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Exercicios CG

1) Defina Cromatografia
A cromatografia é um processo físico-químico de separação de misturas, mais
especificamente, de sólidos em uma solução (mistura homogênea de duas ou
mais substâncias). Esse processo fundamenta-se no fato das substâncias
presentes na mistura terem diferentes propriedades e composições, assim, a
interação delas com as duas fases imiscíveis (fase estacionária e fase móvel)
será diferente também. Ou seja, a velocidade com que uma migra será maior e
de outra, será menor.

Quais são as principais funções da cromatografia?


Analisar: Examinar uma mistura e seus componentes; e suas relações entre si.

Identificar: Determinar a identidade de uma mistura ou componentes baseados


em compostos conhecidos.

Purificar: Separar componentes para isolar um de interesse para um estudo


mais aprofundado.

Quantificar: Determinar a quantidade da mistura e / ou os componentes


presentes na amostra.

2) Diferencie CG de CGAR
A Cromatografia Gasosa (CG) é uma técnica para separação e análise de misturas de
substâncias voláteis. (A amostra é vaporizada e introduzida em um fluxo de um gás
adequado denominado de fase móvel (FM) ou gás de arraste).

3) Quais as Características que uma amostra deve ter para poder ser
analisada por CG?
● Devem ser inertes(He,h2,n2), não interagem nem com a amostra , nem
com a fase estacionária, apenas transportam a amostra através da
coluna.
● apresentar altíssima pureza (evitar contaminar a amostra ou gerar ruído
no sinal)
● cada detector demanda um gás de arraste específico/compatível para
melhor funcionamento
4) Quais os tipos de injetores na CG e quais as diferenças entre eles?
Injetor S/SL (split/splitless)
O sistema de injeção, de modo geral , é responsável pela vaporização da amostra(
solvente + composto alvo) , pela mistura do vapor com a fase móvel ( gás de arraste) e
pela transferência do vapor para dentro da coluna cromatográfica. No modo de injeção
split ocorre a divisão de fluxo , já no modo splitless não há divisão de fluxo. geralmente
, utilizamos o modo de injeção split quando utilizamos amostras mais concentradas,
sendo que uma pequena parte da amostra vai para dentro da coluna e a outra parte sai
pela saída do divisor , quando a válvula de purga está aberta. Já no modo splitless ,
geralmente , temos uma amostra que contém pouco analito de interesse , sendo
necessário que não haja divisão de fluxo. normalmente nestes casos trabalha-se com
traços
5) Faça um diagrama de blocos de um cromatógrafo gasoso explicando
a função de cada parte.

Fonte(cilindro)de gás de arraste: Uma fonte de gás de arraste regulamentada


e purificada, que armazena a fase móvel, essa FM ou gás de arraste é
responsável por transportar a amostra através da coluna cromatográfica.

Injetor de amostras:O injetor fornece os meios para introduzir uma amostra


vaporizada( responsável pela vaporização da amostra) em um fluxo contínuo de
gás de arraste para dentro da coluna cromatográfica.

forno: a separação de compostos em cromatografia gasosa ocorre em altas


temperaturas, por isso, é necessário que a coluna de separação esteja na
temperatura adequada para a separação dos compostos

Coluna: A coluna cromatográfica é responsável pela separação dos compostos


por tempo de retenção.

Detector: Os detectores são dispositivos desenvolvidos para identificar os


compostos de interesse na amostra.

Sistemas de dados (PC)/cromatograma: é onde vai ser analisada as


substancias da coluna /O microcomputador é necessário para instalação do
software do equipamento, configuração do método analítico e tratamento dos
dados obtidos para serem alocados em forma de um relatório de análise.
6) Cite os principais detectores utilizados na cromatografia gasosa
explicando seu funcionamento e tipos de amostras analisadas

Detector por Ionização de Chama :

1. O FID é composto por uma chama de hidrogênio/ar, e um prato coletor.


2. Quando compostos orgânicos são introduzidos na chama através da
coluna, espécies carregadas eletricamente são formadas, Essas espécies
são coletadas em um eletrodo e produzem um aumento na corrente
elétrica proporcional à quantidade de carbono que passou pela chama.
3. É um detector específico para compostos orgânicos, ou seja, compostos
que não apresentem carbono em sua estrutura não são detectados.
4. Oferece uma leitura rápida, precisa e contínua da concentração total de
hidrocarbonetos
5. detector seletivo, alta estabilidade, resposta rápida, elevada sensibilidade

Detector de Condutividade Térmica


1. A cromatografia em fase gasosa com Detector de Condutividade Térmica, ou
GC-TCD, é uma técnica de análise usada para analisar gases inorgânicos
(Argônio, Nitrogênio, Hidrogênio, Dióxido de Carbono, etc.) e pequenas
moléculas de hidrocarbonetos.
2. Separação e quantificação de compostos que não geram sinal em outros
detectores
3. Por ser um detector não-destrutivo, pode ser usado em GC preparativa
4. O sistema é balanceado com um fluxo de gás de arraste puro através de ambos
os canais de fluxo, onde filamentos aquecidos perdem calor de maneira
constante devido à passagem do gás de arraste pelas celas, Essa perda de
calor gera um sinal constante que é registrado na forma de LINHA DE BASE.
Quando as moléculas injetadas passam pelo canal de amostra, a condutividade
térmica do meio é modificada e a temperatura do filamento se altera. As
diferenças de condutividade térmica formam são registradas como PICOS
CROMATOGRÁFICOS.

Detector por Captura de Elétrons


1. A cromatografia em fase gasosa com Detector por Captura de Elétrons, ou
GC-ECD, é uma técnica de análise que responde muito bem a halogenetos
orgânicos, aldeídos conjugados, nitrilas, nitratos e compostos organometálicos.
É praticamente insensível a hidrocarbonetos, álcoois e cetonas. A sensibilidade
seletiva a haletos faz com que este detector seja particularmente útil na análise
de pesticidas clorados.
2. Quando o gás de arraste (N2) passa pelo detector, este é ionizado por partículas
beta emitidas por fontes de 3H ou 63Ni. Os elétrons produzidos neste processo
são coletados em um ânodo, gerando uma corrente que é amplificada por um
eletrômetro.
3. Moléculas eluindo da coluna, capazes de capturar elétrons, diminuem esta
corrente, gerando um sinal proporcional à sua concentração.

7) Marque verdadeiro ou Falso


GABARITO

(V A eficiência da coluna recheada aumenta com a diminuição do tamanho das


partículas da fase estacionária.

(F Um detector ideal é sensível a pequenas concentrações, fornece uma resposta linear


e alarga o pico.

(V Para uma análise qualitativa é necessário padrão da substância a ser analisada.

(V A metodologia de padronização interna é adequada para cromatogramas complexos.

(V O DCT é detector mais adequado que o DIC, para determinar a composição


percentual do ar atmosférico.

(V Conforme aumenta a vazão do gás de arraste, diminui o tempo de retenção das


substâncias.

(F Mudar a temperatura do forno das colunas e/ou a vazão do gás de arraste são os
únicos procedimentos que resolvem o problema de picos fundidos em cromatografia
a gás.

(V Para fazer uma análise por CG, é fundamental que os analitos sejam voláteis ou
gerem derivados voláteis a partir de reações adequadas.

(F O ajuste da temperatura do detector auxilia na separação dos componentes da


amostra em CG.

(F Quanto mais aquecido o detector, mais separados ficarão os picos cromatográficos.

(V Diminuindo a vazão do gás de arraste, aumenta o tempo de retenção dos compostos


na coluna.

(F O tamanho dos grãos da fase estacionária na coluna capilar, afeta a separação dos
compostos.
(V A diminuição da temperatura da coluna cromatográfica pode levar à formação de
picos fundidos.

8) Para determinar o carrapaticida deltametrina em manteiga usando CG foi realizado o


seguinte método:
Preparo da amostra: A 0,5009 g de manteiga foi adicionada 0,5 g de adsorvente (sílica). A
mistura homogeneizada foi tratada com 2,0 mL de água destilada + 8,0 mL de extrator
(acetonitrila/acetato de etila; 6:2) e submetida a ultrassom por 5 min. Em seguida, foi colocada
em freezer a –20 ºC por 6 h. A fração congelada de matriz e água foi separada do sobrenadante e
descartada. O sobrenadante com solvente extrator e deltametrina foi filtrado em Na2SO4. Ao
filtrado (Solução A), foi adicionado 0,100 mL de bifentrina a 50 mg L-1, substância não existente
na amostra, e o volume completado com acetonitrila até 10,0 mL (Solução B), armazenando em
geladeira até a injeção cromatográfica.
Parâmetros Cromatográficos:
Análise do extrato orgânico realizada em cromatógrafo Shimadzu GC - 17 A, com detector por
captura de elétrons (ECD) e coluna capilar Agilent Technologies HP-5, 30 m de comprimento;
0,25 mm de diâmetro interno, 0,1 μm de espessura de filme, fase estacionária 5% de fenil e 95%
de dimetilpolissiloxano. Temperatura do injetor 280 °C, temperatura do detector 300 °C e vazão
de nitrogênio 1,2 mL/min. Programação do forno: 250 ºC, aumento de 10 ºC min-1 até 280 ºC,
permanecendo por 4 min. Volume injetado 1,0 μL e divisão de fluxo 1:5. Tempo de análise: 7
min.
Curva de calibração:
Foi preparada uma série de soluções padrão
contendo deltametrina e padrão bifentrina. O
resultado da curva de calibração é apresentado
ao lado.

Resultados encontrados no cromatograma da solução do extrato da amostra injetado:


O cromatograma do extrato da amostra apresentou área de 376237 para deltametria e 162376
para bifentrina.
Pede-se:

a) Qual a técnica de quantificação utilizada? (0,2)_ Padronização Interna


b) A concentração da deltametrina na solução de medida (Solução B) é __ 480 __________ μg L-1.
(0,4)
c) A concentração da deltametrina no filtrado (Solução A) é_____ 600 ________ μg L-1. (0,4)
d) A concentração da deltametrina na manteiga é ___ 9,58 ______ μg g-1. (0,4).

9) Em relação aos métodos quantitativos em cromatografia, numere as sentenças com um ou


mais de um dos 4 métodos abaixo.
1 - Padronização interna 2 - Padronização externa

Requer repetibilidade nos volumes injetados. 2


Requer o cálculo da área de apenas um pico do cromatograma. 2
Requer uma substância não contida na amostra. 1
O padrão contém uma substância além do solvente. 2
O padrão contém duas substâncias além do solvente. 1

perguntas extras:
1)um técnico analisou por CGAR uma amostra de gases e hidrocarbonetos
e o detector utilizado foi o (DTC) detector de condutividade térmica em
temperatura adequada para esta análise. Sabe-se que esta amostra é
composta por propano, metano, butano, N2, CO2, NH3 , etano e pentano.
supondo que o técnico fosse realizar a análise desta mesma amostra ,
nestas mesmas condições cromatográficas substituindo apenas o detector
de condutividade térmica(DCT) pelo detector de ionização em
chamas(DIC) ele obteria o mesmo cromatograma ? justifique.

não, o técnico iria obter um cromatograma diferente, com uma sensibilidade menor.
visto que o DIC não apresenta resposta para: O2, N2, NO, N2O, CO, CO2, H2S,SO2 (
compostos inorgânicos), além disso , a presença de átomos eletronegativos diminui a
sensibilidade de detecção do DIC. o DTC é geralmente utilizado em análises de gases
e hidrocarbonetos leves.

a ordem de eluição pelo DIC seria CH4, NH3, ETANO, PROPANO, BUTANO ,
PENTANO( para eluição em séries homólogas ocorre do de menor massa molar com
menor tempo de retenção para o de maior massa molar com o maior tempo de
retenção )

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