Você está na página 1de 6

CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS

Departamento Acadêmico de Química – Coordenação de Ensino Técnico

Disciplina: Química Orgânica Aplicada – Turma: Módulo 3 – T1

Professora: Cleverson

Alunos:

Gabriel Antônio

Guilherme Alves

Alan

Data da Prática: 10 e 14 de setembro de 2016

Cromatografia em Coluna

Belo Horizonte,

2º Semestre de 2016
1 Introdução

A cromatografia é um método físico-químico de separação. Ela está fundamentada na


migração diferencial dos componentes de uma mistura, que ocorre devido a diferentes
interações, entre duas fases imiscíveis, a fase móvel e a fase estacionária. É uma técnica versátil
e de grande aplicação, pois possui uma variedade de combinações entre fases móveis e
estacionárias (
Esta técnica foi praticamente ignorada até a década de 30, quando foi redescoberta. A
partir daí, diversos trabalhos na área possibilitaram seu aperfeiçoamento e, em conjunto com os
avanços tecnológicos, levaram-na a um elevado grau de sofisticação, o qual resultou no seu
grande potencial de aplicação em muitas áreas.
A cromatografia pode ser utilizada para a identificação de compostos, por comparação
com padrões previamente existentes, para a purificação de compostos, separando-se as
substâncias indesejáveis e para a separação dos componentes de uma mistura (MACHADO &
SANTOS, 2007).
A cromatografia de coluna é uma técnica muito utilizada para isolamento de produtos
naturais e purificação de produtos de reações químicas. As fases estacionárias mais utilizadas
são sílica e alumina, entretanto estes adsorventes podem servir simplesmente como suporte para
uma fase estacionária líquida. Fases estacionárias sólidas levam à separação por adsorção e
fases estacionárias líquidas por partição. Suportes quimicamente modificados também têm sido
usados, sendo o processo de separação misto neste caso. Esses suportes são acondicionados em
tubos cilíndricos geralmente de vidro, de diâmetros variados, os quais possuem uma torneira em
sua extremidade inferior

A cromatografia em camada delgada (CCD) é muito utilizada para saber se dois


componentes são iguais, devido seu baixo custo financeiro em fazer as analises, e também por
obter resultados rápidos. Essa técnica é muito utilizada em análises de fármacos, verificando
assim as determinadas substâncias em sua composição.
Objetivou-se separar, coletar e identificar os constituintes da mistura formada por acido
salicílico e naftaleno via cromatografia de coluna e camada delgada.

2. Materiais e reagentes

2.1 Materiais:

● 10 Pipetas de Pasteur 3 mL ● Bureta 25 mL


● 07 Béqueres 250 mL ● Bastão de vidro
● 01 Tira de papel whatman nº 04 ● Régua
● 04 capilares de vidro ● Pistilo
● Algodão ● 04 provetas de vidro 10 mL
● 03 Placas de Petri ● Suporte universal
● Funil de vidro ● Argola
2.2 - Reagentes:

● Água destilada
● Hexano (teor de 98,5%) P .A – ACS, de marca Dinâmica
● Acetona (teor de 99,5%) P .A - ACS, de marca Êxodo cientifica.
● Sílica Gel 60 para cromatografia em coluna
● Naftaleno P.S. de marca Vetec
● Ácido acetilsalicílico P .A - ACS, de marca Dinâmica
● Álcool etílico (teor de 99,5%)
2.3 – Equipamentos:

● Capela de exaustão
2.4 - EPI's: Para manuseio dos reagentes e equipamentos do laboratório usou-se: jaleco
100% algodão, luvas de plástico, mascaras de laboratório.

2.5 - Resíduos: Materiais descartados em local apropriado indicado pelo professor.

3. Metodologia

● Colocou-se um pedaço algodão no fundo de uma bureta com auxílio de um bastão


de vidro e a partir dai mediu-se
● contida na bureta e misturou-se com naftaleno.
● A mistura de sílica e naftaleno foram então adicionadas novamente na bureta e
adicionou-se a mistura de ácido acetilsalicílico que foi macerado com o auxílio do
grau e pistilo
● Adicionou-se 1 mL de hexano a cada 1mL eluido até que completa-se 10mL
contendo o material eluido em uma placa de Petri. (Frasco 01)
● Adicionou-se mais 10 mL de hexano de uma só vez, e conservou-se o material
eluido em uma segunda placa de Petri. (Frasco 02)
● Em seguida houve uma terceira adição de mais 10 mL de acetona e conservou-se o
material eluido em uma terceira placa de Petri. (Frasco 03)
● Mantiveram-se as placas de Petri dentro da capela de exaustão até toda a
volatilização, observou-se um resíduo branco seco nos frascos 01 e 03 neste
momento.
● Preparou-se uma cromatografia em papel utilizando-se folhas de papel whatman,
sendo a faze móvel hexano.
● Solubilizou-se o solido obtido com 5 mL álcool etílico e em seguida já na
cromatoplaca realizaram-se cinco aplicações para cada uma das amostras.
● Colocou-se a cromatoplaca dentro da cuba e observou-se a eluição.
● Depois de atingido o pondo de chegada, retirou-se a cromatoplaca da cuba e levou-a
para capela de exaustão onde se usou iodo em pó como revelador.
● Mediu-se as alturas das manchas formadas e calculou-se os Rf’s para cada uma das
manchas reveladas pelo iodo.
4. Resultados e Discussão:

Os resultados encontrados na prática encontram-se a seguir:

Amostra Fator de retenção

Padrão de naftaleno 1

Padrão de ácido acetilsalicílico 0

Frasco 01 1

Frasco 03 0
Tabela 01: RF’s encontrados de cada amostra.

Amostra Estrutura Química

Naftaleno

Ácido acetilsalicílico

Tabela 02: Estruturas químicas pertencentes de cada amostra padrão.

Componentes Composto Polaridade

Fase Estacionária Papel (água) Polar

Fase Móvel Hexano Apolar

Tabela 03: Polaridade da fase móvel e fase estacionária.


Determinou-se o fator de retenção a partir de razão entre a altura da mancha
deixada na cromatoplaca pelas amostras, e a altura total, do ponto de partida até a linha
de chegada. RF = altura da macha/ altura total

A partir da análise dos valores de retenção acima encontrados e das quantidades de


manchas nas cromatoplacas em cada caso, pode-se dizer que a primeira e terceira amostra,
provenientes do processo ocorrido na bureta, o qual misturou-se a sílica com diferentes volumes
de pentano, obtiveram um resultado o qual indica que ambos caracterizam-se como uma
mistura, já que houve o aparecimento de duas manchas distintas (segunda amostra não foi
utilizada no processo por não conter amostra sólida na placa de petri ao se volatilizar o
solvente). O naftaleno que é uma substancia apolar eluiu juntamente com a fase móvel
(pentano) e com isso foi separado do ácido salicílico, o naftaleno obteve RF= 1 por ocupar a
parte de cima da cromatoplaca.
Já o ácido salicílico é uma substancia polar e interage mais facilmente com a fase
estacionária que é constituída de sílica, este foi separado primeiro por não interagir com a fase
móvel e ficou na parte de baixo da cromatoplaca com RF= 0.
A observação da formação de sólidos brancos na placa de petri no momento em que as mesmas
foram levadas a capela se da pelo fato da evaporação do pentano, uma vez que o mesmo é
volátil.
No início da prática, como é descrito na metodologia, há a adição de uma solução de
sílica e pentano na bureta. A sílica, que originalmente possui uma coloração esbranquiçada, em
contato com o pentano passa a ficar incolor. Importante ressaltar também que neste momento há
uma separação dos reagentes dentro da vidraria volumétrica devido a diferença de densidade
existentes entre eles. A sílica fica em baixo e o pentano assume a parte superior. Logo, pode-se
concluir que a misturas destes reagentes da origem a uma mistura imiscível. Nesta etapa do
processo, deve-se atentar a adição do pentano na bureta, já que a mesma deve ser realizada
cuidadosamente para que não haja formação de bolhas e este fato acabe por influenciando na
medição de volumes para adicionar na placa de Petri.
Vale ressaltar também a fase estacionária utilizada no processo, que se constitui de uma
fina camada de sílica sobre um vidro. A sílica é um composto que apresenta alta polaridade,
enquanto a fase móvel que é constituída por pentano é apolar. Logo, pode-se concluir a partir
da realização da referida prática que a utilização da cromatografia em coluna permite separar,
coletar e identificar componentes presentes na amostra de interesse. Pôde-se observar a
característica de um produto purificado e uma mistura e como ambos se comportam na
cromatoplaca.

5 Conclusão
Concluímos que a técnica de Cromatografia é importante para a separação de substancias com
base nas suas solubilidades em diferentes solventes e em suas mobilidades em diferentes
substratos, o objetivo do trabalho foi concluído pois foi de bom proveito dos alunos na
realização da prática.
Concluísse também que podemos utilizar diferentes métodos de separação de misturas
utilizando cromatografia e com uma boa exatidão conseguimos identificar as substancias
presentes na solução.

6 Referências bibliográficas

[2] MACHADO, Ana Maria. STASSUN, Míriam. Química orgânica aplicada 1. Belo
Horizonte -2007. (Livro impresso)

Você também pode gostar