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3.2.1.

PREPARO DOS REAGENTES:


- Solução Estoque (1) de 1000 mg L-1 ou 1000 ppm:
- Pipetar com o auxílio de micropipeta volume de 9tolueno, de 101112xileno, de
2acetona, de 8ciclohexano, de 5hexano e de 6metiletilcetona, e transferir para um
balão volumétrico de 50 mL. Avolumar com metanol.

1. INTRODUÇÃO(formatar)

Cromatografia compreende um grupo diversificado e importante de métodos


que permitem a separação e identificação de componentes de misturas complexas.
Em todas as separações cromatográficas, a amostra é transportada por uma fase
móvel, que pode ser um gás, um líquido ou um fluído supercrítico. A fase móvel é
forçada a passar através de uma fase estacionária imiscível fixa, colocada em uma
coluna ou sobre uma superfície sólida. (Skoog)
Durante a análise cromatográfica, os componentes que ficam retidos mais
fortemente na fase estacionária movem-se mais lentamente no fluxo da fase móvel.
Ao contrário, os componentes que interagem mais fracamente com a fase
estacionária movem-se mais rapidamente. Como consequência dessas velocidades
de migração diferentes, os componentes da amostra são separados em bandas ou
zonas discretas, que podem ser analisadas qualitativa e/ou quantitativamente.
(skoog)

1.1. Cromatografia gasosa

Na cromatografia gasosa, os componentes de uma amostra vaporizada são


separados em consequência de sua partição entre uma fase móvel gasosa e uma
fase estacionária líquida ou sólida contida em uma coluna. A eluição pela coluna é
feita pela fase móvel, um gás inerte. (skoog)
Um cromatógrafo a gás possui os seguintes componentes: fonte de gás de
arraste, controlador da vazão e regulador de pressão, sistema de injeção de
amostra, coluna cromatográfica, sistema de detecção e um sistema de registro e
tratamento de dados.

1.2. Gás de arraste

Os gases mais usados na cromatografia gasosa são: hélio, argônio,


nitrogênio e hidrogênio. Utilizam-se estes gases pois os mesmos não reagem com a
amostra ou com o recheio da coluna. (skoog)

1.3. Controladores de vazão e pressão

As vazões são normalmente controladas por um regulador de pressão de


dois estágios no cilindro do gás e por algum tipo de regulador de pressão ou
regulador de vazão montado no cromatógrafo.
1.4. Sistema de injeção em colunas capilares

Microsseringas calibradas são comumente utilizadas para a injeção de


amostras líquidas através de um diafragma ou septo de borracha ou silicone em um
injetor de amostra aquecido, localizado na cabeça da coluna. O injetor comumente é
mantido a cerca de 50ºC acima do ponto de ebulição do componente menos volátil
da amostra.

1.5. Coluna cromatográfica

As colunas mais comumente utilizadas são as colunas capilares que podem


variar na faixa de poucos metros até 100 m. A maioria das colunas é construída de
aço inoxidável ou sílica fundida. Para que possam ser inseridas nos fornos para
termostatização, as colunas geralmente são enroladas em espirais na forma de
bobinas com diâmetros de 10 a 30 cm.

1.6. Sistema de detecção

O detector mais amplamente utilizado, e também utilizado durante a atividade


prática, é o por ionização em chama (FID-siga em inglês). Neste detector, o efluente
da coluna é direcionado para uma chama pequena de ar/hidrogênio. Os compostos
orgânicos, produz íons e elétrons quando pirolizados à temperatura da chama
utilizada neste equipamento. A detecção envolve o monitoramento da corrente
produzida pela coleta desses portadores de carga, sendo que a corrente resultante
é medida, gerando um sinal que é computado e proccessado pelo sistema de
registro de dados.

1.7. Sistema de registro e tratamento de dados

O sinal gerado pelo detector é computado e processado por um


microcomputador conectado ao cromatografo. Após o processamento dos dados da
análise um cromatograma é constituído, onde os tempos de retenção e as áreas, ou
alturas, de cada pico, e os cálculos de concentração são apresentados.

2. Objetivos

Etapa qualitativa: Identificação dos compostos utilizando o tempo de


retenção, ponto de ebulição e constante dielétrica.
Etapa quantitativa: Plotar a curva analítica para determinação de tolueno na
amostra.

3. Metodologia

3.1. Materiais
· Balões volumétricos de 50 mL e 1 mL;
· Coluna capilar RTX 5MS 30 m x 0.25 mm x 0.25 μm, Restek (Temperatura máxima
350 ºC), considerada de baixa polaridade;
· Cromatógrafo a gás modelo Shimadzu GC-17A (Kyoto, Japan) com detector de
ionização em chama (GC-FID) com Combi Pal autosampler modelo Shimadzu AOC
5000;
· Micropipetas de 200 μL e 1000 μL;
· Vials de 1,5 mL.

3.2. Reagentes

· Solução estoque (1) do MIX de 1000 mg/L ou 1000 ppm.


Modo de preparo: pipeta-se com o auxílio de micropipeta o volume de
tolueno, de xileno, de acetona, de ciclohexano, de hexano e de metiletilcetona, e
transfere-se para um balão volumétrico de 50 mL. Avoluma-se com metanol p.a.
· Solução estoque (2) de 1000 mg L-1 ou 1000 ppm.
Modo de preparo: pipeta-se com o auxílio de micropipeta o volume de tolueno
(50 mg) e transfere-se para um balão volumétrico de 50 mL. Avoluma-se com
metanol p.a.
· Soluções para curva analítica.
Modo de preparo: preparam-se as diluições de 100 ppm, 250 ppm, 500 ppm,
750 ppm através da solução estoque (2) de 1000 ppm. Adiciona-se a alíquota
correspondente a concentração em um balão volumétrico de 1 mL e avoluma-se
com metanol.
· Metanol p.a.
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

4.1 ANALISE QUALITATIVA

A separação cromatográfica é uma técnica possível devido a diferentes


propriedades físico-químicas dos analitos em questão, dentre as quais destacam-se
o ponto de ebulição e a constante dielétrica. A constante dielétrica é um parâmetro
numérico e representa a capacidade do material em se opor ao fluxo de corrente.
Sendo assim, está intimamente relacionado à polaridade das substâncias e,
consequentemente, determina a afinidade pela fase estacionária. O resultado obtido
para o experimento realizado está exposto na figura 1.
Figura 1: Cromatograma da análise de 10ºC/min

Partindo-se do princípio de que a coluna cromatográfica utilizada (RTX-5MS)


apresenta baixa polaridade e, com o auxílio de dados teóricos acerca de constante
dielétrica e ponto de ebulição dos componentes da mistura, é possível inferir acerca
da ordem pela qual os mesmos eluíram através da coluna, conforme exposto na
tabela 1.

Tabela I: Os pontos de ebulição e as constantes dielétricas (ɛ) dos analitos


presentes na solução estoque (1).
Composto Tempo (min) Ponto de Constante
ebulição (oC) dielétrica

Acetona 2,475 58 20.7

Hexano 3,383 69 1.89

Metietilcetona 3,420 79.64 18.51

Ciclohexano 4,642 80.74 2.02

Tolueno 7,847 110 2.38

p-xileno 10,521 138.35 2.57

m-xileno 10,739 139 2.57

o-xileno 11,321 144,4 2.57

Os dados para o cálculo da curva de padronização para a determinação


quantitativa de tolueno estão presentes na tabela 2.
Tabela 2: Dados das análises das soluções padrões.
Concentração do padrão (ppm) Área do Pico (u.a.)

100 3331

250 10998

500 22929

750 34839
Com esses dados se gerou a curva de calibração, que obedece a seguinte
equação, Y = 48,317X -1302,4, mostrada na figura 2, sendo Y o valor da área do
pico e X o valor da concentração em ppm.

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