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Faculdade de Ciência e tecnologia

Engenharia Química e Biológica / 1ºAno

Laboratório Química II

Cromatografia em coluna: Separação cromatográfica de compostos orgânicos

Elaborado por:

Leandro Carvalho
Dicla Ribeira
Alianh Barros

Praia, Abril de 2023

1
Índice

Capa----------------------------------------------------------------------------------------------------------1

Resumo------------------------------------------------------------------------------------------------------3

Introdução--------------------------------------------------------------------------------------------------4

Parte experimental----------------------------------------------------------------------------------------7

Procedimento experimental----------------------------------------------------------------------------13

Resultados e discussão-----------------------------------------------------------------------------------14

Conclusão----------------------------------------------------------------------------------------------------17

Referencias bibliográficas--------------------------------------------------------------------------------18

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Resumo
Tem-se como objetivos, a separação de pigmentos vegetais(açafrão) por cromatografia em
coluna, comparação da eficiência separativa das cromatografias em coluna e em camada
fina.Realizou-se os métodos de cromatografia em coluna e cromatografia em camada fina para
extração dos componentes do extrato de açafrão. Na cromatografia em coluna obteve-se três
frações diferentes, com cores diferentes. Na cromatografia em camada fina usou-se o extrato e as
frações obtidas a partir da cromatografia em coluna. Os resultados dos fatores de retenção feita
na cromatografia em camada fina estão retidos na parte de resultados e discussão do relatório.
Na recuperação dos solventes os componentes ficaram retidos no balão após a evaporação dos
solventes pelo equipamento chamado de evaporador rotativo.

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Introdução

Cromatografia é a designação geral de um conjunto de métodos de separação de compostos, em


que os componentes de uma mistura são distribuídos entre duas fases: uma estacionária (sólida
ou líquida) com grande área superficial, outra móvel (líquido ou gás) que contacta a primeira. A
cromatografia pode ser definida como um método físico-químico de separação, fundamentada na
migração diferencial dos compostos de uma mistura. Descrito por SIMÕES (2008),cromatografia
é a designação de um conjunto de técnicas separativas onde se utilizam duas fases, uma
estacionária e outra móvel, por intermédio dos quais vão sendo distribuídos vários
componentes de uma mistura.

A separação resulta do facto dos diversos componentes da mistura serem arrastados com
velocidades diferentes pela fase movel (eluente), dadas as suas diferentes interações com a fase
estacionária.

● Fase móvel: fase em que os componentes a serem isolados "correm" por um solvente
fluido, que pode ser líquido ou gasoso.
● Fase estacionária: fase fixa em que o componente que está sendo separado ou
identificado irá se fixar na superfície de outro material líquido ou sólido.

● Eluição: é a corrida cromatográfica.


● Eluente: é a fase móvel, um tipo de solvente que vai interagir com as amostras e
promover a separação dos componentes.

Segundo Antonia (2019), o objetivo deste experimento é dar-lhe prática em realizando estas duas
técnicas, para ilustrar os princípios da cromatografia separações e para demonstrar como a
cromatografia em camada fina e em coluna é usada em química orgânica.

Adsorção: é um fenômeno físico-químico através do qual um sólido (adsorvente) fixa em sua


superfície um líquido ou um gás, por meio de interações como as “forças de Van Der Waals”.

Partição: baseia-se nas diferentes solubilidades que apresentam os componentes da amostra na


fase móvel e na fase estacionária. Desta forma, os componentes mais solúveis na fase

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estacionária são seletivamente armazenados por ela, enquanto os menos solúveis são conduzidos
mais rapidamente pela fase móvel

As cromatografias de partição e de adsorção são,as mais usadas pelos químicos. Em Bioquímica,


as cromatografias de permuta iónica, de permeação em gel e de bio afinidade têm vasta
aplicação. Na cromatografia de partição, a separação dos componentes da amostra decorre,
sobretudo, das diferenças de solubilidade desses componentes nas fases móvel e estacionária. Na
cromatografia de adsorção, a separação é baseada nas diferentes afinidades que os diversos
componentes da mistura têm em se adsorver à superfície da fase estacionária.

A fase estacionária: Existem diversos tipos de compostos que podem ser usados como
adsorventes (fase estacionária) em cromatografia de adsorção. A escolha do adsorvente a usar
depende, sobretudo, da polaridade dos compostos a separar. A alumina e a sílica gel são os
adsorventes mais utilizados. A velocidade com que um determinado composto é arrastado ao
longo da fase estacionária depende fortemente da "polaridade" do eluente usado. Por norma,
quanto mais polar é o eluente (ou mistura de eluentes) usado mais rapidamente os compostos são
arrastados ao longo da fase estacionária. Mais corretamente, essa velocidade depende da maior
ou menor interação entre o eluente e a fase estacionária: quanto maior for essa interação mais
fácil será a de adsorção do composto e, portanto, maior será a velocidade com que ele é eluído.

As técnicas e equipamentos envolvidos numa separação cromatográfica vão atualmente de uma


simples coluna ou placa de vidro a sofisticados e dispendiosos aparelhos. Ocupemo-nos apenas
dos métodos mais simples. Geralmente uma separação cromatográfica é executada de duas
formas diferentes:

i) Cromatografia em camada fina (ou TLC: thin layer chromatography) - a fase


estacionária é depositada sobre uma superfície plana, normalmente uma placa de vidro
ou de plástico inerte. A mistura a separar é aplicada num dos extremos da placa,
procedendo-se de seguida à sua eluição. Na maior parte dos casos a eluição é feita em
sentido ascendente (por capilaridade). A eluição executa-se normalmente numa câmara
de vidro que deve estar fechada para que a atmosfera envolvente esteja
saturada no eluente; desta forma evita-se que o eluente evapore da superfície da placa

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cromatográfica, facto que poderia ter efeitos indesejáveis na separação cromatográfica.
As manchas cromatográficas podem ser visíveis se os compostos a que
correspondem tiverem cor, caso contrário será necessário recorrer a sistemas
reveladores da presença de uma mancha, por métodos físicos ou químicos:
• As manchas podem ser “reveladas” por observação da placa sob uma lâmpada
que emita luz de um comprimento de onda específico; a que determinados
compostos fluorescam. Para compostos incolores e que não fluoresçam ode
usar-se uma fase estacionária em que se incorpora uma agente fluorescente;
sendo os compostos revelados como manchas escuras na placa.
• Podem utilizar-se reacções químicas para revelar a presença manchas
cromatográficas na placa, pulverizando a placa com reagentes específicos que
originem uns derivados corados com os compostos aplicado na placa).
Uma vez obtida a separação dos compostos, é possível recuperá-los da placa: para tanto
basta "raspar" da placa a porção de fase estacionária que contém o composto em causa,
colocá-la num sistema de filtração e lavá-la de seguida com um solvente com o qual o
composto tenha grande afinidade.

Outro aspecto relevante da cromatografia em placa reside na possibilidade de esta ser usada para
a identificação de componentes de misturas: sempre que da eluição simultânea de várias misturas
que se observarem na placa cromatográfica manchas que tenham percorrido a mesma distância
em relação ao ponto de aplicação, esse é um bom indicador de que se pode estar na presença da
mesma substância em ambas as manchas. Como parâmetro de identificação é comum usar neste
tipo de cromatografia o designado fator de retardação (Rf) sendo Rf= (distância percorrida pela
mancha do composto) / (distância percorrida pelo eluente).

ii) Cromatografia em coluna - a fase estacionária é colocada dentro de uma coluna de vidro com
as dimensões adequadas. A mistura a separar é aplicada no topo da coluna e eluída por adição do
solvente que, neste caso, se desloca no sentido descendente, por gravidade (figura 2)

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2.2.2 A escolha de eluentes A obtenção de uma boa separação cromatográfica de uma mistura de
compostos depende de uma escolha adequada dos eluentes. Essa selecção depende muito do tipo
de fase estacionária e, consequentemente, do tipo de interacção entre os diversos componentes e
a fase estacionária. Na prática, esta escolha depende muito do conhecimento que o químico tem
dos compostos em que trabalha. Para fases estacionárias como a sílica e a alumina, em que estão
em jogo fenómenos de adsorção dos compostos, é comum iniciar a eluição com um solvente (ou
mistura de solventes) de baixa polaridade e ir aumentando a polaridade de modo a eluir
compostos que pela sua elevada afinidade com a fase estacionária não eluam com o eluente
imediatamente anterior. O aumento de polaridade é conseguido através da substituição do eluente
em uso por outro de polaridade mais elevada, o éter de petróleo é o eluente.

O evaporador rotativo é um equipamento que remove o solvente de um produto, através da


evaporação. É composto por uma superfície cilíndrica que gira em alta velocidade e possui um
forno que aquecerá o produto a ser evaporado. O funcionamento da rota evaporadora baseia-se
na diferença de pressão entre o líquido a ser evaporado e o vapor gerado pelo equipamento. O
líquido é introduzido na parte inferior do cilindro, e conforme vai sendo aquecido pelo forno
passa para a parte superior, onde é retirado do equipamento.

Como o líquido é aquecido gradativamente, o vapor gerado também é liberado de forma gradual,
diminuindo assim a pressão no interior do cilindro. Essa diferença faz com que o líquido seja
arrastado para a superfície do cilindro e evapore.

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Parte Experimental

Materiais e reagentes:

● Placa de sílica;
● Camara cromatográfica;
● Tubos capilares;
● Almofariz;
● Copo;
● Vidro de relógio
● Vareta;
● Pipeta de transferência
● Pipeta pauster;
● Evaporador rotativo;
● Suporte;
● Balão de fundo redondo;
● Acetona;
● Hexano;
● Iodo;
● Permanganato de potássio.

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Ficha de segurança do hexano (CH3(CH2)4CH3)

Propriedades físico-químicas:

Massa molar: 86,18g/mol

Ponto de ebulição: 69 °C (1013 hPa)


Ponto de fusão: -95,35 °C
Densidade: 0,66 g/cm3 (25 °C)
Ponto de fulgor: -22 °C
Pressão de vapor: 100,9 °C (8 hPa)
Solubilidade: 0,0095 g/l
Cinemática de viscosidade: 0,50 mm2/s (20 °C)
Valor de PH: 7.0 (H₂O) Não aplicável
Limite de explosão: 1,0- 8,1% (V)

Pictogramas:

Prejudicial à saúde Prejudicial para seres aquáticos

Irritante Inflamável

Advertência(s) de perigo:

H225: Líquido e vapor altamente inflamáveis.

H304: Pode ser fatal se ingerido e entrar nas vias aéreas.


H315: Provoca irritação cutânea.

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H336: Pode causar sonolência ou tonturas.
H361f: Suspeita de prejudicar a fertilidade.
H373: Pode causar danos aos órgãos através de exposição prolongada ou repetida se inalado.
H411: Tóxico para a vida aquática com efeitos duradouros.

Declaração(ões) de precaução:
P202: Não manuseie até que todas as precauções de segurança tenham sido lidas e
compreendidas.
P210: Manter longe do calor, superfícies quentes, faíscas, chamas abertas e outras fontes de
ignição. Não fumar.
P273: Evitar a liberação para o meio ambiente.
P301 + P310: SE SWALLOWED: Ligue imediatamente para um POISON CENTER/médico.
P303 + P361 + P353: SE NA PELE (ou cabelo): Retire imediatamente toda a roupa
contaminada. Enxágue a pele com água.
P331: NÃO induza o vômito.
P403 + P233: Armazenar em local bem ventilado. Mantenha o recipiente bem fechado.

Ficha de segurança de acetona


Propriedades físico-químicas:
Massa Molar: 58,08 g/mol
Ponto de ebulição: 56,2 °C (1013 hPa)
Densidade: 0,79 g/cm3 (20 °C)
Limite de explosão: 2,6 - 12,8 %(V)
Ponto de fulgor: -17,0 °C
Temperatura de ignição: 465 °C DIN 51794
Ponto de fusão: -94,0 °C
Valor de pH: 5 - 6 (395 g/l, H₂O, 20 °C)
Pressão de vapor: 533,3 °C (39,5 hPa)

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Absorção de água: 1000 g/kg

Pictogramas:

Irritante Inflamável

Advertência(s) de perigo:
H225: Líquido e vapor altamente inflamáveis.
H319: Provoca irritação ocular grave.
H336: Pode causar sonolência ou tonturas.
EUH066: A exposição repetida pode causar secura ou rachaduras na pele.

Declaração(ões) de precaução:
P210: Manter longe do calor, superfícies quentes, faíscas, chamas abertas e outras fontes de
ignição. Não fumar.
P233: Mantenha o recipiente bem fechado.
P240: Contêiner de terra e de ligação e equipamento de recebimento.
P241: Use equipamentos elétricos/ventiladores/de iluminação à prova de explosão.
P242: Use ferramentas que não sejam faíscas.
P305 + P351 + P338: SE NOS OLHOS: Enxaguar cautelosamente com água por vários minutos.
Remova as lentes de contato, se presentes e fáceis de fazer.
P403 + P233: Armazenar em local bem ventilado. Mantenha o recipiente bem fechado.

Ficha de segurança do iodo


Propriedades físico-químicas:
Massa Molar: 253,81 g/mol

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Ponto de ebulição: 184,4 °C (1013 hPa)
Densidade: 4.930 g/cm3 (20 °C)
Ponto de fusão: 113,5 °C
Valor de pH: 5.4 (H₂O) (solução saturada)
Pressão de vapor: 0,41 hPa (25 °C)
Cinemática de viscosidade: 0,57 mm2/s (116 °C) líquido
Densidade aparente: 2100 kg/m3
Solubilidade: 0,3 g/l

Pictogramas:

Irritante Prejudicial à saúde Perigoso para o ambiente

Advertência(s) de perigo:
H302 + H312 + H332: Nocivo por ingestão, contato com a pele ou inalação.
H315: Provoca irritação cutânea.
H319: Provoca irritação ocular grave.
H335: Pode causar irritação respiratória.
H372: Causa danos aos órgãos através de exposição prolongada ou repetida se ingerido.
H400: Muito tóxico para a vida aquática.

Declaração(ões) de precaução:
P273: Evitar a liberação para o meio ambiente.
P280: Usar luvas de proteção/ vestuário de proteção/ proteção dos olhos/ proteção facial/
proteção auditiva.
P301 + P312: SE ENGANADO: Chame um POISON CENTER/médico se você se sentir mal.

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P302 + P352 + P312: SE SOBRE A PELE: Lave com bastante água. Chame um POISON
CENTER/médico se você se sentir mal.
P304 + P340 + P312: SE7 - 9 (20 g/l, H₂O, 20 °C) INALADO: Retire a pessoa para o ar fresco e
mantenha-se confortável para respirar. Chame um POISON CENTER/médico se você se sentir
mal.
P314: Procure orientação médica/atenção se se sentir mal.

Ficha de segurança do permanganato de potássio


Propriedades físico-químicas:
Massa Molar: 158,03 g/mol
Densidade: 2,70 g/cm3 (20 °C)
Ponto de fusão: >240 °C (decomposição)
Valor de pH: 7 - 9 (20 g/l, H₂O, 20 °C)
Pressão de vapor: <0,01 hPa (20 °C)
Densidade aparente: 64 g/l1300 - 1600 kg/m3
Solubilidade: 64 g/l

Pictogramas:

Prejudicial para à saúde Perigoso para o ambiente

Irritante

Corrosivo Comburente

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Advertência(s) de perigo:
H272: Pode intensificar o fogo; Oxidante.
H302: Nocivo por ingestão.
H314: Provoca queimaduras graves na pele e lesões oculares.
H361d: Suspeita de danificar o feto.
H373: Pode causar danos aos órgãos através de exposição prolongada ou repetida se inalado.
H410: Muito tóxico para a vida aquática com efeitos duradouros.

Declaração(ões) de precaução:
P210: Manter longe do calor, superfícies quentes, faíscas, chamas abertas e outras fontes de
ignição. Não fumar.
P260: Não respire poeira.
P273: Evitar a liberação para o meio ambiente.
P280: Usar luvas de proteção/ vestuário de proteção/ proteção dos olhos/ proteção facial/
proteção auditiva.
P303 + P361 + P353: SE NA PELE (ou cabelo): Retire imediatamente toda a roupa
contaminada. Enxágue a pele com água.
P305 + P351 + P338: SE NOS OLHOS: Enxaguar cautelosamente com água por vários minutos.
Remova as lentes de contato, se presentes e fáceis de fazer.

Procedimento Experimental
A) Extração
1- Apanha-se uma mão cheia de folhas de erva (espinafre). Corte as folhas em pequenos
pedaços e coloque-os num almofariz. Adicione-lhe um pouco de areia e cerca de 15 ml de
acetona (pode adicionar mais se a acetona entretanto adicionada se evaporar).
2- Tritura-se as folhas até obter uma solução verde.
3- Decante a solução para um balão de fundo redondo e evapore a acetona no evaporador
rotativo. Mesmo que fique água no fundo do balão, isso não faz mal!
4- Dissolva o resíduo obtido com cerca de 5 ml de éter de petróleo (note que a água existente no
balão é imiscível com o éter de petróleo).

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B) Separação da mistura de pigmentos por cromatografia em coluna
1- Com o auxílio de uma vareta de vidro comprida, coloque um pequeno tampão de algodão no
fundo de uma coluna de vidro (não pressione o algodão exageradamente pois pode bloquear
totalmente a saída do eluente).
2- Encha a coluna com hexano até cerca de 10 cm de altura.
3- Pressione com a vareta o algodão para sair o ar nele contido.
4- Deite, cuidadosamente, pó de alumina na coluna até atingir uma altura de cerca de 8 cm.
5- Escoe o hexano até atingir o topo da coluna, sem deixar secar.
6- Com uma pipeta de transferência retire cerca de 2 ml do extrato obtido anteriormente (tenha
cuidado para não pipetar água!). Aplique, cuidadosamente, o extrato no topo da coluna
distribuindo-o uniformemente em toda a seção do leito da coluna.
7- Inicie a eluição dos compostos adicionando lentamente o hexano no topo da coluna.
8- Quando toda a amostra estiver no interior da coluna, troque o eluente para uma mistura de
hexano/acetona 9:1. (deve precisar de cerca de 100 ml desta mistura). Observe o
desenvolvimento da cromatografia (manchas de cores diferentes descendo com velocidades
diferentes ao longo da coluna).
9- Registe, num desenho, o aspecto do cromatograma numa fase inicial da separação.
10- Coloque um balão de fundo redondo sob a coluna para recolher o eluente. Mantenha uma
velocidade de eluição aproximadamente constante. Usando a mistura de hexano/acetona 9:1
conseguirá separar e recolher um primeiro composto incolor.
11- Depois de ter eluído o primeiro composto, troque o balão recolha e passe a usar uma mistura
de hexano/acetona (na proporção 1:1) como eluente. Com este eluente conseguirá separar mais
um ou dois compostos mais polares.

C) Separação da mistura de pigmentos por cromatografia em camada fina (TLC)


Pretende-se comparar a composição do extrato obtido em A com a composição das diversas
frações obtidas na cromatografia em coluna. Use tubos capilares (ou pipetas de transferência)
para aplicar as diversas soluções sobre a placa revestida de sílica.
1- Aplique uma gota (ou mais se necessário) de cada uma das soluções, em linha horizontal a
cerca de 2 cm da base da placa. As aplicações das diferentes soluções devem ficar distanciadas
entre si cerca de 1 cm.

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2- Depois de efetuar as aplicações na placa de TLC, coloque a placa numa "câmara
cromatográfica" com 3 ml de eluente (hexano/acetona 9:1). Tape a câmara e deixe que o eluente
suba quase até ao topo da placa de TLC.
3- Retire a placa de TLC da câmara cromatográfica e tente tirar algumas conclusões acerca da
eficiência da cromatografia de camada fina comparada com a da cromatografia em coluna.
Compare a distância percorrida pelos compostos na mistura inicial (extrato) com a percorrida
pelos mesmos compostos num estado quase puro (frações obtidas na cromatografia de coluna).
Tire conclusões.

Resultados e discussão
Observação:
Pega-se 5 folhas de Carthamus tinctorius (açafrão) corte-as e triture-as com 15ml de acetona,
quando finalizado passa-se para um tubo de ensaio (fig:1). Prepara-se a coluna cromatográfica,
quando finalizada, mede-se 2ml de extrato com uma pipeta graduada e transfere-a para a coluna.
Lentamente sem deixar a coluna secar adiciona-se o hexano 50ml, para a recolha da Fração I
(fig:2 e fig:3), ela tinha uma cor verde clara para sua obtenção verificava-se o extrato verde na
coluna descer lentamente saindo gota a gota arrastada pelo hexano.
Para a obtenção da fração II (fig:4) usou-se o eluente (hexano/acetona 9:1) ela saiu incolor.
Para obtenção da fração III (fig:5) usou-se o eluente (hexano/acetona 1:1) diferente da fração II
após alguns segundos a cor meio esverdeada com um pouco de tom amarelo meio fundo era nítel
de observar.
Para a cromatografia em camada fina usou-se 4 pipetas de Pasteur, totalmente identificadas (para
extrato, fração I, fração II, fração III), para a aplicar as amostras sobre a placa de sílica. Fez-se
três placas cromatográficas, a placa 1 usou-se o eluente hexano/acetona 9:1, a placa 2 usou-se o
eluente hexano/acetona 1:1, a placa 3 usou-se o eluente hexano, o volume dos eluentes eram de
3ml. A revelação das placas foi feita pelo vapor de iodo. A cromatografia em coluna foi mais
eficaz do que a cromatografia em camada fina já que o arrastamento dos componentes foi em
fases recolhidas como fração mudando a polaridade do eluente de menos a mais polar com uma
certa proporção.
Para recuperação dos solventes usou-se o evaporador rotativo, equipamento do laboratório. Para
a recuperação do primeiro solvente na fração I a pressão usada foi de 335 mbar a 40ºC, a cor
após a recuperação do solvente foi de verde muito escuro e com cheiro de açafrão. Para a
recuperação dos solventes contidos nas frações II e III foi usado uma pressão de 556 mbar a
40ºC, a fração II ficou com cor amarelo pálido e tinha uma bolha que parecia com água, seu
cheiro lembrava muito do hexano e a fração III ficou com a cor verde clara tinha um cheiro
suave. Depois fez-se uma placa cromatográfica para o arraste dos componentes do extrato, fração
I, fração II, fração III (fig:7), eluente usado hexano. A revelação foi feita com permanganato de
potássio.

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fig:1 fig:2 fig:3
fig:4

fig:5 fig:6 fig:7

fig:8🡪 Evaporador rotativo

Resultados:

Rf = distância percorrida pela mancha dos componentes/ distância percorrida pela frente do
eluente

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Rf da primeira placa (eluente hex/acet 9:1)

Rf extrato=0,8cm/5,2cm : Rfext = 0,15

Rf fração II= 2cm/5cm: Rf= 0,4

Rf da segunda placa (eluente hex/acet 1:1)

1º Rf extrato = 1,2cm/5cm: Rfext = 0,24

2º Rf extrato =1,5cm/5cm: Rfext = 0,3

Rf fração I= 1,4cm/5cm: Rf= 0,28

Rf da terceira placa (eluente hexano)

Rf extrato = 1,1cm/5cm : Rf ext = 0,22

Rf da quarta placa (eluente hexano)

Rf Extrato=1,3cm/5cm = 0,26

2º Rf ext= 2,1cm/5cm = 0,42

3º Rf ext= 2,6cm/5cm = 0,52

1º Rf fração I= 0,4cm/5cm = 0,08

2º Rf fração I= 1cm/5cm = 0,2

3º Rf fração I= 2,7cm/5cm = 0,54

Rf fração II= 2,8cm/5cm = 0,56

Rf fração III= 2,8cm/5cm= 0,56

Discussão:

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Conclusão

Conclui-se o objetivo da realização da separação dos componentes do açafrão, os resultados


foram muito satisfatória. A altura da coluna e o eluente interfere diretamente nos ressoltados
obtidos. Pode-se observar a eficiência da técnica de cromatografia em camada fina na separação
de componentes devido a interação dos componentes e a fase movel. Na primeira placa de RF
obteve-se 0,15cm do extrato e 0,4cm da segunda fração. Na segunda placa de Rf obteve-se
0,24cm do primeiro extrato, 0,3cm do segundo extrato e 0,28 da segunda fração. Na terceira
placa de RF obteve-se 0,22cm do extrato. Na quarta placa de RF obteve-se 0,26cm do extrato,
0,42cm do segundo extrato, 0,52cm do terceiro extrato, 0,08cm da fração I, 0,2 da fração I;
0,54cm da fração I; 0,56cm da fração II e 0,56cm da fração III.

A escolha do eluente a ser utilizado é muito importante devido a sua polaridade. O uso do
evaporador rotativo foi uma ótima forma de recuperação dos solventes.

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Referencias bibliográficas

D. L. Pavia; G. M. Lampman e G. E. Kriz, Jr. “Introduction to Organic Laboratory

Techniques - a contemporary approach”, 2a Ed, Saunders College Publishing,

Philadelphia, 1982.

Armando Pombeiro “Técnicas e Operações Unitárias em Química Laboratorial”,

Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, 1983.

Antônia Fádia Valentim de Amorim “Química Métodos Cromatográficos”, 1a ed. Fortaleza, Ed


UECE (Universidade Estadual do Ceara), 2019

SIMÕES Manuela. Métodos Cromatográficos, Volumétricos e Potenciométricos


para Análise Química Quantitativa de Água Subterrânea e Suas Aplicações no
Aquífero Cenozoico da Bacia do Baixo Tejo, Portugal. São Paulo: UNESP,
Geociências, Vol. 27, No. 2, p.161-169, 2008

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