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A cromatografia gasosa (GC) é uma técnica analítica aplicável a amostras de gases,

líquidos e sólidos (componentes com a característica de serem vaporizados pelo calor). Se


uma mistura de compostos for analisada utilizando um sistema GC, cada composto irá ser
separado e quantificado.

No início do ano de 1900, a cromatografia gasosa foi descoberta por Mikhail


Semenovich Tsvett, como uma técnica de separação de compostos. Existem diferentes
tipos de cromatografia para diferentes estados físicos. Uma delas é a cromatografia em
coluna de liquido-sólido, que é frequentemente utilizada para separar compostos orgânicos
em solução. Entre os vários tipos de cromatografia, a gasosa é a mais comum na
separação de compostos orgânicos. Esta técnica é essencial para a identificação de
moléculas.[1]

Para que a GC tenha sucesso, os compostos a analisar têm de ser voláteis e


termicamente estáveis para que estas não se degradem no sistema de GC. Esta técnica é
amplamente utilizada na maioria das indústrias. Algumas destas utilizações são o controlo
de qualidade na fabricação de produtos, de automóveis a produtos químicos a
farmacêuticos, para fins de pesquisa, desde a análise de meteoritos até produtos naturais.
O aparelho usado nesta técnica é o cromatógrafo de gás e é frequentemente hifenado em
[1]
espectrômetro de massa para permitir a identificação de compostos químicos.

Como o nome indica, a cromatografia gasosa usa um gás de arraste na separação,


que desempenha o papel da fase móvel. O gás de arraste transporta as moléculas da
amostra através do sistema, idealmente sem reagir com a amostra ou danificar os
componentes do instrumento. [2]

Um cromatógrafo de gás consiste num reservatório de gás de arraste/transporte, num


injetor/vaporizador da amostra, numa coluna cromatográfica e forno da mesma, um detetor,
um amplificador do sinal/Registador e por fim um cromatograma como está representado
na figura 1. Para separar os compostos neste tipo de cromatografia, uma amostra de
solução que contém compostos orgânicos de interesse, é injetada no injetor e esta será
vaporizada, as amostras vaporizadas injetadas são então transportadas por um gás inerte,
que geralmente é hélio ou nitrogénio. Esse gás passa pela coluna cromatográfica a uma
taxa afetada pelo grau de interação de cada componente com a fase estacionária não
volátil. As substâncias que interagem mais com esta fase são mais lentas e por isso são
separadas das substâncias menos interativas. Apos os componentes serem eluídos da
colona, estes irão ser quantificados pelo detetor. Os materiais menos solúveis no líquido
aumentarão o resultado mais rapidamente do que os materiais com maior solubilidade.
Numa cromatografia gasosa, a fase estacionária líquida é adsorvida num empacotamento
inerte sólido ou imobilizada nas paredes do tubo capilar. A coluna é considerada
empacotada se o tubo da coluna de vidro ou metal for empacotado com pequenos suportes
inertes esféricos. A fase líquida é adsorvida na superfície dessas contas numa camada
fina. Numa coluna capilar, as paredes da tubulação são revestidas com a fase estacionária
ou uma camada adsorvente, que é capaz de suportar a fase líquida. [2]

Figura 1 – Diagrama de um cromatógrafo [2]

Este método tem


uma aplicação limitada em
laboratório, e raramente é usado devido à severa cauda de pico e à retenção
semipermanente de compostos polares dentro da coluna. Os componentes na fase móvel
interagem com a fase estacionária à medida que passam. Devido às diferenças nas
propriedades e estruturas de cada componente, o tamanho e a afinidade de cada interação
com a fase estacionária são diferentes. Portanto, sob a mesma força motriz, o tempo de
retenção dos diferentes componentes difere na coluna, saindo da coluna em ordens
diferentes.

Um cromatograma é um registo gráfico bidimensional obtido num meio absorvente,


que mostra a separação de substâncias por cromatografia. No cromatograma, um padrão
visível, é formado e reflete a separação física dos componentes de uma mistura. Este
gráfico é composto por uma linha de base, e por picos. Os picos representam o tempo de
retenção como é representado na figura 2.
Figura 2 – Análise de um cromatograma [3]

Os compostos a serem analisados por GC têm de ter as seguintes três caracteristicas:


ponto de fusão superior a 400ºC, compostos que não decompoem quando atingem a
temperatura de vaporização ou que se decompõem sempre na mesma quantidade (pirólise
de GC).

Algumas das vantagens da cromatografia a gás são a sua alta eficiência de separação
e a velocidade com que a análise é feita. O pequeno consumo da amostra e a alta
sensibilidade de deteção. A cromatografia gasosa tem uma boa seletividade e pode ser
usada para analisar misturas azeotrópicas, ou seja, misturas que se comportam como uma
substância pura durante o processo de ebulição ou condensação, e amostras com pontos
de ebulição próximos. Este tipo de cromatografia tem uma ampla gama de aplicações,
embora seja principalmente usado para analisar gases e substâncias orgânicas voláteis.
Porem sob certas condições, também pode ser usado para analisar substâncias com
elevados pontos de ebulição e amostras sólidas.[4]

Apesar das vantagens descritas anteriormente, nem tudo é perfeito nesta técnica. Esta
só pode ser utilizada para analisar substância voláteis. Algumas substâncias altamente
polares podem ser administradas para aumentar a volatilidade da análise de GC, mas este
[4]
processo é complexo e pode introduzir erros na análise quantitativa.

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