, este se

7
torna o índice de retenção (IR), dado pelo farmacêutico suíço Ervin Kováts. Os valores
IR das sondas de solvente são a base do método de classificação introduzido por
Rohrschneider. Esquemas semelhantes foram propostos para sistemas líquidos.

Atenção
As interações entre moléculas ocorrem na fase gasosa e são
estudadas em cromatografia de fluido supercrítico. Exemplos
de gases reativos de alta pressão são dióxido de carbono, óxido
nitroso, amônia, hidrocarbonetos, hexafluoreto de enxofre e
metanos halogenados.

Misturas de solutos com diferentes pontos de ebulição ou polaridades ou com


muitos grupos funcionais apresentam um problema especial. Na baixa temperatura
operacional da coluna, solutos altamente voláteis (ou, mais precisamente, solutos com
alto valor numérico do coeficiente de atividade do solvente líquido) aparecem como
picos bem definidos no início do cromatograma. Soluções com baixa volatilidade
movem-se lentamente pela coluna, proporcionando amplas oportunidades para
alargamento máximo. Esses solutos aparecem como picos amplos e muito rasos que
podem ser ignorados. Um aumento na temperatura da coluna aumenta a concentração
de solutos na fase gasosa.

Análise química pela cor

Fonte: Freepik (2023).


#pratodosverem: : fotografia de uma mulher cientista observando um balão de
vidro com líquido colorido dentro.

8
Segundo Vogel (1987), no entanto, solutos altamente voláteis passam agora a maior
parte do tempo na fase gasosa móvel e migram rapidamente através da coluna,
aparecendo como picos não dissolvidos. Os seguintes solutos são suficientemente
liberados. Isso é chamado de problema de eluição geral. Uma solução simples é
aumentar a temperatura da coluna durante a separação. Solutos altamente voláteis
e altamente separados são removidos da coluna em temperaturas mais baixas antes
que solutos menos voláteis deixem a entrada da coluna. Essa técnica é chamada de
cromatografia gasosa com temperatura programada.

Análises Espectrométricas
A espectrofotometria é um método para medir a quantidade de luz que uma substância
química absorve, medindo a intensidade da luz quando um feixe de luz passa através
de uma solução de amostra. O princípio básico é que cada composto absorve ou emite
luz em um comprimento de onda específico. Essa medição também pode ser usada
para medir a quantidade de uma substância química conhecida.

Introdução aos Métodos de Análises Espectrofotométricas

Segundo Soares et al. (1988), a espectrofotometria é um dos métodos de análise


quantitativa mais úteis em vários campos, como química, física, bioquímica, engenharia
de materiais, química e aplicações clínicas. Cada composto absorve ou transmite luz
em uma faixa específica de comprimento de onda. Essa medição também pode ser
usada para determinar a quantidade de um produto químico conhecido.

Espectrofotômetro

Fonte: © _creators, Freepik (2023).


#pratodosverem: fotografia de um equipamento espectrofotômetro e uma mão
inserindo um objeto dentro dele.

9
Cada composto absorve, transmite ou reflete luz (radiação eletromagnética) em uma
faixa específica de comprimento de onda. A espectrofotometria mede quão bem um
produto químico é absorvido ou transmitido. Essa técnica pode ser usada em qualquer
aplicação que envolva produtos químicos ou materiais. Por exemplo, em bioquímica,
é usada para determinar reações catalisadas por enzimas. Em aplicações clínicas,
é usada para examinar sangue ou tecido para diagnóstico clínico. Existem também
muitas variações de espectrofotometria, como espectrofotometria de absorção
atômica e espectrofotometria de emissão atômica.

Soares et al. (1988) definem que um espectrofotômetro é um instrumento que mede


o número de fótons (intensidade da luz) que são absorvidos após passar por uma
solução amostral. Os espectrofotômetros também podem determinar a quantidade
(concentração) de um produto químico conhecido medindo a intensidade da luz que
detecta. Dependendo da faixa de comprimento de onda da fonte de luz, ela pode ser
classificada em dois tipos diferentes.

Espectrofotômetro UV-visível

Utiliza luz nas faixas ultravioleta (185-400 nm) e visível (400-700 nm) do espectro
de radiação eletromagnética.

Espectrofotômetro IR

Utiliza luz na faixa infravermelha do espectro de radiação eletromagnética (700


a 15.000 nm).

A espectrofotometria visível permite determinar a absorção ou transmissão de uma


determinada substância com base na cor observada. Por exemplo, uma amostra de
solução que absorve toda a luz visível (isso é, não transmite comprimentos de onda
visíveis) teoricamente apareceria preta. Por outro lado, se todos os comprimentos
de onda visíveis forem transmitidos (ou seja, nada for absorvido), a amostra da
solução parecerá branca. Quando uma solução de amostra absorve luz vermelha
(aproximadamente 700 nm), ela parece verde, porque o verde é a cor complementar
do vermelho. Um espectrofotômetro de luz visível, na verdade, usa um prisma para
restringir uma faixa específica de comprimento de onda (filtrando outros comprimentos
de onda) para que raios de luz específicos possam passar através de uma amostra de
solução.

10
Técnicas Espectroscópicas Atômicas e Técnicas Espectroscópicas
Moleculares

Os espectros atômicos são definidos como o espectro da radiação eletromagnética


emitida ou absorvida por um elétron durante as transições entre diferentes níveis de
energia dentro de um átomo.

Segundo Soares et al. (1988), quando um elétron é excitado de um nível de energia


para outro, ele emite ou absorve luz de um comprimento de onda específico. A coleção
de todos esses comprimentos de onda específicos do átomo em um determinado
conjunto de condições, como pressão, temperatura etc., é o espectro atômico dos
átomos. Existem três tipos de espectros atômicos: espectros de emissão, espectros
de absorção e espectros contínuos.

Espectroscopia de emissão atômica

Envolve a transferência de energia do estado fundamental para um estado


excitado. A transição eletrônica pode ser explicada na emissão atômica.

Espectroscopia de absorção atômica

Para que a absorção ocorra, deve haver diferenças de energia idênticas entre
os níveis de energia mais baixos e mais altos. O princípio da espectroscopia
de absorção atômica utiliza o fato de que os elétrons livres gerados em um
atomizador podem absorver radiação em uma frequência específica. Ele
quantifica a absorção de átomos do estado fundamental no estado gasoso.

Espectroscopia de fluorescência atômica

É uma combinação de emissão atômica e absorção atômica, pois envolve


radiação de excitação e desexcitação.

A espectroscopia atômica é usada para identificar as linhas espectrais de materiais


usados em metalurgia.

Já a espectroscopia molecular é a absorção ou a emissão de radiação eletromagnética


à medida que as moléculas sofrem mudanças de um estado de energia quantizada
para outro, conforme afirmam Soares et al. (1988). Os mecanismos envolvidos
são semelhantes aos observados para os átomos, mas são mais complicados. As
complexidades adicionais são devidas às interações dos vários núcleos entre si e

11
com os elétrons, fenômenos que não existem em átomos individuais. Para analisar
espectros moleculares, é necessário considerar simultaneamente os efeitos de todas
as contribuições dos diferentes tipos de movimentos e energias moleculares. Contudo,
para desenvolver uma compreensão básica, é melhor considerar primeiro os vários
fatores separadamente.

Existem dois conjuntos principais de interações que contribuem para os espectros


moleculares observados. O primeiro envolve os movimentos internos da estrutura
nuclear da molécula e as forças atrativas e repulsivas entre os núcleos e os elétrons.
O outro abrange as interações dos momentos magnéticos nucleares e eletrostáticos
com os elétrons e entre si.

Aplicações das Análises Espectrofotométricas para Identificação


das Substâncias Orgânicas

A espectrofotometria é o melhor método disponível para identificação e


comparação de compostos orgânicos. A indústria farmacêutica depende da análise
espectrofotométrica para diversas aplicações e a escolha da instrumentação correta
é essencial para resultados consistentes e de qualidade.

Segundo Soares et al. (1988), a análise espectral pode fornecer uma ampla gama de
testes qualitativos e bioanalíticos. Essa informação garante que a molécula adequada
do composto orgânico seja liberada no corpo exatamente na taxa certa.

Análise espectral

Fonte: © pituxo842, Freepik (2023).


#pratodosverem: ilustração de vários gráficos de barras coloridos, na vertical.

12
As aplicações da análise quantitativa por meio da espectroscopia permitem que os
pesquisadores farmacêuticos identifiquem e comparem claramente os compostos
orgânicos para garantir que as moléculas do medicamento sejam devidamente
absorvidas pelo corpo e distribuídas nos locais certos. A partir da identificação de
princípios ativos ou análise de proteínas, cada componente da pesquisa farmacêutica
depende de espectrofotômetros para fornecer análises qualitativas e formulações
exatas de medicamentos.

Para Soares et al. (1988), a análise qualitativa a partir de métodos espectrofotométricos


alcança resultados rápidos e precisos usando apenas pequenas quantidades de
amostras. Essa instrumentação rápida e eficaz tornou-se uma ferramenta essencial na
indústria farmacêutica graças à sua adaptabilidade e a seu valor econômico. A análise
qualitativa provou ser altamente útil em muitas das principais formas de compostos
orgânicos.

Saiba mais
Para saber mais sobre o tema, acesse o link e leia o artigo A
espectrometria atômica e a determinação de elementos metálicos
em material polimérico.

13
Conclusão
Nesta unidade, estudamos os fundamentos de análises de compostos orgânicos
envolvendo duas técnicas: a cromatografia e a espectrofotometria. Essas técnicas
são largamente empregadas em laboratórios químicos e clínicos.

A importância de uma boa análise é a qualidade dos equipamentos e amostras, para


que se tenha uma boa observação com resultados que garantem a resposta pela qual
se busca na investigação de compostos químicos.

14
Referências
CADORE, S.; MATOSO, É.; SANTOS, M. C. A espectrometria atômica e a
determinação de elementos metálicos em material polimérico. Química Nova,
São Paulo, v. 31, n. 6, 2008. Disponível em: https://www.scielo.br/j/qn/a/
mPQHBNFmYt8FJ4sqQK4n7kq/?lang=pt#. Acesso em: 13 out. 2023.

PAVIA, D. L. et al. Organic laboratory techniques: small scale approach. New York:
Saunders College Publishing, 1998.

SOARES, B. G. et al. Química orgânica – teoria e técnicas de preparação, purificação e


identificação de compostos orgânicos. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1988.

VOGEL, A. Vogel’s textbook of practical organic chemistry. 4. ed. New York: Longman
Scientific & Technical, 1987.

Você também pode gostar