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A cromatografia é um método que utiliza diversas técnicas e tem como objetivo principal a
SEPARAÇÃO de substâncias de uma mistura, com fins analíticos ou preparativos. Os
componentes da mistura são distribuídos por duas fases imiscíveis, uma estacionária (sólida ou
líquida) e outra móvel (gasosa ou líquida), que estão em contato. A separação resulta das
diferentes velocidades com que os componentes são arrastados pela fase móvel de acordo com
as diferentes interações com a fase estacionária e, em alguns casos, com a fase móvel também.
II – As Classificações da Cromatografia
• cromatografia por troca iônica (CTI) - a fase estacionária é constituída de uma matriz onde
são adicionados grupos funcionais ionizáveis. Assim são obtidos os trocadores aniônicos
que têm sítios ativos carregados positivamente, retendo ânions, e os trocadores catiônicos
que têm sítios ativos carregados negativamente, retendo cátions. A fase móvel é,
geralmente, uma solução iônica com propriedades tamponantes e compatível com o tipo
de trocador utilizado. Dessa forma, se a fase estacionária retém cátions, a fase móvel deve
conter cátions capazes de substituí-los preferencialmente (figura 2-c);
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como força iônica e pH, ou por deslocamento, usando outro grupo fortemente atraído
(figura 2-d);
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III – Cromatografia Planar
A análise qualitativa de uma substância realiza-se através de seu fator de retenção (Rf)
que se determina utilizando-se a expressão:
Rf = dr / dm
A água, um líquido bastante polar, tem grande afinidade pelas hidroxilas da estrutura da
celulose, formando pontes de hidrogênio. Por isso fica retida, funcionando como fase
estacionária. Os líquidos menos polares (solventes orgânicos) são repelidos por essa
estrutura e funcionam como fase móvel (partição entre a água e o solvente orgânico).
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FíSICO: muitas substâncias orgânicas absorvem radiações de luz ultravioleta tornando-se
fluorescentes.
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IV – Cromatografia em Coluna
FASE MÓVEL
AMOSTRA
FASE DIREÇÃO DO
ESTACIONÁRIA FLUXO DA
FASE MÓVEL
COLUNA (METAL
OU VIDRO) BANDAS
SEPARADAS
MATERIAL DE
RETENÇÃO ELUIÇÃO DAS
BANDAS
SEPARADAS
r
e
s
p
d
e
t
e
c
t
o
r
tempo ou volume
FIGURA 4 - Eluição de três compostos em mistura por cromatografia em coluna e cromatograma típico de
cromatografia em coluna.
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A cromatografia clássica em coluna tem a desvantagem de produzir cauda (efeito de
difusão, resultando num pico não simétrico) e, além disso, não apresenta boa reprodutibilidade.
No caso da cromatografia por adsorção, deve-se seguir uma série gradual de eluentes, do
menos polar para o mais polar, e as substâncias eluirão da coluna segundo a sua polaridade. Se o
eluente mais polar for utilizado primeiro, este será capaz de eluir todas as substâncias do interior
da coluna.
Parâmetros Cromatográficos
Coeficiente de Partição
AFM ↔ AFE
K = [A]FM / [A]FE
Tempo de Retenção - tR
O tempo de retenção é o tempo que cada soluto leva para percorrer a coluna e no qual o
pico correspondente ao soluto vai aparecer. É a soma do tempo gasto entre a fase estacionária e
a fase móvel. Quanto mais forte é a interação entre o soluto e a fase estacionária, maior será seu
tempo de retenção.
O tempo morto é o tempo que um composto que não interage com a fase estacionária leva
para percorrer a coluna, fazendo isto à mesma velocidade que a fase móvel. Esse valor é o
mesmo para todos os compostos numa mesma corrida cromatográfica.
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Quando k é muito menor que 1, a eluição ocorre tão rapidamente que pode não ser
possível a determinação do tempo de retenção. Quando k é muito grande, o tempo de eluição ode
ser muito longo. Um composto não retido apresenta k = 0.
Fator de Seletividade - α
α = kB / k A
α = k2 / k1
α = tr2 – t0 / tr1 – t0
FIGURA 5 - Esquema para o cálculo da seletividade de um sistema cromatográfico para dois compostos.
Eficiência da Coluna
N = L/H
Avaliação experimental de N e H:
N = 16(tR/W)2
H=L/N
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onde W é a largura da base do pico cromatográfico correspondente. Para que esses números
tenham significado comparando-se duas colunas, é essencial que eles sejam determinados para
um mesmo composto.
Resolução (Rs)
Rs = 2[(tR)2 - (tR)1]
W1 + w2
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A resolução de um sistema cromatográfico pode ser considerada adequada para Rs ≥ 1,5.
Para a otimização da resolução, algumas atitudes podem ser tomadas:
• otimização do fator de capacidade ⇒ valores para relação ótima entre resolução e tempo
gasto: k = 1 a 5.
V - Exercícios
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certeza, comparando-se seu tempo de 7)
retenção com os registros na literatura.
(c) os tempos de retenção dependem da
temperatura e da reprodutibilidade das
condições de análise. Em conseqüência,
não podem ser identificados com
absoluta certeza os componentes da
amostra somente com um
cromatograma.
(d) o método é absoluto na comprovação da
presença de determinada substância,
devido ao tempo de retenção e à forma
do pico.
(e) o método não é absoluto para a
comprovação da ausência de
determinada substância, porque os
tempos de retenção e formas dos picos A figura acima mostra dois métodos
podem coincidir. para melhorar a separação de uma mistura
hipotética de dois componentes, onde em (a)
5) (Casa da Moeda do Brasil 1997) A temos o cromatograma original, com os picos
característica fundamental da cromatografia sobrepostos. Com relação à cromatografia e
por permeação em gel é a: à figura acima, julgue os itens abaixo (certo
(a) distribuição das moléculas do soluto ou errado).
entre duas fases líquidas imiscíveis,
de acordo com as solubilidades (__) Em (b) as condições foram alteradas de
relativas. modo que o primeiro componente migrasse
(b) separação das substâncias em mais lentamente e o segundo mais
virtude dos respectivos tamanhos e rapidamente através da coluna.
formas moleculares. (__) Em (b) houve melhora na separação em
(c) partição de uma amostra entre uma conseqüência de uma melhor seletividade.
fase gasosa móvel e uma delgada (__) Em (c) houve diminuição no
camada de líquido não volátil. espalhamento das bandas.
(d) partição de uma amostra entre uma (__) Somente em (b) os picos estão
fase gasosa móvel e um sólido com resolvidos.
grande área superficial como fase (__) Em (c) uma boa resolução foi obtida com
estacionária. boa eficiência e boa seletividade.
(e) fase estacionária ser apolar e a fase
móvel polar.
8)
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obtidos para uma mesma amostra. Com (__) No cromatograma (b) as condições
relação à cromatografia líquida e a figura foram otimizadas para separar os
acima, julgue os itens abaixo (certo ou componentes 5 e 6.
errado). (__) Uma solução para o problema de
separar os seis componentes em menos
(__) Para a maioria das situações, as tempo seria utilizar as condições de (a) e,
condições utilizadas na obtenção do imediatamente após a eluição dos
cromatograma (c) seriam as mais indicadas componentes 1 e 2, utilizar as condições de
porque este apresenta resolução adequada (c).
num breve tempo de análise. (__) A resolução em (c) foi melhor que em
(__) Em (c) não podemos afirmar que os (a).
cincos componentes estejam resolvidos. (__) O componente 1 é o mais retido na fase
(__) Modificações na composição da fase estacionária.
móvel podem promover melhor seletividade
e, conseqüentemente, melhorar a resolução. 10) O tipo de cromatografia no qual o
(__) Para separações envolvendo ácidos ou mecanismo de separação é sempre o de
bases ionizáveis, alterações no pH da fase partição é:
móvel podem resultar numa separação mais (a) cromatografia em coluna.
eficiente. (b) cromatografia em papel.
(__) Em cromatografia, quando se verifica (c) cromatografia em camada fina.
melhores resultados com a manipulação da (d) cromatografia líquida.
polaridade da fase móvel, podemos afirmar (e) cromatografia gasosa.
que o mecanismo de separação em
desenvolvimento é o de troca iônica.
11) Sobre a cromatografia por troca iônica é
9) correto afirmar que:
(a) a fase estacionária é inerte.
(b) ela é muito utilizada na separação
dos componentes do petróleo.
(c) os solutos retidos na fase estacionária
podem ser eluídos por deslocamento,
utilizando-se outros íons de carga
oposta.
(d) a eluição dos componentes da
mistura se faz com solventes de
diferentes polaridades.
(e) a fase estacionária é altamente
carregada.
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VI - Bibliografia
1. Skoog, Douglas A., Principles of instrumental Analysis, 3a. ed., Philadelphia: Saunders
College Publishing, 1985.
2. Collins, Carol H., Braga, Gilberto L. e Bonato, Pierina S., Introdução a Métodos
Cromatográficos, 6a ed., Campinas: Editora da UNICAMP, 1995.
VII - Gabarito
1C 2A 3B
4C 5B 6 (a)1,0
(b)0,01cm
7ECCEC 8CECCE 9ECCEE
10 B 11 E 12 A
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