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UNIVERSIDADE DE UBERABA

 PRÁTICA DE QUÍMICA ANALÍTICA INTRUMENTAL E EXPERIMENTAL


VICTOR RIBEIRO URGAL RA: 1133255
PROFESSOR - TUTOR WILSON DE SOUSA BENJAMIN

RELATÓRIO 1/2
CROMATOGRAFIA EM PAPEL DO EXTRATO DO PIMENTÃO

UBÁ-MG
08/05/2021
1-INTRODUÇÃO
Cromatografia é um processo de separação e identificação de componentes de
uma mistura. Essa técnica é baseada na migração dos compostos da mistura, os quais
apresentam diferentes interações através de duas fases: móvel e estacionária.
Um desses processos cromatográficos é a cromatografia em papel (CP). Essa
técnica é usada na forma de eluição, em que se a qual usa uma fase estacionária que é o
papel filtro. O mecanismo envolvido é definido como participação da fase móvel
(solvente orgânico) e fase estacionária (água presente na celulose). A cromatografia em
papel consiste em uma camada relativamente fina e plana e a fase móvel desloca-se por
ação de capilaridade. Esta separação ou distribuição dos componentes de uma mistura
está relacionada com as diferentes solubilidades relativas destes componentes na fase
móvel e na fase estacionária. Os componentes menos solúveis na fase estacionária têm
uma movimentação mais rápida ao longo do papel, enquanto que os mais solúveis na
fase estacionária serão relativamente retidos, tendo uma movimentação mais lenta.
A cromatografia em papel é considerada uma técnica de partição líquido-líquido
e é classificada como um método qualitativo, ou seja, caracteriza os componentes, não
os quantifica. O método também serve para fracionar os componentes, que podem ser
analisados por outros métodos complementares. Esse método é bastante usado na área
da bioquímica na separação de compostos. A CP pode ser usada na separação de
pigmentos dos pimentões verdes, amarelos e vermelhos.

2-OBJETIVOS
Separar os pigmentos de pimentões verdes, amarelos e vermelhos através da
cromatografia em papel e, com base no resultado dos cromatogramas, nas definições de
interações intermoleculares e nas propriedades de funções orgânicas, identificar os pigmentos
correspondentes às diferentes zonas cromatográficas.

3-MATERIAIS E REAGENTES
 Pimentões verdes, amarelos e vermelhos
 Balança
 2 provetas de 50 mL
 3 béqueres 200 mL de vidro
 3 vidros de relógio para tampar os béqueres de vidro
 3 gral e pistilo de porcelana
 Filtro de plástico grande
 Papel filtro grande nº1
 Funil de separação
 Sulfato de sódio
 Banho-maria
 Capilares de vidro

4-PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
4.1-Obtenção dos extratos
Foram picados em pedaços pequenos pimentões verde, amarelo e vermelho.
Foram pesados cerca de 30 g dos pedaços de cada pimentão, aos quais foram adi-
cionados 10 mL de cetona e 50 mL de hexano. Macerou-se as misturas separadamente,
em gral de porcelana com pistilo, e deixadas em repouso por 1 hora. Posteriormente as
misturas foram filtradas em funil comum, com papel de filtro e, em seguida, as fases
aquosas dos filtrados foram separadas em funil de separação, resultando cerca de 30 mL
de cada uma das fases hexânicas. Após a filtração, as fases orgânicas foram
concentradas pelo aquecimento em banho-maria.

4.2-Aplicação da amostra e preparação da cuba cromatográfica

O concentrado resultante de cada extrato foi aplicado em fita de papel de filtro


(3,0 cm de largura por 8,5 cm de altura).Uma gota de cada amostra foi aplicada, com
um capilar, próxima à base do papel (cerca de 1 cm acima da borda), tomando cuidado
para que o diâmetro da mancha não ultrapassasse 0,5 cm. Como cuba cromatográfica foi
utilizado um béquer de 400 mL tampado com um vidro de relógio

4.3-Realização da Cromatografia
Depois da evaporação do solvente no qual a amostra estava diluída para
aplicação, a fita de papel foi colocada na cuba cromatográfica de maneira que o nível da
fase móvel ficasse abaixo do ponto onde a amostra havia sido aplicada. Os extratos
aplicados foram eluídos com hexano com 5% de acetona e foram obtidos os
cromatogramas 1, 2 e 3, mostrados na Figura 1.
5- DISCUSSÕES E CONCLUSÕES

0,8
Rf = =0,123
6,5
2,5
Rf = =0,385
6,5
2,5
Rf = =0,461
6,5

A amostra de menor Rf teve mais afinidade com a fase estacionária que é polar.
A mostra de maior Rf teve mais afinidade com a fase móvel que é apolar. Isto significa
que a amostra de menor Rf é a mais polar das três e que a amostra de maior Rf é a mais
apolar das três. A amostra de Rf de valor intermediário é menos polar que a amostra de
valor abaixo e mais polar que a amostra de Rf de valor acima. Em resumo, a marca de
menor distância no cromatograma é a mais polar e a marca de maior distância no
cromatograma é a mais apolar.

6-REFERÊNCIAS
RIBEIRO, Nùbia, M.; NUNES, Carolina R. Análise de pigmentos de pimentões por
cromatografia em papel. Quím. Nov. Escola. n. 29, ago., 2008.
EXPLICATORIUM. A Cromatografia. Disponível em :. Acesso em: 08 maio 2021
UNIVERSIDADE DE UBERABA
 PRÁTICA DE QUÍMICA ANALÍTICA INTRUMENTAL E EXPERIMENTAL
VICTOR RIBEIRO URGAL RA: 1133255
PROFESSOR - TUTOR WILSON DE SOUSA BENJAMIN

RELATÓRIO 2/2
CROMATOGRAFIA EM COLUNA DO EXTRATO DO ESPINAFRE

UBÁ-MG
08/05/2021
1-INTRODUÇÃO
A cromatografia em coluna clássica bastante utilizada para isolamento de
produtos naturais e purificação de produtos de reações químicas. Essa técnica
fundamenta-se basicamente na polaridade relativa das moléculas envolvidas. As fases
estacionárias mais empregadas são sílica e alumina, no entanto estes adsorventes podem
servir somente como suporte para uma fase estacionária líquida. Fases estacionárias
sólidas levam à separação por adsorção e fases estacionárias líquidas por partição.
Suportes quimicamente modificados também têm sido usados, sendo o processo de
separação misto, neste caso.
De modo geral, na cromatografia em coluna a mistura que se deseja separar é
colocada no topo da coluna utilizando o eluente menos polar, no caso da utilização de
misturas. A polaridade do eluente pode ser aumentada gradativamente (de forma
gradiente), a fim de aumentar o poder de arraste de substâncias polares, ou pode ser
mantida durante todo o processo (de forma isocrática). Os diferentes componentes da
mistura vão se mover com velocidades diferentes dependendo da sua maior afinidade
com a fase móvel ou a fase estacionária, sendo possível recolher na base da coluna os
componentes.

2-OBJETIVOS
Visualizar na coluna a separação do caroteno (cor amarela) da clorofila (cor
verde).

3-MATERIAIS E REAGENTES
3.1-Extração
 15 g de espinafre (5-6 folhas)
 Hexano
 Acetona
 Béquer de vidro
 Gral e pistilo de porcelana
 Proveta de 10 mL
 Béquer de 50 mL
 Pipeta de Pasteur

3.2- Coluna Cromatográfica


 50 mL de Hexano
 20 g de Silica gel em pó
 Tubo de vidro de 1,8-2,0 cm de diâmetro, 30 cm de comprimento, com uma das
extremidades “afilada” (ou bureta de tamanho compatível)
 Algodão
 Bastão de vidro

4-PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Depois do empacotamento da coluna, o eluente foi escoado até 3-5 mm acima da
superfície da sílica. Com a torneira fechada aplicou-se a solução da amostra no topo da
coluna, com pipeta de Pasteur, deixando a solução escorrer lentamente pela parede do
tubo de vidro. Após a aplicação da solução, o solvente foi escoado para um frasco de
Erlenmeyer até o nível da solução ficar a 3-5 mm acima da superfície da sílica.
Adicionou-se com pipeta de Pasteur cerca de 40 mL de hexano e repetiu-se a operação
anterior. Repetiu-se a operação anterior adicionando 40 mL de hexano/acetona (8:2 ou
seja 32 mL de hexano para 8 mL de acetona)

5- DISCUSSÕES E CONCLUSÕES
Quando adicionou só o hexano eluiu-se os componentes mais apolares
(coloração amarela), quando adicionou a acetona o componente verde começou a eluir.
Para separar os componentes amarelos no topo teria que adicionar mais solventes,
aumentado a polaridade.

6-REFERÊNCIAS
FONSECA S. F. ; GONÇALVES C. C. S. Extração de pigmentos do espinafre e
separação em coluna de açúcar comercial. Química Nova na Escola, n 20, novembro de
2004.

ZUBRICK, J. W. Manual de Sobrevivência no Laboratório de Química Orgânica: guia


de técnicas para o aluno. 6. ed. Rio de Janeiro, RJ: LTC, 2005.

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